sábado, 26 de maio de 2012

Uma "Top Model" no horário das sete? Nunca mais!!!


Por Isaac Santos

"Top Model" pode estar naquela fase chata, barriguda, a que "todas" as novelas sofrem, mas ainda assim curto demais as maratonas de fins de semana, quando assisto aos capítulos gravados.  

Se por um lado, algumas cenas, principalmente do elenco infanto-juvenil parecem bobinhas aos padrões atuais, "Top Model" é um belo exemplo de novela que marcou época pela tramas bem dosadas. É curioso que ao comparar com “Cheias de Charme”, outro grande sucesso da telinha que tenho visto diariamente, percebo o quanto a TV “encaretou-se”... Se nem as novelas das nove escapam da patrulha do pode ou não pode, imagine as atuais do horário das sete.

Essa semana o Grilo (Chiquinho Brandão) fez a Cida (Drica Moraes) de refém numa tentativa de fuga da prisão, nisso acabou levando um tiro, noutra cena num clima mais leve, a Marisa (Maria Zilda Bethlem) tomada por ciúmes do Gaspar Kundera (Nuno Leal Maia), diz que vai furar os olhos da Irma (Vera Holtz). Semanas antes, durante alguns capítulos, a mesma Marisa foi feita de prisioneira pelo Alex Kundera (Cecil Thiré), em sua fazenda, numa espécie de tortura psicológica. Agindo de modo parecido, também com a Duda (Malu Mader), evidenciando traços de psicopatia. Ora! "Top Model”... uma novela das sete exibida originalmente em 1989, pela Rede Globo. 


Quando, daqui pra frente vamos poder assistir a uma novela em que os vilões não precisam ter as suas maldades amenizadas, não precisam parecer cômicos, em que pode haver tiros, personagens bebendo/fumando em cena, dramas existenciais, conflitos familiares, cenas de violência e ainda assim tratar-se de uma novela “família”, bem sucedida na audiência e, sobretudo compreendida pela crítica?!



Vale ressaltar que eu era criança quando assisti pela primeira vez, e mal algum a novela me fez, ao contrário, minha memória afetiva vibra por tantas recordações de cheiro, de sabor, de som, de brincadeiras, de amiguinhos com os quais me relacionava na época, e que a novela  a mim traz a tona. 


Um abraço e até a próxima!

domingo, 20 de maio de 2012

"Gravidez Precoce" - Filme de Celso Garcia, estreou ontem. Confira!



Renan e Sara estão casados há pouco tempo, mas já querem ter um filhinho. Especialmente Sara que, logo depois de fazer amor com o maridão, começa a sentir o bebê se mexer em sua barriga. Isso mesmo!

Os atores Bernardo Dugin e Núbia Gremion.
Com esse mote estreou nesta segunda-feira, 21 de maio, o curta-metragem “Gravidez Precoce”, do roteirista e diretor Celso Garcia. O filme é estrelado por Bernardo Dugin e Núbia Gremion, nos papeis dos atrapalhados Renan e Sara. O filme é uma comédia, baseada em um texto homônimo do diretor, publicado inicialmente em seu blog, onde está entre as crônicas mais acessadas.

“Gravidez Precoce” foi gravado em maio, em um apartamento no bairro de Ipanema (RJ) e só foi possível graças à vontade e dedicação de amigos. Com orçamento zero, o grande desafio estava em prender a atenção do público com apenas um cenário e dois personagens.

Parte da equipe do curta-metragem. Ação entre amigos : ao fundo, o roteirista/diretor Celso Garcia.
E a julgar pela receptividade durante a pré-estreia na quarta-feira, 16 de maio, o objetivo foi atingido. O evento foi realizado na residência da atriz Zezé Motta, no Leme, e contou com a presença de parte da equipe, elenco e convidados especiais.

Equipe e convidados assistem ao curta na casa da atriz Zezé Motta. 

Agora, chegou a vez de “Gravidez Precoce” ganhar a internet. No Youtube e Videolog, todos podem assistir ao resultado final. “O próximo passo será inscrever o filme em festivais e concursos”, diz o diretor Celso Garcia.


Confira!

