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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma vez Maitê... sempre Maitê!!!

Conversando com um amigo sobre o meu desejo de homenagear a Maitê Proença aqui no Blog, fiz-me de desentendido quando quase que instantaneamente ele retrucou: "mas você não sabe que sou super fã da Maitê, a minha Diva?, tem que ser eu a fazê-la!"... Mas claro que eu já sabia, rs, estava apenas aguçando o seu interesse pela produção de um texto em homenagem à talentosa e belíssima atriz. O Amigo de quem falo e  que prontamente aceitou o convite, é o Adilson Oliveira. Valeu, amigão! Confiram:  


Início de 1982. Maitê Proença aparece linda na pele da vilã Carla, na novela Jogo da vida, de Sílvio de Abreu. Eu, nesse tempo, não sabia ainda o que era novela. Acompanhava minha irmã à casa da vizinha. Tudo para mim era a mesma coisa: novela, comercial... Aquelas imagens ininterruptas não me diziam absolutamente nada, não seduziam o garoto de sete anos de idade, com exceção de quando Maitê aparecia no vídeo. Diante da imagem daquela bela mulher, eu ficava seduzido pelos seus olhos claros, pela voz doce e rouca e pelo seu sorriso. Não sabia ainda quem era aquela atriz que, apesar de vilã na novela, era o meu anjo da guarda. Eu, desde o primeiro momento, me apaixonei por aquela mulher que habitaria para sempre os meus sonhos.


Daquele primeiro contato, guardo em mim a imagem da Maitê, translúcida como se fora ontem, talvez porque essa imagem se multiplicaria, no decorrer dos anos, em várias outras aparições da atriz na TV, no cinema, no teatro, nas revistas e nos jornais. A Carla, de Jogo da vida, transformou-se, em 1983, na doce Juliana, de Guerra de sexos, também de Sílvio de Abreu. Nesse período, já tinha consciência do que era novela, não conseguia, porém, separar a Maitê da Juliana: ambas eram igualmente encantadoras e eu já me enfeitiçara definitivamente por essa mulher.

Nos anos de 1984 e 1986, Maitê muda de casa e de século. Deixa de lado as mulheres contemporâneas para viver, respectivamente, Domitila de Castro Canto e Mello e Ana Jacinta de São José, nas obras Marquesa de Santos e Dona Beija, ambas de Wilson Aguiar Filho. Como amante de D. Pedro I ou como a mais famosa cortesã da história, Maitê emocionou o país inteiro, que mudou de canal para se deixar seduzir pela atriz que era, ao mesmo tempo, símbolo de beleza e de talento. Deixamos as amarras de uma sociedade tradicional e torcemos apaixonadamente pela cortesã, acompanhando com olhos atentos a nudez do seu corpo e da sua alma. Nudez contemplada, também, na capa da revista Playboy, em fevereiro de 1987, que bate recordes de venda nas bancas de todo o país. Eu, ainda garoto, contemplo cada página como se não houvesse vida além daquela revista. Olhos, seios, boca, sexo... tudo ali tem um gosto de desejo.




Maitê, em 1987/1988, volta à atualidade e à Globo. Dessa vez, cede espaço à Camila, de Sassaricando, em mais uma parceria com o mestre Sílvio de Abreu. Nessa novela, a atriz abusa da sensualidade e dá vida à fotógrafa mais charmosa da teledramaturgia. Em 1989, o Brasil acompanha o romance improvável entre a professorinha Clotilde e o matuto Sassá Mutema, na novela O salvador da pátria, de Lauro César Muniz. Nessa novela, Maitê presenteia os fãs com um dos papéis mais marcantes de sua carreira. A doce professora rouba o coração de Sassá e de seu intérprete Lima Duarte; rouba, também, o coração de toda uma nação, que torce pelo improvável desfecho feliz daquela estranha história de amor.



Em 1991, Maitê surge na pele da protagonista de Felicidade. Helena é uma mulher, ao mesmo tempo, forte e frágil, corajosa e amedrontada, um pássaro com o desejo de voar para longe de Vila Feliz e buscar a felicidade no Rio de Janeiro. A novela de Manoel Carlos, baseada nos contos de Aníbal Machado, imortalizou a Helena de Maitê, transformando esse papel num dos mais importantes de sua carreira na telinha e desmitificando a ideia de heroína idealizada.


