Páginas

sábado, 14 de setembro de 2013

Arbitrário Folhetim - Último capítulo [parte final]

De Isaac Santos
Último Capítulo – Parte final

Cena 1. Casa de Pai Alfredo. Interior. Noite.

É a sexta-feira do trato. Olga volta, trazendo tudo o que foi solicitado. O chofer lhe ajuda com o bode. São recebidos pelo pai Alfredo.

Pai Alfredo – Pois, assim a gente faz. Faz e num tem erro, minha filha.

Olga está pensativa. Sente um calafrio.

Pai Alfredo – Tá com medo?
Olga – Não. Tô não!
Pai Alfredo – Pois então vamos preparar esse ebó...
Olga – (insegura) Mas, o senhor entendeu o que eu quero, né?

Cena 2. Teatro da TV Itapoan. Camarim/Corredor/Palco. Interior. Noite.

Clotilde está impecável. Alguém da produção vem lhe chamar.

Homem da produção – Tilde, vamos pro palco?
Clotilde – Vamos lá!

Eles saem do camarim, passam por um corredor e param na coxia. Ouve-se o apresentador anunciando:

Apresentador – (voz impostada, vibrante) É TV Itapoan, é a Tupi na Bahia. E para abrilhantar essa noite de estreia, Ela, a grande revelação da Bahia para o Brasil... Com vocês: Tilde Ramos!

Clotilde entra sob aplausos. Os músicos começam a tocar a introdução de “O Que é Que a Baiana Tem?”

Clotilde – (no microfone, ao público) Essa é do meu amigo Dorival Caymmi... baiano de muito talento... (começa a cantar)

♫ ♪♫ ♪♫♪♫ ♫ ♪♫ ♪♫♪♫
O que é que a baiana tem? 
Que é que a baiana tem?
Tem torço de seda, tem! Tem brincos de ouro, tem! 
Corrente de ouro, tem! Tem pano-da-Costa, tem! 
Tem bata rendada, tem! Pulseira de ouro, tem! 
Tem saia engomada, tem! Sandália enfeitada, tem! 
Tem graça como ninguém 
Como ela requebra bem! 
Quando você se requebrar Caia por cima de mim 
Caia por cima de mim 
Caia por cima de mim 
O que é que a baiana tem? 
Que é que a baiana tem? 
Tem torço de seda, tem! Tem brincos de ouro, tem! 
Corrente de ouro, tem! Tem pano-da-Costa, tem! 
Tem bata rendada, tem! Pulseira de ouro, tem! 
Tem saia engomada, tem! Sandália enfeitada, tem! 
Só vai no Bonfim quem tem 
O que é que a baiana tem?
Só vai no Bonfim quem tem 
Um rosário de ouro, uma bolota assim 
Quem não tem balangandãs não vai no Bonfim 
Um rosário de ouro, uma bolota assim 
Quem não tem balangandãs não vai no Bonfim 
Oi, não vai no Bonfim 
Oi, não vai no Bonfim 
Um rosário de ouro, uma bolota assim 
Quem não tem balangandãs não vai no Bonfim 
Oi, não vai no Bonfim 
Oi, não vai no Bonfim
♫ ♪♫ ♪♫♪♫ ♫ ♪♫ ♪♫♪♫

Cena 3. Teatro da TV Itapoan. Palco. Interior. Noite.

Clotilde está radiante. Ela avista Davi e Vitor, Durval e Dulcina, Alexandro, e sua mãe, entre os convidados.

Clotilde – Minha terra estava mesmo precisando de uma emissora de TV. Que venham as grandes novidades... Parabéns, TV Tupi/Itapoan!

Aplausos!

Clotilde – Antes de cantar algumas das minhas músicas. Eu vou cantar (olhando pros músicos) uma que nem tá na lista, (volta o olhar pra Alexandro) mas é uma das que eu mais gosto de escutar, da Dalva de Oliveira. (aos músicos) “Saudade”. 

Os músicos começam a introdução. Clotilde canta.