O "Posso Contar Contigo?" deseja sucesso!

sábado, 19 de maio de 2012

TEMOS A TV QUE MERECEMOS


por José Vitor Rack

A televisão já está em nossos lares há mais de sessenta anos e ainda é muito discriminada pela intelectualidade brasileira como veículo de diversão e informação. Muitos torcem o nariz para a nossa programação desde a velha TV Tupi e não fazem a menor questão de lutar por sua melhoria.

Um dos efeitos deste desprezo está na crítica de televisão. Jornalistas, pela sua própria natureza, julgam-se seres acima do bem e do mal, capazes de colocarem o dedo em qualquer ferida sem consequências. Afinal, estamos numa democracia. Com tantas áreas apetitosas intelectualmente como política e economia, ou interessantes do ponto de vista pessoal como esportes ou gastronomia, sobra para a coluna de TV alguém que não é bom o bastante para mais nada na maioria das vezes.

Sem crítica, a programação segue como os donos de TV gostam. E o telespectador que os acompanhe ou vá para a internet passar horas no YouTube.

A grande alternativa a esta cilada seria a TV fechada, via cabo. Canais segmentados, sem muita publicidade, com apuro maior na qualidade visual e do conteúdo. A realidade mostra problemas técnicos terríveis (ao se trocar o canal você pode ter seus dois tímpanos estourados), mais publicidade do que muitos canas abertos, canais de notícias que apenas reprisam em outros horários o que você já viu na TV aberta desde ontem...

Todas as emissoras tem seus méritos, óbvio. A teledramaturgia da TV Globo é de primeiro mundo. A Cultura e seus infantis. A Band e seu mix de humorísticos e esportes. A Record trazendo a novidade de um contraponto ideológico à Globo no jornalismo. O SBT tem Marília Gabriela, garantia de diversão e informação, além de ser uma das poucas emissoras sem muito rabo para ser puxado. Até a RedeTV faz debates políticos de fim de noite e telejornais que merecem elogios. Mas no atacado a coisa é bem feia. E não é feia por incompetência, é feia por provincianismo, conservadorismo, falta de estímulo ao novo.

Os mesmos fazendo o mesmo nos mesmos canais para sempre amém. Surgem novidades, mas sempre enquadradas ao ritmo do IBOPE, do merchan, da classe C, do “não fale mal de fulano pois é ele quem renova nossa concessão”, etc e tal. Nossa TV não produz intercâmbio de artistas. Raras vezes você verá um ator da Record dando entrevistas no SBT, ou um jornalista da RedeTV elogiar um seriado da Globo. A Globo não mostrou imagens do Pan de Guadalajara (e provavelmente não mostrará imagens da Olimpíada em Londres) simplesmente para não mostrar o logo da Record no canto da tela. E não me ache anti-Globo, pois em situação oposta não é impossível qualquer outra emissora fazer o mesmo.

O problema é cultural. Chega às raias da grosseria.

Mas os comandantes destas emissoras são todos brasileiros. Nós, os brasileiros, temos a TV que merecemos. Feita por brasileiros, para brasileiros e do jeitinho que a gente gosta. Não somos essa Coca-Cola toda.

@josevitorrack
josevitorrack@gmail.com

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Donna, a dona de uma era

Por Daniel Couri

Ela fez o mundo inteiro dançar nas pistas de dança durante os anos 70. Quando a disco music deixou de ser febre, ela se reinventou e passou de "rainha das discotecas" a diva da música americana. Nunca se prendeu a rótulos. Seu talento ia muito além dos modismos do mercado fonográfico.


Nascida em Boston, em 31 de dezembro de 1948, LaDonna Adrian Gaines - conhecida internacionalmente como Donna Summer - faleceu hoje, aos 63 anos. Ela vinha lutando contra um câncer há algum tempo e, apesar de toda a tristeza, a família da cantora enviou um comunicado à imprensa americana: "Enquanto choramos sua morte, celebramos em paz sua extraordinária vida e seu contínuo legado. As palavras realmente não podem expressar o quanto agradecemos por suas orações e seu amor por nossa família neste delicado momento."


Em 37 anos de carreira, Donna vendeu aproximadamente 150 milhões de discos e manteve um público fiel. Apesar de ser mais conhecida pelo estilo discothèque que a consagrou nos anos 70, seu repertório incluiu diversos gêneros como rhythm'n blues e rock, talento que lhe valeu vários prêmios Grammy, entre outros. Seu trabalho ainda é aplaudido hoje e ela permanece como uma das poucas artistas da Era Disco ainda aceitas pela crítica atual. 

