Por FÁBIO COSTA
No ar desde maio de 2010, o canal Viva chegou para realizar um sonho acalentado havia muito tempo pelos fãs de teledramaturgia. Depois de anos pensando numa iniciativa semelhante, a Globosat enfim decidiu pela criação de um novo canal que unisse clássicos da teledramaturgia a filmes e séries dublados mais atrações de variedades da TV Globo aberta e de outros canais do grupo como GNT e Multishow. Assim, o público tem no mesmo canal a chance de rever séries infantojuvenis como Sandy & Junior (1999/2002) e Caça Talentos (1996/1998), novelas de grande sucesso das décadas de 1980 e 1990 - as primeiras reprisadas foram Quatro por Quatro (1994/95) e Por Amor (1997/98) -, humorísticos clássicos como Chico Total (1996), Escolinha do Professor Raimundo (1990/95), Viva o Gordo (1981/87), TV Pirata (1988/90 e 1992) e Sai de Baixo (1996/2002) e musicais como Globo de Ouro (1972/1990) e Som Brasil (na leva de programas da década de 1990).
Nesses três anos no ar, o Viva proporcionou ao público a oportunidade de conhecer ou rever algumas das melhores produções da teledramaturgia brasileira - notadamente o forte do canal. São exibidas de segunda a sexta-feira três novelas e uma minissérie, além das séries nacionais infantojuvenis e adultas. Inicialmente eram apenas dois horários vespertinos de novela (15h30 e 16h30) e um noturno para minisséries (23h45), mas em outubro de 2010 a faixa da 0h45 passou também a exibir novelas, tendo sido Vale Tudo (1988) a escolhida para estrear o novo horário, com a nata da produção e da memória afetiva do público. Na sequência foram novamente ao ar Roque Santeiro (1985/86), Que Rei Sou Eu? (1989) e atualmente é reprisada Rainha da Sucata (1990).
No horário das 15h30 o Viva exibiu após Quatro por Quatro as novelas Vamp (1991/92) e Top Model (1989/90), enquanto às 16h30 depois de Por Amor vieram O Rei do Gado (1996/97) e Barriga de Aluguel (1990/91). Atualmente as novelas da tarde são Felicidade (1991/92) e Renascer (1993), respectivamente às 15h30 e 16h15.
Dentre as minisséries, algumas das mais lembradas e pedidas pelo público já foram ao ar pelo canal: as excelentes Anos Dourados (1986), Anos Rebeldes (1992) - ambas mais de uma vez -, Hilda Furacão (1998), Agosto (1993), O Tempo e o Vento (1985), Memorial de Maria Moura (1994), A Casa das Sete Mulheres (2003), Um Só Coração (2004), JK (2006) e A, E, I, O... Urca (1990) foram algumas das histórias exibidas. Por terem duração muito menor que a das novelas (cerca de um oitavo ou um nono do total de capítulos), as minisséries têm mais chance de ir ao ar mais de uma vez, como também foi o caso de Desejo (1990), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998) e Chiquinha Gonzaga (1999).
O sucesso do canal Viva comprova que existe público interessado em programas antigos, de diversos gêneros. Por isso mesmo representa uma esperança para todos aqueles que já se conformaram com o fato de o Vale a Pena Ver de Novo das tardes globais exibir apenas novelas bastante recentes (e em versões editadas, ao contrário do Viva, que exibe a íntegra das produções) e a grade da emissora aberta não ter espaço para essas e outras atrações que num canal pago podem ir ao ar para atender a um público que deseje assisti-las, na contramão do consenso de que o que é "velho" não tem apelo.
Através de um canal como o Viva é que se poderá rever produções há muito ausentes da televisão, como foi o caso de Vale Tudo e pode ser o de diversas outras novelas, séries e minisséries. O forte da grade é composto por programas da década de 1990, mas os anos 70 já se fazem presentes através de séries estrangeiras como a superclássica Dallas (1978/91) e Malu Mulher (1979/80). Logo, não é de se estranhar que em breve algumas novelas como O Bem-amado (1973), Escrava Isaura (1976/77) e Dancin' Days (1978/79) - em especial por já terem sido lançadas as suas versões em DVD - ganhem a tela do canal.
Cada um tem os seus desejos particulares de reprise, e claro que a lista de fã para fã varia e muito. Mas há os desejos quase unânimes, que podem vir a ser atendidos pelo Viva conforme a oportunidade. Tieta (1989/90), inspirada no romance de Jorge Amado Tieta do Agreste, é um caso, bem como as primeiras minisséries da Globo como Avenida Paulista (1982) e Anarquistas, Graças a Deus (1984) e a temporada dos anos 80 de Chico Anysio Show (1982/90). Novelas das seis como Fera Radical (1988), Livre para Voar (1984/85), A Gata Comeu (1985) e das sete como Vereda Tropical (1984/85), Bebê a Bordo (1988), Deus nos Acuda (1992/93) e mesmo sonhos maiores como as versões originais de histórias recentemente refeitas como Guerra dos Sexos (1983) não são mais sonhos tão inalcançáveis assim. Viva o Viva, e que muitos anos venham pela frente para deleite dos fãs de teledramaturgia e televisão brasileira.
O Viva foi uma aposta ousada da Globo, mas q deu muito certo e superou as expectativas da própria emissora.
ResponderExcluirBruno Viana
Só acho que poderiam ser mais ousados nas escolhas já que não precisam bater metas de audiência.
ResponderExcluirAndré Arteiro
Não vejo a hora de passar novelas do Walther Negrão!!! 'Despedida de Solteiro', 'Direito de Amar' e sobretudo 'Tropicaliente'!!!
ResponderExcluirDo Gilberto Braga, 'Corpo a Corpo' e 'O Dono do Mundo' tbm pra polemizar seriam ótimas!!!
E pra completar(ufa!): 'Fera Radical', 'Pedra sobre Pedra', 'A Viagem' e 'A Indomada' seriam TOPS!!!
Alexandre Altomare
Parabéns pelo belo texto! O canal Viva é uma excelente opção para quem curte boas produções
ResponderExcluirda Globo!
eu mesmo quero reprises de novelas:deus nos acuda,corpo dourado,quem é você,dancin days,locomotivas,o dono do mundo,história de amor e a gata comeu.
ResponderExcluirquanto as séries,que reprisem:os aspones.programa humorísitco:tv pirata e a minissérie meu marido.