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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Lado Oposto - Folhetim de André Cavalini [penúltimo capítulo]


CAPÍTULO 4

Cena 29. Exterior. Prainha de Água Negra. Pista de Cooper. Manhã.

Eulália faz sua corrida matinal, escutando mp3. A prainha e o local estão vazios.  

CAM mostra o sapato de salto de uma mulher que entra na frente de Eulália.

Suspense. Eulália vê Elvira.

EULÁLIA (assustada) - Elvira? Como assim? Como... de onde?... você sumiu!
ELVIRA (maliciosa) - Sumi, querida. Mas voltei. Voltei das profundezas de um reino tão, tão distante, pra acertar as contas com você.
EULÁLIA - Eu não sei do que você está falando.

Eulália recua. Ainda está muito assustada.

ELVIRA - Não se faça de morta, Cachinhos de Ouro. Você sabe sim, e sabe muito bem.

Eulália começa a chorar e corre da irmã sem nada dizer. Elvira não consegue acompanhá-la e grita.

ELVIRA - Pode correr. Corre mesmo, mas eu te pego. Eu voltei e vou tacar o terror nessa historinha de criança. Escutou? Vou tocar o terror!!! (RISADAS SARCÁSTICAS)

CORTA PARA

Cena 30. Interior. Fazenda dos Sabatini. Quarto de Eulália. Noite.

Legenda: Um mês antes

Martin já está na cama, empolgado para que a mulher se deite logo. Eulália está com semblante preocupado. Ela olha pela janela.

MARTIM - Vem logo pra cá, minha nega branca. Vem que hoje essa cama vai balançar a noite inteira.
EULÁLIA (serena) - É isso que eu mais gosto em você, sabia.
MARTIM (se gabando) - Eu sei que gosta do seu macho aqui.
EULÁLIA - Não, seu bobo. Claro que você é muito bom nisso, mas to falando da sua simplicidade, do seu jeito tranqüilo de encarar a vida, de brincar com tudo e com todos.
MARTIM - ... Já vi que hoje não rola nada, né? Tá tudo bem? parece preocupada. Aliás, de uns dias pra cá tenho notado você meio estranha. Aconteceu alguma coisa?
EULÁLIA (assustada) – Estranha? Mas estranha co... como?
MARTIM - Às vezes você tá com o pensamento longe...

O celular de Eulália toca. Ela vê que é um número desconhecido e não atende.

ATENÇÃO: Importante saber que Martim não esboça reação quanto ao celular tocando. Porém ela não dá mais atenção ao marido e assim que rejeita a ligação, olha pela janela e do lado de fora vê Elvira lhe encarando. Elvira balança um celular, como que provocando a irmã.

CLOSE EM Eulália, com medo. Close em Elvira, eufórica.

CORTA PARA:

Cena 31. Exterior. Cadeia Municipal de Água Negra. Fachada. Noite.

Vários repórteres estão em frente a cadeia de Água Negra e vão revelar a última notícia sobre o julgamento de Eulália. Atrás deles, um grupo de manifestantes, a favor e contra Eulália.

Enquanto os repórteres dão a notícia, ela será vista na casa dos seguintes personagens: Martim e família, Bento, Terry e esposa, Vivian, Sales, Juiz Machado, Dr. Maurício e Dr. Henrique.

REPÓRTER 1 - Eulália Sabatini: culpada ou inocente? A resposta que todos querem saber aqui no município de Água Negra, no interior de São Paulo, só volta a ser respondida a partir de amanhã. Em um comunicado à imprensa, o Juiz Alberto Machado, responsável pelo julgamento deverá levar mais um dia para recomeçar. Nem o público e nem a imprensa terão acesso às argumentações dos advogados e depoimentos das testemunhas...

