segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Pin - Up" - Novela de Alex Spinola (Último Capítulo)



CAPÍTULO 07
CENA 01. INT. BAR O ANTRO. CAMARIM. TARDE
LÚCIA ainda diante o espelho trincado da penteadeira. GABRIEL em silêncio, olhando para o caos ao redor e também para ela. Ele esboça dizer alguma coisa.
LÚCIA: Me deixa pensar, Gabriel! Me deixa pensar!
Ele acaricia os ombros dela.
Mais silêncio. Lúcia retira um retrato de sua bolsa, o encara.
LÚCIA: Não, você não vai me escapar, Armando Montemor!
Lúcia se recompõe, enxuga suas lágrimas e sai, muda e sozinha, ignorando a presença de Gabriel.
CENA 02. INT. PENSÃO/ COZINHA. TARDE
Sozinha, ADÉLIA toma uns tragos do seu licor. PÉROLA chega, aos prantos, transtornada e, sem dizer uma única palavra, abraça-se com a amiga.
Adélia a conforta em seus braços, sem perguntar nada. Aos poucos, Pérola se acalma. Adélia a faz sentar.
ADÉLIA: Respira, minha uvinha. O que aconteceu?
Pérola respira fundo e fecha os olhos.
INSERÇÃO DE FLASHBACK
INT. BAR O ANTRO/ CAMARIM. TARDE
PÉROLA testemunha o ataque de fúria de LÚCIA. Uma explosão de ódio que varre o camarim como um furacão.
LÚCIA: Você não pode, Pérola! Você não vai me abandonar agora! Eu vou arrancar a Mercedes do nosso caminho, você vai ver! Tudo vai continuar como antes e você vai ficar no palacete, permitindo ao Armando a vida que ele gosta, esperando ele se descuidar, como já se descuidou antes. É só isso o que você tem pra fazer, nada mais, entendeu? Entendeu?
Mesmo apavorada, Pérola a enfrenta.
PÉROLA: O meu bebê tá acima de tudo isso, Lúcia!Por ele, eu enfrento o mundo!
Lúcia já não está mais si, perde os argumentos, despe-se diante a garota.
LÚCIA: Tá vendo isso, tá vendo essas cicatrizes? Foi aquele monstro quem as fez! E você pode ter certeza, que mais cedo ou mais tarde, ele vai fazer pior com você! Bem pior!
CORTA PARA:
CENA 03. INT. PENSÃO/ COZINHA. TARDE
ADÉLIA estarrecida diante de PÉROLA.
ADÉLIA: Minha Nossa Senhora da Aparecida! Pérola, fuja dessa gente!
PÉROLA: Esse é um caminho sem volta, dona Adélia. Pra onde quer que eu olhe, eu só me deparo com monstros. O pior deles é a minha mãe.
Pérola e Adélia, absorvidas pela conversa, não vêem ROCCO chegar, munido de uma pequena mala.
ROCCO: Pérola?
A voz dele a faz sair de seu transe de horror. Ela o encara. Clima de estranhamento, angústia e alegria. Uma lágrima verte dos olhos dela, corre pela face e estaciona no frágil sorriso de seus lábios.
ADÉLIA: Ele é meu novo hóspede, Pérola. E esse danadinho te ama pra valer. Me garantiu que vai enfrentar o mundo inteiro, por você. E ai dele que não enfrente!
CENA 04. EXT. PORTARIA DA TV TUPI-SÃO PAULO. TARDE
LÚCIA diante o PORTEIRO.
PORTEIRO: Não, dona. O senhor Ernesto não apareceu aqui hoje.
LÚCIA: O senhor tem um telefone que eu possa usar, por gentileza? É assunto de vida ou morte.
PORTEIRO: Tudo bem. Use o daqui.
CENA 05. INT. PALACETE DE ARMANDO/SALA. TARDE
OLGA espana os móveis. Deslumbrada, MERCEDES aprecia a decoração. Um quadro com a imagem de uma bela mulher chama sua atenção. Um colar de esmeraldas adorna o pescoço da figura.
MERCEDES: Quem é ela?
OLGA: (seca) É a falecida esposa do doutor Armando. Dona Laura, a eterna dona dessa casa.
MERCEDES: (irônica) Rainha morta, rainha posta, minha cara.
TOCA o telefone. Olga atende.
OLGA: Sim, o doutor Ernesto está. Quem é a senhora? Quem? Se amiga não tiver nome, eu não passo a ligação. Quem? Lúcia? Um instante, irei chamá-lo no escritório do doutor Armando.
Mercedes reage ao nome mencionado pela governanta e deixa a sala. Ernesto chega.
ERNESTO: Pronto!
LÚCIA: (OFF) Ernesto,nós precisamos tirar Mercedes do nosso caminho, rápido! É arriscado conversarmos por telefone. Me procure no Antro.
Fim da ligação. CORTA RÁPIDO PARA:
INT. SUÍTE DE PÉROLA. TARDE
MERCEDES coloca o telefone no gancho, de mansinho.
MERCEDES: Coitado!
CENA 06. EXT. FACHADA DO BORDEL DA SALOMÉ. NOITE
Algazarra de alguns HOMENS, todos pedreiros da obra, diante o bordel. FELIPE está entre eles, tomado pela timidez.
PEDREIRO: (para Felipe) Anda,cabra! Tá com medo de mulher?
Gargalhadas gerais.
FELIPE: É isso não!
PEDREIRO: É o que então?
PEDREIRO 2: Ele é virgem! Só pode!
FELIPE: (disfarçando sua condição) Oxente, claro que não!  É que meu tio nem esfriou no caixão, cambada.
PEDREIRO: Larga a mão de baboseira, rapaz! Que se o Castro estivesse vivo, que Deus o tenha, ele ia ser o primeiro a te empurrar pros braços de uma mariposa! Honre as calças que veste, sujeito! Tomo mundo que entra lá na obra, é batizado assim! Você é um homem ou um fresco?
CENA 07. INT. BORDEL DA SALOMÉ/SALA PRINCIPAL. NOITE
SALOMÉ recepciona o bando. O amigo PEDREIRO, que zombou de Felipe, cochicha no ouvido dela.
