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domingo, 23 de março de 2014

3 anos de blog - Eles também passaram por aqui



Ainda como parte da comemoração de aniversário, conheça a postagem mais acessada de cada colaborador que passou pelo blog nesses 3 anos:

por Ana Paula Calixto, em 15/06/2012

por André Araújo, em 26/06/2013

por Antenor Azevedo, em 23/04/2012

por Autran Amorin, em 16/03/2013  

por Bernardo Dugin, em 27/06/2012

por Breno Ribeiro, em 01/05/2013

De cigana à Pombagira - Merimée por Glória Perez
por Brunno Duprat, em 05/10/2011

Minha novela favorita: História de Amor

por Denis Pessoa, em 23/10/2011

Gabriela: um clássico em progresso
por Eduardo Vieira, em 30/11/2011 

por Emerson Felipe, em 03/06/2013

por Fábio Leonardo, em 17/03/2012

O Astro, um verdadeiro novelão
por Glauce Viviana, em 14/08/2011

por Júlio César Martins, em 21/01/2013

por Júlio Damásio, em 08/03/2012

por Júnior Bueno, em 04/08/2011

por Jurandir Dalcin, em 02/08/2013

por Marcelo Ramos, em 08/08/2012

por Mateus Peres, em 01/08/2011


por Paulo Lannes, em 10/10/2012

por Rafael Tupinambá, em 20/01/2012


por Romulo Barros, em 31/03/2012

por Serginho Tavares, em 02/02/2013


por Thiago Ribeiro, em 10/08/2011

Obrigado a todos! 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Cine Holliúdy": realidade regional com leveza e sem estereótipos

Por Jonathan Pereira

Cine Holliúdy estreia sexta-feira (15) no Sudeste depois de atrair cerca de 450 mil espectadores aos cinemas nordestinos. A produção cearense diverte e traz para a tela o regionalismo sem os estereótipos que se vê na TV, abrindo novos caminhos para os filmes nacionais.

Com elenco predominantemente do próprio Estado, é exibido legendado em português por ser falado em "cearensês", com várias expressões locais, muitas delas desconhecidas do grande público acostumado a ouvir apenas "vice", "oxe" e "oxente" nas novelas. Termos como "ispilicute", "diabéiss?" e "joiado" saem naturalmente da boca do elenco, como no cotidiano do povo de lá.

História e elenco

O longa do diretor Halder Gomes conta a história de Francisgleydisson (Edmilson Filho), homem apaixonado por cinema que, nos anos 70, abre uma sala de exibição na pequena Pacatuba mas teme que a popularização dos aparelhos de TV, que estão chegando por lá, acabe com seu sonho.  Casado com Maria das Graças (Miriam Freeland) e com um filho para criar, também chamado Francisgleydisson (Joel Gomes),  ele investe em filmes com muita "pêia" para atrair o público. 

A brincadeira com a criatividade dos nomes que os pais dão aos filhos continua com Valdisney, menino de imaginação fértil.  Falcão ataca de ator como o cego Isaías, Roberto Bomtempo vive o prefeito Olegário Elpídio (lembrando muito o sotaque de quando interpretava Jacques em Porto dos Milagres, que se passava na Bahia) e Rainer Cadete, o advogado Rafael da novela Amor à Vida, aparece como Shaolin. Fiorella Mattheis faz uma participação especial, sem falas.

Miriam Freeland e Joel Gomes em cena
Miriam Freeland, uma das poucas não cearenses do elenco, está bem como sempre. Mesmo não sendo conhecido do grande público, Edmilson Filho, que também é produtor associado e coreógrafo, segura o posto de protagonista. "O desafio foi deixar esse personagem real, sem caricaturas, sem exageros e uma figura que tivesse carisma", afirmou.

Pontos positivos

Alguns anos atrás, quando o cinema nacional estava voltado a mostrar as mazelas brasileiras, a ideia de fazer um filme cearense provavelmente cairia no clichê do retirante nordestino que sofre com a seca e busca condições melhores na cidade grande. Felizmente o momento é outro e o que se vê é uma história com gente comum sendo contada, sem vitimização.

