CAPÍTULO
4
Cena 29. Exterior. Prainha de Água Negra. Pista de
Cooper. Manhã.
Eulália faz sua corrida matinal, escutando mp3. A
prainha e o local estão vazios.
CAM mostra o sapato de salto de uma mulher que
entra na frente de Eulália.
Suspense. Eulália vê Elvira.
EULÁLIA (assustada)
- Elvira? Como assim? Como... de onde?... você sumiu!
ELVIRA (maliciosa)
- Sumi, querida. Mas voltei. Voltei das profundezas de um reino tão, tão
distante, pra acertar as contas com você.
EULÁLIA - Eu não
sei do que você está falando.
Eulália recua. Ainda está muito assustada.
ELVIRA - Não se
faça de morta, Cachinhos de Ouro. Você sabe sim, e sabe muito bem.
Eulália começa a chorar e corre da irmã sem nada
dizer. Elvira não consegue acompanhá-la e grita.
ELVIRA - Pode
correr. Corre mesmo, mas eu te pego. Eu voltei e vou tacar o terror nessa
historinha de criança. Escutou? Vou tocar o terror!!! (RISADAS SARCÁSTICAS)
CORTA PARA
Cena 30. Interior. Fazenda dos Sabatini. Quarto de
Eulália. Noite.
Legenda: Um mês antes
Martin já está na cama, empolgado para que a mulher
se deite logo. Eulália está com semblante preocupado. Ela olha pela janela.
MARTIM - Vem
logo pra cá, minha nega branca. Vem que hoje essa cama vai balançar a noite
inteira.
EULÁLIA (serena) - É isso que eu mais gosto em você,
sabia.
MARTIM (se
gabando) - Eu sei que cê gosta do seu
macho aqui.
EULÁLIA - Não,
seu bobo. Claro que você é muito bom nisso, mas to falando da sua simplicidade, do seu jeito tranqüilo de encarar a
vida, de brincar com tudo e com todos.
MARTIM -
... Já vi
que hoje não rola nada, né? Tá tudo bem? Cê parece preocupada. Aliás, de
uns dias pra cá tenho notado você meio estranha. Aconteceu alguma coisa?
EULÁLIA
(assustada) – Estranha? Mas estranha co... como?
MARTIM - Às
vezes você tá com o pensamento longe...
O celular de Eulália toca. Ela vê que é um número
desconhecido e não atende.
ATENÇÃO: Importante saber que Martim não esboça
reação quanto ao celular tocando. Porém ela não dá mais atenção ao marido e assim que
rejeita a ligação, olha pela janela e do lado de fora vê Elvira lhe encarando.
Elvira balança um celular, como que provocando a irmã.
CLOSE EM Eulália, com medo. Close em Elvira,
eufórica.
CORTA PARA:
Cena 31. Exterior. Cadeia Municipal de Água Negra.
Fachada. Noite.
Vários repórteres estão em frente a cadeia de Água
Negra e vão revelar a última notícia sobre o julgamento de Eulália. Atrás deles,
um grupo de manifestantes, a favor e contra Eulália.
Enquanto os repórteres dão a notícia, ela
será vista na casa dos seguintes personagens: Martim e família, Bento, Terry e
esposa, Vivian, Sales, Juiz Machado, Dr. Maurício e Dr. Henrique.
REPÓRTER
1 - Eulália
Sabatini: culpada ou inocente? A resposta que todos querem saber aqui no
município de Água Negra, no interior de São Paulo, só volta a ser respondida a
partir de amanhã. Em um comunicado à imprensa, o Juiz Alberto Machado, responsável
pelo julgamento deverá levar mais um dia para recomeçar. Nem o público e nem a
imprensa terão acesso às argumentações dos advogados e depoimentos das
testemunhas...
