Por Guilherme Fernandes
A
convergência de mídias no mundo da teledramaturgia não é uma novidade no Brasil
e muito menos em países como os Estados Unidos. Uma telenovela, praticamente
desde sua existência, já gera produtos agregados a ela, que complementam seu
sentido e possibilitam uma interação maior com seus fãs. Exemplos disso são as
trilhas sonoras, fotonovelas de telenovelas, álbum de figurinhas, livros
romanceados, etc.
Atualmente,
esse processo recebe o nome de “transmídia”, um termo que vem sendo utilizado
nas pesquisas graças as contribuições do norte-americano Henry Jenkins.
Inclusive, percebendo a importância desse recurso, a Rede Globo já tem seu
departamento de transmídia, responsável pelo site da telenovela, perfis de
personagens no Twitter e criação de conteúdos extras, em apoio com os diversos
setores.
Jenkins
estudou os produtos dramatúrgicos dos Estados Unidos. Diversos pesquisadores
brasileiros, entre eles a professora da USP Maria Immacolata Vassallo de Lopes
estudaram os produtos brasileiros.
Um
marco, acredito, foi a telenovela “Viver a Vida” e o famoso “Sonhos de Luciana”,
um blog da personagem de Alinne Moraes em que o público
pôde interagir com Luciana. Sim, com Luciana, a personagem e não a atriz. Depois
de “Viver a Vida”, outro recurso de grande sucesso foram as cenas extras no
site de “Passione”, cenas importantes para a história, mas que só foram
exibidas na internet. Esse recurso já havia feito sucesso em “Malhação”, na
época em que Fiuk era uma das grandes atrações da novelinha.
Nesse
momento, as atenções transmidiáticas estão todas para a trama das sete “Cheias
de Charme”. O clip das “empreguetes” é realmente um sucesso no mundo virtual, a
campanha “solte as empreguetes” foi um sucesso. As músicas dos personagens
Chayene (Cláudia Abreu) e Fabian (Ricardo Tozzi) são baixadas e comentadas.
Existe
uma nova forma de interação do público com a telenovela. Somente aquela horinha
em que ela é transmitida não é o suficiente. O espectador quer mais, quer se sentir
como parte de algo. O site de Cheias de Charme promove isso aos telespectadores.
E você, quais exemplos de vivências transmidiáticas pode nos dar?
Viva a "interação", promovida pelas novas tecnologias.
ResponderExcluirAssim, cai por terra os versos de Raul Seixas:
"Eu é que não fico sentado no trono de um apartamento, com a boca escancarada de dentes, esperando a morte chegar".
E viva "Cheias de Charme", a novela mais polêmica desde "A Favorita", de 2008 (onde a interatividade com os espectadores era medida o tempo todo pela emissora)!
A cena do confronto das ex-patroas com as Empreguetes no programa da Ana Maria Braga merece entrar pro histórico da Teledramaturgia brasileira.
E parabéns à personagem Dra. Lygia Mariz Ortega, uma pessoa maravilhosa no meio daquelas peruas enlouquecidas.
Concordo, ri horrores com a cena, todas as atrizes deram um show, Cheias de charme é maravilhosa.
ExcluirTexto mto bom,
ResponderExcluirrealmente se eu pudesse, ficaria vendo cheias de charme o tempo todo, essa interação que temos hoje com as novelas é ótima, pois nos permite de certa forma fazer parte da trama. Eu fui um dos adeptos da campanha Empreguetes livres, e vi o vídeo das meninas mais de dez vezes kkk.
http://brincdeescrever.blogspot.com.br/
que coisa louca isso da povo falar com a Luciana...adorei o lance da net....e já tinha começado com Aquele beijo com o site falso do banho da Chocotona e o verídico de Poesia, o Emergência poética que existe mesmo.... agora esse lance da gente poder ver o clipe antes deles foi mágico mesmo, muito bom!!! ótima lembrança!!!
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