O filme é derivado do curta-metragem Cine Holliúdy – O Astista Contra o Caba do Mal e, além de Fortaleza, teve Pacatuba e Quixeramobim como locações. No momento em que a ação se passa dentro do cinema, perde um pouco do ritmo e graça, mas isso não chega a comprometer. Tivesse como um todo 10 minutos a menos, ficaria redondo.


Além de atuar, Edmilson também é coreógrafo
O grande mérito de Cine Holliúdy - que está sendo comparado a Cinema Paradiso pela crítica - é ser produzido por e com gente local. Se alguém de fora tentasse contar essa história perderia a naturalidade, cairia no estereótipo e os cearenses - que fizeram com que o filme quebrasse o recorde de público de Titanic em seu Estado - não se reconheceriam. "Quando o cearense se vê na novela ele pergunta pro pernambucano: 'Mah, é tu ali?', porque ele não se reconhece", disse o diretor.

"Estar dentro de um filme que é a nossa cara, nosso dia a dia, é joia. Acho que estamos muito bem porque tá todo mundo representando sua alma, o ser cearense", analisa Falcão, um dos mais assediados na pré-estreia realizada em São Paulo na noite de terça-feira (12). 

A produção estreou no fim de agosto no Nordeste, em setembro no Centro Oeste e Norte e está em cartaz a partir de sexta-feira, 15, nos cinemas do Sudeste (na região Sul, segundo a produção, ainda não há data para ser exibido). Assista ao trailer abaixo. O sucesso de Cine Holliúdy abre portas para a partir de agora o cinema nos proporcionar conhecer outras realidades regionais como a da Amazônia ou do Pantanal, por exemplo.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os vilões do mundo do entretenimento


Por Vanessa Carvalho

Um sábio já disse uma vez “não existe um grande herói sem um grande vilão”. Esse sábio, por algum acaso se chama Stan Lee, o maior criador de heróis e vilões que se tem notícia. Mas vamos começar pelo princípio.
O mundo do entretenimento é movido por números. Números nas contas bancárias dos produtores, estúdios, e tantas outras pessoas que fazem dele seu ganha pão, e quando falamos disso, é uma necessidade orgânica que haja empatia com o público. E isso é feito através de personagens cativantes. E em sua grande maioria (Acreditem não é pouco) cabe aos vilões esse papel. Quantas vezes você já não se pegou torcendo pelo vilão única e exclusivamente por ele ser loucamente irônico? Ou simplesmente pelo fato de ele ser completamente apaixonante?

Se alguém ainda tem alguma dúvida, é só ver a legião de fãs que existem para personagens como Darth Vader, ou o Coringa, ou até mesmo pelo Loki? Se você gostar da chamada cultura nerd, provavelmente vai ter mais empatia por esses personagens no cinema que nos próprios mocinhos. Digo mais, o que salvou o filme “Cavaleiro das Trevas” foi justamente o Coringa e sua incrível capacidade de ser irônico. É impossível se falar em Star Wars e não pensar em Darth Vader e suas frases perturbadoramente verdadeiras. Ou então, confesse que Os Vingadores não seria a mesma coisa se não houvesse o Loki para fazer equilíbrio com tantos heróis carismáticos.

Não, para um herói carismático é necessário um vilão tanto quanto ou até mais para poder existir o equilíbrio. Nas novelas, por exemplo? Vale tudo não seria a mesma coisa sem Maria de Fátima e Odete Roitman que até hoje estão fazendo sucesso, passa o tempo e ninguém consegue se esquecer delas. E o que falar de Nazaré Tedesco, Carminha e Tereza Cristina? Garanto que suas respectivas novelas não seriam a mesma coisa sem elas. O que dizer da personagem de Renata Sorrah na frente do espelho olhando sensualmente falando com sua voz sexy “Gostosa”. Ou Teresa Cristina agradecendo a ela com sua voz cínica no pé da escada de sua casa? Não, as novelas não seriam a mesma coisa sem elas.