♫ ♪♫ ♪♫♪♫ ♫ ♪♫ ♪♫♪♫
Saudade não está 
E se bem diz
Que fere, mas não deixa cicatriz
Saudade, doce bem que nos tortura
E ao coração maltrata com doçura
Saudade que me trouxe aqui
Saudade de beijar a ti
Saudade de uma era passada
Do tempo em que eu fui amada
Saudade de rever os meus
Saudade dos sorrisos teus
Saudade, quem é que não tem?
Só mesmo alguém que nunca quis bem
Se habita lá distante o nosso amor
Nossa alma vai murchando como flor
Vivendo quer no campo, ou na cidade
Se sofre a angústia imensa da saudade
Mas quando desse amor nos apossamos
Os dias correm, voam, jubilamos
Se o lar for infeliz
Então teremos
Saudade das saudades que tivemos
Saudade de rever os meus
Saudade dos sorrisos teus
Saudade quem é que não tem?
Só mesmo alguém que nunca quis bem
♫ ♪♫ ♪♫♪♫ ♫ ♪♫ ♪♫♪♫

Clotilde mal consegue concluir a música. Não está se sentindo bem. Entrega o microfone ao apresentador e vai saindo, meio tonta. Os músicos percebem que algo tá errado. O apresentador ameniza a situação e vai improvisando como pode. Mara se levanta e vai atrás da filha.

Cena 4. Teatro da TV Itapoan. Corredor/Camarim. Interior. Noite.

Clotilde caminha com dificuldade. Está tossindo muito, uma tosse seca. Mara e uma pessoa da produção lhe ajudam a chegar ao camarim.

Mara – Fala o que tu tá sentindo, minha filha...

Clotilde parece distante, perturbada. Não consegue se comunicar. Continua a tossir. Começa a cuspir sangue.

Mara – (ao assistente) Vê se acha algum médico, enfermeiro, sei lá... Alguém que possa ajudar. (desesperada) Corre!

Elas chegam ao camarim. Clotilde está perturbada. Ela, somente ela, ouve gritos agudos, alucinantes. Num instante de fúria, se afasta da mãe e começa a destruir todo o camarim.

Clotilde – (voz sufocada) Me deixa... Se afaste de mim... (cospe mais sangue) Sai de mim... Me larga...
Mara – (perplexa) Minha filha!

Na agonia aterradora de Clotilde, Mara sai, desesperada, pelo corredor. Clotilde desmaia.

Cena 5. Rua/Frente da Casa de Davi Valério/Jardim. Exterior. Noite.

Carro de Olga está parado, chofer recostado. Ele observa Olga, como se a protegendo. Ela caminha um pouco pela calçada e para no exato local em que foi violentada. Insert de trecho rápido da cena 14 do capítulo 3: Olga é estuprada por Augusto. Fim do insert. 

Olga – (consigo) Aquele desgraçado!

O carro de Davi se aproxima e vai parando. Eles avistam o carro de Olga. Davi desce e vai abrir o portão.   

Davi – (a Vitor) Vai entrando que eu já vou, amor. (ao chofer) Ela tá fazendo o quê ali?
Chofer – Não sei, senhor.

Olga vem se aproximando de Davi.

Olga – Oi, Valéria!
Davi – Tu nunca me chamou assim, Olga. Você tá muito estranha...
Olga – É nada. Tô é muito bem... Tô muito bem!
Davi – Você não me disse que vinha pra cá. Aconteceu alguma coisa?
Olga – Saudade. A Tina é ótima companhia, mas com ela eu não converso os mesmos assuntos.
Davi – E cadê ela?
Olga – Ela ficou com a Dora. Eu falei pra ela que ia dormir aqui. Posso?
Davi – Claro que pode, né Olga? Manda o rapaz dormir no quarto lá dos fundos. Vamos entrando.

Olga e Davi seguem pelo jardim. O chofer vai guardar o carro.

Cena 6. Casa/Quarto de Davi Valério. Interior. Noite.