DISSOLVE PARA
REPÓRTER
2 -... O
juiz não revelou os motivos para que a decisão fosse tomada, dizendo apenas que
é necessário que assim seja, para que aconteça o mínimo de falhas possíveis no
julgamento. Machado disse ainda que tanto a promotoria quanto a defesa chegou a
essa conclusão em acordo. Quem não gostou nada disso, foi a população que veio
fazer manifestações. Uns contra e outros a favor da réu. Mas em um aspecto
todos têm uma opinião em comum: querem justiça!
DISSOLVE PARA
POPULAR
ENTREVISTADO (revoltado) - Uma criança! Meu Deus, o que pode ter
feito uma criança para merecer esse fim? Olha, o caso ganhou essa repercussão toda
e não é para menos: uma mãe. Se uma mãe é capaz de matar a própria filha, gente,
então pena de morte é pouco pra essa tal Eulália Sabatini. Ela é de família
poderosa na região, mas grande coisa. A lei tem que ser pra todos! Justiça!
Jus-ti-ça! Assassinar uma filha por causa de um seguro de vida que a menina tinha
e ainda ter a cara de pau de dizer que foi em defesa, que pensava estar sendo
vítima de um ladrão?! Balela! E agora me inventam uma irmã gêmea. Isso não é
novela, minha gente, é vida real! E tem juiz que acredita. Pra onde vai a
justiça aqui no Brasil, meu Deus?!
FUSÃO RÁPIDA PARA
Cena 32. Interior. Quarto de Hotel. Noite.
Margot acabou de ver a notícia.
MARGOT - É,
minha menina, as opiniões se divergem. Mas logo todos saberão da verdade!
CORTA PARA
Cena 33. Interior. Cadeia Municipal. Sala de
Visitas. Dia.
Logo pela manhã Vivian visita Eulália, que está
calada e abatida e nem reage ao cumprimento da psicóloga.
VIVIAN - Bom
dia Eulália. Bom, você não me conhece, mas eu fui a psicóloga designada pra ter
uma última conversa com você, antes do final do julgamento que está marcado pra
logo mais. Você sabe que a aparição de sua irmã causou um grande rebuliço no
caso, dividiu ainda mais as opiniões e fez com que o juiz aceitasse em te dar
uma última chance.
EULÁLIA- Não há
nada pra ser mudado.
VIVIAN - Eulália,
eu vou ser bem franca com você. Formei-me há pouco tempo, mas sou fascinada por
casos de assassinos e suas mentes. Consigo captar sinais, os mais bobos, em uma
mente assassina de longe. Venho estudando seu caso, baseada na teoria de uma
mãe que mata a filha por dinheiro, mas sinceramente, não vejo em você nada que
me leve a acreditar que foi você quem atirou em sua filha.
EULÁLIA - Você
não vê em mim uma assassina porque não sou. Não fiz por dinheiro, foi sem
querer, eu já disse. Por favor, me deixe em paz, me deixe quieta até a hora de
receber minha sentença. Parem de me atormentar querendo mostrar uma inocência
que não existe.
Vivian se levanta.
VIVIAN - Muito
bem, você mantém a sua versão, eu nada mais posso fazer. Vim aqui como uma
profissional que poderia te ajudar, mas você não quer ajuda. Só lhe desejo uma
boa sorte. (PAUSA) Ah! Acho que você deve saber que existe a possibilidade de
encontrar sua irmã no tribunal. A polícia recebeu uma denúncia anônima, foram
averiguar. A descrição bate com a sua, quer dizer, com a de sua irmã.
EULÁLIA (incrédula)
- O quê? Como assim, isso é, isso é...
Vivian sai sem dar maiores detalhes. Eulália fica a
chamar por ela, desesperada, até que a guarda lhe segura e a leva de volta pra
cela.
DISSOLVE RÁPIDO PARA:
Cena 33. Interior. Delegacia Municipal. Corredor.
Dia
Vivian fala ao celular enquanto sai dali.
VIVIAN - Está
feito. A isca foi jogada. Agora é torcer para que dê certo, ou então, meu
querido, teremos fracassado no caso.
CORTA PARA
Cena 34. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do
Júri. Dia
A platéia está vazia. Apenas os jurados, o advogado
de defesa e o promotor estão ali. Conversam informalmente antes do juiz entrar.