Mas o segmento que podemos encontrar milhões de vilões carismáticos é, sem dúvida nenhuma, a literatura. Desde quando o mundo era apenas um embrião, a literatura vem nos brindando com personagens tão fortes que o fato de ser vilão fica em segundo plano. Ou alguém duvida de que Sarumã, ou mesmo Sauron? Quem não gostaria de ter o Um Anel para todos controlar? São personagens tão marcantes que é impossível você não simpatizar com eles, mesmo que você queira acabar com a existência da maioria deles. Outro que de tantos fãs e seguidores passou para o mundo dos mocinhos foi Lestat. O cara tem tantos fãs que ele simplesmente deixou de ser o vilão de Entrevista com o Vampiro e passou a ser o mocinho de A Rainha dos Condenados, tamanho foi a aceitação dele junto ao grande público. E eu acho que o campeão é Voldemort. Os “Potterheads” como são conhecidos os fãs mais fervorosos da saga do bruxinho o chamam inclusive de Tio. Você não pode ser fã seja dos livros, seja dos filmes, do bruxinho e não amar aquele que não deve ser nomeado.


Não, é impossível você ter um grande herói sem um fantástico vilão. E o exemplo disto está nesta novela Amor à vida. Félix simplesmente se tornou, da noite para o dia, o principal personagem da trama de Walcyr Carrasco. Tanto que em apenas um dia, a página no Facebook “Félix bicha má” superou o número de curtidas que o seu criador esperava.


Vilões se tornam interessantes por justamente ser algo que está muito além do que seria aceitável na realidade. Alguns deles, como os vilões criados por Stan Lee, por exemplo, são complexos, pois há de se ver que não são totalmente vilões. A sua essência, muitas vezes existe o conflito entre o que eles acreditam, com o que eles estão fazendo e com as suas consciências. E isso chama muito mais a atenção que os mocinhos com toda aquela essência ética e cheia de moral.

Não existiria um grande herói sem seu vilão. E o que podemos chamar de vilão?

sábado, 25 de maio de 2013

Bye Bye, Marilyn


"Vida - Eu sou de ambas as suas direções. De alguma forma, permanecendo de cabeça para baixo na maior parte, mas forte como uma teia de aranha no vento – eu existo mais com a geada fria e cintilante. Mas os meus raios borbulhantes têm as cores que vi nas pinturas – ah vida eles traíram você". (Marilyn Monroe)
por Thiago Andrade

Não resta dúvidas de que Marilyn Monroe é um dos maiores ícones da cultura pop mundial. Quem nunca cantou "Happy Birthday" pensando na homenagem de Marilyn ao "Mister President" JFK? Embora tenha falecido em 1962, sua história ainda gera interesse para a indústria do cinema e da televisão. O último filme de sucesso sobre a história da atriz, cantora e modelo foi "Minha Semana com Marilyn", em 2011, estrelado por Michelle Williams, que foi indicada ao Oscar pelo papel.  


O filme contribuiu para que o alterego de Norma Jeane voltasse a ficar em evidência e, em 2012, a NBC lançou o musical dramático, Smash, tendo Marilyn como centro da narrativa. Criada por Theresa Rebeck e produzida por Steven Spielberg, o primeiro episódio da trama foi assistido por mais de 11 milhões de pessoas. 


A história gira em torno dos bastidores da criação de um musical da Broadway, baseado na vida de Marilyn, denominado Bombshell. Nesse sentido, a escolha para o papel de protagonista se torna o fio condutor de uma disputa, que envolve troca de favores, sexo, dinheiro, relacionamentos, interesses e, até mesmo, ingenuidade e inexperiência. 

De um lado temos Katharine McPhee, vice-campeã da quinta temporada do American Idol, dando vida a Karen Cartwright, uma mulher simples, que trabalha como garçonete e sonha em ganhar os palcos e cantar. Do outro, temos Megan Hilty, que já trabalhou em muitos Musicais da Brodway, encarnando Ivy Linn, uma atriz veterana, que quer a tudo custo uma oportunidade para estrelar uma peça. 



Além da talentosa Anjelica Huston, junta-se ao elenco principal Debra Messing, Jack Davenport e Christian Borle. Uma Thurman participa de cinco episódios e tem grande destaque, como Rebecca Duval.


