"Estás temeroso de
ser o mesmo em teu próprio ato e valor de que em teu desejo? Não terás o que
mais estimas: o ornamento da vida, e viverás um covarde em tua própria estima,
deixando "Eu não posso" ultrapassar "eu farei", como o
pobre gato no adágio?... És um homem".
V de Vingança
Assistindo ao filme esta
semana, não pude deixar de pensar em nossa realidade, em que estamos vivendo e
em quão semelhante é o universo do filme com o nosso país.
Neste filme, um homem,
luta sozinho (Até encontrar uma mulher, a Eve) contra um governo intolerante,
autoritário e usando o nome de Deus para justificar a violência, perseguição,
intolerância... Coincidência? Não, acho que não.
Há semanas vejo movimentos contra determinados ‘políticos’ que usam o nome de
Deus para justificar suas intoleráveis intolerâncias. Eu não estou entrando no
mérito da religião em si, até porque, religião é algo tão íntimo, tão seu que
não deve ser imposta, deve ser uma escolha. E não é porque tenho uma religião
diferente da sua que isso me faz melhor que você. Nós temos apenas uma visão
diferente de um mesmo ser supremo.
O que eu estou
questionando é o uso das palavras, a retórica para inflamar pessoas de baixa
escolaridade, para implantar nelas que o diferente é errado, que o diferente
não é ‘sagrado’. Mas o que seria o sagrado? Você viver dentro de padrões de um
livro escrito há mais de mil anos, ou viver respeitando os outros e a
diferença? Acho que pras pessoas com alguma racionalidade, mesmo que com pouca
escolaridade, a resposta vem fácil.
As pessoas foram às ruas,
não para tentar explodir um prédio público ou algo assim (No filme o clímax do
filme acontece justamente no final quando vemos o parlamento inglês ir pelos
ares literalmente falando), mas para que se saiba que as pessoas estão cansadas
de tanta ‘babaquice tanta caretice desta eterna falta do que falar’.
Como Magic Johnson falou quando afirmou apoiar a homossexualidade de seu filho:
as pessoas precisam entender que estamos em 2013. Sim, as pessoas, e neste caso
eu digo nossos governantes, e principalmente aos que fazem parte da bancada
evangélica (Infelizmente eles usam uma religião para justificar suas ações), de
que estamos em 2013, precisamos ser melhores que os Gregos antigos e não
piores. Na Grécia (E Roma também) antiga, o homossexualismo era visto como algo
normal dentro da sociedade. Era uma sociedade de pensadores, filósofos,
matemáticos, gênios que vivem até hoje nos livros evoluídos socialmente, sem
preconceitos, sem amarras de religião nenhuma.
Hoje o mundo vive globalizado. Se a Coréia no Norte lançar uma bomba atômica
agora, antes mesmo de ela cair no chão o mundo inteiro estará sabendo. E não
somos capazes de mudar um pensamento que vem desde antes da era moderna.
É como Einstein falou
certa vez: “Tempo
difícil esse em que estamos, onde é mais fácil quebrar um átomo que um
preconceito”.
Vanessa Carvalho
Confesso que nunca tive interesse em assistir esse filme, mas sob a perspectiva de sua postagem até pareceu válido.
ResponderExcluirAté a próxima, Vanessa!