De Isaac Santos
Capítulo 1
Prólogo
Cena 1. Periferia de Salvador. Exterior.
Dia
Salvador/Bahia
- 1938
Típico
bairro de periferia numa manhã ensolarada de domingo. Donas de casa indo outras
voltando da feirinha. Há todo um clima de torcida pela seleção brasileira na
Copa do Mundo. Crianças brincando livremente pelas ruas enfeitadas com motivos
juninos.
Cena 2. Rua. Exterior. Dia.
Adalberto
(49) caminha esbravejando, parece desnorteado. Seu destino é o boteco mais
próximo dali, onde possa beber alguma cachaça forte, como se buscasse coragem
pra tomar alguma decisão.
Adalberto – E
eu, eu fico como nessa história? Uma
perdida... Casado com uma perdida... São todas iguais, umas vadias!
Cena 3. Casa de Luiza. Quarto do Casal.
Interior. Dia.
Luiza
(27) está nervosa, caminha pelo quarto com o seu bebê no colo, tentando
inutilmente fazê-lo parar de chorar. Ouve alguém chamando e sai para atender.
Largo
da Lapinha – Salvador/Bahia - 1938
Cena 4. Orfanato Emanuel. Sala da
Direção. Interior. Dia.
Mara
(19), com um bebê (aproximadamente seis meses) no colo, espera
ansiosamente pelo atendimento da Irmã Gertrudes (60), madre superiora, que está
terminando de fazer recomendações para algumas noviças.
Irmã Gertrudes
(para as noviças) – podem ir agora.
Elas
pedem licença e se retiram da sala, deixando a moça mais à vontade
para conversar com a madre.
Irmã Gertrudes – Então, eu notei uma
inquietação, uma angústia em você... O que é que está acontecendo? Você parece desesperada, minha filha!
Mara –
Sim, irmã... Eu, eu preciso de sua ajuda... (se emocionando)
Irmã Gertrudes –
Tente se acalmar pra que eu possa entender o que você quer me dizer. Eu vou
pedir a uma das meninas que traga um copo de água com açúcar pra você.
A
madre se levanta e vai em direção a porta, faz o pedido e volta ao seu lugar.
Irmã Gertrudes –
Que lindo bebê! Vejo que é uma menina. Você parece tão nova pra ter uma
filha... É sua filha, não é?
Entra
uma noviça trazendo um copo com água, e sai novamente.
Mara (bebe a água, mais calma) – É minha filha sim, irmã. Eu vim aqui hoje por causa
dela.
Irmã Gertrudes – Eu preciso saber exatamente o que está acontecendo, e como você espera ser ajudada,
minha filha.
Mara – É algo tão vergonhoso, madre.
Irmã Gertrudes –
Você não precisa detalhar, mas deve me contar.
Cena 5. Casa de Luiza. Sala. Interior.
Dia.
Luiza
abre a porta para Tereza (57), vizinha e amiga.
Luiza (desesperada) – Me
ajuda, me ajuda pelo amor de Deus!
Tereza (tentando acalmá-la)
– Eu vi quando ele saiu, parecia transtornado. Eu acho que você deve procurar tua família, Luiza.
Luiza – Que família, Dona Tereza!? Esqueceu que eu sou órfã
de pai e mãe? Meu irmão morreu brigando aí na rua. Agora somos eu e minha filha.
Tereza – Você fala como se teu marido tivesse te abandonado. Tem que tentar manter a
calma.
Luiza – Homem nenhum aceita ser traído pela esposa, mesmo que tenha sido uma única vez, um momento de fraqueza.
Tereza – Mas como ele
descobriu?
Luiza – Eu já tava cansada das insinuações dele. Chamei pra conversar, perguntei se ele estava pronto pra ouvir a verdade, se me perdoaria independente de qualquer coisa. Daí ele disse que sim, que não
poderia viver com mentiras.
Tereza (temerosa)
– Mas você não...
