Arbitrário Folhetim - 9º capítulo

De Isaac Santos

Capítulo 9

Cena 1. Hotel Palace. Recepção. Interior. Dia.

Telma está atendendo um casal de hóspedes. Antero se aproxima com Cristina e começa a ser atendido por outra funcionária. Mãe e filha ainda não se viram.

Recepcionista – Bom dia, senhor Antero!

Antero – Bom dia! O mesmo quarto de sempre…

Recepcionista – Sim, já está reservado para o senhor.

Cristina percebe que sua mãe tá trabalhando como recepcionista do hotel e se emociona.

Cristina – Mãe!

Telma olha, surpresa. Seus colegas também estão surpresos. O casal de hóspedes fica sem entender. Antero apenas sorri.

Telma (Contendo a emoção, conclui o atendimento) – O quarto de vocês é o 47. Aqui está a chave. O mensageiro se encarregará de levar as bagagens.

O casal se retira. Telma sai de trás do balcão e se apressa em abraçar Cristina. As duas estão chorando.

Telma – Que surpresa boa! (beija a filha)

Antero – Eu sabia que vocês iam gostar.

Cristina (para Antero) – O senhor é demais, padrinho!

Cena 2. Casa de Davi. Quarto de Olga. Interior. Dia.

Davi ajuda Olga a se sentar numa poltrona. Ele se senta no chão.

Olga – Eu já não aguentava mais aquele hospital. 

Davi – O negócio agora é focar no velho Antero. 

Olga – Foi lá me visitar, levou flores…

Davi – Fez questão de te transferir prum hospital particular, comprou aqueles remédios, (aponta) que você tem que tomar por mais uns dias…

Olga – Mas eu não sinto nada por ele, Davi.

Davi – Mas ele não precisa saber. O velho é montado na bufunfa. Aprontou pra cima da minha família, eu quero mais é ter de volta o que é meu por direito.

Olga – Isso não vai dar certo.

Davi – Faça tudo direitinho, como combinamos.

Olga – A minha vontade foi de pular no pescoço daquele desgraçado… Eu deveria contar tudo ao velho.

Davi –  O homem trabalha há anos pro Antero, é de confiança, parece acima de qualquer suspeita, e o velho trata ele muito bem. Aí chega você do nada e diz que ele te violentou.

Olga – Mas é a verdade!
Davi – É a sua verdade, Olga… Mas você quem sabe se quer se mostrar pro velho como uma garota que gosta de outra garota, foi violentada, ficou grávida… (acende um cigarro, se levanta e vai saindo)

Cena 3. Salvador. Stock Shots.  

A cidade anoitecendo.

Cena 4. Casa de Telma. Quarto de Clotilde. Interior. Noite.

Clotilde está se arrumando. Telma entra com Cristina.

Telma – Licença, moça… Olha quem tá aqui!

Clotilde – É quem eu to pensando?

Cristina – Mainha fala tanto de mim assim? (olha pra mãe com orgulho)

Clotilde – Claro que fala… Me dê cá um abraço. (abraça Cristina)

Cristina – Ela tava me falando de você também.

Telma (para Cristina) – Agora vamos deixar a Clotilde terminar de se arrumar.

Cena 5. Casa de Davi Valério. Sala. Interior. Noite.  

Davi está fumando. Olga lendo um livro.

Davi – Deixei uma sopa quentinha lá no fogão.

Alexandro chama à porta.

Davi (apaga o cigarro) – Vou indo. Té mais. (vai abrir a porta)

Olga – Vê se não vai dar vexame lá… Fica calmo!

Cena 6. Casa de Davi Valério. Jardim. Exterior. Noite.  

Alexandro – A gente ainda vai passar na casa da Clotilde.

Davi – Eu já to pronto faz um tempinho...  

Cena 7. Casa de Telma. Varanda. Exterior. Noite.

Alexandro está em pé no portão. Telma e Cristina saem acompanhando Clotilde.

Alexandro (para Clotilde) – Você tá linda, meu amor. Podia até se apresentar com essa roupa mesmo.

