sexta-feira, 1 de junho de 2012

RESENHA DO LIVRO “POBRE NÃO TEM SORTE”

Por Denis Pessoa


Olá, pessoal!

Há quase dois meses entrevistei para o blog a escritora Leila Rego, que desde 2010 tem sido bem-sucedida em utilizar a internet como meio de divulgação de seu trabalho: os chick-lits protagonizados pela personagem Mariana Louveira.

A entrevista com a escritora você pode ler AQUI.
Aqui, você acessa o site oficial da escritora.

Pois bem: depois da entrevista, Leila gentilmente enviou uma cópia da segunda edição do seu romance de estreia, chamado “Pobre Não Tem Sorte”. Com uma simpática dedicatória, aproveito o post para agradecer a gentileza da Leila, tanto em conceder a entrevista, quanto em enviar o livro.

Levei pouco tempo para terminar, e foi uma experiência prazerosa. A protagonista é cativante em seus delírios de consumo e status. Mariana vive no interior de São Paulo, almejando uma vida de muito glamour e pouco esforço que só existe em sua cabeça.

O prólogo cumpre sua missão, que é despertar a curiosidade para o que vem por aí. Porém, logo em seguida, a fluidez da história são interrompidas por uma descrição prolongada das relações cotidianas da personagem principal. Embora fossem informações fundamentais, ganhariam mais agilidade se fossm se fosse diluídas ao longo do livro. Isso, no entanto não compromete a qualidade, e não diminuiu meu interesse em relação a história.

Findas as apresentações, o universo de Mari torna-se envolvente até o ponto em que o livro termina. São diversos os momentos engraçados e emocionantes, e salvos algumas tiradas que não me agradaram, existem situações memoráveis, como as sequências em que Mari trabalha no shopping center.

O ponto de partida da trama é o noivado da protagonista, seguido dos preparativos do seu casamento com Edu, um médico residente charmoso e bem de vida. Então, a odisseia de Mariana começa. Ela passa a ignorar toda a realidade de sua vida para preparar-se para o casamento. Não a união com o futuro marido, e sim, com a cerimônia.

Entre preparativos, compras e gastos, Mariana diverte e irrita, porém, embora seja fútil, demonstra transparência. É digna em sua futilidade, porque não a oculta. Pelo contrário.

Um ótimo momento do livro é o “dia de noiva” pela qual a personagem passa, assim como toda a sequência do dia de seu casamento, que nos leva de volta ao momento inicial. A partir daí é que podemos ler os melhores momentos do livro.


O que se segue é um misto de comédia romântica e drama. Confesso que esperava uma literatura extremamente light, descompromissada, isenta de qualquer emoção. Mas não foi o que aconteceu. As cenas que narram as desilusões de Mariana ao ver seus planos fracassarem conseguiram me deixar emocionado, e até mesmo triste por ela. Assim como o fim foi eficaz em injetar esperança, além de despertar o desejo para ler a continuação.

A história termina em aberto. Afinal, já existe a sequência, “Pobre Não tem Sorte 2”, que em breve pretendo resenhar também.

O livro vai esquentando aos poucos. A história começa lenta, morna, porém, vai ficando intensa, magnética. É uma leitura válida, e acima de tudo, creio que Leila e muitos outros escritores nacionais merecem nosso prestígio. Afinal, são nossa gente. E para que haja aprimoramento e sucesso, é preciso que o público valorize isso.

Aproveito pra finalizar que, se você não prestigiou um novo autor nacional, faça isso. Tem gente nova surgindo, contando histórias de todos os gêneros, estilos e tamanhos. É só procurar!

Um grande abraço, e até a próxima!

4 comentários:

  1. Parece bom o livro,
    e adorei a sua dica,
    temos sim que valorizar gente nova, temos inúmeros talentos por aí, basta procurar. ótima resenha.
    http://brincdeescrever.blogspot.com.br/

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  2. Que interessante! Deu vontade de ler!
    Beijos, Denis.

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  3. Admiro muito quem curte leituras, que não é o meu caso!
    Acho que da pra contar nos dedos de minha mão os livros que li.

    Ótimo texto Denis!

    Fabio
    www.ocabidefala.com

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  4. Olá, Rafael, Ana e Fabio. Muito obrigado pelos comentários! A sugestão é boa! Sonho em viver num país onde o mercado literário seja tão influente e acessível como o audiovisual.

    Grande abraço a todos!

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