Por: Vanessa Carvalho
A temporada de séries (Ou show de TV como queiram) começou
com gratas surpresas (E algumas decepções que logo foram canceladas). Estúdios
de TV sempre em busca de melhores atrações para atrair o público não medem
esforços para que seus programas sejam cada vez mais elaborados, cheios de
efeitos especiais e bons roteiros.
Entre as mais antigas, séries consagradas como Once Upon a
Time fez tanto sucesso que houve necessidade de criar um derivado para que mais
“contos de fadas” pudessem ser trabalhados. Once Upon a time in Wonderland
conta a história de Alice no país das maravilhas sob os olhos dos figurões da
ABC. Trazendo a fórmula que tanto agradou na série original, Wonderland mostra
Alice sendo uma moça de 20 e poucos anos apaixonada pelo gênio da lâmpada do
Aladin que foi sequestrado e é mantido preso pela rainha de copas e Jafar. A
série é um pouco mais rápida já que a proposta é que ela tenha no máximo (Se os
produtores assim acharem conveniente) três temporadas. O roteiro é muito bom,
não deixa buracos além do necessário para manter o mistério e os personagens
são fortes e marcantes. O único ponto fraco da série é em relação aos efeitos especiais,
que parecem mal feito ou feito às pressas; mas não estraga em nada a série no
geral.
Já a FOX vem com uma proposta um pouco mais sombria. SleepyHollow traz à tona a lenda do cavaleiro sem cabeça, mas, digamos, com um
universo estendido. Na série a cidade começa a presenciar misteriosos
assassinatos. Crane, que teve seu destino ligado a um soldado mascarado depois
de uma sangrenta batalha, volta à vida através de uma magia que sua mulher lhe
fez 200 anos atrás. Aparentemente a cidade esteve no epicentro da guerra da
independência e George Washington possuía mais mistérios do que se imaginava.
Icabogh Crane precisa se unir a Tenente Mills para poder resolver esses
misteriosos assassinatos que envolvem magia negra e os quatro cavaleiros do
apocalipse. Um roteiro forte, e citações e referências a história dos Estados
Unidos são o ponto forte da série que foca a desconfortável relação de um
soldado do século XVIII com a modernidade do século XXI.
A NBC resolveu fazer mais do mesmo com Drácula. Usando como
base o livro de Bran Stroker, Drácula volta à vida numa série repleta de luxuria,
acordos escusos e fortes uniões de personagens que durante alguns séculos foram
inimigos. Jonathan Rhys Meyer (Henrique VIII da série Tudors) dá a vida ao
personagem título com um toque de modernidade ligada à antigas tradições. O
piloto foi ao ar esta semana e já nos primeiros 10 minutos notamos que em nada
lembra as funérias histórias vampíricas que tem nos bombardeado ultimamente.
Drácula volta com sede de vingança (Vendeta como foi mencionado). Adotando o
nome de Alexander, Drácula está atrás dos membros de uma ordem chamada Ordem do
Dragão, responsáveis pela morte de seu grande amor, ressuscitado na pele da
doce Mina. Todos nós conhecemos a história, resta esperar para saber que
modificações a NBC nos trará. Mas não se assustem, ao menos por enquanto, ele
não brilha no sol.
Falando em Tudors, parece que a sede de conhecimento da
época de Henrique VIII não cessa. Reign, nova série da CW, e minha aposta mais
quente, conta a história de Mary Stuart, rainha da Escócia na época em que a
mesma era independente da Inglaterra e sua principal inimiga A série se passa
no conturbado episódio em que Mary fora prometida para o filho de Henrique VIII
dando início a um conflito religioso entre a Inglaterra protestante e a Escócia
católica. Com 15 anos, Mary foi obrigada a abandonar o convento onde morava e
seguir para a França a fim de conhecer seu futuro marido, o príncipe Francis.
Não fugindo de suas origens a CW nos brinda com triângulos amorosos, conflitos
políticos e magia. Para reforçar isso, há a aparição de Nostradamus como
conselheiro da Rainha que, depois de uma visão, organiza planos para que Mary não
se case com seu filho. Além de um roteiro sério, figurinos e locações
belíssimas, o canal nos brinda com uma trilha sonora jovem, vibrante e alegre,
contraponto com as intrigas e traições da corte francesa.
Além dessas, outras séries merecem destaque como Agents ofShields (com um Phil Coulson tendo que explicar sua milagrosa sobrevivência),Atlantis (Com mitos e lendas Gregas, a série se passa na cidade perdida de
Atlantida), Tomorrow people (Que apesar de tratar de mutantes, é algo
completamente diferente dos estudantes do professor X) e Bruxas de East End
(Uma família de bruxas tentando encontrar caminhos para burlar uma terrível
maldição). Há ainda as já consagradas Revolution, que em sua segunda temporada
parte do ponto pós bomba nuclear e Onde Upon a Time, onde Emma precisa
enfrentar seus medos para salvar seu filho das mãos de Peter Pan.
Programas não faltam. Muitas outras séries novas e renovadas
estão com fôlego novo para essa, que promete ser uma das melhores temporadas
para aqueles que não perdem a oportunidade de entretenimento de qualidade.
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