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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Entrevista com o Alberto Pereira Jr. - Colunista de TV e Celebridades

O meu entrevistado, Alberto Pereira Jr. é um jovem e conceituado jornalista. Responsável pela Coluna Zapping do Jornal Agora SP, mantém a mesma diariamente atualizada. O convidei para um bate papo, ele topou, e eu agradeço.   


Por Isaac Santos

É difícil se desligar do lado jornalista? O que faz nas horas vagas?
Alberto Pereira Jr. – Sou jornalista em tempo integral. Não há botão liga e desliga (risos). Nas horas vagas, leio, vou ao cinema, saio com amigos. Coisas que todos fazem.
Você esteve no Carnaval de Salvador esse ano. Qual a impressão que teve do evento? Pretende voltar mais vezes?
Alberto Pereira Jr. – O Carnaval em Salvador impressiona pelo tamanho, mobilização popular e agito. Foi a primeira vez que participei dessa festa e gostaria de voltar sim. A cidade inteira vive o clima, diferente daqui de São Paulo, onde o Carnaval se restringe mais a algumas festas e ao Sambódromo.
Como iniciou a sua carreira jornalística? Exerce outras atividades? O que fazia antes?
Alberto Pereira Jr. – Considero meu início de carreira o mês de abril de 2006, quando iniciei estágio como repórter e apresentador do Canal Universitário de São Paulo (CNU). Estava no segundo ano do curso de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Um ano e meio depois, trabalhei em uma editora de anuários econômicos, até surgir a oportunidade de colaborar na Ilustrada da Folha Online. Em 2008, entrei no jornal Agora SP, primeiro como redator, depois repórter e há um ano e nove meses assino a coluna Zapping.
Você é feliz na função de colunista de TV/famosos?
Alberto Pereira Jr. – Sinto-me muito feliz com meu trabalho. É uma função desafiadora, pois tem a premissa de trazer informações relevantes e em primeira mão aos leitores.


A sua Coluna (Zapping) no Jornal Agora é diariamente atualizada. Conta com uma equipe para isso? Você tem liberdade editorial?
Alberto Pereira Jr. – Eu escrevo a coluna sozinho. Conto, é claro, com a colaboração dos repórteres do caderno de variedade do jornal Agora São Paulo, o Show!. Quando eles vão a alguma coletiva de imprensa ou evento, que rende informações para a coluna, sempre me ajudam, mas no dia a dia sou eu quem “corre” atrás das notícias. Tenho liberdade editorial sim, diariamente converso com o editor-responsável do jornal e sugiro as informações que irei publicar.
Alguns jornalistas dizem ter fontes nas principais emissoras de TV. Você utiliza desses meios?
Alberto Pereira Jr. – Com certeza, diretores, produtores e os próprios artistas fornecem muitas das informações de bastidores que as colunas, inclusive o Zapping, publicam.
Você tem total abertura entre o pessoal do meio artístico? Já aconteceu de ser barrado em algum evento?
Alberto Pereira Jr. – Nunca fui barrado em nenhum evento ao qual esteja credenciado ou convidado para cobrir ou participar.
Alguns colegas seus têm fama de antipáticos. Você teme ser rotulado?
Alberto Pereira Jr. – Minha maior preocupação é com a qualidade e veracidade das informações. Faço meu trabalho de apuração e entrevistas tentando ouvir todos os envolvidos. Costumo dizer que não quero criar amigos nem inimigos.
É fácil imaginar que os aspirantes à fama costumam entrar em contato com as redações de jornal, se promovendo. Mas em relação aos famosos que criam situações para se manter em evidência, isso faz parte da rotina de um colunista social? Como você lida com isso?
Alberto Pereira Jr. – É muito fácil perceber quando um artista ou celebridade está tentando a autopromoção. Quando esse é o caso, não há possibilidades de fazer parte das notas da coluna Zapping.
Algum palpite sobre os participantes do A Fazenda IV?
Alberto Pereira Jr. – Bruna Surfistinha, Joana Machado e Vampeta estão bem perto de confirmarem participação.
Qual o seu posicionamento sobre a classificação etária da programação das emissoras de TV?
Alberto Pereira Jr. – Acho que a classificação etária é correta e de acordo com os artigos do ECA (Estatuto das Crianças e dos Adolescentes). Vale lembrar que são apenas indicações, são os pais que devem prestar atenção ao que os filhos assistem e orientá-los.
Recentemente você teria criado polêmica sobre uma cena da novela Vale Tudo, reprisada no canal Viva, em que o personagem César prepara um cigarro de maconha. Sua intenção era apenas discutir o assunto ou de fato acredita que a cena seja de mau gosto? 
Alberto Pereira Jr. – A intenção foi discutir e mostrar como uma novela de 1989 trata de temas polêmicos com tamanha naturalidade, enquanto as tramas atuais se podam e usam como desculpa o conservadorismo do público.
Insensato Coração está no ar desde janeiro e não alcançou os resultados desejados de audiência nem de crítica. Você acredita que a novela do Aguinaldo Silva poderá superar as expectativas?
Alberto Pereira Jr. – Ainda acredito que Insensato Coração possa atingir melhores índices, principalmente agora que Gloria Pires assumiu de vez o papel de vilã da trama. Aguinaldo Silva é um novelista competente de muitos sucessos. Sua próxima trama, com certeza dará o que falar.


