sábado, 21 de setembro de 2013

Raio Laser - 6º Capítulo


RAIO LASER
NOVELA DE DAVI VALLÉRIO E ALEX SPINOLA
ESCRITA POR ALEX SPINOLA
CAPÍTULO 06

CENA 01. RIO DE JANEIRO. PRAIA DE COPACABANA. EXT. DIA

Belíssimo dia de verão. A trilha é “O AMOR VEM PRA CADA UM" de Zizi Possi. O calçadão, na orla, tomado pelos cariocas. Gente comum, gente do dia-a-dia, gente bonita. Na faixa de areia uma profusão de cores e modismos. E nesse clima de alto astral encontramos Malu e Lauro brincando no mar, ele ainda enxerga, em rápidos flashes, a face de Lídia no rosto dela. Tempo. Agora, ambos se estiram na areia, que arde sob o sol. Passa HOMEM empurrando um carrinho. Malu se dirige até ele. CORTA DESCONTÍNUO para os dois brindando com os cocos que Malu comprou. Ela consulta seu relógio de pulso e fica surpresa com o horário. Eles decidem ir embora.

CORTA PARA:

CENA 02. CALÇADÃO. AVENIDA ATLÂNTICA. EXT. DIA

Misturados aos que passam no calçadão, Malu e Lauro logo atingem a avenida. Começam a travessia. Bruscamente uma caminhonete invade a pista, atingindo Lauro em cheio e jogando-a a algumas centenas de metros. Malu grita. Passantes horrorizados. Lauro já estirado no chão. Uma poça de sangue forma-se na altura de sua cabeça e escorre pelo asfalto.

CORTA PARA:

CENA 03. CASA DOS JUAREZ. SALA. INTERIOR. DIA

Sebastião, de chicote na mão, pressiona Amanda. Neco e Beto por ali.

SEBASTIÃO: Eu não te disse pra esconder todas as bebidas, Amanda? Eu não te disse?!
AMANDA: Disse, seu Sebastião, mas a dona Eva não deixou! O senhor sabe como ela é!
SEBASTIÃO: (toma Amanda pelos ombros) E pra onde ela foi? Fala logo, moleca, desembucha!
AMANDA: (chorosa) Eu não sei, eu não sei! Ela entrou na caminhonete e saiu cantando pneu!
BETO: (intervindo, abraça Amanda) Deixa ela, seu Sebastião! Ela já disse que não sabe de nada. A dona Eva não tem freio mesmo!
SEBASTIÃO: (estala o chicote) E quem é você pra falar sua patroa, Beto?
SEBASTIÃO: (desaba no sofá, fala sem pensar) Só espero que ela não tenha feito outra cagada!
NECO: Uma cagada nessa altura do campeonato pode detonar sua candidatura!
BETO: Cala a boca, Neco! Vê se não taca mais lenha na fogueira!

CORTA PARA:

CENA 04. RODOVIA. EXTERIOR. DIA

Caminhonete preta em movimento. Eva ao volante, com cara de louca.

CORTA PARA:

CENA 05. PRAIA DE COPACABANA. FAIXA DE AREIA. EXT. DIA

Retornamos ao momento em que Lauro e Malu estão estirados na areia, que arde sobre o sol. Lauro ergue-se num pulo, grita e assusta Malu. O estardalhaço chama a atenção de alguns banhistas.

LAURO: (berrando) Foi ela, foi aquela desgraçada, aquela maldita! Ela me massacrou com aquela caminhonete do demônio!
MALU (se ergue, meio zonza) Que maldita, garoto?! Que caminhonete do demônio?! Você quer me matar de susto?

Lauro treme igual uma vara verdade. Malu o abraça. Sobre os ombros dela, ele enxerga a paisagem, enxerga onde está e se acalma. Tempo no abraço deles, que se desfaz à medida que se sentam na areia. Malu o encara. Ele sorri, constrangido.

LAURO: (acaricia o rosto dela) Desculpa, Malu. Foi um pesadelo. Vamos pro apê do Conrado? No caminho, eu te conto tudo.
MALU: (rindo) Cara, que viagem!

CORTA PARA:

CENA 06. CLÍNICA PSIQUIÁTRICA DE ALECRIM. REFEITÓRIO. INT. DIA

Hora da medicação e do lanche. Numa vitrola cacarecada, um vinil gira. “DOMINIQUE, DOMINIQUE” de Soeur Sourire, uma canção de melodia estranha, inunda o espaço. Dois ENFERMEIROS PARRUDOS organizam os pacientes em fila. Uma enfermeira gorda na casa dos 40 anos, MARION, entrega comprimidos para cada um, espera-os engolir e num gesto os obriga a abrir a boca para evitar qualquer tipo de truque. Chega a vez de Lídia. Satisfeita, a enfermeira gorda sorri para ela.

