sábado, 24 de dezembro de 2011

Vamos Relembrar? De Manoel Carlos, "Páginas da Vida"


Por Thiago Ribeiro

O Natal é uma época que me deixa feliz e inspirado todos os anos. É a minha data favorita do ano. É quando todos esquecem as brigas e ressentimentos (pelo menos na teoria) e se entregam a paz, a alegria e aos sentimentos de amizade e de pureza que a época sugere. E para essa época natalina, para meu último post do ano, trago (mais uma vez) uma obra do grande Manoel Carlos. Senhoras e senhores, PÁGINAS DA VIDA. 


A estudante Nanda (Fernanda Vasconcellos) conhece Olívia (Ana paula Arósio) em Amsterdã, e acabam se tornando grandes amigas. Olívia está na cidade em 
lua-de-mel com o marido, Sílvio (Edson Celulari). As duas descobrem forte afinidade por gostarem de arte, sendo Olívia proprietária 

de uma galeria. Em um desses encontros, Nanda, que estava na cidade estudando línguas, revela à amiga que está 

grávida do namorado Léo (Thiago Rodrigues), mas ele alegou ter um futuro pela frente e não quis saber das crianças, afinal, a jovem está 
grávida de gêmeos.


Nanda decide voltar para o Brasil, quase ganhando os filhos, mas ao chegar, é desprezada pela mãe, a amarga e fria Marta (Lília Cabral), que agride a filha e discute com ela, ficando arrasada em ter investido na filha e saber que ela não aproveitou nada que os estudos dariam. Nanda só conta com o apoio de seu pai, Alex (Marcos Caruso) homem honesto e sincero e que não suporta as loucuras de Marta e passa a ajudar frequentemente sua filha Nanda em sua gravidez indesejada. Desesperada com a surra e as humilhações constantes de sua mãe, que alega inclusive que ela deu o golpe da barriga no namorado rico, a grávida sai de casa desesperada e na calçada é atropelada por um carro e um ônibus, que colidem e invadem um ponto de ônibus onde tinha muitas pessoas que se ferem, inclusive Nanda.



Ela arremessada em uma barraca de verduras, batendo a cabeça no meio fio e tendo muito sangramento. Ela é levada para o hospital onde trabalha a médica Helena (Regina Duarte). Grávida de um casal de gêmeos, a moça perde muito sangue e faz uma  cesariana  de emergência, que, por complicações devido ao acidente, ela tem que retirar o  útero  devido a uma  hemorragia incontrolável que Helena tenta estancar a qualquer custo. Com muitas dores e perdendo mais sangue, a jovem não resiste e morre, mas antes Helena faz o parto e consegue salvar os bebês. Fazendo-se exames, Helena comunica a Marta sobre a menina ter Síndrome de Down. Marta leva um choque pela morte da filha e por essa notícia, e automaticamente, a criança é rejeitada pela mãe de Nanda, a pérfida Marta, uma mulher arrogante, intransigente e muito amargurada com a vida. 



Ela diz friamente que a neta é uma doente mental e que não tem dinheiro nem paciência para tratar de uma criança assim, já bastando criar o neto. A médica fica horrorizada com tal atitude e decide adotar a criança, Clara, nome de sua filha que morrera na infância, e nome que Nanda pronunciou antes de morrer, pedindo que fosse dado esse nome a filha. Enquanto isso, Marta mente para a família que a menina morreu, e decide criar o neto Francisco, nome também escolhido por Nanda. Helena é uma mulher que já perdeu muita coisa na vida, e faz da menina Clara a razão do seu viver. 


Ela lhe dá muito amor e carinho, uma esmerada educação e sólidos valores morais. Mas ela esconde do avô das crianças, Alex, que sua neta está viva, temendo que a criança acabe caindo nas mãos de Marta.



Dois homens, seu ex-marido Greg (José Mayer) e o ex-namorado de juventude, o infectologista Diogo (Marcos Paulo) brigarão pelo amor de Helena, mulher que jamais esqueceram. O problema é que Helena terá que enfrentar uma batalha com Olívia, que sabia da gravidez da amiga, e que acaba se envolvendo com Léo, 5 anos depois, quando ele retorna ao Brasil e ela está separada de Sílvio. Léo fica sabendo que tem um filho e o dilema de Helena no decorrer da trama será revelar ou não ao pai da criança que a filha dele está viva e é criada por ela.



Os pais de Olívia são Aristides (Tarcísio Meira) e Amália (Glória Menezes) ou melhor Tide e Lalinha. O casal é pai de seis filhos: Carmem (Natália do Vale), Leandro (Tato Gabus Mendes), Elisa (Ana Botafogo), Márcia (Helena Ranaldi), Jorge (Thiago Lacerda) e Olívia. Carmem é mãe de Marina (Marjorie Estiano)e se separa do marido alcóolatra Bira (Eduardo Lago) para assumir seu romance com Greg, que já se encontrava com ela enquanto era casado com Helena. 