Você acredita que a rejeição do público ao personagem André do Lázaro Ramos em Insensato Coração, se deve pela ausência do fator racial?
Alberto Pereira Jr. – Não vejo preconceito racial nesse caso. Particularmente, considero o Lázaro Ramos um excelente ator. Acho que o público está acostumado a vê-lo em outros tipos de papel, por isso estranhou seu personagem “pegador”.
O que pensa das cotas para negros nas Universidades?
Alberto Pereira Jr. – Não tenho uma opinião formada a respeito, mas em princípio não acredito em sistemas de cotas. O Estado deve melhorar o acesso a todos à educação e à qualidade do que é ensinado, e assim as oportunidades se tornarão iguais.
O autor Sílvio de Abreu teria dito que considera idiota o galã que declara a sua homossexualidade. Concorda com isso?
Alberto Pereira Jr. – No Brasil, a homossexualidade e a TV segue um grande tabu. Infelizmente, um galã que se assuma gay, dificilmente voltará a interpretar o papel de pegador em alguma produção.
O autor Tiago Santiago teria escrito uma cena de beijo gay para a novela Amor e Revolução, recentemente estreada no Sbt. Acredita que o Silvio Santos permitirá a sua exibição?
Alberto Pereira Jr. – Pelo beijo ser entre mulheres, fica muito mais fácil sua exibição. Parece que a sociedade aceita mais fácil um beijo gay entre mulheres.
Do que trata o documentário “Eu vos declaro” que você está produzindo?
Alberto Pereira Jr. – Ganhei um edital da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo com um projeto de um documentário chamado “Eu vos declaro”, que visa mostrar que a despeito de leis claras a respeito da união civil homossexual, as famílias existem e são iguais as outras.


O POSSO CONTAR CONTIGO? agradece a gentileza e deseja ainda mais sucesso em tudo o que você faça.
Alberto Pereira Jr. – Deixo um abraço aos leitores e que sigam acompanhando a coluna Zapping. Abraços

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entrevista com Adilson Oliveira - Roteirista do Filme Depois do Escorpião

Amigo, professor dedicado e pai apaixonado. Adilson Oliveira é um forte candidato ao rol dos respeitados roteiristas brasileiros. Pedi que me desse a honra de entrevistá-lo, ele foi muito gentil e eu agradeço. Confira

Adilson é Roteirista, Professor e Artista Plástico
Por Isaac Santos

Pode falar um pouco sobre você?
Adilson Oliveira - Sou o Adilson Oliveira. Nasci na Bahia há exatos 37 anos. Morei naquele estado até os dez anos de idade. Depois, morei em Minas Gerais, Maranhão, Pará e, desde 1993, estou em São Paulo. Aqui, fiz faculdade de Letras, no UNIFIEO. Posteriormente, lato sensu e stricto sensu em Língua Portuguesa, na PUC-SP. Sou professor de graduação e pós-graduação na Universidade Paulista – UNIP, desde 2005. Leciono as disciplinas Literatura brasileira, Morfossintaxe Aplicada da língua portuguesa, Linguística, Interpretação & produção de texto, Comunicação & expressão, entre outras. Além do magistério, sou artista plástico e roteirista de cinema, com dois filmes já em pré-produção: “Depois do escorpião” e “A arca de aprisionamento”.