MARION: Boa menina. (acende um cigarro e deposita o isqueiro sobre a bancada dos medicamentos) Vai lá lindinha, o lanche tá uma delícia.

Lídia força um risinho.

CORTA DESCONTÍNUO para os pacientes que já terminaram de lanchar, e que agora circulam pelo refeitório. Lídia está entre eles. Ela aproxima-se da enfermeira gorda que lê um exemplar do mesmo jornal que Eva comprou no posto de gasolina.

LÍDIA: (meiga) Posso ver, enfermeira?
MARION: (abre um sorriso) Esse só tem fofoca de grã-fino. Eu adoro. Vou deixar você dar uma olhadinha, porque gosto muito de você. Toma, mas fique quietinha num canto, pra não arrumar encrenca com os outros. Hoje é dia de visita dos familiares, hein?
LÍDIA: (pega o jornal, sai andando, acabou de roubar o isqueiro de Marion) Tá bom. Vou ficar.

Lídia zanza pelo refeitório, folheando o jornal e guardando dentro dele o isqueiro de Marion. Ela continua folheando jornal, até que chega à página que contem a matéria sensacionalista sobre Conrado e Lauro. Ela a lê rapidamente. Seus olhinhos brilham.
CORTA DESCONTÍNUO para Marion conversando com o enfermeiro parrudo que acabou de enxotar os últimos pacientes da mesa aos gritos de: “Circulando, circulando. Que daqui a pouco vai todo mundo pro pátio!”. Lídia se aproveita da distração deles e se aproxima da vitrola, escolhe um disco. Espera a agulha subir ao final do outro, trocando-os rapidamente. “WHAT A FELLING”, de Irene Cara estoura nas caixas acústicas. Quando os enfermeiros parrudos se dão conta, os pacientes já estão excitadíssimos. A música cresce. A agitação deles aumenta. Lídia dança entre eles igualmente a Jennifer Beals em Flashdance. Um dos enfermeiros parrudos se aproxima da vitrola, vai desligá-la, um PACIENTE também forte dá-lhe um soco na cara, derrubando-o no chão, aplicando-lhe vários golpes.

PACIENTE: (socando o enfermeiro parrudo) A gente tá de saco cheio daquela outra música! (imita a música, com desdém) Dominique, nique, nique, nique! Dominique é a puta que o pariu!

CORTA DESCONTÍNUO para outros pacientes que acabaram de imobilizar a enfermeira gorda, neutralizando o outro enfermeiro parrudo, com ameaças do gênero: “Fica na sua, senão a gente acaba com a Wilza Carla!”. Nesse ponto, Lídia se aproxima das pesadas cortinas que cobrem as janelas, incendeia o jornal e o aproxima do tecido. Fogo ganha corpo rápido. Pandemônio generalizado. Lídia vibra e sai correndo.

CORTA PARA:

CENA 07. APARTAMENTO DE CONRADO. SALA. INT. DIA

Lauro e Malu acabam de chegar. Roger vem do quarto de Conrado e, tomado pelo pânico, informa:

ROGER: Gente, pelo amor de Deus, onde vocês estavam? O Conrado acabou de ter uma convulsão! Tá caído lá no chão da suíte!

Tensão.

CORTA PARA:

CENA 08. CASA DOS JUAREZ. SALA. INT. DIA

Expectativa. Sebastião inquieto. Neco por ali, puxando o saco. Toca o telefone. Amanda atende. Tempo na ligação. Ela põe o telefone no gancho.

SEBASTIÃO: E então, era a Eva?
AMANDA: Não. Era do hospício, digo da clínica. Tacaram fogo em tudo lá. A Lídia fugiu!
NECO: O quê?! Fugiu?! Caralho! Vamos pra lá já!!

CORTA PARA:

CENA 09. HOSPITAL NO RIO.CONSULTÓRIO. EXT. INT. DIA

A câmera abre na fachada do hospital, com letreiro que o identifica, e corta rápido para sala do consultório. Lauro e Malu diante um MÉDICO de meia idade. O doutor fala e as reações dos dois refletem a gravidade da situação.

CORTA PARA:

CENA 10. HOSPITAL NO RIO. QUARTO. INT. DIA

Roger, que chora copiosamente, está ao lado do leito de Conrado. Conrado está fraco, mas lúcido. Pede que Roger aproxime-se mais dele e sussurra algo em seu ouvido, completamente em OFF. Roger reage com espanto e descrença.

CORTA PARA:

CENA 11. RODOVIA QUE CORTA CIDADE DE ALECRIM. EXT. DIA

Ao longe se pode ver a clínica psiquiátrica ardendo em chamas. Uma densa nuvem de fumaça atinge a rodovia e dificulta o transito. Os veículos param. A caminhonete preta de Eva alcança o congestionamento. Ela salta de veículo e mais a frente encontra padre Manoel encostado na lateral de sua Brasília velha.

