Por Guilherme Fernandes
A emancipação
feminina e o divórcio em “Escalada” (TV Globo, 1975, de Lauro César Muniz); a
naturalização da homossexualidade em “Brilhante” (TV Globo, 1981, de Gilberto
Braga); o modismo de “Dancin’Days” (TV Globo, 1978, de Gilberto Braga). Esses
exemplos mostram a radicalização de propostas iniciadas com alguns folhetins.
Pensando nessa radicalização, gostaria de indicar “Lado a Lado” (TV Globo,
2012, de João Ximenes Braga e Cláudia Lage) como um marco televisivo na
discussão da cultura negra e da abolição da escravatura – embora a novela inicie
já nos tempos da República, em 1903, para ser mais exato.
Os livros “Helena” (1876) de Machado e Assis e “Senhora” (1875) de José de Alencar
ganharam diversas versões para a televisão, inclusive no seu período
não-diário. Os romances tinham como tempo e espaço o Rio de Janeiro de
1860-1970, na obra de José de Alencar, que chega a citar a Guerra do Paraguai
(1864-1870), e 1859, no caso de Machado de Assis. As obras, e suas adaptações,
não têm a discussão da Abolição como foco. Ainda assim, trazem personagens
negros interpretando mucamas, guarda-costas ou figurantes – para compor o
cenário do século XIX.
“A Moreninha”, de Joaquim Manuel de
Macedo, publicado em 1844, também (e obviamente) não retratou (os problemas da)
a escravidão. Contudo, em sua segunda adaptação pela TV Globo, em 1975 (a
primeira foi em 1965, adaptada e dirigida por Otávio Graça Mello), Marcos Rey
insere elementos da crônica “Memórias da Rua do Ouvidor” (de 1878, também de
Macedo) para retratar a luta abolicionista. Rey transfere o romance para os
anos de 1866 a 1868 e também aborda a Guerra do Paraguai. O escravo Simão
(Haroldo de Oliveira), apaixonado por Duda (Léa Garcia), não via com
naturalidade o regime escravista e sempre fugia do capitão-do-mato João Bala
(Jaime Barcelos). O mocinho da trama, Augusto (Mário Cardoso), foi transformado
em um dos heróis da abolição, da mesma forma que Leonardo (Eduardo Tornaghi),
que liderou uma campanha para a libertação dos negros e acabou sendo morto por
João Bala. Estranhamente (?), Carolina, a moreninha, foi vivida por duas
atrizes que nada têm de morena – Marília Pera em 1965 e Nívea Maria em 1975.
Essa foi a primeira representação do movimento abolicionista, narrado como uma
luta de brancos progressistas e de estudantes. No último capítulo foi mostrada
a luta de estudantes a favor da Lei do Ventre Livre, a alforria de Simão e
Tobias (Sidney Marques, jovem alfabetizado que de posse da carta vê a
possibilidade de ser ator do teatro Alcazar). Duda e Simão se casam, têm um
filho de nome Palmares, que, mesmo sem a aprovação da Lei do Ventre Livre,
ganha a carta de alforria. O fim romântico de “A moreninha” mostra a “bondade”
branca e a “conformação” negra. Estes, gratos pela liberdade!
O romance “A
Escrava Isaura”, do autor abolicionista Bernardo Guimarães foi publicado em
1875, treze anos antes da Lei Áurea. Isaura é mestiça, filha da escrava Juliana
com o português Miguel. Em sua versão televisiva, novamente, a atriz escalada,
Lucélia Santos, não é morena, como na obra literária. Gilberto Braga, ao
escrever a novela para a Rede Globo em 1976, é fiel ao livro nesse sentido. Os
personagens negros na obra ou eram protetores de Isaura, como Januária (Zeni
Pereira) uma espécie de mammie dos
filmes norte-americanos, ou antagonistas (vilãs) Rosa (Léa Garcia), uma escrava
invejosa dos privilégios de Isaura.