Em 1978, por exemplo, Donna participou do filme Até Que Enfim é Sexta-Feira (Thank God It's Friday), fazendo o papel de uma cantora determinada a se apresentar numa discoteca da moda. O filme em si não fez o sucesso esperado, mas sua principal canção, Last Dance (composta por Paul Jabara e cantada por Donna Summer), levou o Oscar daquele ano e se tornou um dos maiores hits de sua carreira.


Donna Summer esteve no Brasil em duas ocaisões (1995 e 2009). Em 2008 ela havia lançado Crayons, seu último álbum de estúdio. A história de Donna é rica e vasta, seria impossível resumi-la em neste post feito às pressas. A intenção é homenagear essa grande cantora, dona de uma voz inigualável e epítome de toda uma era. (Para conhecer a trajetória detalhada de Donna Summer, assim como sua discografia completa, basta uma fazer uma busca no Google).

Donna Summer (31/12/1948 - 17/05/2012)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Entrevista Exclusiva com o Autor Lauro Cesar Muniz - Sem "Máscaras"!



Por Isaac Abda e José Vitor Rack 

José Vitor Rack – Referências a Ionesco (A Cantora Careca), Fellini, ao materialismo... “Máscaras” é claramente uma novela que retrata fielmente seu autor. Isso foi plenamente consciente ou foi involuntário?

Lauro Cesar Muniz – Quando fiz as contas de quantos anos eu teria na próxima novela cheguei à conclusão de que “Máscaras” seria a última. Tenho feito novelas de dois em dois anos na TV Record, logo, ao terminar a que está atualmente no ar, eu teria 75 anos. Mais dois seriam 77! Com meus 74 anos atuais já estou bastante desgastado logo no início do trabalho, o que poderia acontecer aos 77?

Então resolvi fazer citações em Máscaras das minhas paixões literárias, dos meus filmes cults, das peças teatrais. De uma forma orgânica, ou seja, sem gratuidade. Por isso criei algumas tramas e citei algumas obras primas como “E La Nave vá” de Fellini, “A Cantora Careca” de Ionesco, “Quem tem medo de Virgínia Woolf” de Edward Albee, “Profissão Repórter” de Antonioni, sempre de forma jocosa, distorcendo as bases originais.


José Vitor Rack – A verdadeira história de Nameless se cruza com a de Otávio Benaro ou se trata de um encontro armado pelo destino mesmo?

Lauro Cesar Muniz – Nada é armado pelo destino nessa história. Trata-se claramente de um encontro marcado com objetivos claros. Nameless (depois batizada como Eliza) por uma organização internacional, tem uma clara missão de atravessar na vida de Martim Salles, mas acaba, sem saber se ligando a Otávio Benaro, que assumiu a identidade do cunhado Martim.


Isaac Abda – Há um mês sendo exibida, além da audiência abaixo do esperado pela emissora, “Máscaras” tem sofrido críticas pela ousadia/sofisticação do texto, que em determinados momentos parece confuso, ao menos para alguns. Imagino que um autor experiente saiba lidar com diferentes possibilidades de resposta do telespectador, prevendo-as inclusive. Qual a sua análise sobre a novela? Acredita que o produto esteja sendo injustiçado? De que modo você pretende alcançar também esse público que ainda não “comprou” a proposta da novela?

Lauro Cesar Muniz – Muitas vezes se confunde a palavra texto com diálogo. Texto é o conjunto da criação escrita, com idéia, temas, estruturas, rubricas e até diálogos.

Eu quis evitar fazer um diálogo plano que apenas levasse à ação dramática, então, com todo o cuidado para não generalizar os temas, mas ligá-lo com clareza aos personagens, me propus a discutir assuntos candentes do momento como ideologia, religião (de forma cuidadosa), estética, sempre em função da vida dos personagens. Nunca impondo regras ou fechando questões sobre qualquer tema. Uma espécie de levantar a bola para discussão. Para isso eu precisaria ter atores e atrizes com pleno domínio desses temas, o que não aconteceu.  Quando um ator emite uma opinião sobre um tema que desconhece parece uma frase descosida, um elemento estranho, sem vida, decorado.

