domingo, 30 de junho de 2013

Lado Oposto - Folhetim de André Cavalini [1º capítulo]


CAPÍTULO 1

Cena 1. Mosaico de cenas da pequena cidade de Água Negra, típica cidade do interior paulista. Destacar a pequena praça central com a igreja de Santa Rita de Cássia e a prainha de água doce onde algumas pessoas pescam. Intercalar com cenas de vários personagens se arrumando para irem a algum lugar.

LEGENDA: Água Negra. 08 de Outubro de 2012

CORTA PARA

Cena 2. Interior. Fazenda dos Sabatini. Quarto de Martim. Dia.

Martim (45), típico peão, homem rústico de bela feição e corpo forte. Queimado do sol. Está sentado aos pés da cama, cabisbaixo e pensativo. Botas nos pés, chapéu na mão. Diana (8) bela criança de cabelos loiros e olhos azuis como os da mãe. Pele clara. Vai chegar.

DIANA (chorosa) - Papai, me deixa ir também. É minha mãe, eu quero ver, saber o que vai acontecer a ela. Por favor.
MARTIM (firme) - Não filha. O fórum não é lugar para criança, e a situação que acontece lá hoje, você não merece acompanhar. Já sofreu demais. Logo você vai precisar comparecer pra prestar depoimento, e quanto a isso eu nada posso fazer. Mas enquanto puder manter você afastada de tudo...Vai ficar aqui com a vó e o vô, do jeitim que já conversamos.

Diana insiste, mas o pai não deixa. Ele sai, mas o grito da filha lhe chama a atenção.

DIANA (gritando) - Minha mãe é inocente! Eu sei que é!

CLOSE em Martim que não acredita no que a filha diz.

CORTA PARA

Cena 3. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia.

Cadeiras lotadas. Muito burburinho/ cochicho. Clima tenso entre todas as pessoas que ali estão. EXPECTATIVA. O público se divide entre aqueles que acreditam na inocência e aqueles que condenam Eulália. O júri já está a postos. Entra Juiz Machado (60), homem negro, acima do peso, de feição severa, que pede silêncio.

JUIZ MACHADO - Podem trazer a réu, senhora Eulália de Oliveira Sabatini. Aos demais, eu exijo silêncio neste tribunal e aviso que não irei tolerar nenhuma manifestação.

TENSÃO: Eulália (40), loira e linda, belo corpo. Olhos azuis e pele clara. É trazida pelo meirinho. CAM LENTA enquanto ela entra. Está com alguns curativos na cabeça e nas pernas e uma tipóia no braço esquerdo. CLOSE.

CORTA PARA

Cena 2. Exterior. Estrada. Carro de Eulália. Dia.

FLASHBACK

Uma Eulália bem diferente nos é apresentada. Bem arrumada, elegante, cabelos e pele bem cuidados. Chora enquanto dirige. CAM não sai de Eulália.

EULÁLIA (nervosa) - Você não pode fazer isso comigo! Não pode!

Ouve-se a voz de outra mulher, mas esta não é revelada ainda.

VOZ DE MULHER (sarcástica) - Cachinhos de ouro, você sabe muito bem que eu posso. E vou fazer. Aliás, já estou fazendo...
EULÁLIA - Por quê? Porque agora?
VOZ DE MULHER - Porque só agora eu consegui acordar do sono eterno ao qual você me condenou...
EULÁLIA (ainda chorando) Para com essas brincadeiras. Não vê que é sério? Não entendo toda essa raiva, essa fúria... Essa vontade de me fazer mal?...Já se passou tanto tempo, tanto... eu consegui reconstruir minha vida, me tornei uma pessoa boa, uma mãe e esposa dedicada. Porque esse desejo de me destruir?

CORTA PARA:

Cena 3. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia

Alguns manifestantes xingam Eulália de vários nomes. O juiz pede silêncio e se irrita com o barulho. As pessoas vão se acalmando. Eulália encara alguns conhecidos, como que procurando por alguém - IMPORTANTE mostrar a reação das pessoas que ela encara - e então presta o juramento, indo se sentar após, ao lado de seu advogado.

Juiz Machado abre a sessão e passa a palavra ao promotor, Dr Maurício (40) baixinho e carrancudo. Tipo de homem pequeno que faz barulho grande, o feio inteligente.