O pesquisador
Joel Zito Araújo observou que os negros da trama não tinham orgulho de sua raça
e mostravam-se inferiores aos seus senhores. Uma possível exceção era a vilã
Rosa, que tinha consciência de sua condição escrava e por isso fazia de tudo
para fugir do tronco, ou seja, dormia com todos os homens (do sinhozinho ao
capataz) e infernizava a vida de Isaura. Chega um dia em que Álvaro, na
condição de senhor, resolve libertar todos os escravos e propõe que eles
continuem em sua fazenda, com remuneração e direito a um pedaço de terra.
A trama
praticamente não refletiu os costumes negros. Januária era a única que
praticava religião de matriz africana. Também não se discutiu a resistência à
escravidão e a abolição foi narrada, mais uma vez, como uma luta dos brancos
“bondosos”. O último capítulo mostrou a gratidão dos negros ao senhor Álvaro;
na última cena, um beijo de Isaura e Álvaro, com os negros dançando ao redor.
Destaque para a abertura da trama, com quadros do pintor francês Jean-Baptiste
Debret e, especialmente, a música “Retirantes” de Jorge Amado e Dorival Caymmi,
que representa os lamentos dos escravos.
A próxima
telenovela a abordar a escravidão foi “Sinhazinha Flô” de Lafayette Galvão.
Essa trama celebrou o centenário de morte de José de Alencar e se baseou em
três obras dele: “A Viuvinha”, “Til” e “O Sertanejo”. Dirigida por Herval Rossano, a trama foi ambientada
em 1880, época de grande efervescência política no Império Brasileiro. A abolição
foi o fio condutor de toda a trama. A partir daí, as tramas abolicionistas
passaram a demonstrar um papel mais ativo no negro na luta por sua liberdade. A
novela também retratou a luta pela emancipação feminina. Juca (José Maria
Monteiro) foi o personagem que mais lutou pelo fim da escravidão, inclusive foi
enviado pelo próprio André Rebouças (personagem da História do Brasil, um
engenheiro que funda no Rio de Janeiro uma associação pró-abolição, com Joaquim
Nabuco e outros abolicionistas. A mãe de Rebouças era uma escrava alforriada).
Já Flor, a sinhazinha Flô (Bete Mendes) era uma mulher a frente do seu tempo.
Como boa parte das tramas das 18h, havia um triângulo amoroso que foi se
desenvolvendo ao longo da narrativa, formado por Flor, Arnaldo (Eduardo
Tornaghi) e Jorge (Márcio de Lucca), todos vividos por atores brancos.
Novamente o estereótipo do branco como responsável pela libertação dos negros
do cativeiro e da sua condição de pária, como atesta Joel Zito Araújo.
Outra importante
ruptura na representação do escravo negro foi “Sinhá Moça” de Benedito Ruy
Barbosa, exibida em 1986, dez anos após o sucesso de “Escrava Isaura” e
novamente com Lucélia Santos e Rubens de Falco. “Sinhá Moça”, baseado no
romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, é ambientada no interior
paulista em 1886, dois anos antes do fim da escravidão.
Sinhá Moça
(Lucélia Santos) é filha de Ferreira, o barão de Araruna (Rubens de Falco).
Apaixona-se por Rodolfo (Marcos Paulo), um republicano que sem que ninguém
saiba atua como o “Irmão do Quilombo”, libertando escravos do engenho. Sinhá
Moça, a frente do seu tempo, também luta pelo fim da escravidão, a contragosto
de seu pai. Embora o cenário principal seja composto por brancos, alguns
personagens negros adquiriram bastante destaque na trama. O ex-escravo Rafael
(Raymundo de Souza), adota o nome de Dimas e retorna à cidade com o intuito de
vingar-se do barão. Rafael, na verdade é filho do barão com a escrava Maria das
Dores (Dhu Moraes), passou a infância ao lado de Sinhá Moça e depois foi
vendido pelo pai.