Eu acho que me empolguei demais em criar uma trama policial cheia de mistérios e cometi o grave erro de abrir esses mistérios sem fechá-los em pouco tempo. Isso deu a sensação de trama sem clareza. No ar, a maioria das respostas está sendo dada, mas talvez seja tarde. O público tem pressa. Como eu não tinha quando escrevi – a novela ainda não estava no ar – eu perdi essa perspectiva. Foi o erro mais grave que eu cometi.

Meus diálogos são simples e realistas. Se, dão a alguns a impressão de serem “literários” (no mau sentido) é porque a direção da novela se equivocou no tom, dando aos atores certa solenidade. Por mais que eu alertasse, no início, não obtive a atenção dos diretores, pois estavam envolvidos com uma gravação dificílima em um navio. Ao voltar havia um atraso considerável e as reuniões não sanaram este problema.

Não me sinto injustiçado, não. Ao contrário me sinto “justiçado” – cometi um erro grave e estou pagando por isso. É uma pena que eu tenha errado em minha última novela. “Máscaras” vai para meu rol de equívocos como “Os Gigantes”.  Eu gostaria de acordar desse pesadelo.


Isaac Abda – Se em ‘Poder Paralelo’ sobraram críticas elogiosas à direção do Ignácio Coqueiro, o mesmo não acontece com o seu atual trabalho na emissora. ‘Máscaras’ é sempre discutida nas redes sociais, e há quem defenda a tese de que a novela é boa, mas mal realizada. Certamente que você assistiu aos primeiros capítulos antes de a novela estrear. E o que tem ido ao ar tá dentro do desejado por você? Caso haja necessidade, existe a hipótese de mudança na direção geral da novela, tal qual aconteceu em Cidadão Brasileiro?

Lauro Cesar Muniz – Eu jamais mudaria o diretor de minha novela, como não fiz isso em “Cidadão Brasileiro”. Corre uma idéia de que em “Cidadão” fui eu que troquei o diretor. Engano. Fui o último a aceitar a idéia da troca. Admiti o clamor geral quando não havia mais condições. O diretor estava sendo muito cobrado e reagia de forma desequilibrada.

O Ignácio Coqueiro, diretor de Máscaras, encontrou muitas dificuldades durante a produção. Gravar no navio foi extremamente difícil. Na volta havia atrasos na produção e ele nem teve tempo de reunir seus diretores para dar um tom bem definido como qualquer novela exige. Até hoje não acertaram o passo e a cada dia os problemas se agravam mais. A novela poderia ter tido muito mais tempo para a preparação. Entreguei o projeto ainda em 2010.


Isaac Abda – Óbvio que sendo uma obra aberta, estando apenas no início, tudo é passível de alterações. O que vem por aí em “Máscaras”?  

Lauro Cesar Muniz – Estou lutando mais para corrigir os muitos erros cometidos por mim, pela direção e pela produção, do que olhar para o futuro próximo. Tenho uma boa trama e o público, amante de policiais, vai seguir daqui para frente, desde que sejam sanados todos os erros. É possível. Já perdi grandes sucessos que estavam em minhas mãos e me surpreendi com novelas que começaram equivocadas e depois encontraram seu caminho, até recordes de audiência. Minha carreira é longa e seria exaustivo nomear exemplos aqui.

Foi ótimo poder desabafar em um blog de boa qualidade como este.

Posso Contar Contigo? – Nós nos sentimos honrados por tê-lo mais uma vez como entrevistado. Obrigado pela deferência. Saiba que torcemos pela resolução de todos os problemas envolvendo ‘Máscaras’, e que isto ocorra em tempo hábil.   


Imagens: Portal R7.com

sexta-feira, 11 de maio de 2012

AS SUBLIMES – UMA QUEBRA DE BARREIRAS



Por Isaac Santos

Era o ano 1993, o Brasil passava por uma conquista há muito desejada:  artistas e outros profissionais negros conseguiam entrar para a mídia, mostrando que o negro não era apenas consumidor, mas também podia vender, e com qualidade. Entre os artistas, estava o trio “As Sublimes”, formado por Isabel Fillardis (a Ritinha da novela ‘Renascer’, entre outras), Karla Prietto e Lílian Valeska.