Com musicas originais e alguns covers, a primeira temporada foi bem sucedida e ganhou, inclusive, CD com as melhores interpretações. A forma como a trama foi conduzida, envolveu o telespectador no mundo de Marilyn, mas mais interessante, mostrou um lado pouco explorado dos musicais, que é as relações e as pressões que produtores, escritores, diretores e atores sofrem. Os personagens são humanos, cometem erros e acertos e, muitas vezes, têm suas atitudes compreendidas pelo público. 

A definição da protagonista só acontece no final da primeira temporada, de forma surpreendente. A season finale traz um número incrível, com uma canção chamada "Don't Forget Me". Quer letra melhor para terminar uma temporada?


No entanto, na segunda temporada, Smash passou por diversos problemas, o primeiro deles foi a saída de sua criadora, Theresa Rebeck, da equipe. O foco da trama muda, Marilyn e Bombshell ficam num segundo plano. Don't Forget Me não parece mais ter tanto sentido. Vemos relações sendo rompidas e outras sendo criadas, mas sem a mesma força que as anteriores. A maioria dos números traz músicas originais, que são boas, mas que por serem desconhecidas geram um pouco de desinteresse no público. Até a participação de Jennifer Hudson ficou um pouco confusa no contexto da temporada. Porém, rendeu bons números como este:



A audiência despencou e a NBC alterou o dia de exibição da série várias vezes. No fim, a Smash foi transferida para sábado à noite, o que indicava o seu cancelamento, por ser considerado um horário de desova de seriados. A emissora prometeu exibir todos os episódios da segunda temporada, que nas últimas semanas tem recuperado a audiência. No entanto, isso não irá impedir o fim do programa, neste domingo, 26 de maio. 

A boa notícia para os fãs é o que episódio final promete dar um bom desfecho à série. Intitulado de "The Tonys", poderemos ver a maior premiação para os artistas da Broadway, num episódio de duas horas de duração. Talvez essa seja a forma de a NBC nos dar a oportunidade de nos despedir dignamente de Marilyn. Pelo menos até um próximo filme, um próximo livro, um próximo programa ou um próximo Happy Birthday To You. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Vamos ser uma Legião.

 Por Vanessa Carvalho


Que Renato Russo foi uma pessoa ímpar como líder da Legião Urbana ninguém duvida. Agora é difícil imaginar alguém como ele sendo “normal”. Estudando, trabalhando, se relacionando, tendo amigos. É essa fase da vida dele que aparece no filme “Somos tão jovens” (2011), filme que mostra o começo da formação musical dele.

O filme não conta a história de Renato Russo em si, mas mostra como Renato Manfredini Júnior se tornou Renato Russo. Ele era um cara normal, vivendo em Brasília, numa época em que o “punk” inglês estava crescendo. Através de um colega de trabalho, Renato é apresentado ao Sex Pistols e logo começa a se questionar sobre tudo que o cerca.

O que mais me chamou a atenção no filme não foi a forma como mostraram as criações de músicas que escutamos desde o início dos anos 80 ou as relações que ele tinha com o Herbert Vianna ou Dinho Ouro Preto, mas foi a caracterização dos personagens, principalmente do Tiago Mendonça. Alguns momentos do filme é preciso lembrar que Renato morreu.


Tendo Brasília como pano de fundo, fica fácil imaginar como era a vida na capital do país no final da década de 70 e início da década de 80. A criação do Aborto Elétrico, o som punk rock que eles faziam ocupa boa parte do filme. Há também um pouco de como surgiu a Plebe Rude e o Capital Inicial.

Os pontos negativos que eu vi no filme, além do roteiro um pouco fraco, foi a caracterização do Herbert Vianna e do Dinho Ouro Preto. Ambos os atores, muito parecidos com os artistas, se esforçaram tanto para se parecerem com eles, que se tornou uma caricatura grosseira dos originais. E o sumiço repentino do pai do Renato na metade do filme. Ele aparece em uma cena e na outra não mais sem explicação nenhuma. Mas nada que estrague a beleza e sutileza do filme.