Como surgiu a paixão por corujas?
Adilson Oliveira - A paixão pelas corujas surgiu quando eu tinha 9 anos de idade. Vi um colecionador de corujas num antigo programa apresentado por Silvio Santos e fiquei apaixonado desde então. Comecei a colecioná-las algum tempo depois. Hoje, minha coleção tem aproximadamente cinco mil peças vindas do mundo inteiro: Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Jordânia, Argentina, Japão, Grécia e de várias outras partes do mundo, além, é claro, de todo o Brasil. Compro corujas nas viagens que eu faço e ganho muitas de presente de familiares, amigos e alunos.


Você é primo da Mara Maravilha. Qual a sua relação com a cantora? Acredita que ela possa voltar a fazer televisão?
Adilson Oliveira - Quero ver a Mara Maravilha em todas as mídias com muito sucesso, mas quero, sobremaneira, que ela seja feliz. Sempre que a vejo é na condição de fã. Não consigo me desvincular disso. Eu sou fã desde muito novo, quando ainda morava na Bahia. A admiração foi crescendo, crescendo e tomou uma proporção tal que hoje tenho várias pastas com recortes de revistas e jornais. Tenho todos os CDs, DVDs, discos, com exceção do segundo compacto, que ainda não consegui encontrar. A Mara não tem quase nenhum contato com a família do seu pai, portanto, prefiro não falar sobre parentesco. Prefiro falar sobre o carinho de um fã com sua estrela da vida inteira.

Fã declarado da atriz Maitê Proença. Dentre as novelas Felicidade, Dona Beija e O Salvador da Pátria, qual a sua preferida?
Adilson Oliveira - Eu sou fã incondicional da Maitê Proença. Gosto de mulheres fortes, com personalidade forte e uma história bonita de vida. Por isso, tenho essas duas musas. Gosto de tudo que a Maitê fez na TV, no teatro e no cinema. Das novelas destacadas, gosto especialmente da Helena, de Felicidade – novela de Manoel Carlos, inspirada nos contos do escritor Aníbal Machado. Helena era a protagonista da novela, que fugia aos estereótipos de uma heroína idealizada. Maitê, nessa novela, deu um show de interpretação e imortalizou a sua Helena. Claro que a prostituta Beija e a professorinha Clotilde também são inesquecíveis.

Professor Universitário com carreira sólida e agora também roteirista. Dá pra conciliar?
Adilson Oliveira - Meu caro, minha vida se transformou num redemoinho. Às vezes, deito na cama e não consigo dormir, pensando nos diversos compromissos profissionais que tenho de cumprir. São aulas na graduação e na pós-graduação, com provas, trabalhos e outras funções burocráticas; são reuniões com diretores, produtores para decidir questões relacionadas aos filmes. Apesar do cansaço, posso dizer que estou muito feliz porque ser professor é minha essência e escrever filmes tem sido uma descoberta apaixonante.


Assistiu ao filme Bruna Surfistinha? O que achou?
Adilson Oliveira - Assisti ao filme Bruna Surfistinha com o diretor e uma produtora do “Depois do escorpião”. Gostei do filme, principalmente da atuação da Deborah Secco, que está ótima no papel da protagonista. O filme é bom e fez sucesso. Acho que o público vai sentir interesse em ver a visão da Samantha Moraes, a mulher traída, que teve a sua vida exposta na mídia.

Como foi a experiência de escrever um roteiro baseado em fatos reais da vida da Samantha (mulher que foi traída por seu marido, com a Bruna Surfistinha)? Como surgiu o convite para fazê-lo?
Adilson Oliveira - Escrever “Depois do escorpião” foi uma experiência incrível. Fui professor da Samantha no curso de Arquitetura & Urbanismo e já conhecia a sua história há algum tempo. Quando soube do filme, entrei em contato com ela e, uma semana depois, estava escrevendo o roteiro. Foi tudo muito rápido. Passei três dias na casa do casal Samantha/Marcelo Nascimento ouvindo as suas histórias para pôr no filme. Participei de várias reuniões com o diretor do filme Bruno Azevedo, com o produtor executivo e outros produtores. Será um grande sucesso do cinema nacional porque tem pessoas sérias envolvidas no projeto e muita vontade de contar uma história apaixonante de uma mulher que foi trocada pela prostituta mais famosa do Brasil, teve sua vida exposta na mídia sensacionalista e, inteligentemente, deu a volta por cima.