DR. MAURÍCIO (irônico) - Senhora Eulália, poderia nos dizer novamente, porque está aqui nesse tribunal, sendo julgada. E também porque as pessoas dessa platéia, assim como todo o país, já que o seu caso se tornou nacionalmente conhecido, possuem uma revolta dentro de si, que levariam a matá-la, se pudessem?

Dr Henrique (30) jovem advogado de Eulália. Bonito, cabelos castanhos. Os óculos lhe deixam com cara de intelectual. Belo rapaz não tão brilhante como Mauricio. Ele não gosta do tom do promotor.

DR. HENRIQUE - Protesto meritíssimo! O senhor promotor e todos aqui sabemos porque minha cliente está sendo julgada. Isso já foi dito no início do julgamento e repetido incansavelmente nesses três dias que já estamos em audiência.
JUIZ MACHADO  - Protesto aceito. Senhor promotor, nós já sabemos o porquê a acusada está aqui. Queira por favor, dar continuidade/

Eulália interfere.

EULÁLIA (cabisbaixa) Eu posso responder.
JUIZ MACHADO - Tem certeza? Então nos diga, por quê? Porque está sendo julgada?

CAM EM CLOSE.

EULÁLIA (em prantos) Porque eu matei minha filha. Matei uma de meus tesouros. Eu matei minha pequena Elizabeth.

Tensão.

CORTA PARA:

Cena 4. Interior. Fazenda dos Sabatini. Quarto das gêmeas. Noite.

LEGENDA: um mês antes

Elisabeth e Diana, as gêmeas filhas de Eulália e Martim, brincam com as muitas bonecas que tem, quando começam a escutar gritos da mãe brigando com alguém. Diana fica com medo.

DIANA - A mamãe  de novo brigando. Com quem será que ela briga tanto? Eu tenho medo, olha como ela tá nervosa. Dê uns tempos pra cá você viu como ela tá diferente, né?
ELISABETH - É eu vi, mas não deve ser nada não, uai. Fica aqui. Esconde-se no armário que eu vou lá ver o que tá acontecendo.
DIANA - Eu vou ligar pro papai.
ELISABETH - Isso! Pede pra ele vir rápido. Não ouvi ninguém entrar na casa, mas a gente tava entretida aqui, brincando. É possível que alguém tenha chegado, ou apenas que a briga seja por telefone.
DIANA (temerosa) Não vai, Betinha. É melhor a gente ficar aqui até o papai chegar. Esconde-se comigo. A pessoa que tá lá pode ser perigosa, e você viu que não tem ninguém além da gente aqui.
ELISABETH - Eu não posso me esconder. Quero ser policial, você sabe. E uma boa policial nunca se esconde... Você tá sabendo de algo que não sei?
DIANA (disfarçando) Claro que não. Só to com medo.
ELISABETH - Então deixa de ser boba e para de ter medo de tudo. Eu vou lá num tirim. Quando você menos esperar, já vou tá aqui de volta.

Elisabeth dá um abraço na irmã e uma piscada, SORRINDO APENAS COM METADE DA BOCA. Enquanto Diana segue para o armário e pega o celular para ligar para o pai, Elisabeth sai sorrateiramente do quarto e vai ao encontro dos gritos da mãe.

DISSOLVE PARA:

Cena 5. Interna. Fazenda dos Sabatini. Sala de estar. Noite.

A cena é mostrada sob o ponto de vista de Elisabeth, escondida no corredor que liga os quartos à sala, tentando ter uma boa visão do que acontece ali. No entanto a única coisa que consegue ver é a mãe de costas discutindo com alguém.

EULÁLIA (nervosa) Eu já falei pra você sumir! Não agüento mais! Eu não agüento mais! Me deixa em paz. Vai viver a sua vida, seguir o seu rumo. Esquece o que passou! Esses anos todos eu já sofri tanto com a culpa sobre as minhas costas...

Elisabeth escuta, mas não vê a outra pessoa. Uma voz muito parecida com a de sua mãe. A OUTRA MULHER NÃO É MOSTRADA.

