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domingo, 8 de maio de 2011

Um Viva à todas as Donas Lolas!


A teledramaturgia sempre nos presenteia com histórias emocionantes de Mães. Obviamente que, algumas desnaturadas como a exemplo do que acontece também na vida real, mas aqui quero destacar apenas três das personagens que nos marcaram pelo jeito de ser mãe, rendendo momentos ímpares às nossas novelas.

Quem não riu vendo o cuidado exagerado da Dona Armênia (Aracy Balabanian) com os seus "filhinhas do mamãe”, Geraldo (Marcelo Novaes), Gerson (Gerson Brenner) e Gino (Jandir Ferrari) em Rainha da Sucata? Por estes ela botava qualquer prédio “na chon”!
Por Isaac Santos

Em versões diferentes (Dona Xepa e Lua Cheia de Amor), mas com a mesma ingenuidade e raça, Dona Xepa (Yara Cortez) e Dona Genú (Marília Pera), defendiam suas proles e representavam com muita sensibilidade as muitas mães reais, que mesmo injustiçadas por seus filhos, são capazes de amar com um amor incondicional.

Mas o que dizer da perfeita encarnação de Mãe, pela Irene Ravache em Éramos Seis (uma das minhas poucas favoritas no Sbt)?! Dona Lola era sensata, justa e tinha discernimento, talvez só por isso já mereça o maior dos destaques. Criou os seus filhos, Carlos (Jandir Ferrari), Alfredo (Tarcísio Filho), Isabel (Luciana Braga) e Julinho (Leonardo Brício) enxergando e procurando lidar com as qualidades e defeitos destes. Uma mulher (para os padrões sociais da época) e mãe com iniciais maiúsculas, viveu a “vida” da sua família, com toda a intensidade, seja nos bons ou nos maus momentos aos quais o destino lhe apresentou. Finda tristemente a sua trajetória num asilo, mas satisfeita por ter cumprido o seu papel de MÃE.

Abaixo, numa cena (uma das relíquias do José Marques Neto) emocionante, finda-se a história de Dona Lola em Éramos Seis:

4 comentários:

  1. Bela postagem, e obrigado pela inclusão do video de Éramos Seis e pelos créditos, abração.

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  2. Grandes mães sempre rendem grandes histórias. Esta entidade sagrada da família sempre foi e continuará sendo uma matéria-prima para a dramaturgia.

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  3. COMENTÁRIO EXTRAÍDO DO PORTAL AGUINALDO SILVA DIGITAL. FEITO PELO AMIGO ANDRÉ LUIS!

    O DOCE PRAZER DE ESCREVER

    Hoje estava visitando o blog do amigo Isaac Abda (Posso contar contigo?) e me emocionei ao rever uma cena linda da nossa dramaturgia que muitas pessoas podem não ter tido oportunidade de ver em 1994, pelo SBT, na novela Éramos Seis, de Silvio de Abreu e de Rubens Ewald Filho, baseada no romance homônimo de Maria José Dupré.
    O mesmo romance foi levado ás telas mais 3 vezes: uma pela Record e duas pela Tupi e talvez vire remake na Globo em 2012 ou 2013, novamente pelas mãos de Silvio de Abreu.

    Dezessete anos depois de ter visto o desfecho de dona Lola- personagem da magistral Irene Ravache- pude me emocionar novamente ao rever a mesma cena e isso me inspirou a escrever o comentário de hoje sobre o doce prazer de escrever.

    Quantas donas Lolas devem existir por aí mundo afora???? No que será que a autora e, posteriormente, os autores se basearam para escrever aquela história ou aqueles diálogos tão profundos e verdadeiros?
    Não acredito que tenham sido inspirados apenas pela imaginação fértil e pelo poder criativo de cada um deles. Foram movidos por um poder muito maior: a paixão e é esse mesmo sentimento que deve mover nosso trabalho de escritores quando estamos dando vida a uma nova obra.
    Mas a paixão que me refiro não é a de uma pessoa pela outra, mas sim, a paixão e o amor por aquilo que estamos fazendo.

    A dona Lola é daqueles personagens clássicos que nos encantam desde o inicio porque são verdadeiros e tão puros que até parece que a alma deles vai ser transportada da TV ou do livro para dentro de nossas casas.
    É a Lola que pode muito bem nos lembrar de uma mãe, de uma avó, tia, vizinha, seja lá quem for, mas é uma personagem verdadeira e não apenas uma mera criação. Estranho isso né?

    Mas acho que é isso que falta atualmente nas nossas novelas, ou seja, de histórias realmente parecidas com a nossa realidade. De nada adianta investir em tanto glamour ou viagens internacionais- o assunto já ganhou tópico aqui recentemente pelo Marcos Silvério- se depois de um tempo não teremos mais vontade de acompanhar aquela história. Os confltos e situações vividos pelos personagens têm e devem se identificar com os nossos.

    E como deve ser gratificante para um autor descobrir que mesmo depois de 17 anos da exibição de seu trabalho que ele ainda consegue emocionar uma pessoa.
    Ao rever hoje a cena de dona Lola não contive minhas lágrimas e como lembrei e chorei de saudades da minha mãe porque estou longe dela, mas seguindo meus sonhos e sei que ela por me amar está torcendo por mim. Mas como isso dói porque é humano sentir saudades de quem amamos.

    Que fique o conselho para todos nós futuros roteiristas de que antes de qualquer outra coisa, que a nossa história tem que nos emocionar, antes mesmo de ser mostrada para um produtor ou diretor. Nós temos que acreditar naquilo que estamos escrevendo porque só assim conseguiremos passar a emoção daquilo que pretendemos.

    Que muitas outras donas Lolas sirvam de inspiração para nossos futuros trabalhos.

    Andre Luis Cia

    UM ABRAÇO, ANDRÉ... VALEU PELO MERCHAND, RS!!!

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