Esse filme seria uma resposta à história da Bruna?
Adilson Oliveira - O nosso filme é completamente desvinculado do filme do Marcus Baldini. Contamos a história a partir da visão de Samantha Moraes, do seu universo, de suas dores e alegrias. O roteiro está surpreendente e vai, certamente, emocionar o Brasil. O sucesso do filme “Bruna Surfistinha”, obviamente, dará visibilidade ao nosso filme. Isso é positivo para todos.

Das atrizes com possibilidade de interpretar a Samantha, qual a mais indicada?
Adilson Oliveira - Infelizmente, não posso falar sobre isso. Em contrato, fomos proibidos de citar nomes. As atrizes cotadas são Alinne Moraes, Ana Paula Arósio e Fernanda Vasconcelos, conforme já divulgado em sites no Brasil inteiro e até no exterior. O diretor já fechou com a atriz que fará o papel da comissária de vôo Samantha Moraes, mas não posso revelar o nome.

O que podemos esperar de Depois do Escorpião? O elenco já está formado? Em quanto está orçado?
Adilson Oliveira - O filme é orçado em nove milhões de reais. O elenco está parcialmente formado, com nomes conhecidos nacionalmente, direção do Bruno Azevedo e produção executiva do Márcio Rosário. A distribuição do filme está a cargo da maior distribuidora do país. Teremos, em breve, um blockbuster – mais um sucesso do cinema nacional.

Adilson roteirista. Já pensa em outros projetos? Quais são?
Adilson Oliveira - O meu segundo roteiro foi aprovado e será produzido por uma das maiores produtoras do mundo. Não posso ainda revelar o nome. O filme será um infanto juvenil chamado “A arca de aprisionamento” e conta a história de um garoto de quinze anos que, numa viagem com os cavaleiros de uma sociedade secreta, descobre poderes incríveis. É uma história fantástica que vai dar o que falar. O meu próximo roteiro será um thriller político, com direito à corrupção e a muitas falcatruas, espionagens etc. Será a adaptação de um livro-reportagem bombástico de um jornalista aqui de São Paulo. Ainda neste mês, terei uma reunião para acertar detalhes do projeto.


O Posso Contar Contigo? agradece pela atenção e deseja que todo o seu planejamento se concretize.
Adilson Oliveira - Meu caro, muito obrigado. O “Posso contar contigo” já é um sucesso. Desejo a você e a todos os seus leitores muito sucesso e a concretização de todo os sonhos. Paz a todos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Páscoa: O que ela significa para mim!

O verdadeiro sentido da Páscoa, merece ser evidenciado por todos. Pensando nisso, pedi a amiga Telma Lobão, que fizesse uma reflexão sobre o tema. Ela aceitou o convite, e eu a agradeço!

Telma é Teóloga, Pedagoga e Psicóloga em formação


No pensamento cristão, como também no judaísmo, a Páscoa, a Festa dos Pães Asmos, e a dedicação dos primogênitos têm sido tradicionalmente considerados memoriais intimamente relacionados à acontecimentos interdependentes do Êxodo histórico, instituído pelo próprio Moisés, por ordem específica de Deus.

Páscoa significa, naturalmente, duas coisas, o acontecimento histórico e sua posterior comemoração repetida (Mishnah, Pesahim). A proibição paralela quanto ao uso de fermento simboliza a pressa que houve naquela noite inesquecível no Egito, enquanto que a dedicação dos primogênitos é uma oferta posterior estatutária em agradecimento pela maravilhosa libertação operada por Deus.
Ainda no Novo Testamento nos tempos neotestamentários, a vítima pascal era ritualmente abatida no Templo, porém a própria refeição podia ser consumida dentro de qualquer casa no interior dos limites da cidade. Um grupo se reunia, por consentimento mútuo, tal como na casa de Jesus e seus discípulos, e assim celebravam a Páscoa como se fosse uma família.
Os cristãos devem ter percebido, em data imediatamente posterior ao encerramento do cânon do Novo Testamento que a Ceia do Senhor substitui completamente a Páscoa. Entretanto depois da destruição do Templo de Jerusalém, em 70 D.C., qualquer possibilidade de abater vítimas na forma ritual cessou completamente e a Páscoa Judaica reverteu à festa íntima em família, conforme nos dias primitivos.
Nos dias atuais podemos entender a Páscoa como momento de reflexão, lembrando do sacrifício do Cordeiro de Deus, que entregou a sua vida por nós e também uma oportunidade de assim como Jesus, reunido com os seus discípulos, desfrutarmos de momentos de comunhão com nossos familiares e amigos. A ceia deve refletir nossos sentimentos de amor, gratidão, paz, fé e bondade para com o próximo. Que tenhamos todos, uma Feliz Páscoa!!! 