DISSOLVE PARA

REPÓRTER 2 -... O juiz não revelou os motivos para que a decisão fosse tomada, dizendo apenas que é necessário que assim seja, para que aconteça o mínimo de falhas possíveis no julgamento. Machado disse ainda que tanto a promotoria quanto a defesa chegou a essa conclusão em acordo. Quem não gostou nada disso, foi a população que veio fazer manifestações. Uns contra e outros a favor da réu. Mas em um aspecto todos têm uma opinião em comum: querem justiça!

DISSOLVE PARA

POPULAR ENTREVISTADO (revoltado) - Uma criança! Meu Deus, o que pode ter feito uma criança para merecer esse fim? Olha, o caso ganhou essa repercussão toda e não é para menos: uma mãe. Se uma mãe é capaz de matar a própria filha, gente, então pena de morte é pouco pra essa tal Eulália Sabatini. Ela é de família poderosa na região, mas grande coisa. A lei tem que ser pra todos! Justiça! Jus-ti-ça! Assassinar uma filha por causa de um seguro de vida que a menina tinha e ainda ter a cara de pau de dizer que foi em defesa, que pensava estar sendo vítima de um ladrão?! Balela! E agora me inventam uma irmã gêmea. Isso não é novela, minha gente, é vida real! E tem juiz que acredita. Pra onde vai a justiça aqui no Brasil, meu Deus?!

FUSÃO RÁPIDA PARA

Cena 32. Interior. Quarto de Hotel. Noite.

Margot acabou de ver a notícia.

MARGOT - É, minha menina, as opiniões se divergem. Mas logo todos saberão da verdade!
CORTA PARA

Cena 33. Interior. Cadeia Municipal. Sala de Visitas. Dia.

Logo pela manhã Vivian visita Eulália, que está calada e abatida e nem reage ao cumprimento da psicóloga.

VIVIAN - Bom dia Eulália. Bom, você não me conhece, mas eu fui a psicóloga designada pra ter uma última conversa com você, antes do final do julgamento que está marcado pra logo mais. Você sabe que a aparição de sua irmã causou um grande rebuliço no caso, dividiu ainda mais as opiniões e fez com que o juiz aceitasse em te dar uma última chance.
EULÁLIA- Não há nada pra ser mudado.
VIVIAN - Eulália, eu vou ser bem franca com você. Formei-me há pouco tempo, mas sou fascinada por casos de assassinos e suas mentes. Consigo captar sinais, os mais bobos, em uma mente assassina de longe. Venho estudando seu caso, baseada na teoria de uma mãe que mata a filha por dinheiro, mas sinceramente, não vejo em você nada que me leve a acreditar que foi você quem atirou em sua filha.
EULÁLIA - Você não vê em mim uma assassina porque não sou. Não fiz por dinheiro, foi sem querer, eu já disse. Por favor, me deixe em paz, me deixe quieta até a hora de receber minha sentença. Parem de me atormentar querendo mostrar uma inocência que não existe.

Vivian se levanta.

VIVIAN - Muito bem, você mantém a sua versão, eu nada mais posso fazer. Vim aqui como uma profissional que poderia te ajudar, mas você não quer ajuda. Só lhe desejo uma boa sorte. (PAUSA) Ah! Acho que você deve saber que existe a possibilidade de encontrar sua irmã no tribunal. A polícia recebeu uma denúncia anônima, foram averiguar. A descrição bate com a sua, quer dizer, com a de sua irmã.
EULÁLIA (incrédula) - O quê? Como assim, isso é, isso é...

Vivian sai sem dar maiores detalhes. Eulália fica a chamar por ela, desesperada, até que a guarda lhe segura e a leva de volta pra cela.

DISSOLVE RÁPIDO PARA:

Cena 33. Interior. Delegacia Municipal. Corredor. Dia

Vivian fala ao celular enquanto sai dali.

VIVIAN - Está feito. A isca foi jogada. Agora é torcer para que dê certo, ou então, meu querido, teremos fracassado no caso.

CORTA PARA

Cena 34. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia

A platéia está vazia. Apenas os jurados, o advogado de defesa e o promotor estão ali. Conversam informalmente antes do juiz entrar.

