segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lado Oposto - Folhetim de André Cavalini [2º capítulo]


CAPÍTULO 2

Cena 10. Interior. Fórum de Água. Tribunal do Júri. Dia.

O julgamento de Eulália continua. O clima entre promotor e defesa está bastante tenso. Eulália indiferente a tudo, cabisbaixa, feição triste. O gerente do banco, Sales (50) branco de olhos fundos e poucas falas. Careca aparente e fisionomia séria. Está sendo interrogado.

DR. MAURÍCIO - Senhor Sales, o senhor é gerente do banco da cidade há mais de quinze anos, e sempre teve a senhora Eulália como cliente desde que ela chegou a cidade, casada com seu esposo, Martim. Já foi dito pelo senhor, que nunca notou nela qualquer sinal de imoralidade ou qualquer atitude suspeita, durante todos esses anos. Mas pode nos dizer, por favor, se a sua opinião continuou a mesma depois que o avô das filhas de Eulália, o senhor Joaquim Sabatini, fez em nome das netas, um seguro de vida de dois milhões de dólares.
SALES - Não senhor, a minha opinião mudou a partir dai.
DR. MAURÍCIO - Pode nos dizer por quê?
SALES - A senhora Eulália apareceu no banco uma semana depois do Joaquim ter feito o seguro. Queria detalhes. Saber quem poderia ficar com o dinheiro caso acontecesse alguma coisa as filhas. Ela estava diferente, não parecia a mesma de sempre. Dei a ela todos os detalhes do procedimento e nunca vou me esquecer de...
Sales parece perder a coragem de falar. Mauricio o incentiva.
DR. MAURICIO - Nunca vai esquecer de que, senhor Sales?
Sales tira do bolso do paletó, sem ninguém perceber, de uma maneira que só ele está vendo, uma calcinha vermelha. Mas logo a guarda de volta e responde a pergunta.
SALES - Do sorriso que ela deu, quando ficou sabendo que caso uma das meninas viesse a falecer, os pais receberiam o dinheiro do seguro. Portanto, ela ou o marido poderiam receber essa pequena fortuna.

Dr. Maurício encara Eulália, que também o encara. Ele com olhar de vitória, ela com olhar sofrido.

CORTA PARA

Cena 11. Interior. Fazenda dos Sabatini. Sala. Dia.

Martim e Terry esperam por Diana. Ela chega encabulada.

MARTIM - Filha, eu preciso que você conte ao delegado Terry onde encontrou a foto que me mostrou agora pouco.
DIANA - Mas pai, eu já te contei.
MARTIM - Eu sei, Didi. Mas o delegado quer ouvir de você, fala pra ele.
TERRY - Diana, eu preciso saber tudo certinho como você chegou até essa foto. Tenta se lembrar de tudo, é muito importante pra gente ajudar sua mãe.

Diana está tímida e pensa um pouco, hesitando. Até que resolve falar.

DIANA - Eu queria ficar sozinha e não ser incomodada. Meu pai não me deixou ir ao fórum e eu fiquei brava. Dai fui lá pro seleiro, na parte de cima aonde ninguém vai. Subi e fiquei lá. Achei umas caixas e, umas malas velhas e fiquei fuçando. Dentro de uma das malas tinha essa caixinha com a foto. Eu trouxe pra minha vó, pra perguntar quem era.

Sueli (70), velhinha simpática com jeito caipira, mas certa elegância, chega trazendo uma bandeja com bolachas e café.

SUELI - E eu estranhei quando vi a foto, porque se tratava de duas crianças que eu nunca tinha visto. No entanto tinham algo familiar. Quando olhei no verso, pimba! Descobri quem era. Agora, eu nunca soube que a Eulália tivesse uma irmã, e muito menos gêmea.
TERRY - Você sabia, Martim?
MARTIM - Não. Eu sei a história que vocês sabem. Ela foi criada por uma senhora depois que a família morreu num incêndio. Nunca teve ninguém e esse assunto sempre causou muita dor pra ela, tanto que pouco falávamos disso.

Sueli finge que a garganta está raspando e aponta para Diana. Martim pede pra que ela vá brincar no quintal. Ela obedece, sem gostar da ideia.