Davi e Vitor já estão deitados. Em conversa avançada.

Vitor – Mas tu não acha estranho?
Davi – Claro que eu acho... Eu conheço a Olga. Ela ficou com umas perguntas estranhas. Muito interessada em saber da festa.
Vitor – Mas tu não falou da Clotilde não, né?
Davi – Não. Eu tenho certeza que ela tava querendo relatório.
Vitor – Eu não sou crente nesse tipo de coisa que tu tá falou aí... Mas se a Olga tiver qualquer coisa a ver com o que aconteceu com a Clotilde, dessa vez ela passou dos limites.
Davi – Ela é minha amiga, eu gosto muito dela... Mas a Clotilde, tadinha, não merecia aquilo.
Vitor – Bom... Tomara que você esteja errado e a Olga não tenha nada a ver com o ocorrido.
Davi – Amém... E que a Clotilde se recupere.
Vitor – Ainda bem que a gente desistiu do almoço desse fim de semana. Não tem clima. (T) Agora vem cá, vem...

Os dois começam a se acariciar. Davi estica o braço e apaga a luz do abajur.

Na escuridão do quarto,

Corta para:

Cena 7. Rio de Janeiro. Apto. de Mara. Sala. Interior. Dia.

Meses depois.

Roberto Côrte-Real e Mara, sentados no sofá, em conversa avançada. A empregada entra, serve um suco e se retira.

Mara – Eu continuo muito preocupada, Beto. Já levei a Clotilde aos melhores médicos que poderia levar. A coitada fez tantos exames, mas não indicam nada. Ninguém sabe explicar.

Clotilde tá vindo do quarto pra falar com Roberto, para e fica escutando a conversa.

Roberto – Eu não vi como foi, mas pelo que você me contou. (T) Pior é que os abutres de plantão, como sempre, não se cansam de vender manchetes falsas.
Mara – É, eu sei. Eu procuro evitar que ela fique sabendo...
Roberto – Falam de uso de drogas, de loucura... Eu já não aguento mais sair desmentindo.
Mara – Ela tem perdido muitos contratos?
Roberto – Eu não preciso nem responder, né? Por que você não leva ela num terreiro desses aí? O negócio tá brabo, Mara.
Mara – É, eu vou levar ela pra Bahia. A mãe de santo dela é de lá.
Roberto – Como é que ela tá?
Mara – Continua com muita tosse, a voz bem fragilizada, cada vez mais desaparecendo. (voz embargada) Minha filha não merece isso, Beto. (T) Mas eu não quero te prejudicar nos seus negócios. Faça o que tiver de fazer, amigo.

Clotilde volta pro quarto, chorando, mas sem ser notada.  

Cena 8. Salvador. Stock Shots. Exterior. Dia/Noite/Dia/Noite.

A Cidade anoitecendo, amanhecendo e anoitecendo novamente.

Cena 9. Salvador. Casa de Telma. Sala. Interior. Noite.

Telma, Mara e Clotilde em conversa avançada.

Mara – Entendeu, Telma? Agora que a Clotilde é famosa, a gente tem que ser muito discreta.
Telma – Por mim ninguém vai ficar sabendo que vocês tão aqui. Mas tomara que ninguém nem desconfie.
Mara – Se fosse em hotel o risco seria maior.
Clotilde – (fala com dificuldade) Vamo logo?
Mara – Pera um pouco, minha filha. (a Telma) Tu teve que comprar muita coisa, Telma?
Telma – Comprei tudo o que mãe Zaida mandou. Já tá lá.
Mara – Me diga quanto custou pra que eu te pague, tá?
Telma – Tá certo. Vambora!

Elas saem.

Cena 10. Casa Branca de Engenho Velho. Interior. Noite.

Ritmo, dança. O tambor é tocado e os filhos de santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. Mãe Zaida realizando trabalho para Clotilde. Clotilde incorpora. Instantes. Clotilde desmaia.

Cena 11. Casa de Telma. Sala.Interior. Noite.