A primeira cena
da trama mostra a morte de Pai José (Milton Gonçalves) no tronco. Pai José era
considerado rei em sua terra natal, quando foi trazido como escravo ao Brasil.
Na trama, tinha dois filhos, Justino (Antonio Pepeu) e Fulgêncio (Gésio
Amadeu); Maria das Dores era sua neta e Rafael seu bisneto. Pai José não pediu
clemência, foi forte e apanhou até que o feitor Bruno (Walter Santos) não
aguentou mais. No leito de morte, revela a Rafael que ele é irmão de Sinhá Moça.
A partir daí, os escravos partem para vingar a morte de Pai José. O último
capítulo foi no dia 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei
Áurea. De forma diferente às demais produções, não foi mostrado um conformismo
(ou gratidão) dos escravos. O capítulo também mostrou a morte do barão que
morre na senzala, em chamas. A destruição da senzala também representou a
libertação dos escravos que haviam sido mortos ali, entre eles Pai José. Em
seguida, uma fila de escravos libertos, liderados por Nhá Balbina (Ruth de
Souza), aparece andando pela estrada, vagando por um destino. De outro lado,
diversos imigrantes italianos chegam esperançosos à fazenda, sem saber o futuro
que os espera.
Na Rede Globo,
Benedito Ruy Barbosa escreveu duas telenovelas com a tônica nos imigrantes
italianos, “Terra Nostra” (1999), retratando o período pós-escravidão e
“Esperança” (2002) com o foco na década de 1930. Em 2006 a Rede Globo produziu
um remake de “Sinhá-Moça”, adaptada pelas filhas de Benedito, Edmara e Edilene
Barbosa. Milton Gonçalves viveu novamente o Pai José.
Para comemorar
os 100 anos da Lei Áurea, a Rede Globo produziu a trama “Pacto de Sangue”,
escrita por Regina Braga. O início é em 1870, na cidade fluminense de Campos
dos Goytacazes, quando o jovem Antônio (Marcelo Serrado) morre ao ajudar um
negro a escapar da fazendo de seu pai, o juiz Queiroz Antunes (Carlos Vereza).
Antes de morrer, ele pede ao pai que crie o pequeno escravo Bento (Armando
Paiva) como filho. A convivência foi responsável para a revisão de valores do
conservador Antunes, que se envolve com a abolicionista Aimée (Carla Camurati).
Joel Zito Araújo destaca a trama e diz que foi a que reuniu um maior elenco de
atores negros. Havia um grupo de heroínas negras, reunidas no Quilombo Loana,
chefiado pela babalorixá Mãe Quitina (Ruth de Souza). Também faziam parte do
grupo a líder guerreira Baoni (Angela Corrêa) – verdadeira mãe de Bento – e
outros dois líderes, que moravam na cidade, Damião (Haroldo de Oliveira) e
Maria (Zezé Mota). O idioma ioruba foi utilizado pelos atores quando estavam no
terreiro de Mãe Quitina – traço forte da cultura afro. Os personagens também
mostravam orgulho de seu povo. Os romances principais, entretanto, eram
protagonizados por brancos.
Apesar de outras
tramas também retratarem esse período, uma nova ruptura só aconteceu com “Lado
a Lado”, que não se passou no período abolicionista. Graças aos personagens
Afonso (Milton Gonçalves) e Tia Jurema (Zezeh Barbosa) o período foi
constantemente relembrado. Os personagens eram orgulhosos de sua raça e não
demostravam nenhuma espécie de apego ou saudade de seus senhores. Todos os
negros da trama, habitantes do Morro da Providência, sentiam orgulho de seu
povo e faziam questão de referenciar sua cultura: artística, religiosa,
desportista, gastronômica etc. Na contramão, a vilã Constância (Patrícia
Pillar), a baronesa da Boa Vista, não estava contente com os tempos
republicanos e sentia saudades da época em que era uma senhora de engenho.