Clotilde – Imagina se eu vou deixar de vestir aquela roupa maravilhosa que eu vi lá no camarim...

Telma (vendo Davi no carro) – Quem é ali, Alexandro?

Alexandro – É o meu amigo Davi… É ele quem vai trabalhar como apresentador lá no bar. (para Clotilde) Vamos?

Clotilde – Vamos. (para Telma e Cristina) Té daqui a pouco.

Cena 8. Casa de Telma. Cozinha. Interior. Noite.

Telma – Fazer um cuscuzinho pra gente tomar café.

Cristina – Eu adoro aquele cuscuz com coco que a senhora faz.

Telma (intrigada) – Fiquei com uma impressão de que conheço aquele moço.

Cristina – De onde, mainha?

Cena 9. Carro de Alexandro. Interior. Noite.

Alexandro dirigindo. Davi no carona e Clotilde no banco de trás. Em conversa avançada.

Clotilde – Sempre com a mesma impressão de que já te conhecia, mas não sei de onde. Desde que te vi saindo da sala do Alê.

Alexandro – É, ela sempre me pergunta de você.

Davi sorri.

Cena 10. Hotel Palace. Saguão. Interior. Noite.

Clotilde – Lembrei!

Davi (sorrindo) – Então me diz… 

Alexandro (continua andando) – Vou adiantar. Vê se não vão ficar aí perdendo tempo. Daqui a pouco os convidados começam a chegar, os hóspedes começam a descer pro bar.

Clotilde – Eu lembro de tu é de um dia na praia... Eu tava no mar, mas deu pra ver você conversando com uma amiga minha.

Davi – Eu adoro mar. Sempre que posso eu tô lá. Mas como é que chama essa sua amiga?

Clotilde – Ela nem é mais minha amiga, a gente nunca mais se viu, cada uma tomou um rumo. O nome dela é Olga.

Davi (dissimulado) – To lembrando não.

Os dois seguem para o camarim do bar.

Davi - Tu vai andando que eu vou dar uma passadinha no banheiro.

Cena 11. Hotel Palace. Banheiro Masculino. Interior. Noite.

Davi está fumando enquanto faz xixi.

Davi (consigo) – É muita coincidência!

Um funcionário bate à porta.

Funcionário – Tem alguém fumando aí dentro? Não é permitido!

Davi (fuma mais um pouco antes de apagar o cigarro) – Claro, claro. Já apaguei o cigarro.  

Davi abre a porta e sai se desculpando.

Cena 12. Hotel Palace. Bar. Camarim. Interior. Noite.

Clotilde está se maquiando. Davi está por ali a observando.

Davi – Você quer ajuda em alguma coisa?

Clotilde – Daqui a pouco eu quero que cê me ajude com aquele vestido ali.

Davi – Então tá. Cê se importa se eu fumar um cigarro?

Clotilde – Pode fumar. Ah, eu to tão nervosa.

Davi – Sabe o que tá faltando aqui? Um bom uísque, Clotilde. 

Clotilde (dando risada) – Assim eu vou borrar toda a maquiagem. 

Alexandro entra.

Alexandro – Que é que os dois tão aprontando?

Clotilde – O Davi é uma graça, mô.

Davi – Alexandro, que pobreza é essa nesse camarim? Cadê as frutas, os salgadinhos, uma bebidinha? Só tem água.

Alexandro – É, cê tem razão... vamos ver isso aí.

Os três caem na risada.

Cena 13. Hotel Palace. Recepção. Interior. Noite.

Os convidados começam a chegar. Políticos, empresários, médicos, jornalistas, artistas, pessoas ilustres da sociedade. A maioria em traje de gala. As mulheres vestidas com requinte, bom gosto, desfilando suas joias.

Cena 14. Hotel Palace. Bar. Camarim. Interior. Noite.

Davi ajudando Clotilde a vestir um longo vermelho.

Davi – Tu nem imagina quanta gente bacanuda já tá aí fora.