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um viva ao Amor e à Revolução!

Convidei o amigo Silvestre Mendes para expor a sua opinião sobre a novela Amor e Revolução, ele prontamente aceitou, e eu agradeço a gentileza.

"Não acredito em uma definição única, mas no momento sei o que posso dizer sobre mim... Sou um louco por seriado de tv, chocolate, livros e cinema..." 
Silvestre Mendes
Roteirista e Editor de Conteúdo do Blog Na TV





Uma história de amor que se passa na época mais complicada que nosso país já viveu. Dito assim pode soar até atemporal, já que o Brasil vive uma época complicada atrás da outra, mas é na ditadura militar – essa ferida consciente de nossa história – que esse “Romeu & Julieta” se desenrola.

Quando foi anunciada toda a temática dessa nova produção do SBT, preciso dizer que me vi entusiasmado. Talvez por carregar em minhas fantasias toda a curiosidade do que aconteceu na época e ter a certeza que se fosse um estudante por volta de 1965, não estaria ao lado dos militares e sim nas ruas lutando pela igualdade.
Até hoje o pouco que foi visto desse nosso retrato foi na minissérie Anos Rebelde (1992) e na primeira parte da novela Senhora do Destino (2004) e Cidadão Brasileiro (2006). Mas nenhuma novela teve seus protagonistas vivenciando os anos de chumbo. Nenhuma novela até essa estreia de 2011.


De todos os trabalhos autorais de Tiago Santiago, esse é o primeiro em que o didatismo não veio de uma forma muito exagerada. Não que isso esteja ausente, mas devemos lembrar que por ser um recorte do que foi realmente vivenciado é preciso explicar certos dados e esclarecer algumas siglas, que não são de amplo conhecimento de todo o público.
Não podemos esquecer que já faz mais de dez anos, quase chegando a vinte, que Anos Rebeldes levou uma geração de jovens a pintar o rosto e depor um presidente. Significa de que desde então assuntos relacionados à politica despertam o interesse cada vez menor dos mais jovens. Existem aqueles que não têm ideia do que foi a ditadura para a nossa história e do sacrifício de muitos, para hoje, poder ser livre.
Essa é a discussão que Amor & Revolução pode trazer e fazendo com que a politica e liberdade de expressão voltem a ser discutidas e argumentadas por todos os lugares.
Mas esse é um lado positivo da novela. E sua história? Atuação? Direção? Vejo uma novela que tem bons atores que defendem seus papeis e com gosto. É bom ver rostos que estavam desaparecidos de nossa TV, voltar e com bons personagens.  Fátima Freire, por exemplo, está de parabéns por construir uma mulher e mãe tão devotada ao marido e sua vida politica. Reinaldo Gonzaga e seu General Lobo Guerra. Um linha dura e sem coração. Típico dos vilões e por isso poderia cair nos clichês de interpretação, mas tem uma humanidade própria nesse homem que acredita que o Brasil governado por militares é a melhor saída. Joana Limaverde e sua adorável Stela. Não poderíamos esperar por menos. Joana vem dando um show a cada novo trabalho. Gabriela Alves e sua sofrida Odete. Capturada no primeiro capítulo, vem sofrendo toda a pressão e tortura dos militares. Gabriela, que estava sumida de nossa tela, é uma grata surpresa e tem mostrado bastante amadurecimento em sua carreira.
Não posso deixar de elogiar todo o trabalho que vem sendo feito por Reinaldo Boury. As novelas da emissora do Anhanguera, sempre tiveram problemas com a direção, mas Boury tem minimizado no que pode tudo isso. É claro que muita mágica não pode ser feita e em alguns momentos a frágil produção dá as caras. Mas quando se tem uma boa história para contar, o resto é o resto.


sábado, 16 de abril de 2011

O que têm eles em comum?!