DR. HENRIQUE - Não tem como voltar atrás agora, Maurício! Você deu sua palavra. É só fazer o que foi combinado. Se der errado você vai ter a sua sentença, o júri vai ver tudo. Mas se existe essa chance, se o que a Margot contou for verdade, e você viu que existe uma grande chance de ser, você sabe que uma injustiça está sendo realizada. É seu dever como promotor descruzar os braços e fazer alguma coisa.
DR. MAURICIO - O meu dever é fazer justiça. Colocar atrás das grades quem tirou a vida daquela menina inocente, esse é o meu dever.
DR. HENRIQUE - E é o que você vai fazer. Vai colocar a verdadeira culpada atrás das grades. Lá no fundo você sabe, você é um excelente promotor, e sabe que desde o começo esse caso estranho.
DR. MAURICIO - A única estranheza que vejo nisso tudo é uma mãe matar a filha por dinheiro. Isso é estranho e inadmissível pra mim.
DR. HENRIQUE - Não foi isso que aconteceu. E ainda que Eulália tivesse atirado, não seria por esse motivo. Com todos esses anos de brilhante atuação, você sabe quando está diante de um criminoso. E embora não admita, sabe que Eulália é inocente.
DR. MAURICIO - O meu colega deseja voltar a defender seus argumentos perante o juiz? Porque se assim desejar, eu estou pronto e afiado pra guerra.
DR. HENRIQUE - Não. Vamos fazer o combinado.

Juiz Machado entra e abre a sessão. Promotoria e defesa tomam seus lugares e Eulália é trazida pelo meirinho.

EULÁLIA (sussurrando) - O que você está fazendo? Que história é essa que aquela psicóloga foi me falar hoje.
DR. HENRIQUE - Calma Eulália, confie em mim. Estou fazendo tudo pelo teu melhor.
EULÁLIA - Você não sabe o que é melhor pra mim.

Eulália se levanta.

EULÁLIA - Senhor juiz, gostaria de pedir a dispensa de meu advogado. Acredito que ele não esteja conduzindo a minha defesa com ética e por isso não o quero mais me defendendo. É possível, meritíssimo?

TENSÃO. CLOSE EM TODOS.

CORTA PARA:

Cena 35. Interior. Bar de Devaneiro. Dia

Legenda: Um dia antes do crime

Elvira está sentada numa mesa.

ELVIRA - Tava sem trança pra descer da torre, Rapunzel? Ou sua vassoura de bruxa se quebrou pelo caminho? (RISADAS)
EULÁLIA – Eu pensei muito se deveria vir, mas como não se você não me dá paz. Não para de me ligar, de aparecer escondida em minha casa pra me assustar. Pára Elvira, pelo amor de Deus! Você vai me deixar louca. Eu estou ficando louca!

A garçonete se aproxima.

GARÇONETE (olhando com estranheza) - Já escolheu?
EULÁLIA - Me traz uma água com açúcar.
ELVIRA - E uma cerveja, com dois copos, querida!

A garçonete toma nota...

ELVIRA - Por acaso to falando árabe com você? Vai logo minha filha, mexe essa bunda magra que não recheia nem um quibe, e traz a minha cerveja.

A garçonete olha com estranheza, sem entender. E se retira.

EULÁLIA (constrangida) - Deixe de ser grossa. (angustiada) Não vou fazer o que você quer. Não vou deixar você no controle da minha vida.
ELVIRA – É claro que vai. Vai me dar T U D O que eu quiser, sim. E vai me deixar agir também sem se colocar no meu caminho. E você sabe muito bem que quando eu quero, eu faço e ninguém me segura. Você teve sorte da outra vez, mas agora eu voltei com tudo. E se você não quiser que o seu conto de fadas vire abóbora de novo, é melhor não ficar em meu caminho.
EULÁLIA - Se é assim, já sei o que fazer. Chega de guardar segredo. Eu vou contar tudo. Vou revelar pra todo mundo, minha irmã. E seja o que Deus quiser.