A bissexualidade do cantor, um dos traços mais fortes da personalidade forte dele, foi tratada de uma forma tão naturalmente simples que faz com que não se sinta falta dela. Nem os grandes conflitos que passava na cabeça das pessoas naquela época. Uma das cenas mais divertidas do filme é quando o Renato está conversando com a mãe dele sobre sua orientação sexual. Foi uma forma tão naturalmente divertida que fica impossível não se divertir com isso. Isso não agradou boa parte dos fãs mais fervorosos do cantor, que podem ver tal cena como um deboche.


Tiago Mendonça foi o grande diferencial do filme. Se há uma coisa que não se pode questionar foi na caracterização do ator. A semelhança física com o Renato no início da carreira é um ponto que não se pode passar despercebido, claro, mas foi na interpretação da forma como o Renato via o mundo que Tiago ganhou toda a atenção da mídia. Ele mostra com maestria a profunda depressão que perseguiu o Renato por toda a sua vida. E a forma como ele canalizou isso para as suas músicas.

As relações pessoais também foram tratadas de maneira séria, porém leve. A relação com sua eterna amiga Ana, a primeira paixão por um amigo de banda, o relacionamento conturbado com os integrantes do Aborto, foram tratados tão delicadamente que é até difícil não imaginar o quanto conviver com ele era sublime. A relação familiar, o apoio dos pais, assim como a preocupação deles foi tratado tão rápido que acabou nem fazendo falta.
Ir ao cinema assistir ao filme esperando a vida do Renato, como apareceu no filme “Cazuza” é pedir para sair decepcionado. Os produtores não quiseram mostrar o Renato Russo, e sim o processo para o surgimento da Legião Urbana. Tanto que, o filme termina quando a banda começa a ser mais conhecida.

“Somos tão jovens” é um filme que vale a pena assistir não pela vida do Renato em si, mas por trazer o cantor mais próximo do público, mostrar um pouco do pensamento dos jovens em plena ditadura, e principalmente pela trilha sonora.


domingo, 12 de maio de 2013

“Reino Escondido”: belas imagens e novos personagens para quem gosta de animação

Por Jonathan Pereira

“Reino Escondido” (Epic) chega aos cinemas nesta sexta-feira (17) com belas imagens de floresta em 3D. Embora a história flua e venha com a assinatura dos criadores de grandes sucessos como “A Era do Gelo” e “Rio”, a animação exige certa paciência para o espectador se envolver, já que traz personagens novos.


Na trama, a adolescente Maria Catarina (MC) volta para a casa do pai, o Professor Bomba, um cientista que acredita haver um mundo de pessoas minúsculas habitando a floresta. Ele está certo. Enquanto isso, a Rainha dos Homens-Folha, Dara, escolhe um botão que irá sucedê-la na missão de manter a floresta viva pelos próximos 100 anos. Só que a Rainha é morta pelos Boggans, servos do vilão Mandrake, que destrói todo o verde que encontra pela frente. MC, transportada para aquele Reino, tem que ajudá-los a impedir que o botão floresça nas Trevas, o que colocaria todo o verde do planeta em perigo.


Entre os diferenciais das histórias clássicas, a Rainha, que mora no Refúgio da Lua, não é mosca morta: tem atitude, xaveca Ronin, Homem-Folha que lidera o exército do bem. E é morta. A adolescente MC também não faz a pura e se apaixona, com direito a beijo na boca, por Nod, guerreiro dos Homens-Folha que arruma muita confusão com seu jeito independente. A lesma Mub e o caracol Grub garantem momentos engraçados, assim como o cão Ozzy, um pug de três patas.



Eles utilizam beija-flores como meio de transporte. Segundo Chris Wedge, um dos fundadores da Blue Sky Studios, a inspiração veio em 1998, quando viu uma exposição de arte com quadros de 100 anos que retratavam lugares complexos existentes na floresta. “Os quadros tinham conceitos mágicos de civilizações minúsculas que habitavam as árvores e os arbustos, eu pensei que deveria existir um filme sobre aquilo, mas existem ideias que só funcionam com animação”. Outra base foi o livro infantil “The Leaf Men and the Brave Good Bugs”, de William Joyce, que tinha trabalhado com Wedge no filme “Robôs” (2005).