VOZ DE MULHER - E você acha que eu ia facilitar pra você, Cachinhos de ouro? Simplesmente assim? Sumir pra deixar você ter a vidinha boa, e besta que sempre teve? Já fiquei longe todo esse tempo, mas agora que voltei, eu também quero desfrutar do tesouro que você conseguiu. O príncipe pode ficar todinho pra você, mas o palácio e a riqueza que tem dentro dele, desses não abro mão.
EULÁLIA - Você não tem esse direito! Não pode simplesmente aparecer assim e transformar minha vida num inferno.
VOZ DE MULHER - Oh! Que peninha, Cachinhos de Ouro. Só me perdoe por eu não derramar nenhuma lágrima de emoção, é que tenho agora que cuidar de duas princesas trancadas na torre do castelo... duas princesas que valem muito...mortas!

Eulália e a mulher começam uma briga corporal. Nisto, Eulália tropeça e um de seus sapatos sai do pé.

Elisabeth vai se aproximando para tentar enxergar quem é a outra pessoa. Mas, por um rápido descuido seu, é percebida. Ela então vê com quem a mãe briga e fica surpresa.  

TENSÃO. CLOSE EM ELISABETH E EM EULÁLIA. AMBAS SURPRESAS, embora por motivos diferentes!

CORTA PARA

Cena 6. Externa. Fórum de Água Negra. Dia

Muita gente com cartazes e faixas pedindo justiça, condenando Eulália. Outras a apoiam e acreditam em sua inocência. A maioria está mantida atrás de uma grade de segurança, mas outras poucas pessoas se encontram próximo a porta de entrada do fórum. Martim e o delegado Terry (47), boa pinta, sedutor, policial estilo galã, são um deles.

TERRY - Você não vai assistir mesmo?
MARTIM (abalado) Como eu posso assistir a isso? A mulher que eu amei todo esse tempo, que eu acreditei ser uma... um anjo, mas que na verdade é esse monstro que tirou a vida da própria filha, sem nenhuma piedade. Eu não sei nem mesmo porque to aqui.
TERRY - Tá aqui porque assim como todo mundo você busca respostas. E lá no fundo, assim como eu e grande parte dessa gente que tá aqui, você acredita que Eulália não cometeu esse crime.
MARTIM - Acredito no que as provas dizem. Havia pólvora na mão dela e tudo aponta pra ela, delegado,  sabe disso.
TERRY - O que eu sei meu amigo, é que existem muitos buracos nesse asfalto. Nós não achamos nada físico que prove que havia outra pessoa lá, mas não se pode negar que essa hipótese é muito forte.
MARTIM - Se havia alguém lá, devia ser uma cópia da Eulália, ou então algum fantasma. Mas você não conseguiu provar nem um nem outro. Durante muito tempo eu acreditei nisso. M apertei na expectativa de haver outra pessoa lá, cê sabe. Mas hoje não acredito mais. Eulália teve todas as chances de falar. Eu mesmo dei a ela todas as chances de se abrir, mas ela insiste em assumir a culpa. Então, porque acreditar no contrário?
TERRY - Toda história tem sempre outro lado, Martim. Ainda que esse outro lado seja difícil de provar.
MARTIM - Suas teorias de policial não aprumam nada nesse momento. Eu vou pra casa, vou ficar com Diana. Ela  precisando de mim. Por mais que meus pais lhe encham de carinho, nada supera a falta da mãe, e se ela não pode estar presente, pelo menos eu vou estar. Não tenho mais força pra assistir tudo isso.

Martim sai e vai embora. Terry permanece no mesmo lugar, pensativo. Vivian (25) jovem, negra. Mais inteligente do que bonita, chega.

VIVIAN - Vai queimar os fios de cabelo de tanto pensar, delegado.
TERRY - É! Você sabe que não me conformo em não ter conseguido dar outro rumo pra esse caso.
VIVIAN - Acredita mesmo que Eulália é inocente? Não é?
TERRY - Havia mais alguém lá, doutora. Eu sei que havia.
VIVIAN - Vamos conversar depois. Quero acompanhar de perto o julgamento, como já venho fazendo desde o início. Analisar Eulália e seu comportamento vai me ajudar bastante na minha tese de mestrado sobre mentes assassinas. Me liga mais tarde.