A trama de João
Ximenes Braga e Cláudia Lage mostrou diversos acontecimentos importantes da
história brasileira, especialmente no período de 1903 a 1910. O casal
protagonista, vivido por Zé Maria (Lázaro Ramos) e Isabel (Camila Pitanga)
tinha suas idas e vindas, sempre com um pano de fundo histórico. Logo nos
primeiros capítulos, o cortiço onde Zé Maria e Isabel moravam foi invadido por
ordens do presidente Rodrigues Alves, processo conhecido como “Bota - Abaixo”.
A demolição aconteceu exatamente no dia do casamento de Zé Maria e Isabel. Zé
Maria, que era capoeirista, lutou e acabou preso. O ocorrido não permitiu que
ele fosse ao próprio casamento.
Com o fim dos
cortiços, os antigos moradores se viram obrigados a ocupar o Morro da
Providência, que, na época, já tinha alguns moradores, que haviam participado
da Guerra de Canudos. Esses moradores esperavam a casa própria, prometida pelo
governo. Uma das vilãs da história, a invejosa Berenice (Sheron Menezzes) e seu
namorado Caniço (Marcello Melo Jr.) também viviam no morro e foram os
responsáveis pelo rompimento da ordem do casal Zé Maria e Isabel.
Zé Maria foi o
verdadeiro herói em praticamente todos os episódios retratados pela trama.
Assim foi com a Revolta da Vacina (1904) e Revolta da Chibata (1910). Isabel,
por sua vez, foi uma das precursoras do samba. O samba que conhecemos hoje teve
seu surgimento basicamente em 1916 com a gravação de “Pelo Telefone” de Donga.
Isabel, segundo a jornalista e pesquisadora de samba, Maria Fernanda França,
dançava uma mistura de Lundu, Maxixe e Batuque, danças africanas que em sua
“brasilidade” deu origem ao nosso genuíno samba. Chico (César Mello), que havia
lutado com Zé Maria na revolta da Chibata, viveu o famoso episódio em que um
jogador negro do Fluminense foi pintado de branco (pó de arroz) para participar
de uma partida de futebol. Os dois elementos cruciais da identidade brasileira,
o samba e o futebol – estavam presentes na narrativa. Os cordões carnavalescos,
que mais tarde deram início às escolas de samba, foram mostrados em duas
oportunidades, tanto em 1903 como em 1911, sendo severamente reprimidos pela
força policial.
Todos esses
elementos identitários foram mostrados na abertura da telenovela, seguramente a
melhor dos últimos anos. Ao som do samba enredo da Imperatriz Leopoldinense,
campeã do carnaval de 1989, “Liberdade, Liberdade, abra as asas sobre nós”, à
época comemorando o centenário da abolição, a abertura mesclava elementos da
cultura negra e da vida na cidade. A expressão da arte e as vaidades.
Ressaltando o batuque, o samba, a capoeira e o futebol como elementos
brasileiros. A trilha sonora também foi primorosa, com destaque para a gravação
original de Beth Carvalho do samba “O mundo é um moinho” de Cartola.
Enfim, os 154
capítulos desta trama nos reservaram grandes surpresas. Mas, o grande legado de
Lado a Lado foi apresentar outra versão para a história do negro. Mostrar que
não existiu nenhum conformismo em relação aos senhores de engenho e que a luta
abolicionista não foi uma luta empenhada somente por brancos. “Lado a Lado”
mostrou o orgulho pela raça e pelo passado. Importantes traços culturais como a
música, a dança, a gastronomia, a capoeira e o candomblé foram tratados com
respeito. Destaque para o fato de o tradicional romance novelesco ser
protagonizado por um casal de negros, ruptura que nem “Pacto de Sangue”
conseguiu mostrar. Para ser justo com a trama como um todo, também tenho que
destacar o papel pró emancipação feminina. Laura (Majorie Estiano) lutou contra um casamento de fachada, lutou para trabalhar fora de casa, levantou a discussão sobre divórcio, enfim, eis um outro mérito da novela.