Mara e Telma estão chegando do terreiro.

Mara – Eu queria ter podido assistir...
Telma – Não se preocupe. Ela vai ficar lá essa noite. Amanhã a gente busca ela.
Mara – É, tu tem razão. (T) Você sempre foi uma mãezona pra Clotilde. (com leveza) Como é que tá a Cristina?
Telma – Vem aqui, dorme um, dois dias, tenta ser o mais agradável possível, pra compensar meu desgosto. (T) E nem é por ela ser como é, sabe, Mara? Mas do modo como tudo aconteceu: Me largar aqui e ir morar com uma praga daquelas. Aquela vagabunda tirou a minha filha de mim.
Mara – Ela deve gostar muito da Olga. Afinal, alguma coisa de bom, aquela desgraça deve ter.
Telma – Tenho minhas dúvidas, amiga... Mas se a Cristina quer isso pra ela.
Mara – Tenta entender, perdoar... É filha, né?
Telma – Tá com fome? Eu vou lavar as mãos e fazer uma sopinha pra gente.
Mara – Eu vou tomar um banho.

Cena 12. Rio de Janeiro. Stock Shots. Exterior. Noite.

Belas imagens da cidade maravilhosa.

Cena 13. Apto. de Mara. Banheiro/Quarto/Sala. Interior. Noite.

Dias depois.

Mara está tomando banho. Clotilde entra no quarto.

Clotilde – Adianta, minha mãe. Eu já to pronta. 

Clotilde volta pra sala. Telma e Roberto estão sentados no sofá.

Roberto – Deu pressa?
Clotilde – Ela leva anos no banho.
Telma – Você tem a quem puxar! (sorri)
Clotilde – (sorrindo) Eu to tão contente que tu tá aqui, Telma.
Telma – É, mas é só por uns dias. (T) Eu to mais contente ainda é de te ver bem novamente. A gente sofreu junto contigo, Clotilde.
Clotilde – Nem me lembre. Mas agora, mais do que nunca, eu to protegida por Ogum...
Roberto – Por isso que eu não abro mão de meus patuás. (T) Sabem quem me ligou ontem? Nem foi ninguém da produção, foi o próprio Flávio.
Clotilde – Cavalcanti? (ele confirma) O que ele queria?
Roberto – O que tudo mundo tá querendo, minha cara. Ele quer uma exclusiva contigo.
Clotilde – Pensa que eu me esqueci do dia em que ele quebrou meu disco e tacou o pau no meu trabalho, lá naquele programinha dele?
Roberto – Esquece isso. O cara é pé quente. Nessa retomada, a gente tem que ir em tudo que é programa...
Telma – (animada) O que a gente vai hoje é o da Hebe, né?
Clotilde – É. Gente boníssima, Telma. Cê vai gostar!

Mara aparece, pronta.

Mara – Como estou?
Roberto – Tá bonita... Vamos indo?

Cena 14. Teatro da TV Continental/Teatro do SBT. Interior. Noite.

Hebe entra no palco e é aplaudida por toda a plateia.

Hebe – (no microfone) Vamos começando mais um Hebe Comanda o Espetáculo. Hoje com a presença da estonteante Tilde Ramos. Ela vai cantar e conversar com a gente.

Instantes...

Hebe – Vamos recebê-la? Vem pra cá, Tilde Ramos... Esse público te adora. O palco é todo seu.

Fusão para

Clotilde entra cantando. O público aplaude. Estamos no ano 2000. Hebe agora apresenta o seu programa no SBT.

Instantes...

Hebe – Aê! Gracinha...
Clotilde – Gracinha é você... É sempre uma honra cantar em seu programa.
Hebe – Essa pele ótima, esse sotaque lindo da Bahia... Ê terrinha que eu adoro!
Clotilde – E olhe que eu já moro no Rio há quarenta anos, hein Hebe?

Corta para:

Cena 15. Estúdio da Globo/SP. Interior. Noite.