Clotilde – Sério, Davi?

Davi – Óia, tem uma mesa com uns deputados... Aquele Antônio Carlos Magalhães, o Waldir Pires... as esposas estão acompanhando.

Clotilde (animada) – Quem mais?

Alexandro entra.

Alexandro – Vamos lá, Davi?

Davi (saindo) – Um monte de gente... Se cuida aí!

Cena 15. Hotel Palace. Bar. Interior. Noite.

Mesas lotadas. Garçons passam servindo.

Davi – Senhoras e senhores, boa noite! Sejam todos bem vindos ao Bar do Hotel Palace. Convido ao palco o Senhor Durval Castanho, responsável pela realização desse empreendimento.

Durval Castanho (70) sobe ao palco sob as palmas dos presentes.

Durval – Obrigado. Eu me sinto muito honrado de poder contar com a presença de cada um de vocês. A minha senhora tava falando sobre a alegria de rever algumas de suas amigas. Fica de pé aí, dona Dulcina (ela se levanta e todos aplaudem). Pra quem ainda não conhece, essa é a minha companheira de muitos anos. E essa alegria também é minha. Que seja a primeira de muitas outras noites agradáveis. Voltem sempre! (devolve o microfone pra Davi)

Davi – Há alguém que também não pode deixar de falar nessa noite. Convido Alexandro ao palco. (Alexandro, surpreso, sobe ao palco)

Alexandro – Bem... Não tava no roteiro pra eu falar, mas, aproveito pra agradecer ao senhor Durval pela confiança que me tem dado em gerenciar esse hotel. Nós tínhamos neste mesmo espaço o primeiro cassino da cidade, até ser proibido. Desde então, eu sou testemunha do empenho dele em propiciar entretenimento dos bons ao povo de Salvador. Obrigado pela presença de todos.

Davi (pega o microfone) – O bar do hotel palace chega com a proposta inovadora de música ao vivo. Com vocês: Clotilde Ramos!

Clotilde se aproxima, sem demonstrar o nervosismo. Todos aplaudem.

Cena 16. Hotel Palace. Bar. Interior. Noite.

Clotilde cantando Ângela Maria: “Chá-Chá-Chá da Moça”

♪♫♪♫♪♫

A moça quando chega aos dezesseis
Está madura, está na vez
De pensar muito mais nela

Se acorda suspirando
E passa as tardes na janela
Lá vai ela, lá vai ela e eu digo "chá"

Chá, chá-chá-chá da moça
Chá, chá-chá-chá da moça
Chá, chá-chá-chá da moça

A moça quando casa pelos trinta
Conservando ainda a pinta
Duma juventude bela

Se briga com o marido sem razão,
Sem mais aquela
Lá vai ela, lá vai ela e eu digo "chá"

Chá, chá-chá-chá da moça...

A moça quando entra nos quarenta
E o demônio ainda tenta
Nos seus sonhos de donzela

Se sofre com carinhos
De mocinhos de novela
Lá vai ela, lá vai ela e eu digo "chá"

Chá, chá-chá-chá da moça...

A moça se tiver aquela idade
Que perde a felicidade
Do princípio até o fim

Se um dia for embora
Como um pombo que se solta
Ela volta, ela volta para mim

Chá, chá-chá-chá da moça...

♪♫♪♫♪♫

Cena 17. Hotel Palace. Bar. Interior. Noite.

Clotilde está no palco, cantando. Davi está fumando num canto do palco. Alexandro se aproxima dele.

Alexandro – Ela tá linda, né?

Davi – E cantando muito bem. Mas eu acho que lhe falta alguma coisa.

Alexandro – Pra mim ela tá perfeita...

Antero está sentado à mesa com o diretor musical de sua rádio, Vitor (50) e sua esposa Adelaide (49).

Antero – Ela canta bem...

Vitor – Mas tenho impressão que ainda lhe falta alguma coisa...

Antero – Você e sua mania de colocar a crítica acima do prazer, Vitor.