Eulália não dá mais ouvidos e sai dali. Elvira vai atrás dela, furiosa. A garçonete que chega com o que foi pedido, continua sem entender.

CORTA PARA

Cena 36.  Interior. Agência Bancária de Água Negra. Mesa do Gerente. Dia

Entende-se que essa cena acontece após a saída de Elvira do bar em que estava com a irmã. Portanto, no dia anterior ao crime.

Elvira chega e fala com Sales. Um casal está sendo atendido por ele, mas ela nem liga. Sales pensa que é Eulália.

ELVIRA - Preciso falar com você.
SALES - Claro, Dona Eulália. Aguarde cinco minutos que já estou/
ELVIRA - Não vou aguardar nada. Ou você fala comigo agora ou vou  encerrar minha conta nessa pocilga de banco e te denunciar pra OAB, SENAC, IPVA... Ah, sei lá, pra qualquer lugar que eu possa te denunciar.
SALES - Dona Eulália, você está bem?
ELVIRA - Nunca estive melhor. Vai me atender ou não vai. Precisa ser num lugar particular.
Sem graça, Sales se desculpa com o casal e pede que espere um instante. Ele levanta e guia Elvira até uma sala fechada.

CORTA RÁPIDO PARA

Cena 37. Interior. Agência Bancária de Água Negra. Sala Particular. Dia

Sales convida Elvira para sentar. Ali existe uma mesa com duas cadeiras. Ele está um pouco nervoso.

SALES - Dona Eulália, me desculpe, mas nunca a vi agir dessa maneira. Por favor, me diga o que posso fazer pela senhora.
ELVIRA - Pode começar me contando tudo, absolutamente TUDO sobre o seguro que meu sogro fez para minhas filhas. Quero detalhes e principalmente, quero saber com quem fica o dinheiro caso alguma coisa aconteça a elas. Aproveita que eu sei ser bem generosa com quem é bonzinho comigo, e começa a falar...

Elvira sobe em cima da mesa de Sales e abre a pernas. Sales está com uma visão privilegiada do que há embaixo da saia de Elvira.

ELVIRA (continua) ... eu não tenho um capuz vermelho pra atiçar o seu fogo, mas tenho algo muito melhor pra animar você a abrir essa boca grande, meu lobo mau!

Elvira tira a calcinha vermelha e joga no colo de Sales, que continua a olhar debaixo de sua saia. Ela sorri sarcasticamente.

Tensão. Close em Sales, surpreso, mas, ao mesmo tempo excitado com o que vê.

CORTA PARA

Cena 38. Interior. Fazenda dos Sabatini. Dia

Clipe de Elvira revirando toda a casa. Essa cena é uma continuação do que aconteceu no dia anterior ao crime. Ela revira, com cuidado pra não ser pega, o quarto de Eulália, o quarto das meninas, dos sogros, o escritório. Os empregados nada notam, pois ela faz tudo com discrição. Sua chegada foi discreta também, ela não parou pra falar com ninguém.

No entanto, após vasculhar tudo, bem na hora da saída ela esbarra com a filha Diana. Aqui se repete a cena 26, em que Diana e ela se esbarram, e Elvira revela que não é Eulália.

CORTA PARA

Cena 39. Exterior. Fórum de Água Negra. Fachada. Dia

Dias atuais.

Alguns manifestantes na entrada. Foco na repórter da TV local que passa as informações sobre o julgamento.

REPÓRTER 1 - Acaba de ser iniciado o julgamento de Eulália Sabatini pela morte da pequena Elisabeth Sabatini. Todos os detalhes do julgamento você verá na edição da noite do nosso telejornal ou a qualquer momento durante nossos plantões especiais.

Analice, Bento, Sueli e Joaquim estão acompanhando o noticiário em suas respectivas casas.