SALOMÉ (pegando Felipe pela mão) Felipe. Esse é o seu nome? Vem cá que eu vou te apresentar a Nina. Ela é novinha igual a você, acabou de chegar lá dos cafundós onde ela morava. Imagina que a pobrezinha foi expulsa de casa só porque rosetou com primo, vê se pode um atraso desses? Rosetar com os primos é o que há! Nina, vem cá, meu bem!
NINA aproxima-se. Novinha, 16 anos, jeitosa, ar de recato.
SALOMÉ: Nina, esse é o Felipe. Novinho, cheirando a leite e virgem.
Ele se acanha com a revelação da velha.
NINA: (ainda acanhada) Oi, Felipe?
Ele mal consegue responder ao cumprimento da garota.
SALOMÉ: Nina, tira o Felipe daqui. Pega umas bebidas e sobe com ele pro quarto. Nessa condição, o tempo urge e ele precisa de calma e muito carinho.
NINA: Sim, senhora.
CORTE BRUSCO PARA:
INT. BORDEL DA SALOMÉ. QUARTO
NINA serve uma generosa dose de conhaque para FELIPE. Ele prova, acha forte. Ela toma o copo da mãe dele e também bebe.
NINA: Eu também preciso perder minha virgindade.
Ele ri.
NINA: Você é meu primeiro freguês. Espero que me dê sorte.
CENA 08. INT. BORDEL DE SALOMÉ/SALA. NOITE
Os AMIGOS de Felipe se arranjam com outras putas. MERCEDES e SALOMÉ em conversa adiantada, sentadas em sofás opostos.
MERCEDES: Então, conseguiu o que eu te pedi?
SALOMÉ: Sim. Dinheiro primeiro.
Mercedes desliza o dinheiro pelo braço do sofá. Salomé confere e lhe entrega um revólver, envolto num lenço de organza.
SALOMÉ: Vê lá, hein, Mercedes Topa Tudo!
MERCEDES: Preciso me defender. Guardar o que é meu. Preciso de outro favor seu.
SALOMÉ: (desconfiada) Olha aqui, camarada, eu não quero banzé pro meu lado!
MERCEDES: De onde veio esse dinheiro, virá muito mais. Você não vai se arrepender.
SALOMÉ: Tá sentada na bufunfa, é?
MERCEDES: Quase. Mas dinheiro não é dificuldade. Preciso de uma das suas melhores meninas, coisa fina. Não me venha com essas mocorongas rodadas.
SALOMÉ: Você tá louca? Pra quê?
MERCEDES: Serviço limpo! Vou te explicar: quero essa garota na cola de um marmanjo, numa despedida de solteiro, lá no Antro. Conhece?
SALOMÉ: (rancorosa) Claro, fui o único que restou lá no centro, depois da limpa. Puteiro disfarçado de bar boêmio.
CENA 10. INT. PALACETE DE ARMANDO/ ESCRITÓRIO. NOITE
ERNESTO serve uma dose de uísque para ARMANDO e também repõe seu copo.
ERNESTO: Despedida de solteiro chegando, hein, Armando?
ARMANDO: Patifaria. Já passei da idade pra essas baboseiras. Só vou porque o Cassiano também insistiu.
ERNESTO: Vai ser supimpa! Depois, olhos só pra esposinha. E por falar em esposinha, cadê a pequena?
ARMANDO: Acabou de chegar. Foi visitar uma amiga.
ERNESTO: Olha que tá cheio de gavião por aí.
Armando censura o assessor, apenas com um olhar. Ernesto sorri, sem graça.
CENA 11. INT. PALACETE DE ARMANDO/SUÍTE DE PÉROLA. NOITE
Perdida em pensamentos, PÉROLA zanza pelo cômodo. E AS PALAVRAS DE ROCCO martelam na cabeça dela. Ela atira-se na cama, fechando os olhos.
VOZ DE ROCCO: “Eu sempre te amei, Pérola. E a canalhice que eu te fiz mostrou o quanto esse amor era grande e o quanto eu fui fraco, por não enfrentar o meu pai. E eu desci ao inferno, por conta disso, mergulhei de cabeça, mas quando consegui submergir, era tarde. Eu já tinha perdido você. Mas decidi que iria tentar, que eu iria correr todos os riscos, e estou aqui, pronto para o que der e vier, para lutar por você! E eu não vou desistir. Foge comigo, meu amor!”
Pérola abre os olhos, levanta-se da cama e mira-se diante um espelho.
PÉROLA: E agora, Pérola?
CENA 12. INT. PENSÃO/ COZINHA. DIA
GABRIEL em visita a ADÉLIA.
GABRIEL: Não disse que vinha, Adelita?
Eles se abraçam.
GABRIEL: Como vão as coisas?
ADÉLIA: Vão indo, cubano. Você ficou sabendo do Castro? Mataram o pobre!
GABRIEL: Mataram?
FELIPE chega da esbórnia, alterado pelo álcool, mas com as idéias no lugar. ADÉLIA se espanta.
ADÉLIA: Ave Maria, tá de fogo.
FELIPE: Mataram meu tio, Gabriel, mas eu sei quem foi, e vou acabar com ela.
GABRIEL: Ela quem?
FELIPE: A mãe da menina Pérola. A Mercedes.
GABRIEL: O que?
FELIPE: Eu vou te contar.
CENA 13. INT. BORDEL DA SALOMÉ/ QUARTO. DIA
MERCEDES conversa com NINA. SALOMÉ supervisiona o papo.
MERCEDES: (para Nina) É só isso, entendeu? Não precisa ter medo, você não vai fazer nada demais.
Nina fica em silêncio.
SALOMÉ: Melhor explicar de novo. Acho que a Nina viu passarinho verde ontem. Acho que gamou no primeiro freguês!
MERCEDES: E você não ensinou pra ela que puta não se apaixona, Salomé?
SALOMÉ: (cínica) Ensina você. Eu nunca me casei com cliente.
MERCEDES: Vamos lá, pequena! Deixa eu te ver. Você é jeitosa, mas vou deixar irresistível! Depois te falo mais sobre o marmanjo, o tal de Ernesto.
CENA 14. INT. BAR O ANTRO/CAMARIM. TARDE
LÚCIA prepara-se para o show de logo mais. GABRIEL chega, esbaforido.
GABRIEL: Ela é pior do que nós imaginávamos. A Mercedes matou o Castro, provavelmente por causa das fotos.
LÚCIA: Maldita! E o Ernesto que não me dá notícias?
CENA 15. INT. PALACETE DE ARMANDO/ SUÍTE DE PÉROLA. NOITE
PÉROLA se assusta com a chegada de ARMANDO.