A CAM se desloca dos dois e mostra uma senhora (80) entrando no fórum. Ela possui o corpo bastante coberto, apesar do calor e uma espécie de turbante que lhe cobre toda a cabeça e orelhas. Apenas uma pequena parte de seu rosto fica a mostra.

CORTA PARA:

Cena 7. Interior. Fórum de Água Negra. Tribunal do Júri. Dia

Vivian adentra o tribunal e procura um lugar onde possa observar bem Eulália.
EM OUTRO PONTO, a senhora da cena anterior também procura um lugar pra sentar. Vivian tira da bolsa alguns papéis e se concentra neles. Nem presta atenção no que o promotor está falando. CAM mostra um dos papéis que ela está lendo, onde percebemos que são análises feitas por ela sobre assassinos e distúrbios que os levam a matar. Viviam observa bem os papéis e Eulália, tentando encontrar compatibilidade entre o que está escrito e a mulher em julgamento. A senhora senta bem ao fundo, onde quase não é percebida.

CORTA PARA

Cena 8. Interior. Casa de Terry. Cozinha. Dia

Terry entra e encontra sua esposa Analice (35) morena e bonita, de corpo bem feito, cozinhando. Se cumprimentam com carinho, e Analice percebe a tensão do marido. Ela conversa sem deixar de preparar a comida.

ANALICE - Já começou, né?
TERRY - Já, já começou e eu sinceramente não consigo me perdoar por não ter evitado esse julgamento.
ANALICE - Ô paixão, se a própria Eulália assumiu a culpa, o que é que você pode fazer?
TERRY - Não foi ela, Lice, não foi. Você me conhece, sabe que quando encasqueto com alguma coisa, é porque tem osso na farofa. E conhece também a Eulália a ponto de saber que ela não faria uma coisa dessas.
ANALICE - Fui uma das primeiras pessoas a recebê-la, quando ela chegou aqui casada com Martim. Lembra? Os dois se casaram na faculdade e só depois vieram fazer a festa aqui. Não veio ninguém da família dela, nem amigos...
TERRY - Eu lembro. A família dela toda morreu num incêndio, e ela foi adotada por uma senhora, não foi?
ANALICE - É o que sempre soubemos.
TERRY - E será que é a verdade?
ANALICE - Como assim? Está desconfiando dela, agora?
TERRY - Não desconfiando de que ela matou a filha, mas talvez de que exista algo em seu passado que possa me levar a peça que falta pra completar esse quebra cabeça.
ANALICE - E que peça pode ser essa?
TERRY - É ai que a vaca berra, ou melhor, não berra. Eu não sei o que pode ser essa peça. Não faço ideia de quem pode ter estado lá. De qualquer maneira é alguém muito inteligente, que armou muito bem pra Eulália e agora a está chantageando de alguma maneira, pra que ela assuma a culpa.
ANALICE - Nossa. Mas quem faria algo assim? Eulália não tem inimigos, é querida por toda cidade.
TERRY - Pois é, é essa a resposta que eu to me fazendo desde aquele dia. Porque embora tudo aponte pra Eulália, tem pontos que tiram ela da mira. Mas infelizmente a perícia a apontou como culpada e tudo que temos é o relatório da perícia.
ANALICE - E quando tem dinheiro no meio, a gente nunca sabe, né? Aquela casa é cheia de tanto empregado, é gente que entra e sai todo dia, e a família do Martim tem negócio com tantas pessoas... vai saber
TERRY - Você acaba de tocar num ponto importante. Os empregados, a casa movimentada. Quando digo que tem pontos que tiram Eulália da mira, esse é um deles. Cinco empregados que estariam trabalhando naquela noite disseram que Eulália praticamente os obrigou a tirar folga...
ANALICE - Mas isso não a torna mais culpada ainda?
TERRY - Acontece que eles disseram que era Eulália, mas de um jeito diferente, como nunca viram. Com certeza estava sobre pressão. Era dia de vacinação de gado, Martim chegaria tarde e seu Joaquim e dona Sueli tinham marcado um passeio em Devaneio. A casa estaria sem ninguém, e o verdadeiro assassino sabia disso.
ANALICE - Essa história tá me deixando com medo, vamos mudar o assunto, vamos?
Analice começa a massagear o marido, que está bem tenso. Logo ele relaxa.
TERRY - Não precisa nem falar duas vezes, minha flor de maracujá do campo florido da Toscana.