Dias atuais. A cena 14 estava sendo assistida no telão do Programa do Jô. Ele está entrevistando Cristina. Ela é hoje uma jornalista aposentada, escritora famosa por ter lançado biografias de sucesso.

– Saudosa Hebe! Obrigado ao SBT pela liberação das imagens. (a Cristina) Mas a Tilde tá viva, graças a Deus...
Cristina – Essa foi a última aparição dela na telinha. Os convites foram diminuindo, alguns amigos sumindo. Ela perdeu a motivação. Infelizmente!  (T) Ela deve estar nos assistindo.
– (pra câmera) Beijo pra você, Tilde. Quero te trazer aqui! (a Cristina) A Tilde te fez vender muito livro, hein? Eu to sabendo que a Globo pretende transformar “Arbitrário Folhetim” numa minissérie...
Cristina – Sim, eu tenho uma pessoa que cuida disso pra mim. Por isso que nem posso falar com detalhes. Mas eu sei que tá tudo bem encaminhado.  
– Você já fez outras biografias de famosos, mas essa sem dúvida foi a mais polêmica... 
Cristina – Sim, a Tilde chegou a entrar na justiça contra a publicação. Mas eu a procurei pessoalmente e a convenci de que o livro só faria bem pra sua carreira. Houve uma fase meio nebulosa na trajetória dela. O público merecia saber de algumas verdades. Muito do que está no livro me foi confidenciado pela própria Olga. Eu convivi com ela por dez anos... Quem leu o livro sabe de quem eu to falando.
– E o grande público vai poder conhecer quando a globo lançar a minissérie. (bebe um pouco de água) Lá se vão trinta e três anos do lançamento desse livro. Você se arrepende de ter exposto um pouco de sua vida também?
Cristina – Não. E olhe que eu não expus pouco, me expus muito. Acaba sendo algo meio autobiográfico... Quando eu terminei de escrever o livro, em 79, eu já havia me reconciliado com a minha mãe. Foi graças ao apoio dela, e da própria Tilde, que eu não pirei... (se emociona)
– (pra câmera) Ela vai continuar aqui com a gente... É rapidinho!

Jô chama um intervalo comercial.

Corta para:

Cena 16. Ruas de São Paulo/Carro. Exterior/Interior. Noite.

Carro da emissora levando Cristina ao hotel em que está hospedada. Ela está pensativa. 

Corta para:

Cena 17. Bahia. Fazenda Princesa do Sertão. Sala/Quarto de Olga/Banheiro. Interior. Dia.

Flashback

1973

Cristina e Davi entram, desesperados. Dora os recebe. Ela está em prantos, chocada.

Davi – Como foi isso, Dora?
Cristina – Foi hoje?
Dora – (voz trêmula) Num sei como foi, se foi hoje... Eu bati lá na porta ela não respondia de jeito nenhuma, aí eu chamei o Cosme pra arrombar a porta.

Eles chegam ao quarto e vão direto ao banheiro. Davi desmaia e é amparado por Cristina, que chora e grita um grito de dor insuportável. Olga está morta dentro da banheira, que mais parece um mar de sangue. 

Fim do flashback.

Corta para

Cena 18. Rio de Janeiro. Stock shots. Exterior. Noite.

Imagens da cidade.

Cena 19. Apartamento de Clotilde. Quarto. Interior. Noite.

Clotilde está deitada em sua cama. Sua cuidadora desliga a TV, ajeita as cobertas sobre ela, e apaga a luz, deixando o quarto sob a iluminação do abajur.

Cuidadora – A senhora já devia tá dormindo. (T) Gostou do programa? (carinhosa) Gostou, eu sei que gostou... Ele mandou um beijo pra senhora. (Clotilde esboça um sorriso) Durma bem. Boa noite!

A cuidadora sai. Clotilde deixa uma lágrima cair dos seus olhos...

Corta para

Fim.


E se perdeu a primeira parte deste capítulo clique aqui.

Para baixar a trilha sonora nacional, clique aqui.

E/ou para baixar a trilha sonora internacional, clique aqui.

