Por Guilherme Fernandes
A Indústria Cultural produz
celebridades – atores, cantores, apresentadores – que nós, público, consumimos
e, por vezes, admiramos o trabalho. A relação de admiração não é tão simplista.
Por eles estarem em nossa sala sempre, acreditamos que fazem parte de nossa
família ou que são nossos amigos.
Ir a um evento, um show ou
uma peça teatral nos faz estar cara a cara com a tal celebridade que tanto
gostamos e admiramos. Muitos já passaram por essa experiência. Estar cara a
cara com nosso (s) ídolo (s).
Nós, público, seres
“normais”, temos nossos dias bons e ruins. Acordamos às vezes de bem com a vida
e, outras tantas, mal – por tantos motivos diversos. Já os nossos ídolos têm de
estar sempre com o melhor dos humores. Tem que nos tratar como um ente próximo
e querido. É isso que julgamos achar que merecemos... e num é que merecemos
mesmo. Afinal, somos divulgadores e consumidores do trabalho deles, em troca,
pedimos apenas um sorriso, uma foto.
O que não podemos esquecer é
que eles são “normais” como a gente, têm seus bons e maus dias e, nem sempre,
querem aparecer sorrindo em uma fotografia, afinal, como cantam (os simpáticos)
Leoni e Leo Jaime “o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que
havia”.
Agora, mudando um pouco o
foco, o que importa em uma peça teatral ou em um show é que o tal do nosso
ídolo esteja bem e que “agrade” aos pagantes com o melhor de si. Decepção de
nossa parte sempre acontece. Por vezes não ficamos satisfeitos ao sair de um
show ou de uma peça teatral. Criamos expectativas demais?
Todo fã de uma banda ou
cantor (a) gosta de uma música, esquecida em uma faixa de CD, e que nunca será
executada. Nesse sentido, me considero privilegiado, já ouvi (e vi) minha
canção lado “B” sendo cantada por dois ídolos gentis. Também já me decepcionei
com shows, com peças teatrais e também com a falta de simpatia – mas, garanto,
o saldo é mais do que positivo.
Esse post não vai apresentar
uma conclusão, ele quer ser interativo. Gostaria que cada um narrasse um
momento feliz e outro de expectativa frustrada perante um ídolo. Vou começar.
Momento feliz: Já comecei a
narrá-lo. Trata-se de dois shows do Leoni, um no Cine Theatro Central e outro
no Cultural Bar, ambos em Juiz de Fora, Minas Gerais; e um do George Israel,
também no Cultural Bar. Nessas três distintas ocasiões pude escutar a minha
música preferida. “Uniformes”, a nona faixa do disco “Educação Sentimental” do
Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, lançado em 1985 – um ano antes do meu
nascimento. Não me perguntem o porquê de
esta ser minha música favorita. Não sei.
Momento decepcionante: O
momento que vou escrever aqui é na verdade um momento híbrido. Não foi
decepcionante. Meu gosto musical é amplo, gosto de tudo, rock, pop, sertanejo,
funk, gospel e tudo que é música, se estou escutando e gostando. Já comentei
nesse site que a Rosanah é uma das minhas cantoras preferidas em uma lista que
inclui tantos nomes que vou citar alguns – Elis Regina, Maria Bethania, Paula
Toller, Dulce Quental, Aline Barros, Cláudia e Silvia Telles, Maysa e Cia ltda.
Enfim, ADORO a Rosanah. Ela foi, em dois distintos momentos, hiper simpática
comigo, tirou foto, assinou meu CD e tal... Mas eu esperava muito mais do show
dela em sua breve temporada no Teatro Café Pequeno, no Leblon.
Rosanah tem uma
voz incrível, mas abusa tanto que as músicas entonadas são impossíveis de serem
ouvidas caso fosse registrado em um CD ou DVD. O show, repleto de releituras
faltou músicas gravadas pela artista. Os clássicos (dela e de outros cantores)
mesmo após os pedidos de participação do público, não puderam ser atendidos,
graças ao ritmo peculiar que Rosanah os conduzia. No maior sucesso de Belchior,
com assinatura de Elis Regina e com registro de Rosanah no disco “Ao Vivo” –
Como nossos pais” – teve uma apresentação medíocre. A cantora não foi capaz de
entoar um único verso de forma linear. Ela simplesmente fez “firulas” e subiu a
última potência em quase todas as palavras. Não foi possível descobrir que
música ela estava cantando. Sucessos dela, como “Nem um Toque” e “Custe o que
Custar” também ganharam uma versão que nós, público, não sabíamos como cantar.
Como fã, senti falta de algumas gravações, também me senti decepcionado.
Rosanah não precisava fazer do Café Pequeno uma boate ou uma festa de
formatura, bastava que ela cantasse suas músicas da forma como ela registrou
nos discos. Isso seria perfeito. Um diretor musical urgente para ela.
Agora, compartilhe conosco
seus momentos de interação os ídolos.
Muito legal o que vc disse,é realmente assim que acontece,essa relação entre celebridades e anônimos.
ResponderExcluirEu adoro musica(rock principalmente)e sou um fã doente e extremamente exagerado do Renato Russo,e para mim escutar suas musicas é sempre um prazer,um felicidade incrível,ao mesmo tempo que fico triste por nunca ter ido a um show dele e por lembrar que ele já não está mais entre nós,ele vive apenas dentro de quem nunca deixará de amá-lo!
Em relação a expectativa frustrada,aconteceu em 2009 no show da banda Iron Maiden,eu amo a banda desesperadamente,foi o primeiro show da banda que eu pude ir,o show foi incrível mas eu sempre imaginei o show como aqueles que eu assistia em dvd,mas não foi bem assim mas valeu as horas de espera na fila!
Posso dizer que tive sorte ao ver alguns ídolos, apesar do supremo, Caetano, eu nunca ter visto, mas já me falaram que ele é bem de lua, mas pude ver em vida a minha cantora preferida Cássia Eller....o tratamento foi super vip no camarim...e ela timidíssima, assinou o cd, Com vc o meu mundoficaria completo...deu um beijo em cada um e falou obrigada, vai com Deus...nunca me esqueci...mmento muito bom...já falei com a Fernanda Abreu tb que recebeu a gente super bem e perguntou se nós tínhamos gostado do show, mas de um jeito mais profissa rsssss
ResponderExcluirmas tive uma desilusão com o Luis Melodia que num show numa casa aqui em Santos recusou tirar uma foto com a gente....foi bem antipático. mesmo assim ainda continuo gostando dele, mas algo se quebrou.... kkkkkkk muito boa ideia!!!