O que têm em comum a Suzana Vieira, a Cristiana Oliveira e o Leonardo Miggiorin? Ah! além de bons atores, fazem parte do elenco da Globo e atualmente estão no ar com personagens caricatos. Suzana, mais uma vez presenteada pelo autor Aguinaldo Silva, tem dado tudo de si para compor a protagonista do seriado Lara com Z; Cristiana e Leonardo numa posição nem tão privilegiada assim, mas sabendo aproveitar a oportunidade dada pelo Gilberto Braga e o Ricardo Linhares, autores de Insensato Coração, também têm se destacado na novela das nove.
Mas há quem ache desmerecidos, tantos elogios aos atores, sob a justificativa de que até mesmo os canastrões, que insistem em povoar a telinha diariamente, se sairiam bem quando ofertados com papéis pouco ou em nada diferentes da vida real de seus intérpretes.
Estariam a Suzana Vieira, a Cristiana Oliveira e o Leonardo Miggiorin, sendo criticados injustamente?! O que há de fato e incontestavelmente é o talento desses artistas.

E nós perguntamos:  

QUEM MERECE GANHAR O TROFÉU DE MELHOR INTÉRPRETE?!


com 39% - Cristiana Oliveira, intérprete de Araci (Insensato Coração) 
33% - Suzana Vieira, intérprete de Lara (Lara com Z)
28% - Leonardo Miggiorin, intérprete de Roni (Insensato Coração)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A ousadia do Cordel

Ele é um dos roteiristas de Os Imperfeitos, a próxima estréia do Canal Casablanca, e dono de um sugestivo blog, o Histórias de Tatu. Pedi ao amigo Walter de Azevedo que fizesse uma análise dos primeiros capítulos da novela Cordel Encantado, ele prontamente aceitou. Eis o resultado, um texto primoroso , pelo qual agradeço.



Muito se fala sobre a atual falta de ousadia na teledramaturgia brasileira. Com a aposta em fórmulas fáceis e tolhidos pela classificação indicativa, os grandes autores há anos nos apresentam mais do mesmo, fazendo com que o público perca o interesse pelas novelas.

Cordel Encantado, escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid, vai na contramão do atual panorama televisivo. A nova novela das 18h da Rede Globo, apresenta novidades tanto na história quanto nas imagens.

Claro que o básico do folhetim está lá, mas envolto por uma atmosfera diferente, causada pela união dos contos de fadas clássicos e da literatura de cordel. Aí mora o grande trunfo da novela. As cenas passadas no fictício reino de Seráfia, mostram ao público o rei, a rainha, o conselheiro e até mesmo uma “bruxa”, muito bem defendida por Débora Bloch.



A cena em que a rainha Helena (Mariana Lima) amaldiçoa a pequena Aurora, lembrando nitidamente A Bela Adormecida, e a junção com as belas imagens gravadas na França (inclusive com impressionantes cenas de batalha), dão o tom mágico desse setor da trama. Vale ressaltar também a personagem Carlota (Luana Martau), fazendo uma divertida “irmã da Cinderela”, querendo ser rainha a todo custo. Outra passagem interessante é a prisão de Petrus (Felipe Camargo), irmão do rei, que acaba sendo dado como morto. Na verdade, por armações de sua própria mulher, Úrsula (Débora Bloch) e do mordomo Nicolau (em uma interpretação equivocada de Luiz Fernando Guimarães), Petrus está vivo e preso nas masmorras, com o rosto coberto por uma máscara de ferro, em uma alusão ao clássico de Alexandre Dumas e a uma passagem da novela Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes.



Na parte brasileira da novela, na pequena Brogodó, temos cangaceiros, jagunços, coronéis e toda a gama de personagens que estamos acostumados a ver na literatura de cordel. Mais do que retratar a vida no sertão, o que a novela faz é nos colocar dentro de um livrinho daqueles que se vendem nas feiras nordestinas. Mais uma vez a novela deixa clara a sua falta de compromisso com a realidade. A literatura de cordel passa a ser o conto de fadas brasileiro e, como tal, permite as mesmas liberdades que ocorrem no núcleo europeu. Cenografia e figurinos seguem essa mesma linha, nos fazendo lembrar de minisséries como O Auto da Compadecida e Hoje é Dia de Maria. Ou seja, nada ali é naturalista.



Como não é uma história comum, o diretor Ricardo Waddington também resolveu dar um tratamento diferenciado nas imagens. A novela tem ares de cinema graças à captação de 24 quadros por segundo. O resultado na telinha é deslumbrante, tanto nas tomadas panorâmicas quanto nas mais fechadas.

