Por Daniel Couri
É realmente surpreendente a facilidade com
que se pode baixar músicas e filmes pela internet hoje em dia. Seja por meios
legais ou pirataria, o fato é que os jovens e adolescentes mal sabem o que é
CD. Já vieram ao mundo com tudo ao alcance de um clique. O negócio é fazer download. Também não querem saber de
DVD. Assistem no próprio computador.
Até mesmo quem não é adolescente resolveu
aderir à moda de baixar tudo ou simplesmente ouvir/assistir online. Falo isso
porque sou motivo de piada com frequência. Toda vez que digo que estava ouvindo
um CD ou que comento o fato de querer ir a uma loja de CDs, alguns de meus
amigos dão risada. Quando falo que vou comprar um DVD então... sai de baixo! Só
falta me crucificarem. “Ninguém compra DVD! Pra que, se você pode baixar?”
Falando assim muita gente pode pensar que é o
fim dos CDs e DVDs, mas o que se observa é um nicho de mercado que vem
crescendo e ganhando cada vez mais espaço: o dos colecionadores inveterados.
Eles sempre existirão, por mais que toda a tecnologia do mundo esteja ao
alcance de suas mãos e por mais que pareça antiquado sair para comprar um CD ou
um DVD.
Nada substitui o prazer de passear por uma
loja de discos ou filmes, escolher entre os gêneros e títulos, descobrir
raridades ou até reencontrar algo marcante. E para quem gosta de ter o CD ou
DVD, nada mais gostoso do que a sensação de vê-los na estante do seu quarto.
Esse prazer vai muito além de possuir o produto em si. É como se você
mantivesse ai, ao alcance de suas mãos, vários momentos de diversão,
descontração, alegria e emoção. Vários “pequenos sonhos”.
E não são poucas as pessoas que curtem esse
hobby. Prova disso é que até os discos de vinil – condenados há mais de uma
década – voltaram com força total. Nas megastores é possível encontrar
reedições importadas de clássicos do pop e do rock em vinil, a preço de ouro.
Artistas nacionais não ficam de fora e também têm seus álbuns relançados em LP,
a preços bem salgados, o que mostra que público para comprá-los não falta.
No ano passado houve crescimento tanto nas
vendas de CDs como de DVDs musicais. De acordo com a ABPD – Associação
Brasileira dos Produtores de Discos – as vendas físicas (CDs + DVDs + Blu-Rays)
registraram crescimento de 7,6%, com a movimentação de R$ 312,3 milhões. O
número de lojas de discos (incluindo CDs e LPs) pode ter diminuído
consideravelmente, mas isso não significa que as pessoas tenham deixado de comprá-los.
A diferença é que hoje eles se concentram nas grandes lojas do ramo ou nas
virtuais.
Parece coisa do passado, mas comprar discos está mais "in" do que nunca |
Reconheço a praticidade e a facilidade de
baixar filmes ou músicas. Afinal, é preciso se readaptar à nova realidade. Mas
continuo achando que colecioná-los é um dos passatempos mais prazerosos que
existem. E por mais que profetizem a extinção dos CDs e DVDs, acredito que eles
ainda terão vida longa pela frente. Sempre existirão os aficionados por
coleções e por todo o universo que as envolve, como ir à loja, passar horas se
deliciando entre os títulos, voltar para casa ansioso para ouvir ou ver o
produto adquirido. Não há tecnologia que acabe com esse ritual.
Não vou dar uma de bom moço e dizer que não baixo musicas na net. Baixo sim, tenho ainda muitos CD’s aqui gravados com o nome escrito toscamente, porem como bem explicado no texto, nada supera a sensação de abrir o CD, ver o encarte, e escutar o CD com a qualidade muito boa. Com certeza o preço dos CDs aqui no Brasil não é algo muito convidativo(pelo menos para as bandas que ouço).Eu sempre compro os originais das bandas que eu realmente gosto, de outras, eu prefiro primeiramente baixar o piratão mesmo e escutar, se for realmente bom compro sem duvidas, se não, simplesmente excluo do pc e vamos pra próxima. Também acho que o importante é a arte e não a mídia em que ela está sendo apresentada, mas temos que ficar atentos pra perceber a maneira que o mercado vai lidar com tudo isso e até que ponto vai ajudar ou prejudicar o que realmente importa, que é a ARTE! Estamos todos vivendo juntos essa nova realidade e sempre me pego pensando no que vai acontecer daqui alguns anos.
ResponderExcluirEu sou saudosita e adoro colecionar, pena que falta espaço, então, o segundo prazer fica meio que deixado de lado, enfim, recordar é viver e colecionar é guardar as recordações da vida até que a morte nos separe, rs.
ResponderExcluirConcordo com os dois. Também baixo músicas e filmes de vez em quando, mas não abro mão do meu xodó: as coleções. Sofro do mesmo problema do Warlen, a falta de espaço. Mas com jeitinho a gente vai encaixando os CDs, DVDs, LPs e livros na estante (E HAJA ESTANTE!).
ResponderExcluirSaudosismo e colecionismo. Hehe... pra quem gosta de música (no meu caso em especial CD's) rola um carinho especial em ter o produto em casa. Pegar o disco, ver o encarte, letra das músicas, compositores, arranjadores, agradecimentos... são coisas que te dão a sensação de fazer parte daquela história que está sendo contada (cantada).
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