TERRY - Nunca procurou saber mais sobre o passado de sua esposa?
MARTIM - Eulália sempre me fez muito feliz no presente. Pra que eu ia querer saber do passado, ainda mais sabendo que isso a entristecia? E não vejo em que o fato de uma irmã gêmea pode mudar as coisas. Essa irmã nunca apareceu, nunca deu as caras. Porque ia aparecer agora? Pra matar a sobrinha? E de certo ela é alguma feiticeira pra sumir sem deixar rastros e fazer com que todas as provas apontem pra Eulália.
TERRY - Pode não parecer, meu amigo, mas isso muda tudo. Se essa irmã existe, e esteve aqui. Se ela é hoje em dia tão parecida com sua mulher como era quando criança, isso muda tudo! Lembra do que me disse na nossa conversa em frente ao fórum, há pouco?
MARTIM - Quando eu disse que...
TERRY - ...que se teve alguém aqui, ou era uma cópia da Eulália ou um fantasma. Fantasma a gente sabe que não existe, já uma cópia...
SUELI - Você está querendo dizer...
TERRY - Que essa foto reforça a minha suspeita de que Eulália é inocente. E de que ela não estava sozinha na noite do crime. Você me disse que Eulália nunca usou sapato de salto, não foi?
MARTIM - Sim, ela não gostava, não sabia andar, se desequilibrava.
SUELI - Se olhar no armário dela, vai ver que não existe um só par com salto alto.
TERRY - O sapato encontrado na sala, no dia do crime tinha um salto de quinze centímetros. Ou sua mulher tomou gosto por salto de uma hora pra outra, ou realmente havia mais alguém ali com ela. E tem mais, lembra do depoimento dos seus empregados dizendo que Eulália parecia outra pessoa quando deu folga a eles. Pois é Martim, talvez fosse outra pessoa mesmo. Outra pessoa com a mesma cara de sua mulher. Quer dizer, alguém bem parecido.

CAM revela que Diana ouve a conversa atrás de alguma porta, e quando fecha em close nela, percebe-se sua expressão de medo. A cena se dissolverá rapidamente para um flashback.

DISSOLVE RÁPIDO

Cena 12. Interior. Fazenda dos Sabatini. Quarto das gêmeas. Noite.

FLASHBACK

A cena é uma continuação da CENA 4, do primeiro capítulo. Diana está dentro do armário de roupas enquanto fala com o pai ao celular.

DIANA (Sussurrando) - (T) Papai, o senhor precisa vir logo, Tem alguém aqui, (T) Por favor, pai, to com medo. Vem logo, (T) Pai?... Alô? Papai?

Diana escuta o grito da mãe em desespero. A CAM não sai de Diana.

EULÁLIA - Não faz isso! Não!!!

Diana leva um susto e deixa o telefone cair ao ouvir um tiro. Depois outro tiro e novamente um grito da mãe, dessa vez, desesperada.

CORTA PARA

Cena 13. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia.

A sessão está em recesso. Dr. Henrique conversa com Eulália.

DR. HENRIQUE - Ainda falta o depoimento de sua filha Diana. O que ela tem pra dizer pode ser muito importante. O caminho que traçamos para mostrar que foi um acidente e não um assassinato está difícil, mas ela pode fazer a diferença. Na conversa que tive com ela, me disse que escutou você brigando, pedindo pra alguém não parar, não atirar. Ela sabe que havia mais alguém lá, embora você lute pra provar que não. Vou buscar as histórias dela com você e com a irmã. Tentar mostrar a boa mãe que sempre foi e talvez isso comova um pouco o júri. Não estamos tentando provar sua inocência, até porque você assumiu a culpa, mas precisamos tentar amenizar a pena.
EULÁLIA - Faça como achar que tem que ser. Só quero que termine logo. Só isso. Não queria que Diana participasse disso, mas você disse que ela quer depor, que pediu pra você.
DR. HENRIQUE - Sim. Disse que você é inocente, e que ela pode te ajudar.  Existem casos como o seu onde o depoimento do outro filho ajudou na redução da pena. É o que vou citar no próximo discurso, e ressaltar amanhã quando ela vier depor. Às vezes acho que ela quer contar alguma coisa, mas não tem coragem. Você tem certeza que ela não viu nada na noite do crime?
EULÁLIA - Diana estava trancada no quarto, onde a irmã também deveria estar. Meu Deus, ela é só uma criança, não merece passar por isso...
EM OUTRO PONTO DO PLENÁRIO Joaquim (70) e Bento (68) conversam.
JOAQUIM - Essa bandida da minha nora vai sair daqui e passar o resto dos dias atrás das grades. vai ver só se não vai. E olha lá se não for atrás das grades do zoológico, na cela junto do leão. A dor que ela causou no meu coração, pra minha família não tem tamanho. Mas ela vai pagar. Assassina.
BENTO - Calma, homi. Quantos anos cê conviveu com ela? Sabe que a moça não é uma bandida. Ela tava tentando defender a casa, atirou na menina sem querer quando pensou que tinha entrado alguém.
JOAQUIM - Sem querer? Sei bem o sem querer dela. Queria era botar a mão no seguro que eu fiz pra minha neta. Forjar um assalto pra poder enterrar a menina e pegar a grana. É vagabunda sim, Bento. Enganou todo mundo esse tempo todo.

