domingo, 12 de maio de 2013

“Reino Escondido”: belas imagens e novos personagens para quem gosta de animação

Por Jonathan Pereira

“Reino Escondido” (Epic) chega aos cinemas nesta sexta-feira (17) com belas imagens de floresta em 3D. Embora a história flua e venha com a assinatura dos criadores de grandes sucessos como “A Era do Gelo” e “Rio”, a animação exige certa paciência para o espectador se envolver, já que traz personagens novos.


Na trama, a adolescente Maria Catarina (MC) volta para a casa do pai, o Professor Bomba, um cientista que acredita haver um mundo de pessoas minúsculas habitando a floresta. Ele está certo. Enquanto isso, a Rainha dos Homens-Folha, Dara, escolhe um botão que irá sucedê-la na missão de manter a floresta viva pelos próximos 100 anos. Só que a Rainha é morta pelos Boggans, servos do vilão Mandrake, que destrói todo o verde que encontra pela frente. MC, transportada para aquele Reino, tem que ajudá-los a impedir que o botão floresça nas Trevas, o que colocaria todo o verde do planeta em perigo.


Entre os diferenciais das histórias clássicas, a Rainha, que mora no Refúgio da Lua, não é mosca morta: tem atitude, xaveca Ronin, Homem-Folha que lidera o exército do bem. E é morta. A adolescente MC também não faz a pura e se apaixona, com direito a beijo na boca, por Nod, guerreiro dos Homens-Folha que arruma muita confusão com seu jeito independente. A lesma Mub e o caracol Grub garantem momentos engraçados, assim como o cão Ozzy, um pug de três patas.



Eles utilizam beija-flores como meio de transporte. Segundo Chris Wedge, um dos fundadores da Blue Sky Studios, a inspiração veio em 1998, quando viu uma exposição de arte com quadros de 100 anos que retratavam lugares complexos existentes na floresta. “Os quadros tinham conceitos mágicos de civilizações minúsculas que habitavam as árvores e os arbustos, eu pensei que deveria existir um filme sobre aquilo, mas existem ideias que só funcionam com animação”. Outra base foi o livro infantil “The Leaf Men and the Brave Good Bugs”, de William Joyce, que tinha trabalhado com Wedge no filme “Robôs” (2005).



Quem assistir à versão original ouvirá as vozes de Beyoncé como a Rainha, Amanda Seyfried dublando a adolescente MC, Steven Tyler como a lagarta Nim Galuu, o rapper Pitbull fazendo a voz do sapo Bufo e Colin Farrell a de Ronin, “Sempre me imaginei em um desenho animado, e ver isso acontecer foi muito excitante para mim”, vibrou Beyoncé, após a experiência.

Na dublada, ouvimos Daniel Boaventura dando um tom galante ao herói e Murilo Benício bem à vontade repetindo o jeito de falar de seus três últimos personagens na TV – o Tufão de “Avenida Brasil”, Victor Valentim em "Tititi" e o Arthur de "Pé na Jaca”. É bom também ouvir a voz do ogro Shrek (Mauro Ramos) desta vez na boca do malvado Mandrake.



A história entretém e se resolve bem, é difícil cravar se haverá continuação. Tudo dependerá do sucesso que fará nos cinemas de todo o mundo. Visualmente, não há o que questionar: quem curte animação, vai gostar.

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