ARMANDO: Assustada, pequena?
PÉROLA: Ansiosa.
ARMANDO: E onde está sua mãe? Eu mal troquei uma meia dúzia de palavras com ela. Precisamos pensar numa casinha pra ela. Vou pedir pro Ernesto cuidar disso.
PÉROLA: Obrigada, Armando.
ARMANDO: (beijando a testa dela) Estou de saída. A Olga está ao seu dispor.
CENA 16. INT. BAR O ANTRO/ CAMARIM. NOITE
LÚCIA pronta pra subir ao palco. Ela está tensa. GABRIEL, tenta distraí-la e a fotografa.
LÚCIA: Deixe de besteira, cubano.
GABRIEL: Fique calma! O Ernesto mandou recado. Disse que está tudo pronto pra depois do casamento. Falou que vai ser do jeito dele, um susto na megera, fazer ela abrir o bico!
CENA 17. INT. BAR O ANTRO/ SALÃO. NOITE
Casa cheia. ARMANDO, ERNESTO e CASSIANO GABUS MENDES numa mesa de honra.
ERNESTO: (para Armando) Última noite de liberdade, meu caro!
CASSIANO: Liberdade demais estraga.
ARMANDO: Puritanismo demais também!
Eles riem.
NINA aproxima-se da mesa, cigarro na mão, tensa.
NINA: (para Ernesto) Você tem fogo, querido?
ERNESTO: É o que não me falta, pequena! Sente-se conosco. Você é nova por aqui, não é?
NINA: Sim.
Lúcia pisa no PALCO. É ovacionada pela platéia e inicia seu show.
CENA 18. EXT. FACHADA DO BAR O ANTRO. NOITE
ERNESTO, abraçado a NINA, despede-se de ARMANDO e CASSIANO.
CASSIANO: Você não vem, Ernesto?
ERNESTO: Não! Vou dar um bordejo com a Nina. Ela não é da casa, as mariposas daqui não permitem as novatas.
ARMANDO: Esse nasceu pras putas. Não vive sem elas.
CENA 19. EXT.INT. RUA/CARRO DE ARMANDO. NOITE
Carro estacionado na rua do Bordel de Salomé. ERNESTO alisa as coxas de NINA.
NINA: (esquivando-se) Espera aí, bonitão! Pra fazer o serviço na rua, é mais caro.
ERNESTO: Sem problemas!Você vale a pena, rapariga!
NINA: Então vou chamar a madame, pra você acertar com ela.
ERNESTO: Corre lá, porque a gente não pode perder tempo, boneca!
Nina sai do carro. Ernesto liga o rádio, “Baby Did A Bad Bad Thing” tocando.
ERNESTO: Opa! Essa é a minha favorita!
Ele aumenta o volume. Nina demora. Ele olha pelo retrovisor e VÊ uma mulher, vestida de negro, chapelão e óculos escuros. Ela entra no carro. Ernesto já se apressa a vasculhar a carteira.
ERNESTO: Cadê a pequena, madame? Quanto é? Diga logo!
A mulher fica em silêncio. Ernesto para o que está fazendo. Ela retira os óculos e o chapelão.
ERNESTO: Mercedes?
Ela lhe aponta uma arma.
MERCEDES: Toca esse carro, seu Judas!
Ernesto paralisa.
MERCEDES: (berro) Toca!
CORTA PARA:
CENA 20. EXT/INT. RUA DESERTA/CARRO DE ARMANDO. NOITE
Carro parado. Baby Did A Bad Bad Thing ainda tocando.
ERNESTO: Você está louca, Mercedes?
MERCEDES: Louco está você, cara, tentando derrubar o Armando, você e aquele travesti de merda!
ERNESTO: Que estória é essa?
MERCEDES: Eu não sei, não me interessa! O que eu sei, Judas, é que ela acabou! Desce do carro!
Ele titubeia.
MERCEDES: (berro) Desce do carro!
Ele atende. Ela sai junto.
MERCEDES: (apontando a arma) Ajoelhe-se bem aí, na sarjeta, que é bem o seu lugar!
ERNESTO: Calma, Mercedes! Nós podemos conversar, fazer um trato.
MERCEDES: Trato? Que trato? Você acha que o que você tem pra me dar é o suficiente? Não, não é! Você não pode me dar nada, porque você é um nada. Ajoelha!
Tremelicando-se todo, ele obedece. O farol alto de um CAMINHÃO, que passa em alta velocidade, tira o foco de Mercedes. Ernesto avança sobre ela. O REVÓLVER desliza pelo asfalto e para debaixo do carro. Luta corporal. Ernesto a esbofeteia, vociferando os piores palavrões. Mercedes tenta alcançar a arma. Ernesto a impede, já a asfixiando, agarrado ao seu pescoço.  Mercedes perde o ar, parece desfalecer. Ofegante, Ernesto se recompõe, parece digerir o que fez.
ERNESTO: Eu matei essa desgraçada, puta que o pariu!
Ele volta para o carro, vasculha o porta luvas e encontra um maço de cigarros. Ascende um e senta-se no banco do carona, porta aberta. Ação rápida: Contra ataque de Mercedes, jogando-se sobre. Cigarro em brasa caindo no piso do carro. VEMOS a mão de Mercedes, armada por sua querida amiga navalha. Sucessivos golpes, gritos de horror. O ataque acaba. Mercedes olha-se no retrovisor interno. Seu rosto está manchado pelo sangue de Ernesto. Ela rouba um cigarro do maço do defunto, ascende, sai do carro, recolhe o revólver e seus acessórios e segue pela rua deserta e escura. Trechos finais e “BABY DID A BAD BAD THING”, ao fundo.
CORTE BRUSCO PARA:
IMAGENS de arquivo, diurnas, que retratem o cotidiano da São Paulo dos 50.
CENA 21. INT. DELEGACIA/ SALA DE PEDRO GOMES. DIA
PEDRO abre um jornal. O impresso cobre o rosto dele. Na capa, a manchete do dia: “MORTE NO FIO DA NAVALHA: DADOS ÀS NOITADAS, ASSESSOR DE ARMANDO MONTEMOR É ASSASSINADO NA ZONA DOS MERETRÍCIOS”.
Pedro fecha o jornal.
PEDRO: Coisa de puta. Será a mesma? Vem chumbo grosso por aí!
BATIDAS na porta.
PEDRO: Pode entrar!
FELIPE entra, acompanhado por GABRIEL.
PEDRO: Pois não?