Luiza (interrompendo) – Ele fez questão de saber com quem havia sido.
Tereza – O que mais você
contou pra ele?
Cena 6. Orfanato Emanuel. Sala da Direção. Interior.
Dia.
Mara – Eu fui violentada por um rapaz que eu
amava. Nós namorávamos escondidos dos meus
pais, mas ele começou a
querer passar dos limites, e eu não cedia. (sensível) Ele me forçou!
Cena 7. Casa
de Luiza. Sala. Interior. Dia.
Luiza – Eu contei que a Olga não é filha dele
Tereza – Ele tem uma verdadeira devoção por essa menina, né?
Tereza – Ele tem uma verdadeira devoção por essa menina, né?
O
bebê volta a chorar.
Tereza – Eu acho que ela tá
com fome, dá um pouco de mamar pra ela.
Cena 8. Orfanato Emanuel. Sala da Direção. Interior.
Dia.
Irmã Gertrudes – E tua família, teus pais, como reagiram?
Mara – Fiquei com medo do que poderia acontecer, não tive coragem de contar pra eles, tive fugir. Eu vim pra cidade da
capital com algumas peças de roupa, algum pouco dinheiro e me sentindo
totalmente desprotegida.
Irmã Gertrudes – Eu imagino, minha filha...
Mara – (olha para o bebê no colo) A senhora vê como parece um anjo? Eu sempre cantei pra ela, mesmo quando ainda estava na barriga. Acho que a música acalma, né madre?
Irmã Gertrudes – Eu imagino, minha filha...
Mara – (olha para o bebê no colo) A senhora vê como parece um anjo? Eu sempre cantei pra ela, mesmo quando ainda estava na barriga. Acho que a música acalma, né madre?
Irmã Gertrudes – A boa música é um santo remédio. Deixe-me segurá-la um
pouco. (encantada com a beleza do bebê) Ela é realmente linda.
Mara – Então, quando cheguei na cidade eu tinha um pouco mais de 17 anos. O dinheiro
logo acabou, tive que mentir minha idade e esconder a gravidez...
Irmã Gertrudes – Você é muito corajosa, menina.
Mara – Eu consegui uma vaga como camareira, numa pousada. O gerente não sabia mesmo que eu estava grávida quando me deixou trabalhar, mas apesar de eu não aparentar a idade que eu disse ter, ele nem exigiu comprovação. Eu trabalhava bastante em troca de comida, dormida e a permissão pra lavar e passar as minhas roupas e nada mais que isso. Mas, passadas algumas semanas, a pousada começou a receber alguns hóspedes que me abordavam de modo estranho, com uma intimidade que eu não havia dado. Quando fui reclamar ao gerente ele disse que eu escolhesse continuar ali ou fosse embora. (chorando) Novamente eu me senti um lixo!
Irmã Gertrudes – Você é muito corajosa, menina.
Mara – Eu consegui uma vaga como camareira, numa pousada. O gerente não sabia mesmo que eu estava grávida quando me deixou trabalhar, mas apesar de eu não aparentar a idade que eu disse ter, ele nem exigiu comprovação. Eu trabalhava bastante em troca de comida, dormida e a permissão pra lavar e passar as minhas roupas e nada mais que isso. Mas, passadas algumas semanas, a pousada começou a receber alguns hóspedes que me abordavam de modo estranho, com uma intimidade que eu não havia dado. Quando fui reclamar ao gerente ele disse que eu escolhesse continuar ali ou fosse embora. (chorando) Novamente eu me senti um lixo!
Irmã Gertrudes – Não, claro que não é. (suavizando) Qual o nome dessa princesinha?
Mara (com sensibilidade)
– É Clotilde, Clotilde Ramos. Fez seis meses.