Leandro é casado com a dedicada e simpática artista plástica Diana (Louise Cardoso) que é alvo da paixão secreta de seu aluno Ulisses. São pais do Rafael (Pedro Neshling). Elisa é professora de balé, casada com Ivan (Buza Ferraz) e mãe do arruaceiro Felipe (Armando Babaiof) e da mimada Camila (Luciele di Camargo), filha de um ex-namorado. Márcia é casada com o corretor Gustavo (Antônio Calloni), que pouco depois morre; ele estava de olho no dinheiro de Tide. São pais de Nina (Manuela do Monte) e Tidinho. 

E Jorge é um solteiro disputadíssimo que namora a bela Simone (Chistine Fernandes), mas está na mira da ambiciosa e perigosa Sandra (Danielles Winits), filha de Constância (Walderez de Barros), a governanta da família que ajudou a criar todos os seis, tendo ainda vivido um caso com Thelminha (Grazi Massafera), a irmã de Sandra, garota simples, romântica e sincera, que veio do interior. Ex-fazendeiro, Tide conheceu Lalinha em São Paulo. Ela era professora do Rio de Janeiro, educada e culta, e estava lá numa missão educacional. Tide não era culto, era quase analfabeto, e ela cuidou dele com carinho e dedicação, ensinando-o praticamente a ler e escrever. Casaram-se, tiveram todos esses filhos, e vivem numa imensa casa na Gávea, onde todos foram criados. Lalinha morre na primeira fase da novela, que se passa em 2001. A segunda se passa em 2006 (ano que a novela foi exibida) - onde Tide amarga uma viuvez triste e solitária, até conhecer a escultora Tônia Werneck (Sônia Braga).


Após armar muitas ciladas para tentar separar Simone de Jorge, Sandra é desmascarada por Carmem, que ainda lhe dá uma surra de cinto. Ela, então, decide se vingar e seduz o marido da dondoca, Greg, levando-o para a cama, e depois transformando a vida de todos num inferno. Ela obriga Greg a lhe dar dinheiro, casa, carro e jóias, fazendo com que ele desvie dinheiro da empresa de Tide, onde trabalha como administrador.


Carmem acaba descobrindo a traição do marido, e dá um tiro em Sandra, mas a bala atinge o pé de Greg, que fica manco. Divorciado da perua e demitido da empresa de Tide, Greg vai morar com Sandra num apartamento, até que a vilã decide dar o golpe do baú no porteiro, que ganha 30 milhões de reais na loteria. Carmem fica com o verdureiro Domingos; Thelma e Jorge se casam e finalmente os dois têm sua primeira noite de sexo; Isabel desiste de viajar com Simone para os EUA e aceita o pedido de casamento de Renato.


Tide e Tônia se apaixonam depois dela viver um conturbado romance com Sílvio - que no fim, decide morar com a cunhada Márcia -e decidem assumir o relacionamento. Olívia e Léo, agora vivem um romance, que é atrapalhado por Alice, a mimada e geniosa ex-noiva do rapaz. Alice é problemática e neurótica por Léo, sendo sempre criada no luxo e riqueza. Sua vida muda quando Léo termina o noivado para ficar com Olívia, despertando seu ódio e rancor pelo rapaz que tanto amava. 


Páginas da Vida  foi exibida entre 10 de julho de 2006 e 2 de março de 2007, totalizando 203 capítulos.




FELIZ NATAL E ATÉ 2012 GENTE!!!

7 comentários:

  1. Sambando na first \o

    Novela foi boa, mesmo com seu arrastamento em uma parte. Toda novela do Maneco deixa saudades!

    Só senti falta da Véia Babada no texto hehe
    Parabéns!

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  2. Uma novela com muito potencial, uma ótima primeira semana, mas que se perdeu gradativamente em meio a muitos personagens sem profunidade e tramas paralelas sem razão de ser.

    Lília Cabral levou o conjunto nas costas: sua amarga Marta foi fenomenal, suas cenas eram a única coisa realmente hipnotizante em Páginas da Vida.

    Parabéns!

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  3. Gostei da novela, mas ela foi meio parada na reta final. Ouvi rumores que ela poderia ser reprisada no VPVD. Seria uma boa! Acho que não precisaria editar muito para o horário!

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  4. A novela foi cansativa, mal articulada - uma centena de personagens mal construídos e rasos, sme importância. Só valeu a pena pelo famigerado depoimento (rs!) e pela atuação rascante da diva Lília cabral.