Terry pega a esposa com tesão e a “encoxa” na pia da cozinha. Levanta uma de suas pernas, sobe seu vestido e os dois se beijam ardentemente.

ANALICE - Seu taradão! Eu to fazendo o almoço, não  vendo?
TERRY - Deixa o almoço pra depois que agora eu quero comer é outra coisa.

Ele não dá tempo pra esposa responder, a pega novamente e vai desabotoando o cinto e a calça. A campainha toca.

ANALICE (bem humorada, tenta conter o desejo do marido) Eu acho que você vai ter que esperar é só pelo almoço mesmo.
TERRY - “Eita” que o povo dessa cidade não sabe a hora de não bater na casa dos outros.

Ele sai cobrindo as partes íntimas com o chapéu. Ela se recompõe.
Ao abrir a porta se depara com Martim. E, mesmo contrariado, o convida a entrar.

TERRY - Martim? O que faz aqui?  disse que ia pra sua casa.
MARTIM (afoito, mas constrangido por perceber que interrompeu a intimidade do casal) Desculpa atrapalhar vocês... acho que não cheguei em boa hora. Mas é que... Eu fui, mas tive que voltar por causa disso...

Martim mostra uma caixa pequena para Terry.

TERRY - E o que é isso? Que é que tem ai? (fala enquanto se recompõe)
MARTIM - Abre e veja com seus próprios olhos. Diana achou isso a pouco tempo, e talvez o que tem ai dê algum crédito ao que você vem dizendo durante todo esse tempo.

TENSÃO. Martim entrega a caixa a Terry, que a abre e tira dali uma foto.

CLOSE NA FOTO EM SUAS MÃOS.

Na foto, já antiga, duas meninas loirinhas e sorridentes. São gêmeas idênticas. No verso da foto lemos: Eulália e Elvira. Cassilândia, 1979.

SURPRESA / TENSÃO. CLOSE EM TERRY E EM MARTIM.

TERRY - É Lice, eu acho que o quebra cabeça acaba de se fechar. A vaca berrou! Finalmente!

CORTA PARA:

Cena 9

CONTINUAÇÃO DO FLASHBACK DA CENA 2.

EULÁLIA (ainda chorando) Para com essas brincadeiras. Não vê que é sério? Não entendo toda essa raiva, essa fúria... Essa vontade de me fazer mal?... Já se passou tanto tempo, tanto... eu consegui reconstruir minha vida, me tornei uma pessoa boa, uma mãe e esposa dedicada. Porque esse desejo de me destruir?

Elvira nos é revelada, no banco do passageiro, ao lado de Eulália. Ela é idêntica a Eulália, porém, mais vulgar.

ELVIRA - Porque nós temos uma conta grande, Cachinhos de ouro. Uma conta bem grande pra acertar. Ou será que você já se esqueceu, irmãzinha?

TENSÃO.


CORTA PARA 


FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO.

Confira também o capítulo 2 aqui.

6 comentários:

  1. Texto ágil, diálogos idem, personagens bem delineados. Já amei a Elvira e o Teddy. E quem será a senhora misteriosa? Parabéns, André!

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  2. Gostei bastante, eu acho que a velhinha que foi ao tribunal é a que cuidou delas, quando a familia dela morreu no incêndio, e quem matou a garota foi a Gêmea do mal, a Elvira (minha opinião de leitor rsrs) parabens, que venha o próximo!!

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  3. Alex e Marcelo obrigado pelo prestígio. Espero que continuem curtindo a história, pois muita coisa vai acontecer heheheh
    Aquele abraço!!

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  4. Adorei, excelentes diálogos e personagens, bom gancho, além de uma história instigante. Que contas Elivra tem pra acertar com Eulália hein? Foi ela que matou a menina né? rs Vamos acompanhar!!
    Parabéns André

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  5. Ameei! gostei muito, vou ler agora o segundo.

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  6. O que as gêmeas tem para ser acertado, na minha opinião a senhorinha que chega no tribunal e a irmã gêmea que vai confessar o crime! Já vou ler o próximo capítulo.

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