Irmã Gertrudes
(devolve o bebê para Mara) – Nome bonito! (percebe o passar dos
minutos) Minha filha, como é teu nome? (a moça responde) Pois bem, Mara, o meu
é Gertrudes. Eu não posso me demorar mais, pois esse Orfanato exige muito de mim e das outras irmãs
auxiliadoras. Somos apenas eu, as Irmãs Balbina e Pureza e algumas noviças, pra
dar conta de quase vinte crianças. (pausa) Eu já compreendi a tua história.
Cena 9. Casa
de Luiza. Sala. Interior. Dia.
Tereza – É, minha filha, eu deixei umas roupas de molho e ainda tenho que botar comida no fogo.
Luiza – Obrigado pela força de sempre, dona Tereza.
Luiza – Obrigado pela força de sempre, dona Tereza.
Adalberto entra descontrolado.
Adalberto –
Que bom que a senhora tá por aqui, Dona Tereza... Já deve estar sabendo do que
essa sem vergonha aprontou comigo, né?
Tereza – Calma,
Adalberto... (constrangida) Eu já tava mesmo de saída.
Luiza – Pode ir, Dona
Tereza, não se preocupe.
Adalberto
num canto da sala, parece maquinar algum mal. Tereza está saindo quando ele pede
que ela espere um momento.
Adalberto –
Dona Tereza, a senhora pode ficar um pouco com a Olguinha? (se emociona ao falar
da filha)
Tereza – É, é claro que sim.
Luiza
está passando o bebê para os braços de Tereza quando Adalberto pede para
segurá-la um pouco.
Adalberto
(ainda emocionado) – Ô, Olguinha, papai não é papai porra nenhuma... Eu só
lamento por isso... Que pena, minha filhinha!
Luiza, cuidadosamente, toma a filha e entrega para Tereza, que sai imediatamente
dali.
Adalberto – Agora somos só nós
dois. (olha com ódio mortal para Luiza)
Cena 10. Orfanato Emanuel. Sala da Direção. Interior. Dia.
Mara (decidida) – Eu peço que a
irmãs cuidem dela. Sei que aqui ela
será bem amparada e estará perto de Deus.
Irmã Gertrudes –
Olha, minha filha, eu não seria uma serva de Deus se recusasse atender seu
pedido.
Mara – Obrigado, irmã.
Irmã Gertrudes –
Eu vou pedir a uma das meninas pra preencher a documentação e você assina.
Mara – Farei o possível para ficar vindo visitá-la,
madre.
Irmã Gertrudes –
Você quer conhecer o Orfanato?
Mara – Sim, irmã. E desde
já quero que saiba que serei sempre grata a senhora.
Elas deixam a sala.
Cena 11. Orfanato Emanuel. Sala da
Direção. Interior. Dia.
Algumas
semanas depois
Irmã
Gertrudes atendendo Tereza, que está com Olga em seu colo. Estão em meio de conversa.
Tereza – Só ouvi os gritos de socorro dela. Todos os vizinhos correram pra ver o que era, mas não puderam fazer nada. Ele havia dado várias facadas nela e depois se matou. (emocionada) Eu fiquei com a Olga esses dias todos. Até
tentei, madre, mas eu não tenho jeito com criança, e ficar com ela é como
se eu estivesse presenciando tudo aquilo de novo.
Irmã Gertrudes – É, eu li nos jornais, foi realmente uma tragédia. Vou pedir a uma das meninas
pra preparar a documentação.
Tereza – Sim, é a única solução,
madre. A Luiza não tem família por aqui, e o Adalberto, que eu saiba, a mãe abandonou ele criança com o pai, um viúvo beberrão, mora no interior.
Irmã Gertrudes – É
realmente tudo muito penoso. (objetiva) A senhora quer conhecer os demais
cômodos do Orfanato? (Tereza responde positivamente) Então venha comigo.
As
duas deixam a sala.
Cena 12. Orfanato Emanuel. Exterior.
Dia.
Largo
da Lapinha – Salvador/Bahia - 18 anos depois
Clotilde
e Olga em frente ao Orfanato, cada qual com sua mala, seus pertences. Clima de alegria, expectativa.