Quem assistir à versão original ouvirá as vozes de Beyoncé como a Rainha, Amanda Seyfried dublando a adolescente MC, Steven Tyler como a lagarta Nim Galuu, o rapper Pitbull fazendo a voz do sapo Bufo e Colin Farrell a de Ronin, “Sempre me imaginei em um desenho animado, e ver isso acontecer foi muito excitante para mim”, vibrou Beyoncé, após a experiência.

Na dublada, ouvimos Daniel Boaventura dando um tom galante ao herói e Murilo Benício bem à vontade repetindo o jeito de falar de seus três últimos personagens na TV – o Tufão de “Avenida Brasil”, Victor Valentim em "Tititi" e o Arthur de "Pé na Jaca”. É bom também ouvir a voz do ogro Shrek (Mauro Ramos) desta vez na boca do malvado Mandrake.



A história entretém e se resolve bem, é difícil cravar se haverá continuação. Tudo dependerá do sucesso que fará nos cinemas de todo o mundo. Visualmente, não há o que questionar: quem curte animação, vai gostar.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Shakespeare seria uma Fraude?

Por Vanessa Carvalho


Shakespeare foi uma fraude? E se o maior dramaturgo de todos os tempos não passava de um ator analfabeto e ignorante usado apenas para encobrir o verdadeiro autor de todas as peças que conhecemos? Essa é a questão que aparece no filme Anônimo (2011).

Nela, o conde de Oxford, Edward, vive um dilema na corte da rainha Elizabeth I. Proibido de escrever peças por seu sogro, Willian Cecil, que a arte da escrita indigna, Edward paga um escritor local sem muito talento para assinar as suas peças a muito guardadas em seu escritório. O problema é que este mesmo escritor teme represálias de Cecil por ver que há severas críticas a ele nas peças; então ele escolhe um ator, William Shakespeare, para que este assine as peças. Shakespeare, vendo o sucesso que as peças começaram a alcançar, começou a chantagear Edward para conseguir mais dinheiro.


Com este enredo, o filme prende não somente pelas citações de peças consagradas do dramaturgo como Romeu e Julieta, Sonhos de uma noite de verão, Macbeth dentre outras. Ele prende pelo alto teor político e pela trama brilhantemente construída. Mostra uma rainha Elizabeth crítica e seca, além de seus romances secretos ao longo de quarenta anos. E a forma como Cecil a mantém em seu constante domínio sendo uma das pessoas mais importantes da trama toda.


O que mais chama atenção neste filme é o elenco de peso; com nomes consagrados do teatro inglês. Ele conta com Vanessa Redgrave como Rainha Elizabeth I, que não precisa de muitos elogios. Com Rhys Ifans (O Espetacular Homem Aranha e Harry Potter) como conde de Oxford e pivô do que poderia ter sido a ruina do reinado de Elizabeth, com David Thewils (Remus Lupin) como William Cecil e muitos outros.

Um destaque maior para o personagem de David, pois é através dele que sabemos de conspirações contra Elizabeth, histórias de incestos e a forma como a política era tratada numa época em que a personalidade mais importante da Inglaterra foi uma mulher, filha de um Tudor.

A produção de arte do filme foi uma das mais fieis ao contexto histórico com figurinos, locações, e ambientações. O teatro ao ar livre de Shakespeare, que é onde se passa boa parte do filme, nos transporta de volta a época em que Teatro era considerado indigno. 


Os produtores e roteiristas optaram por uma história em flashback, o que pode ser um ponto negativo do filme, caso o espectador não preste muita atenção à trama, pode se perder com as várias idas e vindas de tempo. Entre uma Elizabeth nova (Interpretada pela filha da atriz Vanessa Redgrave) e o reinado de Elizabeth já próxima a sua morte.