CLOSE EM JOAQUIM com ódio.

CORTA PARA

Cena 14. Interior. Fazenda dos Sabatini. Escritório. Noite.

FLASHBACK

Joaquim e Martim conversam, quando Eulália chega.

MARTIM - Meu pai tá aqui me contando que fez um seguro de vida para as meninas.
EULÁLIA - Um seguro de vida, seu Joaquim?
JOAQUIM – É. Fui ao banco, eles me ofereceram e eu achei justo. A gente não sabe o que pode acontecer amanhã e eu quero minha família muito bem protegida. Nós todos já temos o nosso, tava na hora das meninas terem também. Se alguma coisa, Deus me livre e guarde, acontecer a alguma delas, vocês vão estar muito bem resguardados.
MARTIM – Ah! Pai. Mas o senhor não quer comparar o nosso com o delas, né?
JOAQUIM - Claro que não. As meninas valem ouro. Você e sua esposa não valem tanto.
MARTIM - Olha só amor o que ele tá falando da gente.

Eulália está aérea, como que tentando disfarçar uma dor de cabeça. Martim a chama várias vezes, até que ela responde.

EULÁLIA - Mas seu pai ta certo, uai. Elas têm que estar seguras mesmo. Isso é muito bom.
MARTIM - E põe seguras nisso. Temos dois milhões de dólares em nossas mãos, meu amor. Cada uma das suas pequenas vale um milhão de dólares. Esse meu pai é exagerado ou não?

CLOSE EM EULÁLIA, surpresa.

FIM DO FLASHBACK

CORTA PARA

Cena 15. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia.

O juiz retorna e avisa que a sessão será retomada.

JUIZ MACHADO - Eulália, é o terceiro dia de julgamento. A senhora já respondeu as perguntas do júri, do advogado, do promotor e neste momento você responderá algumas perguntas minhas. Está em condições de fazer isso?
EULÁLIA - Sim estou.
JUIZ MACHADO - Pois bem. No seu depoimento consta a seguinte frase: "Eu matei a minha filha sem querer. Achei que houvesse alguém na casa, ouvi uns barulhos e como estávamos sozinhas, sem meus sogros, nem meu marido, ou ao menos com os empregados, fiquei com medo. Sabia onde o Martim guardava um revólver e o peguei. Nunca atirei com uma arma na vida, mas no susto, quando Elizabeth apareceu do nada, eu atirei". Essas palavras são suas?
EULÁLIA – Sim, são minhas, sim senhor.
JUIZ MACHADO - Primeira pergunta: Porque deu folga aos empregados se sabia que ficaria sozinha na casa, sem proteção?
EULÁLIA - Eu não sei... aquela casa vive cheia de gente, eu queria um pouco de privacidade com minha família.
JUIZ MACHADO - Privacidade em um dia que seu marido chegaria tarde? É uma boa maneira de se ter privacidade... Segunda pergunta: Diga-me como uma pessoa que nunca atirou na vida, pode ter acertado bem no meio da testa de uma criança de oito anos, a uma distância de mais ou menos cem metros de distância?

Terry invade o tribunal.

TERRY - É simples, senhor juiz. A resposta pra sua pergunta é muito simples. Isso aconteceu porque não foi Eulália quem atirou.

Burburinho no plenário. Todos surpresos. Suspense.