Claro que tantas novidades não serviriam de nada se não tivessem um bom texto para se apoiar. Os quatro capítulos apresentados até agora mostram que Duca Rachid e Thelma Guedes sabem exatamente o que estão fazendo. O roteiro bem estruturado, dosando romantismo, comédia e aventura, parece ser mais um dos elementos que contribuem para a qualidade da novela.

Diante de uma avalanche de novidades, a grande dúvida é saber se o público comum, principalmente o das 18h, considerado mais tradicional, vai embarcar na fantasia das autoras. Na verdade, Cordel Encantado é uma aposta corajosa. As primeiras impressões na internet parecem ser favoráveis. Nas mídias sociais, a novela é tratada como um grande sucesso e por enquanto ninguém veio reclamar da imagem diferente ou do excesso de fantasia. Agora é dar tempo ao tempo e esperar pra ver que caminhos esse ousado conto de fadas tomará.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Entrevista com o Ex-Ator Pornô, Giuliano Ferreira.

Giuliano Ferreira já usou nomes como Julio Vidal, Juliano Ferraz e Lucianno, nos créditos de seus filmes. Foi, junto de Fábio Scorpion e Christian Wave um dos atores mais importantes do gênero pornográfico. Mas isso faz parte do seu passado, pois atualmente ele é evangélico. E é sobre isso que falamos na entrevista a seguir:


Você iniciou na carreira pornográfica muito cedo. Teve o apoio de sua família?
Giuliano - Sim muito cedo, aos 19 anos de idade, mas não tive nenhum apoio, pois todos eram cristãos.
Imagino que ninguém faça filmes pornográficos pela fama, pois a mesma é relativa, muito restrita a um público específico. Você ganhou muito dinheiro?
Giuliano - Sim claro, a fama é conseqüência e satisfaz o ego do ser humano. Mas não ganhei muito dinheiro, no entanto pela situação do nosso país, ganhava bem.
Havia um contrato fixo ou por produção? Como reagiram à sua decisão de não mais protagonizar os filmes?
Giuliano - No início trabalhei por produção, mas veio o reconhecimento internacional e daí passei a trabalhar sob contrato tanto no Brasil quanto no exterior. E quando parei, eles souberam entender.
As experiências vividas nos filmes se confundiam com a sua vida “real”?
Giuliano - Até hoje a maioria das pessoas acha que os atores são filmados em momentos de descontração, que tudo aquilo é fake, porém embora não seja um realyte show, as situações são criadas para parecer verdade. Mas é vale ressaltar que todos os envolvidos estão lá para dar alimento as suas famílias, para criarem seus filhos, e sobretudo, que são pessoas necessitadas de Jesus, como muitas que vivem uma vida infeliz e não optam por querer mudar para melhor.
Quem era o seu público alvo na época de ator pornô? Ainda te admiram, hoje numa postura totalmente contrária?
Giuliano - O público era variado. Homens e mulheres de todas as classes sociais e também de todas as opções sexuais. Hoje, infelizmente, poucos conseguem entender e separar o ator que fui, da pessoa que sou. Aqueles que entendem, apóiam e me dão força para prosseguir no que faço atualmente, pois é benéfico para mim. Óbvio que existem aqueles que não entendem e apedrejam, falam calúnias, não percebem que a vida deles por muitas vezes é um vazio, acham que todos devem ser assim como eles, mas desejo o bem para todos e creio que um dia, eles também poderão entender e aceitar.
O que te fez abandonar uma carreira “sólida” e passar a ser evangélico?
Giuliano - Primeiramente, tive um chamado de Deus, mas passei por uma situação muito difícil, uma infecção generalizada devido a uma mal sucedida extração de dente, fiquei com os rins e o pulmão prejudicados. Temi pelo pior. Foi aí que tive uma experiência com Deus e resolvi mudar. Mas também pela questão familiar, pois eu estava casado há apenas um ano e tinha medo de passar alguma doença para a minha esposa. Vi vários amigos sendo infectados pelo HIV e isso é algo muito difícil, triste. Por amor próprio, à minha família, por querer ver meus filhos crescerem, fui influenciado a mudar de vida.