17 comentários:

  1. Não gostei do final da Clotilde Muito triste.

    Kesley Cristina

    ResponderExcluir
  2. Gostei da novela - que bem que você poderia adaptar para uma microssérie de televisão, mas daí teria de tirar referências a programas de televisão, para ter oportunidade da obra ser exibida em outras emissoras. Contudo, fostes sucinto, claro, direto, sem delongas. Parabéns amigo, continue assim.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. bondade sua, Michel... A Cristina é que é uma sortuda de ter o seu livro adaptado pra telinha.

      Obrigado pela leitura. Bjs

      Excluir
  3. Vo concordar com o primeiro comentario. Só Olga que merecia um fim triste, a mocinha não. Eu sempre acho suicidio um final leve de mais pro bandido. Mas no demais, gostei sim. Parabéns.

    Marcia Rabelo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu amo as duas de igual modo, Marcia. Foi doloroso pra mim dar os desfechos de ambas. Mas foi a forma como senti.

      Contente que tenha gostado. Obrigado!

      Excluir
  4. eu tb preferia um final mais feliz pra vida amorosa da Clotilde, mais ñ achei ruim ñ. Eu vejo algo de poético aí.

    Elisa Reis dos Santos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Elisa, acredite, eu também fiquei sensibilizado por a Clotilde ter acabado sozinha com seus pensamentos. Mas foi a forma como senti o desfecho pra ela. Valeu pela leitura.

      Excluir
  5. De fato preferia que tivesse ficado a dúvida se foi um acidente ( por algum problema qualquer) e não um suicídio como ato final... mas tá valendo, parabéns

    Isaura Fernandez

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O fato de saber de ante-mão que eu não gostaria do fim ,é porque tentou conhecer as preferências de seus leitores, este é seu maior valor <3 Isaura Fernadez

      Excluir
    2. Isaura, minha querida. Você foi uma das que acompanharam a trama, desde o início. Adorei essa sua sugestão. Teria ficado mais sutil, misterioso, enfim... Não me veio isso, na hora em que tava digitando. Já te agradeci bastante por ter acompanhado, né? Pois, mais uma vez: Obrigado!

      Excluir
  6. quando tu me pediu pra ler o cap 1 comecei a imaginar uma história completamente diferente. Foi uma boa história, amigo. Bj Landinho. E vê se agora atende o cel :D

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. tu também é um dos que acompanharam desde o inicio, Lando. Valeu pelos toques. Bjs

      Excluir
  7. Acompanhei Arbitrário Folhetim desde o início e você está de parabéns! Gostei muito da história, você soube desenvolver muito bem a trama ao longo dos 12 capítulos. Com muita criatividade, você uniu personagens fictícios e personalidades reais, dando um tom ainda mais realista para a história. Confesso que me surpreendi com o final triste. Achava que a protagonista teria um final feliz, mas gostei dos desfechos, afinal a vida não é feita só de felicidade. O único senão que vi ao longo de toda a web novela foi o fato de os capítulos não terem data certa para ser publicados e na minha opinião isso pode ter prejudicado um pouco a compreensão da história e fazer com que algumas pessoas percam o fio da meada, pois alguns capítulos demoravam muito para sair. Mas fora isso, você está de parabéns! Que venham outras web novelas! Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Leandro,

      Que bom poder contar com a tua leitura. Fiquei muito contente por seu comentário... Sim, concordo com "único senão que vi ao longo de toda a web novela foi o fato de os capítulos não terem data certa para ser publicados e na minha opinião isso pode ter prejudicado um pouco a compreensão da história e fazer com que algumas pessoas percam o fio da meada, pois alguns capítulos demoravam muito para sair." Arbitrário serviu com bela experiência. Obrigado pelo incentivo. Que venham outras tuas também... Abraço!

      Excluir
  8. muito bom parabéns! para mim vc ja nasceu pronto menino

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bondade sua, Adriana... muito contente que você tenha gostado.

      Obrigado e Abração!

      Excluir