Clotilde
(ansiosa) – Olga, será que tu tá sentindo o mesmo que eu? (sorri)
Olga (explodindo de
contentamento) – Claro que sim, sua boba. Até que enfim a gente tá livre desse
Emanuel.
Clotilde –
Não precisa falar assim, né?
Olga – Você tomou nota do
endereço da pousada?
Clotilde – Tá aqui comigo, e a carta de recomendação também.
Olga – Esquece essa carta,
Clotilde. A gente não tem aquele dinheirinho que a madre te entregou junto com
a carta de recomendação? Pois então, é só pagarmos pela hospedagem e ponto.
Clotilde –
Não, não é bem assim, Olga. Ela me disse que todo fim de ano uma senhora ia ao
Orfanato e deixava uma pequena quantia em meu nome. Mas só dá mesmo pra os primeiros
dias. A gente vai ter que conseguir um emprego, e se precisar apresentar a
carta de recomendação eu apresento. Se você não quiser aí é contigo.
Enquanto
conversam caminham em direção a um ponto de ônibus
Cena 13. Orfanato Emanuel. Sala da
Direção. Interior. Dia.
Irmã
Balbina (55), atual madre superiora, observa as duas se afastando, enquanto conversa com Irmã Pureza (50).
Irmã Balbina – A
senhora me entende, Irmã Pureza? Sei que a saudosa irmã Gertrudes não faria o
mesmo, mas eu acompanhei de perto o crescimento dessas meninas. Elas se parecem
tanto, mas ao mesmo há diferenças bem pontuais.
Irmã Pureza – A
senhora fez o que devia ser feito, seguiu sua intuição. Deus e Nossa Senhora
são testemunhas de suas intenções, madre.
Irmã Balbina – A
irmã Gertrudes nunca aceitou qualquer contribuição vinda da mãe da Clotilde, sabendo que era fruto de pecado, mas sempre recebeu de bom grado todas as
doações feitas por uma senhora chamada Tereza. Não sei se ainda é viva porque
faz uns três anos que ela não aparece.
Irmã Pureza –
Eu sei de toda essa história, Irmã Balbina, nem precisa justificar.
Cena 14. Pousada Em Família. Recepção.
Interior. Dia.
Clotilde
e Olga conversam com Telma (39), recepcionista.
Telma – Olha, é como eu
disse, a gente não hospeda moça sozinha por aqui.
Olga – A gente vai pagar pelo quarto!
Telma – Não é esse o
problema, a dona não permite. A pousada não aceita quem chega assim sem a
gente saber quem é.
Olga – E quem é que
vocês aceitam nessa espelunca, a filha do presidente?
Clotilde – Nós somos moças de bem. (mostra
a carta à recepcionista que a lê superficialmente, demonstrando que cumpria
apenas um procedimento de praxe)
Telma – O quarto
de vocês é o número 13, aqui está a chave, daqui a pouco eu levo as roupas de
cama. Aqui nós temos algumas regras, vocês
podem ler ali no mural. O pagamento do primeiro mês é feito agora.
Olga (debochada) – A gente veio de um Orfanato, lá tudo é regra.
Clotilde – (acabando de pagar) Prontinho, a gente pode ir agora? Quero tomar um bom banho e relaxar.
Telma – Podem ir andando.
Subam aquela escada, primeiro andar, terceira porta à esquerda no corredor.
Logo nos primeiros degraus da escada, ainda sob a visão de
Telma, Olga se vira e provoca:
Olga – (a Telma) Eu esqueci de dizer, adoro quebrar as regras. (sobe gargalhando, empurrada por
Clotilde, que sorri discretamente).
Cena 15. Pousada Em Família. Corredor.
Interior. Dia.
Clotilde – Já imaginou se a mulher desiste de permitir que a gente se
hospede aqui, sua louca?
Olga – Clotilde, nós
estamos numa pousada e não num hotel cinco
estrelas, pra essa tal mulherzinha botar tanta banca com a gente. (sensual) E você bem sabe como eu sou louca. Será
que tem cama de casal nesse quarto?