Com seu primeiro videoclipe lançado pelo jornal dominical “Fantástico”, o trio alcançou o sucesso e esteve presente nas paradas do momento nas rádios de todo o país com a música “Boneca de Fogo”.  Até então, o público estava acostumado com cantoras brancas, em estilo europeu nos programas de auditório, e As Sublimes veio como uma quebra de barreiras, representando a black music no Brasil. Emplacaram mais outras quatro músicas e viraram símbolo, representando a mulher afro-descendente-brasileira, valorizando a voz, a imagem e a beleza de um país que não assumia ter várias etnias.


Isabel Fillardis era modelo, entrou para o trio e logo atuou na novela de Benedito Ruy Barbosa. Em seguida lançou o primeiro cd do grupo.

Karla Prietto foi modelo, estampando a embalagem dos sabonetes Lux na Nigéria, cantora experiente, participou durante muito tempo do programa do Chacrinha, cantou com Kátia e outros.

Lílian Valeska viria do teatro musical, com experiência em ter cantado também com Eduardo Dussek, Kid Abelha entre outros. Participou, logo após o primeiro disco, da novela “Irmãos Coragem”.

Em 1995, por dificuldades para manter os compromissos como atriz, modelo e cantora, Isabel Fillardis deixou o grupo e foi substituída por Flávia Santana. Uma cantora e atriz também experiente, que lançou, junto com Karla e Lílian, o segundo cd do trio em 1997.


A faixa “Eu queria um amor”, versão do trio para “My Chèrie Amour” (de Stevie Wonder) tocou exaustivamente nas rádios e teve seu single lançado com onze versões diferentes. Algumas das outras músicas também foram lançadas até que elas e outros artistas começaram a ter dificuldades com situações de gravadoras.


Um vídeo de release sobre o grupo foi postado recentemente por um fã no site youtube e, assim como os videoclipes de “Boneca de Fogo” e “Menina Mulher da Pele Preta”, estão fazendo sucesso e mostrando um marco histórico para o reconhecimento no Brasil.


ATUALMENTE

Isabel Fillardis continua trabalhando como atriz na Globo (acabou de encerrar a novela “Fina Estampa”, onde interpretou a sofisticada advogada Mônica), é fundadora das Ong’s “Doe Seu Lixo” e “A Força do Bem”.

Karla Prietto está cantando com o grupo “Revelação”, viajando por todo o Brasil.
Lílian Valeska é uma das atrizes mais requisitadas para musicais brasileiros, dona de uma voz de timbre agudo conceituado, ela está em cartaz com o famoso musical “Tim Maia”, interpretando a primeira mulher do cantor.

Flávia Santana participou da novela “Duas Caras”, como uma das dançarinas da uisqueria. Atuou em vários espetáculos teatrais, gravou uma música com o cantor Belo e está lançando seu cd solo.



terça-feira, 8 de maio de 2012

MARCELO LAHAM, talento a toda prova!


by SIDNEY RODRIGUES

Gosto muito quando vou ao teatro assistir uma peça e sei que vou me divertir muito e ficar satisfeito em ter ido, isto sempre acontece quando no elenco da peça tem MARCELO LAHAM.

Marcelo é um daqueles atores que tem mil caras e um milhão de talentos, engraçado, versátil e com um poder imenso de levar o público à gargalhada.

Em sua nova incursão no teatro, ele está na peça GRÁVIDO ao lado do ator Fábio Herford (não menos engraçado), que junto com Gustavo Kurlat também são os autores do texto, para celebrar este trabalho contam ainda com a direção da talentosa e hilária Alexandra Golik. Soma-se a isso um cenário moderno e digital e uma luz de Wagner Freire e Alessandra Marques que mantém o espetáculo sempre vivo.

Em GRÁVIDO, Marcelo e Fábio estão impagáveis contando suas experiências com a chegada dos filhos, e material é o que não falta para expor as delícias e agruras dos pais de primeira viagem.

A peça é engraçada do começo ao fim, e faz rir, quem é pai, quem vai ser, quem já foi e até mesmo quem nunca será. O mote da peça é algo aparentemente simples, a chegada do filho no lar e como ele repercute na vida do pai, mas há tanto o que se falar e tanta identificação que a platéia vai ao delírio e altas gargalhadas, porque em algum momento na vida alguém já passou por alguma situação similar em sua família.