Com uma trilha sonora peculiar, sendo basicamente músicas instrumentais, se insere ao filme, que mesmo passando despercebida em alguns momentos, completa o filme de maneira sublime.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Luz, Câmera, Ação...Muita Ação!

by Sidney Rodrigues



Quando resolvei fazer esse post sobre Curta Metragem no Brasil, minha ideia inicial era mostrar as dificuldades que os novos cineastas têm para realizarem seus sonhos de conseguir filmar e mesmo assim vermos trabalhos ótimos feitos por aqui. Ocorre que no meio da ideia troquei algumas figurinhas com Zeca Rodrigues e Diego Sousa, dois amigos e grandes batalhadores desse país, e o resultado desse bate papo acabou gerando um material muito bacana e transcrevo aqui as opiniões de cada um deles sobre alguns assuntos pertinentes ao tema.
                                                       
Zeca Rodrigues
   
Diego Souza

terça-feira, 23 de abril de 2013

Heróis no Cinema


 Por Vanessa Carvalho

Quem vê hoje, nos cinemas, as filas enormes para os filmes de super-heróis, deve achar estranho quando escutam as pessoas mais velhas falando que, nos anos 90, interpretar um super-herói no cinema era decretar final de carreira.

Atores como Billy Zane e Dean Cain viram suas carreiras simplesmente acabarem por ambos terem interpretado o Fantasma e o Superman respectivamente. Naquela época os filmes eram considerados infantis demais para que pudesse se pensar em uma coisa séria.

Então apareceu a década de 2000. Novo milênio e com ele, os estúdios começaram a enxergar que os super-heróis, quando tratados com seriedade, trariam muito dinheiro. E foi o que aconteceu.

A reviravolta começou mesmo com os heróis da Marvel. Stan Lee viu que os cinemas, poderiam ser uma forma de expandir os fãs de seus heróis e nos trouxe Homem-Aranha e X-Men através das mãos de Sam Raimi e Bryan Singer respectivamente. Trazendo os dramas dos personagens, dos problemas que eles enfrentavam, os roteiristas, produtores, diretores, atores E efeitos especiais, trouxeram os heróis para dentro da casa das pessoas, fizeram com que eles deixassem de ser entretenimento que os pais usavam para acalmar seus filhos e os colocaram na sala de estar.


Tanto que ambas as trilogias tiveram as maiores bilheterias que um filme deste segmento já havia tido. Mais até que os dois primeiros filmes do Superman quando o mesmo era interpretado pelo Christopher Reeve, claro, temos diferentes, pensamentos diferentes, efeitos melhores.

Pode-se dizer que foi a Marvel quem deu a partida (novamente) para que os heróis tivessem um espaço na tela grande. Hoje, as maiores bilheterias dos cinemas são de seus personagens. Mas claro que houve algumas ideias erradas, o que dizer dos dois filmes (Que a princípio seria uma trilogia) de O Quarteto Fantástico? Ou de O Demolidor? (E olha que a bilheteria do Matt Murdoch no cinema foi espantosa) da Marvel. Ou então de Lanterna Verde? Ou Superman Returns ambos da DC? Alguma coisa deu errada nos filmes, talvez fosse apenas a época errada para eles. Ou então foram negligenciados para personagens infantis demais.


Em 2008 surgiu um gênio, bilionário, playboy e filantropo egoísta que mudou tudo mais uma vez. Surgido pelas mãos de John Favreau, o Homem de Ferro não só reacendeu o brilho nos olhos dos executivos, como a carreira de Robert Downey Jr que estava em baixa depois de vários problemas com a bebida e as drogas. 


Desde O Homem de Ferro e do trabalho sério que vem se fazendo com esse segmento cinematográfico, as sessões de cinema voltaram a ter o entusiasmo de outrora. Abriu espaço para outros personagens como Thor e Capitão América e também para franquias como Homem Aranha e X-Mem e seus reboots.

E isso ajudou também os outros ‘amigos’ Superman e Batman. O Reboot do Cavaleiro das trevas pelas mãos de Christopher Nolan abriu os olhos da DC que está tentando fazer o mesmo sucesso com o Kryptoniano. 

Sexta estreia o terceiro filme de O Homem de Ferro (Com o pensamento em um quarto filme) e a espera é, além de ser um dos filmes mais aguardados do ano, que ele bate seu próprio recorde no primeiro final de semana de exibição. É esperar para ver qual será o futuro desses heróis no cinema daqui pra frente.
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