CORTA PARA:

Cena 40. Interior. Fórum de Água Negra. Sala do Fórum. Dia

Terry, Vivian e Margot estão tensos.

TERRY - Chegou a hora. Estão prontas?
VIVIAN - Pronta como nunca.
TERRY - É o caso de nossas vidas, mocinha. Enquanto eu esperei muito tempo por algo assim, você já começa sua carreira com uma grande história pra contar.
MARGOT - Todos nós temos grandes histórias, delegado. Mas as melhores a gente costuma guardar pra nós mesmos, porque se contarmos, as pessoas nos olharão de outra maneira.
TERRY - A senhora está dizendo...
MARGOT - Que tudo na vida tem outro lado, inclusive nós. Um lado que nem sempre revelamos, nem sempre queremos que outros saibam. Mas vamos deixar de conversa e vamos em frente. O outro lado dessa história precisa vir à tona. Vamos acabar logo com isso.

CORTA PARA

Cena 41. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia

Continua do ponto de tensão da cena 36, onde Eulália pediu para que seu advogado fosse dispensado.

JUIZ MACHADO - A senhora quer abrir mão de um direito que todo cidadão possui? O de ser defendido, de tentar provar a sua inocência? Passamos por um longo período onde a defesa e a promotoria vem tentando provar ao júri suas convicções, e até que este júri dê o veredicto final, nada está concluído ou decidido.
EULÁLIA - Por mim, tudo já está decidido, Sr. Juiz. Eu disse que assumo a culpa. Eu matei a minha filha e não agüento mais esse processo que está se estendendo e cada vez mais tomando proporções que fogem do controle...

Todos se entreolham.

DR. MAURICIO - Que proporções seriam essas?

Eulália reluta um pouco.

EULÁLIA - Meritíssimo, permita o desabafo... (angustiada) Ninguém tem o direito de entrar em minha vida. Não podem vasculhar o passado e desenterrar o que lá ficou. (aos advogados) Vocês não têm o direito de invadir a minha história e tratá-la como se fosse algo fácil de manusear. (olhando pro júri) Eu só quero a minha condenação. Porque qualquer que seja ela, nunca irá se comparar ao que a vida já me condenou.
DR. HENRIQUE - Eulália, não fale mais nada, deixe que eu conduza as coisas/
EULÁLIA - Eu não quero mais sua presença aqui. Todos nós já sabemos onde isso vai dar. Vocês esvaziaram esses bancos aqui para que eu não visse as pessoas me olhando com ódio, com raiva, desejando a minha morte, mas eu sei que essas pessoas estão ali fora, assim como estão em cada canto desse país. Eu sei que todos estão acompanhando. Eu não as culpo. O senhor disse que tenho direito a defesa, senhor juiz, mas se tenho direito a ela, também devo ter em não a querer mais. O júri já tem a sentença pronta, vamos ser realistas e deixar que a exponha. Nada mais do que for dito aqui vai mudar a opinião deles. Eu estou condenada e ponto.

Terry, Vivian e Margot adentram o tribunal e as falas de Margot pegam todo mundo, principalmente Eulália de surpresa.

MARGOT - Não foi você quem cometeu esse crime, minha neta querida.

Eulália olha a senhora adentrando o tribunal e a princípio não a reconhece. Mas logo percebe que é a sua avó.

EULÁLIA (surpresa) - O que... a senhora? Mas o que está acontecendo aqui? E junto com essa psicóloga...?
MARGOT - Nós sabemos que não foi você, não é mesmo? Está na hora da verdade ser dita, e embora vá doer muito, não há mais porque esconder. Deixe a verdade ser revelada, não tenha medo!

Tensão. Suspense.

CORTA PARA


FIM DO PENÚLTIMO CAPÍTULO.

Confira o capítulo 3 aqui.

Um comentário:

  1. Olha, tô com muita desconfiança dessa Eulália... não dou crédito para quem fica sempre na defensiva, viu...

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