Acho que eu não conseguiria escolher uma cena preferida da peça, pois realmente ela é boa em toda sua extensão, tanto que nem percebemos o tempo passar, mas quero citar 4 em particular, a cena do pai no ponto de ônibus, a versão moderna para as músicas infantis, a cena da filmagem do parto e o papo aberto entre os dois bebês.

Marcelo e Fábio tem uma excelente sinergia em cena e fazem do espetáculo um excelente trabalho, daqueles que você sai do teatro e tem vontade de convencer todo mundo que conhece à assistir e é claro voltar a ver e rir do mesmo e até de coisas que talvez tenha deixado passar batido, pois estava ocupado rindo da cena anterior.


Conheci o Laham quando ele fazia "OS SEGREDOS DO PÊNIS" assisti a peça 5 vezes e virei FÃ do trabalho dele, na oportunidade tive o prazer de me tornar seu amigo e descobri que além de um excelente ator, ele é carismático com todos, atencioso, bom amigo, bom marido e agora um pai genial, daqueles que todo filho quer ter. Bom issso, né?

A maioria das pessoas conhece o Laham da TV, e acho que ainda ele não teve o espaço que seu talento merece, no teatro ele é imbátivel, torçamos para que ele tenha o mesmo espaço na TV e possamos ser brindados com seu talento com mais frequencia na telinha.



Trabalhos na televisão

No teatro

  • "Grávido"
  • "Desconhecidos"
  • "A alma boa de Setsuan"
  • "A Comédia dos Erros"
  • "Os Segredos do Pênis"
  • "Os Segredos que só os homens têm"
  • "Bonitinha, mas ordinária"
  • "Omstrab"
  • "Quarteto em Rir Maior"
  • "Figura Paterna"

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Máscaras: Uma velha nova novela!



Por Eduardo Vieira

Uma trama passada num transatlântico de luxo: um homem que deseja se curar do trauma do desaparecimento da mulher e do filho recém nascido, uma prostituta que deseja recomeçar a vida e apaixona-se por um empresário, duas irmãs que vivem às turras pelo cuidado obsessivo da mais velha em relação à caçula, um grupo de amigas que pregam uma maior liberdade nos relacionamentos e pretendem, como no filme de Fellini, “E La Nave Va” jogar no mar as cinzas de uma amiga que morreu de câncer, um cantor que vive em uma crise de carreira entre a arte e o dinheiro, um homem casado que vai com a amante e tem como surpresa a presença e a aprovação da esposa para que esse romance aconteça, uma mulher que observa a vida do juiz que a condenara por vários anos por um crime que ela diz não ter cometido, juiz com problemas com o filho que é desajustado socialmente e um casal que tem um filho imaginário.

Tal trama parece ter vindo daqueles livros de sinopses de novelas antigas da Tupi ou até com melhor vontade, da própria Globo. Para quem não sabe essa história é a linha mestra da novela do horário nobre da Record, substituta da bem sucedida e longa “Vidas em Jogo”, cujo título é “Máscaras”.


Porém a novela divide opiniões: uns acham que ela não tem ritmo, que a história é circular, outros ainda reclamam do certo non sense de algumas tramas e cenas, já ainda outros compartilham da ideia que é uma volta às antigas tramas climáticas que eram exibidas nos anos de ouro das telenovelas. 

A novela é dividida pelo plot principal, o sequestro de uma mãe com depressão pós parto, Miriam Freeland, por meio de uma organização que apenas o público fica conhecendo. Essa onda de mistério envolve o marido, o médico e melhor amigo do casal e o irmão sem muito caráter da vítima, Maria, vividos respectivamente por Fernando Pavão, Petrônio Gontijo e Heitor Martinez, este último já expert em vilões na telinha da Record.

A novela tem claramente um aspecto teatral desde os diálogos nem sempre naturalistas, fruto talvez da origem do autor Lauro César Muniz, novelista com experiência em teledramaturgia, mas também dramaturgo, além de contar com o também escritor de teatro Mário Viana, e de mais dois colaboradores.