Embora a
telenovela se passasse na década de 1910 percebemos ainda hoje o comportamento
de muitas Constâncias. Ver um deputado recentemente afirmar que o lugar da
mulher é no seio da família cuidando dos filhos e impossibilitadas de
trabalharem fora é mostrar que ainda vamos brigar pelos mesmos assuntos que
Laura, Isabel e Edgar fizeram nos primeiros anos da República. Lado a Lado
deixou um gosto de quero mais. Que venham as próximas tramas de João Ximenes
Braga e Cláudia Lage, juntos ou separados.
Aos que se
interessam pela trajetória do negro na telenovela brasileira, é de fundamental
importância a leitura de “A negação do Brasil” (Senac SP, 2000) de Joel Zito
Araújo.
Ótimo texto, parabéns!
ResponderExcluirLado a Lado foi a mais bonita e bem escrita obra de época, na minha opinião. Tive o prazer de acompanhar todos os 154 capítulos, e agora me delicio em recordar todos os fatos marcantes que aconteceram ao longo dos mesmos.
Thales, das tramas que acompanhei também foi a novela de época que mais gostei.
ResponderExcluirGuilherme,
ResponderExcluirO seu olhar sobre os negros nos folhetins e especialmente em "Lado a Lado" é muito precioso!
Seu texto é perfeito em tudo e a felicidade reina quando a novela de Claudia Lage e João Ximenes Braga entra em cena!
"Lado a Lado" foi primorosa em tudo!
Seria muito interessante se você escrevesse sobre o feminismo na história da teledramaturgia e, claro, fazendo uma analogia com a personagem da Marjorie Estiano, que representou tão bem essas mulheres guerreiras, vide a cena da tentativa de estupro.
Obrigado pelo texto inteligente e bonito!
Que venham outros!!!
Um abraço,
Renato
Oi Renato, há muita coisa para se falar sobre a emancipação feminina e a teledramaturgia. Certamente Lado a Lado foi histórica por diversos personagens e entre eles, é claro, a Laura. Quem sabe não escrevo sobre isso em breve. Abs
ResponderExcluirEstou na torcida, Guilherme querido!
ResponderExcluirCom certeza, "A Justiceira" será citada :-)
Grande abraço,
Renato
Guilherme, seu texto é ótimo e você traz à cena um conteúdo histórico da ficção brasileira que nos informa sobre as tímidas abordagens da cultura e emancipação do negro nessa sociedade aristocrática e racista. Lado a Lado rompe com tudo isso, num magnífico grito final de triunfo dos negros. Mas, durante sua exibição, a novela não polpou a audiência que acompanhou emocionada aos tantos sofrimentos vivenciados por nossos ancestrais e suas pequenas conquistas. Quando tudo parecia dar certo, a sociedade se interpunha entre eles e suas inúmeras tentativas de firmar a própria identidade. Basta ver o sofrimento de Isabel para reconquistar o próprio filho. A novela mostrou uma realidade de luta infinita contra os desmandos de uma minoria branca.Como vc mesmo diz, ainda percebemos o comportamento de muitas Constâncias. Parabéns pelo belíssimo olhar sobre esse passado revelado pelas telenovelas.
ResponderExcluirAgradecido pelos elogios Cristina. Foi muito prazeroso escrever estas linhas.
ResponderExcluirEssa dupla de autores soube tratar do tema de modo muito inteligente, com frescor. Adorei a postagem, Gui. Até a próxima!
ResponderExcluirO final de "Sinhá Moça" como o descreve é muito forte. Contém tanta mensagem nele. No fundo, mudam as leis, mudam as condições, mudam as etnias, mas a exploração continuaria...
ResponderExcluirNão à toa, desbancou Avenida Brasil e ganhou o Emmy como a melhor novela mundial no ano de 2012, também adorava Lado a Lado!
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