Adelaide – Olha que eu tenho que concordar com o Antero, meu amor.

Vitor – Não está mais aqui quem falou. (descontraindo)

Alexandro se aproxima da mesa.

Alexandro – Estão gostando?

Adelaide – Sim, está tudo de muito bom gosto, Alexandro.

Antero – Ele está perguntando é sobre a mocinha lá no palco.

Alexandro – Também! (sorri)

Antero (para Vitor e Adelaide) – Os dois estão namorando.

Vitor – Então, parabéns... Eu estava justamente falando que ela canta bem, mas pela minha experiência musical, tenho impressão que ainda lhe falta algo.

Alexandro – Ah, muito me interessa... Deixa eu aproveitar pra convidar vocês pra almoçar lá em casa amanhã. Comer uma maniçoba. Não aceito negativa.

Alexandro vai até outra mesa. Estão sentados Durval, Dulcina e um casal de amigos. Ele os cumprimenta, conversa um pouco e depois sai.

Cena 18. Casa de Telma. Quarto de Telma. Interior. Noite.

Telma está deitada, dividindo a cama com Cristina. Ambas sem sono. Conversa avançada.

Cristina – Eu morro de preocupação...

Telma – Seu padrinho é muito teimoso mesmo.

Cristina – Ele não tá bem de saúde, mas não divide isso com ninguém...

Telma – Agora vamos tentar dormir... Amanhã o dia é todo nosso!

Cena 19. Hotel Palace. Bar. Camarim. Interior. Noite.

Clotilde contendo a euforia. Alexandro a enche de beijos.

Alexandro – Meu amor sendo ouvida até por Cauby Peixoto, Wanderley Cardoso, Procópio Ferreira... E todo mundo parece ter gostado.

Clotilde – Ai, eu tava tão nervosa.

Alexandro – É torcer pra que o bar esteja sempre cheio de agora em diante. Ah, amanhã tem um almoço lá em casa e eu quero você do meu lado.

Cena 20. Casa de Davi Valério. Quarto de Olga. Interior. Noite.

Davi entra e vê que Olga está dormindo.

Cena 21. Salvador. Stock Shots.  

A cidade amanhecendo.

Cena 22. Casa de Telma. Quarto de Clotilde. Interior. Dia.

Telma entra e vê que Clotilde ainda está dormindo.

Cena 23. Casa de Davi Valério. Quarto de Olga. Interior. Dia.

Davi entra e vai abrindo as janelas do quarto. Olga desperta.

Davi – Bom dia, moça!

Olga – Ah, me deixa, Davi...

Davi – Você tem é que levantar, tomar um bom banho e se preparar, que o Antero me disse que vem te fazer uma visita agora de manhã. 

Olga – Eu lá quero saber de visita de manhã cedo?! E pensei bem, não quero saber dessa história de envolvimento com esse velho.

Davi – Deixe de ser boba, menina. Já te disse que o velho qualquer hora dessas tá batendo as botas. 

Olga – Não, não vou me prestar a esse papel, Davi.

Davi (incisivo) – É, aquela sua amiguinha parece ser mais esperta que você.

Olga – Não tô entendendo...

Davi – Só lhe digo isso.

Davi vai saindo.

Olga – Volta aqui, Davi... 

Cena 24. Elevador Lacerda/Farol da Barra/Praia. Exterior. Dia.

Telma e Cristina passeiam, tomam sorvete, nadam. Clima de amizade, alegria, cumplicidade.

Cena 25. Casa de Telma. Sala. Interior. Dia.  

Chamam à porta. Clotilde vem do banheiro se enrolando numa toalha.

Clotilde – Já vou... 

Abre a porta e fica surpresa ao ver que é Alexandro.

Clotilde (sorrindo) – Que moda é essa de chegar assim de surpresa? (se olha) Não fica bem, né?

Alexandro – Ó, portão aberto... (sem vergonha) Não poderia ter chegado em hora melhor...

Clotilde – Errado! Eu já tava quase entrando no chuveiro. 