De 1994 a 2005, Maitê se metamorfoseou em Heloísa, Eugênia, Kalinda, Daniela, Maria Regina, Clara e Verinha. Essas duas últimas são grandes sucessos da atriz nas novelas Torre de babel, de Sílvio de Abreu, e Da cor do pecado, de João Emanuel Carneiro. Nesta, ela é a trambiqueira Verinha que, ao lado do Ney Latorraca, vive de golpes e do desejo de ascensão social; naquela, ela é a sofrida Clara, uma mulher sem brilho que, ao descobrir o amor nos braços de Clementino, se transforma em uma nova mulher. Em 1996, no aniversário da revista Playboy, mostra-se mais uma vez nua para deleite de italianos e brasileiros.


Depois da Walkíria e da Nanda, nas novelas Três irmãs e Caminho das Índias, Maitê deu vida à bela e adúltera Stela, na novela Passione, 2010/2011. Na sua mais recente parceria com Sílvio de Abreu, a atriz mostra ao país porque ainda é uma das mulheres mais desejadas de todos os tempos. Nessa novela, trai o marido com garotões que ela caça como uma verdadeira predadora. O Brasil inteiro cede aos encantos da linda atriz e aprova os desatinos da nossa belle de jour.


Além das novelas, Maitê, nesses mais de 30 anos de carreira, deu o ar de sua graça em minisséries, em peças de teatro e no cinema, vivendo papéis marcantes e construindo uma linda história na dramaturgia brasileira.
Os jornais e as revistas ajudam a contar essa bela história. Como fã, recorto as notícias e reconstruo a trajetória dessa grande atriz. Nas minhas pastas de recortes, estão lado a lado: a Joaninha, de Dinheiro Vivo – sua primeira novela; a Maria da Glória, de As três Marias, a Juliana, a Beija, a Clotilde, a Helena, a Stela e, por trás de todas elas, está a minha sempre Maitê Proença.


Adilson Oliveira é Professor Universitário, Roteirista e poeta apaixonado por corujas, além de, um grande amigo!

19 comentários:

  1. Amo Maitê! Foi minha primeira paixão televisiva e tem porte e status de estrela.

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  2. Também comungo desse mesmo pensamento, Vitor... a Maitê é a "Helena" do Manoel Carlos favorita, pra mim... Ela enche a telinha!

    Adilson é facilmente compreendido por todos nós, quando o assunto é a sua paixão pela Maitê!

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  3. Maitê foi uma das primeiras protagonistas que vi. A segunda novela que vi foi Felicidade onde ela reinava!
    Belíssima homenagem a essa diva!

    Abs

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  4. Boa lembrança. Uma presença sempre charmosa em nossas novelas!!!

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  5. Maitê Proença é de uma beleza, carisma e esplendor únicos. Essa atriz inegavelmente faz parte da história da tv brasileira, resplandecendo e dando um toque de sofisticação aos trabalhos em que está envolvida. Destaque para a arrebatadora interpretação em Dona Beija (que tive a oportunidade de apreciar na reprise do SBT) e para Clara de Torre de Babel, personagem de pouca vaidade e com uma certa amargura, bem diferente do que a atriz costumava interpetar. E sucesso à atriz nesta sua nova empreitada no ãmbito da literatura.

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  6. Perfeito Adilson, Nossa "Diva Multimídia" merece todas as honras mesmo e o interessante é q temos histórias parecidas e realmente na época não conseguia separar Juliana de Maitê q foi um personagem q apaixonou o Brasil!!

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  7. Resumindo a diva em uma palavra: Maitesão! Ótimo texto, Parabéns!

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  8. Maitê é linda! excelente atriz! Uma diva mesmo.

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  9. MAITÊ PROENÇA É A MAIS BELA MUSA QUE A TV APRESENTOU,UM MITO!!

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  10. Parabéns Adilson pelo 'ser fã' de uma das atrizes mais belas do país. Acompanhei alguns trabalhos dessa, e com o sorriso so lagarto tem mesmo uma personalidade Maitê.
    Atenciosamente,
    Ney Melo

    PS: Quando a gente menciona a mais, dá uma sensação de esquecer ou não valorização de outras IMPORTANTES no teatro, cinema e tv de nosso Brasil. Mas eu entendo... fãs e fãs!

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  11. Parabéns Adilson, adoro Maitê. Espero que ela não demore a voltar ao vídeo!

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Sempre gostei da Maitê também. E adorei esse texto, escrito com todo o sentimento! Parabéns!

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  14. A Maitê voltará na próxima novela das 9 - A filha do mar, de João Emanuel Carneiro

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  15. Ótima notícia, Adilson... muita expectativa por essa novela do JEC!

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  16. Realmente, Maitê é a eterna "musa das musas".

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  17. Alem de linda ,muitissimo competente

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