Por Daniel Couri
O tão anunciado "Na Moral",
programa do jornalista Pedro Bial que estreou na última quinta-feira,
decepcionou os que esperavam algo minimamente interessante. Com o prestígio e a
experiência que Bial tem na Globo, é difícil entender como ele permitiu que um
programa tão confuso como aquele fosse ao ar.
Quatro convidados compareceram para comentar
os temas: o filósofo Luiz Felipe Pondé, (autor de O Guia Politicamente Incorreto da Filosofia), o jornalista Antônio
Carlos Queiroz (que escreveu o Guia do
Politicamente Correto), o cantor de pagode Alexandre Pires e a ex-musa do Casseta & Planeta, Maria Paula.
Potencial não faltou. Mas a edição apressada
deixava o telespectador irritado. Cada vez que um convidado começava a falar
sobre um tema, era cortado e Bial já pulava para outro assunto. Ninguém
conseguiu concluir um raciocínio sequer. A impressão foi que os participantes
do debate estavam sendo deliberadamente cortados devido ao curtíssimo tempo.
Aliás, tempo foi outro fator crucial que faltou
ao programa. Enfiaram vários temas potencialmente interessantes num espaço que
não foi suficiente para serem debatidos e explorados. Foi um tanto quanto
embaraçoso ver os convidados tolhidos o tempo todo, mal conseguindo terminar as
frases.
Os assuntos não tinham gancho. Bial pulava de
um tema a outro como se houvesse alguém ali ao lado dizendo 'rápido, passe para
o próximo!'. E a dramatização feita por Adriana Lessa foi totalmente descabida.
Não pela atriz, que é maravilhosa e talentosíssima, mas sim porque não tinha
nada a ver encenar um depoimento. (Aliás, espero que Adriana não seja mal
aproveitada na Globo. Ela merece um destino melhor que o “Na Moral”).
Como li em uma das várias críticas negativas
ao programa, a impressão passada ao telespectador é que 5 horas foram editadas
às pressas para caberem em pouco mais de trinta minutos de programa.
Apesar de achar que o programa não disse a
que veio, considero a ideia boa, mas o tempo apertadíssimo de exibição somado
ao número de convidados e temas não funcionou bem. Se “Na Moral” não pode ter
uma duração maior, o ideal seria eleger apenas um assunto para ser tratado por
programa. Do contrário, o que era para ser novidade vai ficar com cara de comida requentada. Às pressas.
tb acho a ideia boa, mas tem razão, todos padecem do mal do esquenta( que tem a pior edição de todos os tempos)...agora a pergunta: por que o programa amor e sexo não tinha tal problema?
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