DR.
HENRIQUE - Não tem como voltar atrás agora, Maurício! Você deu sua palavra. É só
fazer o que foi combinado. Se der errado você vai ter a sua sentença, o júri
vai ver tudo. Mas se existe essa chance, se o que a Margot contou for verdade, e
você viu que existe uma grande chance de ser, você sabe que uma injustiça está
sendo realizada. É seu dever como promotor descruzar os braços e fazer alguma
coisa.
DR.
MAURICIO - O meu dever é fazer justiça. Colocar atrás das grades quem tirou a
vida daquela menina inocente, esse é o meu dever.
DR.
HENRIQUE - E é o que você vai fazer. Vai colocar a verdadeira culpada atrás das
grades. Lá no fundo você sabe, você é um excelente promotor, e sabe que desde o
começo esse caso tá estranho.
DR.
MAURICIO - A única estranheza que vejo nisso tudo é uma mãe
matar a filha por dinheiro. Isso é estranho e inadmissível pra mim.
DR.
HENRIQUE - Não foi isso que aconteceu. E ainda que Eulália tivesse atirado, não
seria por esse motivo. Com todos esses anos de brilhante atuação, você sabe
quando está diante de um criminoso. E embora não admita, sabe que Eulália é
inocente.
DR.
MAURICIO - O meu colega deseja voltar a defender seus argumentos perante o juiz?
Porque se assim desejar, eu estou pronto e afiado pra guerra.
DR.
HENRIQUE - Não. Vamos fazer o combinado.
Juiz Machado entra e abre a sessão. Promotoria e
defesa tomam seus lugares e Eulália é trazida pelo meirinho.
EULÁLIA (sussurrando)
- O que você está fazendo? Que história é essa que aquela psicóloga foi me
falar hoje.
DR.
HENRIQUE - Calma Eulália, confie em mim. Estou fazendo tudo pelo teu melhor.
EULÁLIA - Você
não sabe o que é melhor pra mim.
Eulália se levanta.
EULÁLIA - Senhor
juiz, gostaria de pedir a dispensa de meu advogado. Acredito que ele não esteja
conduzindo a minha defesa com ética e por isso não o quero mais me defendendo. É
possível, meritíssimo?
TENSÃO. CLOSE EM TODOS.
CORTA PARA:
Cena 35. Interior. Bar de Devaneiro. Dia
Legenda: Um dia antes do crime
Elvira está sentada numa mesa.
ELVIRA - Tava
sem trança pra descer da torre, Rapunzel? Ou sua vassoura de bruxa se quebrou
pelo caminho? (RISADAS)
EULÁLIA – Eu
pensei muito se deveria vir, mas como não se você não me dá paz. Não para de me
ligar, de aparecer escondida em minha casa pra me assustar. Pára Elvira, pelo
amor de Deus! Você vai me deixar louca. Eu estou ficando louca!
A garçonete se aproxima.
GARÇONETE (olhando
com estranheza) - Já escolheu?
EULÁLIA - Me traz
uma água com açúcar.
ELVIRA - E uma cerveja, com dois copos,
querida!
A garçonete toma nota...
ELVIRA - Por acaso
to falando árabe com você? Vai logo minha filha, mexe essa bunda magra que não
recheia nem um quibe, e traz a minha cerveja.
A garçonete olha com estranheza, sem entender. E se
retira.
EULÁLIA (constrangida)
- Deixe de ser grossa. (angustiada) Não vou fazer o que você quer. Não vou
deixar você no controle da minha vida.
ELVIRA – É claro
que vai. Vai me dar T U D O que eu quiser, sim. E vai me deixar agir também sem
se colocar no meu caminho. E você sabe muito bem que quando eu quero, eu faço e
ninguém me segura. Você teve sorte da outra vez, mas agora eu voltei com tudo.
E se você não quiser que o seu conto de fadas vire abóbora de novo, é melhor
não ficar em meu caminho.