Clotilde
(sorri) – Boba! Você não toma jeito, né?
Olga – Chata! Você adora
cortar meu prazer. (chegam ao quarto) Vamos logo, abre essa porta.
Elas
entram e...
Cena 16.
Pousada Em Família. Quarto de Clotilde e Olga. Interior. Dia.
Olga
se apressa, abre a janela e lança o olhar para fora dali. Clotilde examina todos os cantos do quarto e se apressa em desfazer as malas. De repente,
olha para Olga, pára o que está fazendo e também vai para a janela. Elas se Entreolham e não seguram a emoção,
Corta para
Fim do 1º capítulo.
Corta para
Fim do 1º capítulo.
Gostei muito da história, muito bem construída. Os diálogos de apresentação dos personagens foram bem bolados, dando as informações necessárias para que o leitor conhecesse o personagem. Só achei algumas falas um pouco longas, talvez com algumas intervenções do interlocutor durante o diálogo não deixasse essas falas tão longas. Também gostaria de dar um conselho a respeito da personagem Olga, que parece ser uma vilã: tente não exagerar muito nos sarcasmos dela, ou crie uma situação mais propícia para a ironia, senão não fica muito crível a personalidade da personagem. Do mais gostei bastante e pretendo acompanhar os próximos capítulos.
ResponderExcluirObservações registradas, Leo... obrigado pela sua leitura. Tomara não te decepcione ao longo dos capítulos!
ExcluirEu gostei muito de verdade, é interessante e prende a nossa atenção, parabéns!!!
ResponderExcluirJosué Oliver
que bom que gostou, Josué... obrigado pela leitura!
ExcluirO início da história já me deixou curiosa pra saber o que acontecerá com as duas irmãs de criação... Olga parece ser mais doidinha do que Clô.
ResponderExcluirJá tô torcendo pra Clô perdoar a mãe, porque deu a entender que as irmãs do orfanato não a disseram o que a mãe dela fazia pra mandar o trocado dela né.Imagino que elas acabarão se encontrando.
Você só precisa ficar atento a uma coisa: a trama acontece em meados dos anos 40 então cuidado para não deixar as falas com uma pegada muito atual.
Kesley Cristina
observações registradas, Kesley... espero não te decepcionar ao longo dos capítulos. Obrigado pela leitura!
ExcluirEu acho que pra um primeiro episódio o tamanho está ok.
ResponderExcluirA cena do marido traído poderia ser detalhada na hora do assassinato, com um apelo emocional na hora do suicídio.
Na cena da freira com Mara, na parte das noviças poderia por o nome da noviça Balbina e da outra que apareceram dezoito anos depois.
O destino da mãe de Clotilde ainda vai ser explicado?
Acho que valeria criar uma cena em que ela fosse levar o dinheiro e quisesse ver a filha de longe. Seria "emocionante", com receio de ter que explicar a filha porque ela está ali. Mas no geral é um bom "folhetim" que na minha opinião tem um futuro promissor como um livro de romance
mas não sei a respeito do desenvolvimento então
não posso falar muito.
Francisco Luiz de Oliveira Junior
observações/sugestões registradas, Francisco... espero não te decepcionar ao longo dos capítulos. Obrigado pela leitura.
ExcluirUau, adorei!
ResponderExcluirA história me prendeu até o final...ansiosa pelo 2º capitulo!
Capriche!
E...parabéns!
que legal saber disso, Jane... obrigado pela leitura. Continue acompanhando!
ExcluirADOREEEEIIIII!!!! VOCÊ PROMETE PRA O PRÓXIMO AUTOR DO HORÁRIO NOBRE....Até fiquei imaginando atores nos personagens!!! ABRAÇO AMIGO
ResponderExcluirDaniel Pozzi
ahahaha olha que eu posso acabar acreditando, queridão. Valeu, Daniel.