Gabriel toma a frente.
GABRIEL: Nós temos uma denúncia pro senhor.
CORTA RÁPIDO PARA o fim da conversa.
Pedro em silêncio, avaliando Felipe e Gabriel e também o que eles acabaram de contar.
PEDRO: (para Felipe) Você tem certeza disso, garoto?
FELIPE: (assustado, porém firme) Foi aquela desgraçada que matou meu tio, investigador!
GABRIEL: O senhor viu a foto que eu trouxe. É a mesma garota do seu retrato.
PEDRO: E quanto ao tal Ernesto, o assessor do magnata?
GABRIEL: (se esquivando) Não sei, não senhor.
PEDRO: Coincidência ou não, a coisa toda é suspeita e tem peixe graúdo no meio.
CENA 22. INT. APARTAMENTO/QUARTO. DIA
LÚCIA digerindo as manchetes do jornal. GABRIEL entra.
LÚCIA: Claro que foi ela. Não me resta outra alternativa, Gabriel!
GABRIEL: Vasculhar aquela mansão e aquele material.
GABRIEL: Será que ainda existe?
LÚCIA: Não sei, mas é minha única chance agora.
GABRIEL: Você nunca falou sobre isso com o Ernesto?
LÚCIA: Claro que não. Nunca confiei nele. Ele nunca soube da minha ligação com o Armando.
GABRIEL: (pensando rápido) Temos a noite do casamento!
LÚCIA: Isso mesmo. Foi o que pensei.
CENA 23. INT. PENSÃO/SALA. TARDE
ROCCO, apreensivo, zanzando pela sala. ADÉLIA, tricotando, o acompanha com olhar.
ADÉLIA: Sossega, bonitão.
ROCCO: Não tem como, dona Adélia!
ADÉLIA: A decisão é da Pérola, eu vou tá La pra ajudar. Seja o que Deus quiser! Mas você sabe que corre risco, ela tem tudo pra não confiar em você. Ela tem tudo pra não confiar em mais ninguém!
Rocco sai.
CENA 24. INT. FACHADA DA PENSÃO. TARDE
ROCCO ali, recostado no capô de seu Aero Willis, olhando pro tempo. ANOITECE.
CENA 25. EXT. FACHADA DO PALACETE DE ARMANDO. NOITE
Agitação. REPÓRTERES se acotovelando para registrar a chegada dos CONVIDADOS ao casamento. Noite de garbo e glamour. CARROS “rabo-de-peixe” estacionando.
CENA 25. EXT. PALACETE DE ARMANDO/JARDIM. NOITE
DECORAÇÃO clássica, sem exageros. CONVIDADOS chegando, recepcionados por Olga, em uniforme de gala. GARÇONS circulando. MÚSICOS instalados num cantinho charmoso, já em atividade. ARMANDO circulando, prestando contas sobre a morte de Ernesto a gente do meio televisivo. GABRIEL fotografando o transcorrer da festa. ADÉLIA posando para as lentes dele, acompanhado por FELIPE, que não consegue disfarçar sua tensão. Adélia lhe pede calma.
CENA 25. INT. PALACETE DE ARMANDO/SUITE DE PÉROLA. NOITE
Nervosa e dentro de um belo vestido, PÉROLA olha pela janela, vislumbrando o circo lá embaixo. Está inquieta. MERCEDES dá os últimos retoques na maquiagem da filha.
MERCEDES: Linda. Uma verdadeira estrela.
Pérola parece não ouvir o que a mãe fala.
CENA 26. INT. FACHADA DO PALACETE DE ARMANDO. NOITE
ROCCO infiltrando-se entre os CONVIDADOS. Olga o barra e pede o convite.
ROCCO: Eu sou do time dos garçons. Desculpe o atraso.
Olga resmunga alguma coisa e libera a entrada.
CORTA PARA:
EXT. PALACETE DE ARMANDO. PORTÃO DOS FUNDOS
GABRIEL circulando, favorecendo a entrada de LÚCIA. Mesmo com a tensão do momento, Gabriel fica hipnotizado pela presença dela: linda, num vestido negro de miçangas, cabelo preso num chapéu casquete, o pequeno véu rendado, em formato de teia de aranha, disfarça seu rosto. MERCEDES circula pelo jardim, o cubano faz um sinal para Lúcia, que se esconde.
CENA 27. INT. PALACETE DE ARMANDO/SUÍTE DE PÉROLA. NOITE
Porta entreaberta, ROCCO entra. PÉROLA ainda olha pela janela.
ROCCO: (sussurrando) Pérola?
Ela se vira pra ele. Rocco lhe estende as mãos.
ROCCO: Vamos?
Ela fica em silêncio.
CENA 28. INT. PALACETE DE ARMANDO/SALA. NOITE
MERCEDES entra, checa a decoração e olha para o quadro de dona Laura.
MERCEDES: Preciso tirar essa defunta daí.
CENA 29. INT. PALACETE DE ARMANDO/COZINHA. NOITE
Corre-corre entre a CRIADAGEM. LÚCIA entra.
CENA 30. INT. PALACETE DE ARMANDO/QUARTO DE PÉROLA. NOITE
ROCCO ainda de mãos estendidas para PÉROLA. Ela parece indecisa.
ROCCO: Vamos, meu amor! Não há muito tempo.
Pela janela do quarto, podemos ouvir “TWILIGHT TIMES”, em melodia e voz, executada pelos músicos da festa. Lágrimas brotam dos olhos de Pérola e Rocco. Ele sorri. Ela atira-se nos braços dele e o beija, todo o amor do passado vem à tona, todo o sofrimento parece desaparecer.
PÉROLA: Eu te amo, Rocco! Foi o primeiro e o único. Sonho com você todas as noites, não te esqueci um só minuto, mesmo com toda a desilusão.
ROCCO: Eu te amo, minha pequena, minha Pérola, minha jóia! Vamos, vamos logo, recomeçar nossas vidas.
Mais beijos. Rocco a toma nos braços e a rodopia. Com o movimento, um VASO despenca da penteadeira quebrando-se em mil pedaços.
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 31. INT. PALACETE DE ARMANDO/SALA. NOITE
O estilhaçar do vaso chama a atenção de MERCEDES. Ela voa pela escadaria de mármore.
CENA 32. INT. PALACETE DE ARMANDO/SUÍTE DE PÉROLA. NOITE
PÉROLA e ROCCO já saindo. MERCEDES os flagra. Rápida, ela tranca a porta.