EULÁLIA - Se é
assim, já sei o que fazer. Chega de guardar segredo. Eu vou contar tudo. Vou revelar
pra todo mundo, minha irmã. E seja o que Deus quiser.
Eulália não dá mais ouvidos e sai dali. Elvira vai
atrás dela, furiosa. A garçonete que chega com o que foi pedido, continua sem
entender.
CORTA PARA
Cena 36. Interior. Agência Bancária de Água
Negra. Mesa do Gerente. Dia
Entende-se que essa cena acontece após a saída de
Elvira do bar em que estava com a irmã. Portanto, no dia anterior ao crime.
Elvira chega e fala com Sales. Um casal está sendo atendido
por ele, mas ela nem liga. Sales pensa que é Eulália.
ELVIRA - Preciso
falar com você.
SALES - Claro, Dona
Eulália. Aguarde cinco minutos que já estou/
ELVIRA - Não
vou aguardar nada. Ou você fala comigo agora ou vou encerrar minha conta
nessa pocilga de banco e te denunciar pra OAB, SENAC, IPVA... Ah, sei lá, pra
qualquer lugar que eu possa te denunciar.
SALES - Dona Eulália, você está bem?
ELVIRA - Nunca
estive melhor. Vai me atender ou não vai. Precisa ser num lugar particular.
Sem graça, Sales se desculpa com o casal e pede que
espere um instante. Ele levanta e guia Elvira até uma sala fechada.
CORTA RÁPIDO PARA
Cena 37. Interior. Agência Bancária de Água Negra.
Sala Particular. Dia
Sales convida Elvira para sentar. Ali existe uma
mesa com duas cadeiras. Ele está um pouco nervoso.
SALES - Dona Eulália, me desculpe, mas nunca a
vi agir dessa maneira. Por favor, me diga o que posso fazer pela senhora.
ELVIRA - Pode
começar me contando tudo, absolutamente TUDO sobre o seguro que meu sogro fez
para minhas filhas. Quero detalhes e principalmente, quero saber com quem fica
o dinheiro caso alguma coisa aconteça a elas. Aproveita que eu sei ser bem
generosa com quem é bonzinho comigo, e começa a falar...
Elvira sobe em cima da mesa de Sales e abre a
pernas. Sales está com uma visão privilegiada do que há embaixo da saia de
Elvira.
ELVIRA (continua)
... eu não tenho um capuz vermelho pra atiçar o seu fogo, mas tenho algo muito
melhor pra animar você a abrir essa boca grande, meu lobo mau!
Elvira tira a calcinha vermelha e joga no colo de
Sales, que continua a olhar debaixo de sua saia. Ela sorri sarcasticamente.
Tensão. Close em Sales, surpreso, mas, ao mesmo tempo excitado com o que vê.
CORTA PARA
Cena 38. Interior. Fazenda dos Sabatini. Dia
Clipe de Elvira revirando toda a casa. Essa cena é
uma continuação do que aconteceu no dia anterior ao crime. Ela revira, com
cuidado pra não ser pega, o quarto de Eulália, o quarto das meninas, dos
sogros, o escritório. Os empregados nada notam, pois ela faz tudo com discrição.
Sua chegada foi discreta também, ela não parou pra falar com ninguém.
No entanto, após vasculhar tudo, bem na hora da
saída ela esbarra com a filha Diana. Aqui se repete a cena 26, em que Diana e
ela se esbarram, e Elvira revela que não é Eulália.
CORTA PARA
Cena 39. Exterior. Fórum de Água Negra. Fachada.
Dia
Dias atuais.
Alguns manifestantes na entrada. Foco na repórter
da TV local que passa as informações sobre o julgamento.
REPÓRTER 1 - Acaba de ser iniciado o julgamento de
Eulália Sabatini pela morte da pequena Elisabeth Sabatini. Todos os detalhes do
julgamento você verá na edição da noite do nosso telejornal ou a qualquer momento
durante nossos plantões especiais.
Analice, Bento, Sueli e Joaquim estão acompanhando
o noticiário em suas respectivas casas.