O Juiz pede silêncio e ameaça expulsar todos dali.

DR. MAURÍCIO - Mas o que é isso, excelência? Esse senhor não pode invadir o recinto e interromper o julgamento alegando uma coisa dessas!
DR. HENRIQUE - Não, ele não pode. Mas eu posso. E por isso peço cinco minutos para que eu possa saber do que o delegado está falando. Pode ser alguma prova nova senhor juiz, acho que temos o direito de verificar.
DR. MAURÍCIO - Nenhuma prova nova pode ser incluída...
JUIZ MACHADO - Vá ver o que o delegado tem. Mas seja breve, advogado. Seja breve.
Henrique vai falar com Terry, que mostra a foto a ele. Ao retornar, Henrique chega bem perto do juiz, que pede para que Maurício se aproxime também.
DR. HENRIQUE - Meritíssimo, peço que prorroguemos o julgamento.
DR MAURÍCIO - O julgamento não tem porque ser prorrogado.
JUIZ MACHADO - Qual o motivo para esse pedido do ilustre advogado?
DR. HENRIQUE - Acho que minha cliente pode estar mentindo ao assumir a culpa pela morte da filha.
DR. MAURÍCIO - E só passou a achar isso agora? Ela confessou!
DR HENRIQUE - Penso que ela esteja querendo acobertar alguém.
JUIZ MACHADO - Seja mais claro. E é bom que ela tenha ciência de que falso testemunho é crime.

Henrique mostra a foto ao juiz e ao promotor, que se entreolham.

CORTA PARA

Cena 16. Exterior. Fórum de Água Negra. Tarde.

Muita movimentação do lado de fora do Fórum. Há vários grupos de pessoas conversando. Em um deles, Vivian e Terry. O canal de TV local entrevista o advogado Henrique e o promotor Maurício. Haverá cenas intercaladas sobre a entrevista dos dois.

DR. HENRIQUE - Surgiu uma nova prova de que minha cliente pode ser inocente. Ela vem alegando que acertou acidentalmente a filha, mas uma nova prova descoberta pode mudar e dar uma nova direção aos acontecimentos, e é nisso que vamos trabalhar a partir de agora.

FUSÃO PARA MAURÍCIO

DR. MAURÍCIO - A defesa está tentando ganhar tempo. Usa uma foto que apareceu do nada para alegar que uma possível irmã gêmea da acusada pode estar envolvida. Ninguém nunca ouviu falar dessa irmã. E só aparece agora? E onde estão os vestígios dessa irmã que a perícia não encontrou no local do crime?

FUSÃO PARA HENRIQUE

DR. HENRIQUE - A foto que mostra uma irmã idêntica a minha cliente foi descoberta hoje pela filha dela. Acredito que a confissão de Eulália é para proteger essa irmã, o que a torna inocente do ato que está sendo julgada. As poucas provas apontavam pra ela, mas sabendo que existe uma pessoa física igual, provavelmente com o mesmo número de sapato, cor de cabelo e porte físico há uma possibilidade do julgamento tomar outro rumo. É prudente que se averígue melhor os fatos.

FUSÃO PARA MAURÍCIO

DR. MAURÍCIO - É extremamente absurda essa possibilidade levantada pela defesa, mas é o papel deles. Querem apaziguar o caso, fazer com que as manifestações parem para que o júri não se sinta influenciado. Tenho certeza da culpa desta senhora e tudo que vamos conseguir com esse burburinho é apenas adiar um pouco aquilo que já está certo: a condenação dela.

FUSÃO PARA HENRIQUE

DR. HENRIQUE - Vamos achar essa irmã e vamos trazer a verdade para todos. As coisas estão se esclarecendo, e acredito que logo estará tudo resolvido.

A repórter ainda vai fazer algumas perguntas, mas Henrique sai.

CAM vai direto para Joaquim e Bento, que estão numa roda de amigos.

JOAQUIM - Nunca ouvi falar de irmã nenhuma. E me aparece uma irmã assim, do nada. Isso é história! A bandida tá é querendo se safar. Mas se ela sai livre dessa, eu mesmo dou cabo da vida dela.
BENTO - Para de falar besteira, homi! Que até pouco tempo atrás cê morria de amor pela tua nora. Deixa a justiça trabalhar e decidir o que tem que ser feito.