MERCEDES: Seu patife!
ROCCO: (enfrentando) Sai da frente, sua bruxa! A Pérola vem comigo! Agora!
MERCEDES: Ela não vai pra lugar nenhum e nem você!
PÉROLA: Chega, mãe! Chega! Eu não agüento mais esse inferno, eu vou embora com o Rocco!
Mercedes abre a gaveta da penteadeira, pega uma tesoura, agarra-se com a filha e ameaça Rocco.
MERCEDES: (para Rocco) Vem buscar a noivinha, bonitão. Vem! To esperando!
Rocco avança contra a megera. Ela o golpeia no ombro. Pérola grita, tenta protegê-lo. Mercedes livra-se da filha, com um safanão. Rocco cai sobre o para-peito da janela. Mercedes não vacila e o empurra para baixo. Ela olha para fora: VEMOS Rocco estatelado num canto escuro do jardim.
Pérola grita. Mercedes a esbofeteia. Pérola retribui a agressão. A megera agarra a filha, pelos cabelos, e a trancafia no banheiro da suíte.
CENA 33. EXT. PALACETE DE ARMANDO/PORTÃO DOS FUNDOS. NOITE
MERCEDES, tensa e fumando, observa JORGE na calçada, arrastando ROCCO para dentro do carro de Armando.
JORGE: Quem é ele? O que eu faço?
MERCEDES: É um fã desarvorado da Pérola. Jogue bem longe daqui. Depois, te recompenso.
Jorge sorri. Mercedes falou a língua dele.
CORTA PARA:
MERCEDES flagra ADÉLIA, que está aflita, rondando o palacete.
MERCEDES: Tava acobertando aquele patife, velha safada?
ADÉLIA: Satânica! Filha de uma puta!
Adélia enche a mão na cara de Mercedes. Felipe vem do lado oposto, também estava na vigia. Ele percebe a cena e toma partido.
FELIPE: (para Mercedes) Ela encostou na senhora, dona Adélia?
ADÉLIA: Não, filho! Fica calmo!
FELIPE: (já sendo puxado por Adélia) O que é seu tá guardado, sua puta!
CENA 34. EXT. PALACETE DE ARMANDO/JARDIM. NOITE
CONVIDADOS ansiosos. Toca a marcha nupcial. Armando no altar, fotografado por Gabriel. PÉROLA, olhar perdido, surge escoltada pelas garras de MERCEDES, que a entrega ao noivo. Segue a cerimônia.
Pérola murmura um frágil sim. Aplausos e flashes para os noivos.
Festa em andamento. REPÓRTERES e FOTOGRÁFOS cobrem tudo. Por mais que recém seja o foco de todas as atenções, Mercedes sempre arruma um jeito de se enxertar diante as câmeras, alimentando-se desse momento, como uma vampira esfomeada.
Outro momento da festa. Burburinho ao fundo. JOSÉ acabou de chegar e já está calorosa discussão com Mercedes.
JOSÉ: Eu vi no que você transformou nossa filha, sua cafetina.
Tensa, Pérola nota a presença do pai. Armando está longe, sendo solícito com seus convidados e amigos do meio artístico. Olga percebe o atrito e chama alguns SEGURANÇAS. José luta com um deles. Mercedes ordena que o arrastem para fora dali. Adélia presencia tudo.
MERCEDES: Rapazes, esse traste é um bêbado, me largou com filha pequena nos braços. Arrastem esse louco daqui e chamem a polícia, imediatamente!
OLGA: (para Mercedes) Eu vou chamar o doutor Armando!
MERCEDES: (segurando-a pelo braço) Querida, pessoas como você são pagas pra resolverem os problemas, não levá-los ao patrão! Ainda não aprendeu isso? Onde você estava, que não viu aquele lunático invadir a festa? Vá checar as coisas lá na cozinha, enquanto eu acalmo alguns convidados que perceberam o banzé!
CORTA PARA:
CENA 35. INT. PALACETE DE ARMANDO/ CORREDOR. NOITE
OLGA a caminho da cozinha. Barulhos atrás de uma porta, que dá acesso ao porão, chama sua atenção. Ela entra.
CENA 36. INT. PORÃO
Luz fraca. OLGA percebe uma silhueta de mulher, em meio a penumbra. Ela toca o interruptor. A iluminação melhora.
LÚCIA vira-se, assustada.
OLGA: A senhorita perdeu alguma coisa aqui?
Nenhuma resposta. Cautelosa, Olga aproxima-se dela.
A governanta a encara, tentando decifrar quem o véu negro com trama de teia tanto esconde. Lúcia se revela, lágrimas nos olhos.
LÚCIA: Olá, Olga?
CLOSE do pânico estampado no rosto da governanta.
OLGA: Você?
CORTE BRUSCO:
CENA 37. EXT. AEROPORTO. DIA
Planos gerais do aeroporto. SOM ensurdecedor de turbina. Um AVIÃO cruza o céu.
CENA 38. INT. PENSÃO/QUARTO DE ROCCO. DIA
ROCCO na cama, se recuperando, ombro enfaixado. ADÉLIA cuidando dele. Ele chora.
ROCCO: Perdi minha Pérola. Dona Adélia?
ADÉLIA: Perdeu? Quem foi que me disse que enfrentaria o mundo por lá? Pra quem não mede esforços, Paris é logo ali.
Ele fica mudo, pensativo.
ADÉLIA: E além do mais, broto, você vai ter um filho pra criar. Isso não te enche de coragem?
ROCCO: (incrédulo) Filho?
ADÉLIA: Sim! Ela não te disse nada, naquele reencontro, porque talvez não estivesse certa do seu amor, do que você seria capaz de fazer por ela. Mas eu te digo: o bebê de vocês tá dentro dela. Ela tem lutado por ele, todo esse tempo.
Um sorriso esperançoso brota nos lábios de Rocco.
ADÉLIA: Então, trate de ficar bom e lutar por uma família que você nem sabia que existia.
Rocco pula da cama, sente a dor em sem ombro.
ROCCO: Eu vou lutar, dona Adélia! Eu vou lutar! Vendo o pouco que me resta e enfrento o mundo todo, se for preciso.
FIM