ExcluirBom, vou fazer algumas considerações que outras pessoas já fizeram nos comentários do blog. Gostei muito da história e os diálogos estão bem escritos. Só achei alguns um pouco longos e isso às vezes dá a impressão de narrativa um pouco lenta demais. Também acho que você deve tomar um pouquinho de cuidado com a personagem que é vilã, para que ela não fique caricata demais (como o Félix de Amor à Vida, rs). Tenha cuidado pra não deixar a mocinha boazinha demais (para não correr o risco dela ficar chata) e cuidado para não deixar a vilã muito malvada, sem algum motivo aparente. Tente explorar bem as nuances das personagens, isso vai enriquecê-las muito. Ainda sobre esse primeiro capítulo, acho que faltou mostrar o acerto de contas de Luiza com o marido e o final trágico que ambos tiveram. Daria uma cena e tanto! Enfim, acho que você tem uma boa história nas mãos e dá para explorá-la bem! Não sou nenhum especialista, mas como você quis uma opinião mais detalhada, eu dei. Mas essa é apenas a minha opinião. Cabe a você como autor da obra analisar o que é pertinente ou não entre o que eu acho e o que outras pessoas acham. Ninguém melhor do que você, como dono da obra, para saber para que caminho vai levar a sua história. Mas repito mais uma vez: gostei muito! Parabéns!
ResponderExcluirLeandro.
observações registradas, Leandro. Obrigado pela leitura!
ExcluirGostei da trama entre as décadas de 40 e 50. Alguns diálogos estão longos, sim, e falta um tom mais coloquial, não há necessidade de se levar a linguagem escrita tão ao pé-da-letra. Temos que escrever com a cabeça do personagem, como ele falaria aquilo, senão fica a fala do autor no texto. As impressões das personagens, os sentimentos nas entrelinhas, eu admiro bastante isso, embora alguns autores se abstenham disso, acho que dá um charme e coloca o leitor na emoção das personagens. A trama é interessante, desperta a curiosidade da gente. O gancho final do capítulo ficou subjetivo, eu aprecio isso, mas em tempos de matar ou morrer (risos) é bom usar desfechos como se o mundo fosse acabar amanhã!
ResponderExcluirQuanto ao tamanho do capítulo, eu não me importo, porque quem gosta de televisão, quem está habituado com a escrita em forma de roteiro, sempre se deleita com um texto bem escrito, mas temos de levar em consideração os leitores não tão habituados com o gênero. Falo assim, por experiência própria (risos), que escrevo um capítulo de trinta páginas com muito gosto...Não, não estou dizendo que seu capítulo ficou bíblico, muito pelo contrário...mas com o tempo a gente se habitua a escrever capítulos menores, embora o sofrimento seja terrível...(risos).
Vai na fé e se joga na fantasia! Abraços!
Obrigado pela força, Alex.
ExcluirGostei muito da trama! Muito bom saber que pessoas de talento como você existem. O texto para mim é fantástico! No aguado do segundo capítulo!!
ResponderExcluirBeto, queridão... muito bom poder contar contigo. Valeu!
ExcluirEu gosto, quando estou lendo, ver todas as cenas como se ali estivesse, e isso aconteceu ao ler seu primeiro capitulo. Aquela paz!
ResponderExcluirRozemberg Witz
que bom saber disso, Rozem... valeu pela leitura!
ExcluirAchei o começo bem interessante, acendeu a curiosidade, mas acho que há alguns diálogos longos que atrapalhou um pouco a narrativa. Porém, instigou, e gostei da forma como você desenvolveu a ação da cena. Não achei monótoma. Até porque todo capítulo de novela precisa de uma apresentação para o público se habituar com os personagens.
ResponderExcluirQuando se lê um roteiro e se visualiza as cenas, já é uma garantia de que a obra está caminhando bem no trilho, e consegui visualizar. Parabéns. Ansioso pelo segundo capítulo.
observações registradas, Michel... valeu pela leitura!
Excluir