CAM agora segue para Terry e Viviam.

VIVIAN - Realmente Eulália não apresenta trejeitos de uma assassina. Pelo menos não aqueles que podem ser observados fisicamente. Não que eu acredite que ela seja uma criminosa, mas como o caso tomou dimensão nacional, achei interessante ver de perto o perfil da réu. Acompanhei outros casos parecidos e em todos constatei pelo menos dois ou mais sinais de temperamento criminoso no réu. Já é o terceiro dia de julgamento e até agora não vi nada  que denunciasse Eulália. Seu olhar, sua atitude, seu tom de voz não condiz com o de alguém que tem instinto assassino. Que mataria a própria filha por dinheiro. Vejo sim sinais de alguém que não está sendo totalmente franca no que diz.
TERRY - É porque ela é inocente, menina. Eu sei disso. Lembra quando chegou aqui querendo saber sobre o caso, a primeira coisa que te disse foi isso, e agora apareceu uma luz no fim do túnel pra provar que eu estava certo. E eu vou provar. Você vai ver. Vou achar essa irmã e vou trazê-la aqui pra esse tribunal. Vou falar da sua teoria para o Henrique, pode ser que ele queira que você dê seu depoimento.
VIVIAN - Como profissional, sei do que estou falando. Se tiver que repetir para o júri, eu repito. Agora eu temo que depois de a imprensa cobrir toda essa reviravolta no caso do julgamento, essa possível irmã gêmea dela esteja acompanhando e fuja, desapareça. Daí tudo ficara mais difícil.

A conversa é interrompida por MARGOT, a senhora misteriosa que vimos anteriormente adentrar ao fórum na cena 6.

MARGOT - Pois é exatamente o que eu penso. Creio que encontrar a pessoa que procura será muito difícil, delegado. Muito difícil mesmo.

Vivian e Terry se assustam com a chegada da senhora. Close nos dois.

TERRY - Desculpe, senhora, mas você conhece a irmã de Eulália?

CLOSE em Margot

CORTA PARA

Cena 17. Exterior. Casa de Campo. Dia.

FLASHBACK

Eulália e Elvira brincando no quintal da casa. Elas têm nove anos de idade. Elvira tem nas mãos uma maçã de onde escorre um liquido verde. Em determinado momento encurrala a irmã num canto, e ameaça colocar a maçã em sua boca. Eulália desesperada grita. Escuta-se um voz.

VOZ DE MULHER - Elvira, sua danada, para já de perturbar sua irmã. Eu não vou falar de novo, hein?! Joga isso fora e se aprontem pra tirar a foto.

Elvira olha com ódio para a irmã.

ELVIRA - Você se livrou dessa por pouco, Cachinhos de ouro, mas me aguarde. Ainda faço você morder minha maçã. Vamos tirar logo essa droga de foto. (PAUSA) Estamos prontas vovó (dissimulada).

Ela limpa as mãos, se junta a Eulália e as duas abrem um sorriso. A foto é tirada. A FOTO DESTA CENA é a foto que Diana achou e que está sendo apresentada na história.

Só então, em clima tenso e de suspense é que a CAM revela que quem tirou a foto foi Margot.

CORTA PARA

FIM DO SEGUNDO CAPÍTULO.

Confira também o capítulo 1 aqui.

8 comentários:

  1. Mais um ótimo capítulo, onde estará Elvira?
    Abraços

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  2. Rafael

    Essa pergunta sua, quando for respondida, com certeza surpreenderá por demais!!!!

    Aguardem os próximos capítulos e obrigado por acompanhar a história!

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  3. Bah, estou louco para fazer as minhas apostas, mas prefiro ficar quieto. Detesto dar palpites e errar feio. Será que devo? :P

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    1. Uai Nobre, pode apostar sim, pq não???

      Será que você desvenda o final??? kkk

      Abraço e continue lendo!

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  4. Eita mistério danado, dos bons mesmo! Amando cada dia mais!

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  5. gente, e a calcinha vermelha??? Eulália, sua safada!!!

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  6. Eulália ou Elvira safada??? Ai, Jesus!!!

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  7. Muito bom esse capitulo 2 espero que eles achem a megera Elvira no CAP 3. Muito, mais muito boa está historia!

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