Alexandro – (malicioso) Eu vou ficar aqui na porta?

Clotilde – Entra. Eu vou tomar um banho e já volto.

Clotilde vai saindo. Alexandro é rápido em segurá-la pela cintura.

Alexandro (carinhoso) – Eu não ganho nem um beijinho?

Clotilde – Você não tem jeito!

Alexandro (fica de frente pra Clotilde) – É? (vai beijando-a pelo pescoço) Você é que me deixa assim.

Alexandro estica o braço e passa a chave na porta. Pega Clotilde no colo. Ela se assusta.

Clotilde – Tá ficando maluco? (sorrindo pra ele)

Alexandro – Tá sabendo disso agora?!

Ele a leva pro quarto.

Cena 26. Casa de Telma. Quarto de Clotilde. Interior. Dia.

Alexandro e Clotilde se beijam loucamente. A cama se torna pequena para os dois. Clotilde é pura sedução e logo se livra da toalha. 

Alexandro (pára e a olha) – Você é o amor da minha vida.

Clotilde – (excitada, ofegante) Eu sou tua... Me faz mulher, meu amor.

As palavras já não cabem. Alexandro mal consegue desabotoar a camisa. Clotilde lhe abre o cinto e o ajuda a se livrar da calça... da cueca... Os dois estão nus. Os olhos curiosos de Clotilde passeiam pela parte íntima e alterada de Alexandro. Ele se deita sobre o corpo faminto de Clotilde. Em carícias mútuas se entregam ao prazer.

Cena 27. Casa de Telma. Banheiro. Interior. Dia.

Clotilde e Alexandro tomam banho.

Clotilde – Eu nunca pensei que seria dessa forma. Eu tinha até medo.

Alexandro (beijando-a) – Eu quero casar com você.

Clotilde – Acho bom mesmo. (descontraindo)

Alexandro – Vamos adiantar que eu deixei uma cozinheira lá em casa.

Clotilde – Será que o pessoal vai perceber que eu to diferente?

Alexandro (sorri) – Mas você não tá diferente. Fique tranquila!

Clotilde (ainda no chuveiro) – Vou deixar pra me arrumar lá. Tá muito cedo ainda. 

Alexandro (já se secando) – Mas adiante aí!

Clotilde puxa Alexandro pra debaixo do chuveiro. Os dois caem na risada.

Clotilde – Eu nunca ia dizer que isto (faz Alexandro sentir) se transforma naquilo!

Alexandro – Gostou né? (os dois riem) 

Cena 28. Casa de Davi Valério. Sala. Interior. Dia.

Olga e Davi estão prontos pra sair.

Olga – Se ele demorar muito eu vou acabar desistindo desse almoço.

Davi (fumando) – Você tá muito chatinha. 

Olga – Me dá um cigarro aí...

Davi – Ah, por isso que meus cigarros tão acabando antes do tempo... Desde quando, mocinha?

Chamam à porta.

Davi – Nem pense em fumar na frente do velho. (vai atender)

Antero entra.

Antero – Prontos?

Cena 29. Casa de Alexandro. Quintal. Exterior. Dia.

Uma grande mesa foi improvisada no quintal da casa. Sentados ao redor dela estão Antero, Olga, Davi, Durval, Dulcina, Vitor, Adelaide e Alexandro.

A maniçoba ainda está sendo preparada pela cozinheira. O cheiro toma conta do ambiente. Os convidados se servem de tira gosto e cerveja.

Alexandro – Davi, nos apresente a moça...

Antero – (se adianta) Faço questão! A Olga é prima do Davi... Uma moça encantadora.

Vitor (percebendo o constrangimento de Olga) – E cadê a cantora, Alexandro?

Alexandro – Tá vindo ali.

Alexandro se levanta e vai encontrá-la. Olga incrédula. Davi e Vitor se entreolham.

Alexandro – Pessoal, não vou me fazer de rogado. Essa moça aqui é a minha futura esposa.

Clotilde vê Olga. Clotilde abismada.

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Fim do 9º capítulo.

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