O problema é que nem sempre tal fusão, a trama do sequestro junto às várias subtramas, exibe um ritmo ao qual o público de hoje, seja classe a ou d, esteja mais acostumado. Cenas compridas por demais em um único cenário como no início na fazenda com apenas 3 ou 4 atores, ou cenas de gosto duvidoso como o final de uma celebração em uma cena muita bem imaginada: um descasamento (referência ao desaniversário de Alice?) Dos personagens de Beth Coelho e Henri Pagnocnelli, uma agente cultural e um político, que culminará numa comemoração apenas feminina com todas dançando um Rock In Roll para expiar suas culpas e desopilar a influência machista que permeia a vida delas. Nos anos 70, seria uma boa ideia tal final de cena. Hoje soa um tanto ridículo.

Entretanto, há a melhor trama com duas belas atrizes, Daniela Galli e Karen Junqueira. Elas fazem as duas irmãs que rivalizam e ao mesmo tempo mostram um amor uma pela outra, bem fora do usual com cobranças, jogos de sedução, competições. Mais uma vez a figura do homem como elemento repressor, meio surpreendente em um autor que sempre traz os personagens masculinos com grande destaque.

No caso, há um herói debilitado pelos traumas passados, com a aparência de um Jesus Cristo justiceiro que busca explicação pelo repentino desaparecimento de sua amada. Tal imagem só vem reforçar certo clichê que em nada ajuda a trama, pois o ator Fernando Pavão se sai bem num difícil papel.

Também há uma trama bem comum às histórias de Lauro Cesar Muniz, uma organização por trás do seqüestro e ligada à figura de Martin, irmão de Suzana, o principal vilão da história. Essa organização misteriosa traz como agente um personagem que pretende ser misterioso, mas também termina por ser outro clichê ambulante, a tal Nameless, bem interpretada pela sempre talentosa Paloma Duarte, mas que outra vez, vem com uma carga irônica que a sua Fernanda Lira já tinha na anterior “Poder Paralelo”.

Como essas histórias vão se unir ou não, é difícil pressupor, mas ao menos nota-se cada vez mais uma procura por um ritmo maior nessa trama desse misterioso sequestro e uma troca de identidades que tumultuará a história. Contudo por enquanto, vemos cenas muito bem feitas como gravações de conversas vistas de modo subjetivo, mas também outras cenas constrangedoras com o ator Dado Dollabella como uma espécie de “adulto índigo”.

O ritmo de uma novela não precisa ser vertiginoso com lances rápidos como em “Avenida Brasil”, mas também, e ainda mais numa trama que exige mais ação, não precisa ser tão entremeado de tramas com papos-cabeça pseudo filosóficos. 

Mesmo assim a novela traz boas interpretações até inesperadas como de Gisele Itiê, como a garota propaganda Manu, que consegue humanizar bastante a personagem, a já falada Daniela Galli e principalmente de Petrônio Gontijo como a figura dúbia do médico apaixonado pela vítima do sequestro, Dr. Décio.

Não sou adepto da ideia de que toda novela deva ter o mesmo andamento, os mesmos tipos de personagens, e com isso, espero que sobressaia na novela o contar da história e que esta utilize os personagens a contento, pois para fazer uma obra diferente deve se contar com uma boa escrita. Essa lei é válida para todos os textos, mais ou menos convencionais, como é o caso de “Máscaras”.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Marcelo Silva e Davi Trindade - Os "Fina Estampa" das Caricaturas!


Por Isaac Santos

Marcelo Silva e Davi Trindade são extremamente criativos e profissionais quando se trata de fazer caricaturas. Dão um show a parte e por isto achei digno mostrá-los também aqui no blog.

A novela Fina Estampa foi sucesso de audiência na telinha da Globo e rendeu bastantes discussões, divergências, críticas e também homenagens, nas redes. A exemplo disso, no facebook um grupo homônimo foi criado e é mantido, mesmo depois do término da novela. Mas foi no ápice da trama que os amigos citados no início do texto, inspirados pelos personagens e suas estórias, decidiram desenhar caricaturas temáticas. O resultado não poderia ser melhor. As artes finais ficaram tão de boa qualidade que merecem ser evidenciados. 



Parabéns aos rapazes pelo talento tão bem explorado. Desejo sucesso e todo o reconhecimento ao profissionalismo de vocês.

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