Baixe a trilha sonora de 'Pin-Up' aqui.
Agradeço ao Alex Spinola pela belíssima trama postada aqui no blog, também ao David Vallério pela supervisão de texto e musical. Parabéns!!!

Argumento e roteiro de Alex Spinola: 

37 anos, paulistano, capricorniano. Começou na arte da escrita bem cedo, aos doze anos, quando ganhou sua primeira máquina de escrever, um trambolhão da Olivetti. E dela saíram títulos cafonérrimos, "Passado Negro" e "Amor e Poder". Mas a paixão pela escrita surgiu bem antes, da feita que sua mãe o presenteava com inúmeras enciclopédias, para depois sabatiná-lo, é claro! "Mamãezinha Querida"? Talvez. A certeza de que tinha para escrever ganhou força anos depois, quando ganhou um exemplar de o "Manual Do Roteiro", de Syd Field. E tendo esse como bíblia saiu em busca de oficinas de roteiro, terminando na escola do crítico paulista de cinema, Celso Sabadin. Seu Mestre foi o inigualável Galileu Garcia. Produziu, nesse período, inúmeros argumentos. "Pin-Up" é um deles.

Zanzando pela Internet, conheceu um fecundo bando de apaixonas por roteiros, televisão e cinema e amizades se estreitaram. Isaac Abda e David Vallerio dão conta disso. E foi num desses encontros que o responsável pelo blog "Posso Contar Contigo?" lhe lançou um desafio: "Que tal escrever uma novela, um roteiro para ser publicado lá no blog?". Convite feito, convite aceito. O espaço em questão já havia sido inaugurado por David Vallerio e Lucas Nobre, autores da trama "Golpe Baixo". Além de novelas, é apaixonada por cinema - "Sunset Boulevatd e "Cidadão Kane" estão no topo de sua lista. Aprecia moda, Madonna, Marilyn Manson e músicas dos anos 50, 70 e 80. E pelo que se sabe, detesta todo o resto.