CORTA PARA:
Cena 40. Interior. Fórum de Água Negra. Sala do
Fórum. Dia
Terry, Vivian e Margot estão tensos.
TERRY - Chegou
a hora. Estão prontas?
VIVIAN - Pronta como nunca.
TERRY - É o caso de nossas vidas, mocinha.
Enquanto eu esperei muito tempo por algo assim, você já começa sua carreira com
uma grande história pra contar.
MARGOT - Todos
nós temos grandes histórias, delegado. Mas as melhores a gente costuma guardar
pra nós mesmos, porque se contarmos, as pessoas nos olharão de outra maneira.
TERRY - A senhora está dizendo...
MARGOT - Que
tudo na vida tem outro lado, inclusive nós. Um lado que nem sempre revelamos, nem
sempre queremos que outros saibam. Mas vamos deixar de conversa e vamos em
frente. O outro lado dessa história precisa vir à tona. Vamos acabar logo com
isso.
CORTA PARA
Cena 41. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do
Júri. Dia
Continua do ponto de tensão da cena 36, onde
Eulália pediu para que seu advogado fosse dispensado.
JUIZ
MACHADO - A senhora quer abrir mão de um direito que todo cidadão possui? O de
ser defendido, de tentar provar a sua inocência? Passamos por um longo período
onde a defesa e a promotoria vem tentando provar ao júri suas convicções, e até
que este júri dê o veredicto final, nada está concluído ou decidido.
EULÁLIA - Por mim, tudo já está decidido, Sr. Juiz. Eu disse que assumo a culpa.
Eu matei a minha filha e não agüento mais esse processo que está se estendendo
e cada vez mais tomando proporções que fogem do controle...
Todos se entreolham.
DR.
MAURICIO - Que proporções seriam
essas?
Eulália reluta um pouco.
EULÁLIA - Meritíssimo,
permita o desabafo... (angustiada) Ninguém tem o direito de entrar em
minha vida. Não podem vasculhar o passado e desenterrar o que lá ficou. (aos
advogados) Vocês não têm o direito de invadir a minha história e tratá-la como
se fosse algo fácil de manusear. (olhando pro júri) Eu só quero a minha
condenação. Porque qualquer que seja ela, nunca irá se comparar ao que a vida
já me condenou.
DR.
HENRIQUE - Eulália, não fale mais nada, deixe que eu conduza as coisas/
EULÁLIA - Eu não quero mais sua presença aqui.
Todos nós já sabemos onde isso vai dar. Vocês esvaziaram esses bancos aqui para
que eu não visse as pessoas me olhando com ódio, com raiva, desejando a minha
morte, mas eu sei que essas pessoas estão ali fora, assim como estão em cada
canto desse país. Eu sei que todos estão acompanhando. Eu não as culpo. O
senhor disse que tenho direito a defesa, senhor juiz, mas se tenho direito a
ela, também devo ter em não a querer mais. O júri já tem a sentença pronta,
vamos ser realistas e deixar que a exponha. Nada mais do que for dito aqui vai
mudar a opinião deles. Eu estou condenada e ponto.
Terry, Vivian e Margot adentram o tribunal e as
falas de Margot pegam todo mundo, principalmente Eulália de surpresa.
MARGOT - Não
foi você quem cometeu esse crime, minha neta querida.
Eulália olha a senhora adentrando o tribunal e a
princípio não a reconhece. Mas logo percebe que é a sua avó.
EULÁLIA
(surpresa) - O que... a senhora? Mas o que está acontecendo aqui? E junto com
essa psicóloga...?
MARGOT - Nós
sabemos que não foi você, não é mesmo? Está na hora da verdade ser dita, e
embora vá doer muito, não há mais porque esconder. Deixe a verdade ser
revelada, não tenha medo!
Tensão. Suspense.
CORTA PARA
FIM DO PENÚLTIMO CAPÍTULO.
Confira o capítulo 3 aqui.
Olha, tô com muita desconfiança dessa Eulália... não dou crédito para quem fica sempre na defensiva, viu...
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