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  5. mas muito mais pra mostrar, mas não voou, infelizmente! Seus relacionamentos amorosos foram apenas discritos, mas não dissecados, como era o esperado. Sua posição de mãe adotiva de 2 filhos se desenrolou pouco em relação ao mais velho e sua história com sua filha já falecida foi esquecida. Deixou realmente uma decepção para os fãs. Culpo acima de tudo a direção da novela, acho o Jaime Monjardim um talentoso diretor, mas ele tem uma direção muito fria e para ter um balanço legal ele deve trabalhar com autores com uma escrita ágil, assim como foi em O Clone, onde trabalhando com Glória Perez que é arretada em seu modo de escrever, casou felizmente em direção e escrita, mas os textos dissertativos de Manoel Carlos fadigaram o telespectador com a direção lenta de Jaime Monjardim. Acho que o grande Robin do nosso querido Manoel Carlos, o Batman em questão, seria Ricardo Waddington, que tem o tom certo para apimentar os textos poéticos e românticos de Manoel Carlos, o Ricardo acelera na dose certa e juntos os dois entregaram para a história da teledramaturgia brasileira fenômenos como Laços de Família, Por Amor, Presença de Anita, Mulheres Apaixonadas e a minha preferida História de Amor. Ricardo ainda é responsável por outros grandes momentos da direção em tv, um de seus mais recentes sucessos foram as ótimas cenas em A Favorita. Agora ele está repetindo a dobradinha já acertada

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  6. CONTINUAÇÃO: João Emanoel Carneiro em Avenida Brasil, que promete ferver o horário das nove. Mas voltando para Páginas da Vida, a novela não ferveu nada, pelo contrário, adormeceu. O enorme núcleo da família do Tarcísio Meira era um sonífero, milhares de personagens sem vida, histórias desperdiçadas e que fadigavam o andamento da novela. O único núcleo que "salvou" a trama foi realmente o que tratava do assunto principal da novela, os gêmeos. As crianças eram umas gracinhas e o personagem de Nanda cativou o público. A grande vitória da novela sem dúvida foi ter Lilia Cabral como a "vilã" Marta, digo vilã entre parenteses porque nas novelas de Maneco não há vilões e mocinhos puros. Lilia brilhou e teve finalmente seu talento reconhecido popularmente e pela crítica, Maneco que já conhecia todo seu potencial entregou a ela textos densos onde ela pode brilhar com sua experiência de anos de teatro e televisão. A partir daí ela brilhou seguidamente em trabalhos no horário nobre nas produções de "A Favorita", "Viver a Vida" (onde ela fazia a Helena com outro nome...) e mais recentemente na morna, mas não menos favorecida "Fina Estampa". Lilia é atriz para mil papéis e milhões de cenas. Fora da tv Lilia ainda fez sucesso em teatro e cinema, sua peça "Divã" virou filme e depois seriado de tv, enfim, Lilia foi re-descoberta como uma das maiores e melhores atrizes do país, ainda bem, ela merece muito brilhar!!! Ainda ressalto mais um ponto positivo para a novela, uma grata revelação, a tão esperada atuação de Grazi Massafera surpreendeu, não precisando de muito esforço para interpretar uma moça ingênua do interior indo morar na cidade grande, Grazi roubou a novela pra ela, se tornando uma quase protagonista, deixando Ana Paula Arósio a ver navios, coincidentemente com Thiago Lacerda, que tinha feito grande sucesso ao lado de Ana Paula há alguns anos em Terra Nostra. Grazi mostrou competência, talento, profissionalismo e principalmente muito carisma, seu tema musical, Para Tu Amor do cantor colombiano Juanes, virou sucesso, e ela foi tida como a mocinha da novela, ela demorou pra entrar na trama, mas quando entrou fez bonito e a partir dali só ganhou papéis de destaque em tramas globais. Quanto aos temas da novela, a abordagem sobre a Sindrome de Down foi uma das poucas coisas que renderam na novela, por si só, apenas por se tocar em um assunto tão morto na nossa tão despreparada sociedade já foi um ponto mais que positivo para o Maneco, sendo assim com isso ele recebe meus aplausos, mas uma novela é mais que apenas um tema... O final da novela com seus depoimentos tão foi um caso a parte e que funcionou, tanto que foi repetido no último trabalho de Maneco, Viver a Vida, de longe o pior trabalho do autor, mas essa crítica fica pra outra hora....

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  7. COMEÇO: uma grande promessa que não vingou. Páginas da Vida veio com grandes expectativas de mais um delicioso texto de Manoel Carlos, um gênio da teledramaturgia na minha opinião. Pessoalmente já não havia gostado de Mulheres Apaixonadas, não tinha sentido tesão pelos temas que a novela abordou, mas admirei o ótimo trabalho, tanto de texto, quanto de direção e muitas atuações primorosas, citanto em especial a de Giulia Gam. Mesmo assim quis muito ver Páginas da Vida, que trazia após anos afastada da tv, a grande e melhor atriz na minha humilde opinião, Regina Duarte, ainda mais vivendo pela terceira vez mais uma Helena. Sua Helena tinha muito, mas muito mais pra mostrar, mas não voou, infelizmente!

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