Supervisão de texto de David Vallerio: 

Idade desconhecida. Paulistano. Já foi estilista, produtor de moda, figurinista, ilustrador... Sua vida teve uma reviravolta quando foi selecionado pelo novelista Aguinaldo Silva para a segunda edição da Master Class, no Rio de Janeiro. Homenageado pela Master Class 1 com o personagem Crô Vallério, mas a alma é de Nazareth. Ama discotheque, anos 70, novela, filme americano B, pornochanchada, fofoca e BBB. Detesta axé, funk, pagode, futebol e sertanejo. Não confia em evangélicos e nem em quem é muito bonzinho. Quer agradá-lo? Presentei-o com uma Barbie Farrah Fawcett edição de Colecionador.

Veja também o 6º capítulo, aqui.

12 comentários:

  1. Eu que agradeço, Isaac, pelo apoio, suporte, entendimento, paciência e a costante fé em "PIN-UP".

    E como havia dita, esse Desafio Novela em Blog foi a realização de um sonho! Escrever é a minha grande paixão, e você compartilhou comigo desse sentimento!

    Abraços!

    ResponderExcluir
  2. Também não tenho palavras pra agradecer ao esforços de David Vallério, desde o início do projeto,na supervisão precisa dos capítulos, na busca infinita por uma Trilha Sonora dos sonhos e na criação da logomarca da novela, assim como a capa da trilha! Existe coisa mais linda? Não, não existe! Como gosto de dizer: "Ma che bella!"

    Abraços, David "Genious" Vallério!!

    ResponderExcluir
  3. Minha eterna gratidão aos leitores, àqueles que apreciaram, que opinaram e que também me deram forças pra seguir adiante!

    Abraços!