Há algum colega da época dos filmes que tenha seguido o seu exemplo?
Giuliano - Sim, graças a Deus há alguns, mas diferentemente de mim, eles optaram por não ter mais uma vida pública, por isso não tenho autorização para citar nomes. Conheço umas 12 pessoas que tiveram a alegria de conhecer a Jesus.
São muitos os “ex - isso ou aquilo” que se utilizam deste artifício para continuarem na mídia, com exceções, obviamente. O que pensa sobre isso?
Giuliano - Sim, infelizmente muitos usam para poder continuar na mídia, e isso gera um desconforto para aqueles que realmente mudaram, pois por não conseguirem ficar afastados de situações contrárias à doutrina da Igreja, expõem a si e aos outros. Se querem transformação precisam renunciar as coisas passadas e experimentar uma nova “vida”.
A maioria dos evangélicos não vê com bons olhos esse modismo, talvez motivados pela superficialidade com que alguns professam a sua fé. Há sete anos como evangélico, no início você sofreu preconceito, ou isso ainda acontece?
Giuliano - Sim. Não diria que a maioria, mas muitos evangélicos já tiveram desilusão com pessoas que apregoam uma mudança, mas não a vivem.  Prejudicam aqueles que tiveram de verdade um encontro com Cristo. Faz sete anos que obtive uma verdadeira experiência com Cristo e infelizmente já sofri e às vezes ainda sofro preconceito, mas compreendo e espero que todos reflitam na história bíblica do apóstolo Paulo, que teve uma real transformação após anos de perseguição aos cristãos.
De qual denominação evangélica você é membro? Já exerce alguma função ministerial? Preparou-se para isso?
Giuliano - Sou membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Madureira. Uma Igreja que completará 100 anos de história, em 2012. Tem pessoas que insinuam que eu agora quero ganhar dinheiro do povo de Deus, mas precisam saber que sou obreiro da Igreja e não ganho nada por isso, e também não sou proprietário de Igreja alguma, sendo submisso a uma liderança e convenção. Tenho me preparado constantemente nesses sete anos de caminhada, sou formado em Teologia e fiz diversos cursos correlatos para ser obreiro na Casa de Deus. Desempenho a função de Evangelista.
Hoje, como evangélico você consegue manter o status social econômico da época em que atuava?
Giuliano - De fato, não vivo como antes. Tive que renunciar a vida que levava e parei no auge da minha carreira e na época ganhava relativamente bem.  Hoje vivo das vendas de material religioso, como Bíblias, CDs, DVDs, Livros, enfim. E não taxo valores para ir a eventos ou em qualquer que seja a Igreja, ao contrário do que muitos possam pensar, não sou explorador, mas Deus, nada deixa faltar para mim e toda a minha família. Vivemos com cerva de 20% do valor que vivia antes, mas o importante é que sou feliz e não sou obrigado a fazer o que não quero.
Como é a sua rotina atual?
Giuliano - Minha rotina é simples... Fora os afazeres comuns a todos, costumo reservar as manhãs para ler a Bíblia, algum livro, checar meus emails. Isso quando não estou viajando. Também estou sempre visitando clientes que adquirem os materiais os quais já citei, e assim vou caminhando com Jesus.
Talvez um livro sobre parte da sua vida lhe daria um bom retorno. Já pensou em escrevê-lo?
Giuliano - Sim, penso nisso. E a propósito, estou procurando uma pessoa que queira escrever a minha Biografia comigo e uma Distribuidora que entre nesse negócio. Está aberto aos interessados.
Você participou de alguns programas de televisão em diferentes emissoras. Sentiu maldade nas perguntas de algum apresentador?
Giuliano - Não. Tudo tranqüilo, pois estou acostumado aos temas, mas confesso que tenho evitado estar em alguns programas que querem polemizar em cima da minha imagem.
O que pode dizer aos jovens que por acaso pensem em entrar no mundo ilusório e perigoso da prostituição?
Giuliano - Que não entrem nessa, pois é tudo ilusão. Perdi anos da minha vida pensando que iria ser alguém e quando percebi, vi que estava escravo do sistema e ainda discriminado pela maioria da sociedade. Estudem, busquem a Deus, se dediquem, este é o segredo para se adquirir sucesso e realizações em suas vidas.
O POSSO CONTAR CONTIGO? agradece a gentileza e deseja que você seja bem sucedido em tudo o que se proponha a fazer. 


Acesse o site oficial do Giuliano Ferreira e saiba detalhes do seu testemunho, aqui.