    ResponderExcluir
  4. ALEX SPINOLA, QUE TURBILHÃO DE EMOÇÕES FORAM ESSAS QUE VOCÊ NOS FEZ SENTIR...EU RI, PASSEI RAIVA, TORCI, E ATÉ CHOREI! MEU AMADO ALEX, TENHO CERTEZA QUE DONA CONCEIÇÃO ESTÁ ORGULHOSA E EMOCIONADA COM SUA TRAJETÓRIA, E QUE COM CERTEZA ESTARÁ PENSANDO COMO EU, POIS TALENTOSO DO JEITO QUE É, SUA VIDA SERÁ CHEIA DE SUCESSO E TRILHARÁ DE FORMA BRILHANTE...
    SABE O QUE DÁ TRISTEZA???? SABER QUE AMANHÃ NÃO ESTAREMOS MAIS LENDO ESSA INCRÍVEL NOVELA, QUE EU FICAVA TODAS AS NOITES DESSA ÚLTIMA SEMANA ESPERANDO, CONECTADA AO BLOG O DIA TODO!!!
    MAS SEI QUE SERÁ A PRIMEIRA DE MUITAS, ISSO ME CONFORTA...ESTAREI SEMPRE ACOMPANHANDO TUDO O QUE VC FIZER...
    TE AMO...E ARRRRRRRRRRASA BEBÊ!!!!

    ResponderExcluir
  5. OBRIGADO MINHA LINDA LUCIANA LANGNER. SIM, MINHA MAMMA DRAMA HÁ DE ESTAR DANDO PULINHOS LÁ NO CÉU!

    "PIN-UP" É UM TRIBUTO À ELA!

    AH, QUE OS ANJOS OUÇAM SUAS PALAVRAS!!!

    ResponderExcluir
  6. Alex,
    Ufa, quantos sentimentos afloraram por aqui, heim?
    Posso te dizer que adorei, que imaginei cada cena, cada cenário, sons...
    Me apaixonei pela Dona Adélia e fiquei tentando imaginar a Salomé....
    E quero mais, quero ver mais, ler mais, imaginar mais....
    Quando seremos presenteados novamente?????
    Já estou aqui, ansiosa, querendo devorar o que vc postar!
    JÁ SOU SUA FÃ, VIU????

    Um bjo grande!

    ResponderExcluir
  7. Alex Spinola

    Eu acompanhei Golpe Baixo e agora vi com certo atraso os capítulos de Pin Up e gostei da historia. Você parece ser um jovem promissor.

    ResponderExcluir
  8. Alex,
    Esperei até o último capítulo para comentar. Antes de qualquer coisa; quero lhe da os parabéns por sua coragem em dá a cara a tapa com uma novela web. Isso só prova o quanto és corajoso.

    Eu fiz até um tempo atrás uma propaganda em meu blog sobre novela web, que iria escrever e postar; mais acabei desistindo, pois acabou surgindo outras coisas, enfim...

    E nós sabemos que a melhor forma de sabermos se estamos no caminho certo... É mostrando, ou seja, publicando as nossas obras, nos utilizando: dos meios impressos, televisivos ou mesmo do interativo como é caso da internet.
    Mais o mais importante é mostrar o que estamos fazendo. Você conseguiu realizar seu sonho, tenho certeza que este foi apenas o primeiro de muitos.

    Bom, mais o que posso escrever sobre PIN- UP. Primeiramente uma novela, instigante, divertida e que trouxe no seu enredo dramas particulares, com espaço de lacunas em aberto para sucessivas discussões. Você trabalhou bem os personagens em cena, segurou o drama, deu bons cortes; alguns secos, mais que ficaram ótimos.
    Você conseguiu gerar curiosidade no público leitor, enfim... PIN-UP foi apenas o primeiro de muitos trabalhos seus. Parabéns e continue a trabalhar e nunca deixe de sonhar.

    Que o meu Protetor te abençoe sempre!

    Beijos,

    Jennifer Albuquerque.

    ResponderExcluir
  9. FABI LANGNER,

    MUITO OBRIGADO PELO PRESTÍGIO AO NOSSO TRABALHO. ISSO NOS FAZ SEGUIR ADIANTE, E SIM, MUITOS SENTIMENTOS AFLORAM!

    BEIJOS!

    MÁRCIA,

    OBRIGADÍSSIMO POR PRESTIGIAR! ESCREVER É A MINHA PAIXÃO!

    JENNIFER,

    OBRIGADO PELAS BELAS PALAVRAS! QUE O PROTETOR NOS ABENÇOE SEMPRE, A TODOS NÓS!

    BEIJOS, MENINAS!

    ResponderExcluir
  10. Vai ter continuação? cade o segredo da lúcia relacionado ao Armando? E a Pérola ficou mesmo com o Armando e a Mercedes ficou impune.

    Adorei a novela, o autor esta de parabéns.

    Mais espero que a historia continue.

    ResponderExcluir
  11. Rafa,

    a trama continua sim! Pois como sempre digo: o fim é só um novo começo! E pra não deixá-los sem respostas, "Pin-Up" Parte 2 segue no meu blog. Onde temos os sete capítulos iniciais já postados. E pra concluir a trama, cinco novos foram criados. O décimo já está lá. Faltam dois.

    Eis o link: www.alexspinola.blogspot.com

    E muitíssimo obrigado por acompanhar!

    Abraços!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...