PADRE MANOEL: Dona Eva, a senhora também por aqui?

Eva faz um carão com a obviedade da pergunta.

EVA: Que palhaçada é essa? Nunca que teve um transito desse aqui, nesse fim de mundo! O que foi que aconteceu?
PADRE MANOEL: Teve acidente feio na pista, por causa dessa fumaça forte. Tô indo pra Torrentes, pra encomendar uma alma, o sujeito tá nas últimas. Desse jeito, vou me atrasar! Vou ver se a polícia rodoviária me deixa passar. Parece que foi incêndio lá na clínica psiquiátrica! (ele aponta) Olha lá!
EVA: O quê?!

CORTA PARA:

CENA 12. CERCANIAS DA CIDADE DE ALECRIM. MATAGAL. EXT. DIA

Lídia embrenhada no matagal. Fuga desesperada. Alanha-se nos espinhos, cai, machuca-se toda, levanta e segue em frente. Brilho de esperança no olhar.

CORTA PARA:

CENA 13. RODOVIA QUE CORTA CIDADE DE ALECRIM. EXT. DIA

Tudo parado. Congestionamento piora. Caminhonete preta de Eva por ali. Brasília velha de padre Manoel partindo.

CORTA PARA:

CENA 14. RUA DA CIDADE DE ALECRIM. EXT. DIA

Perdida, Lídia deixa o matagal e encontra a rua. Vários PACIENTES da clínica já passam por ali. Ao longe, ela VÊ o carro de Neco com Sebastião no banco do carona. Tensão.

CORTA PARA:

CENA 15. HOSPITAL NO RIO. SALA DE ESPERA. INT. DIA

TV ligada, programação normal. Lauro e Malu em conversa adiantada.

MALU: (passada) Mas gente, o Conrado tava tão bem ontem. Conheço ele há um bom tempo, sempre teve tanto pique, tanta saúde. Meu Deus, ficou tão fraco assim, de repente.
LAURO: (triste) Pois é, Malu. Agora é aguardar os resultados dos exames que o doutor falou. Espero que não seja nada grave.

DETALHE no monitor da TV. Entra plantão urgente na programação. ÂNCORA fala ao vivo.

ÂNCORA: (no monitor da TV) No interior do estado do Rio de Janeiro, no município de Alecrim, um incêndio destrói as dependências de uma clínica psiquiátrica...

A MANCHETE chama a atenção de Lauro.

ÂNCORA: (no monitor da TV, continua) Até o momento, não se sabe como começou o incêndio e nem existe confirmação de vítimas ou feridos. Existe um alerta para possíveis foragidos com altíssimo grau de periculosidade...

Entram na tela da TV diversas FOTOGRAFIAS de pacientes da clínica, entre elas, uma de LÍDIA.

CORTA DESCONTÍNUO para Lauro se erguendo da cadeira, num pulo.

MALU: Nossa, Lauro, o que foi?
LAURO: (aflito, emocionado) É ela, a Lídia!

Tempo na emoção dele. Roger chega, aos prantos.

ROGER: Lauro! Malu! O Conrado teve outra convulsão. Ele piorou gente, ele piorou!

CORTA PARA:

CENA 16. RUA DA CIDADE DE ALECRIM. EXT. DIA

Lídia no mesmo ponto. Carro de Neco se aproxima. Lídia pensa rápido e se atira numa cavidade enlameada entra o final do matagal e a rua. O carro de Neco passa. Lídia aguarda, levanta-se devagar, olha ao redor e corre rua acima. Enlameada, ferida, arfante, ela avista a Brasília velha de padre Manoel.

CORTE BRUSCO PARA:

CENA 17. BRASÍLIA VELHA DO PADRE MANOEL. INT. DIA

Padre Manoel ao volante. Lídia esbaforida.

LÍDIA: Me ajuda, padre Manoel, por favor? Me leva pra longe daqui!
PADRE MANOEL: Mas você não estava em tratamento, minha filha?
LÍDIA: Eu estava de fingimento, padre! Pra ganhar tempo e não ter que me casar com aquele ridículo do Neco Brandão! Vamos, padre! Me leva pra longe daqui!
PADRE MANOEL: Tudo bem, filha, tô indo pra Torrentes mesmo...
LÍDIA: Não padre! Pra lá não!
EVA: (off) Pé na tábua e toca pra Torrentes, padre Manoel, já!

Lídia paralisa, aterrorizada, ao ouvir a voz da mãe. Eva, deitada na parte traseira do veículo e encoberta pela batina negra do padre, se ergue feito uma figura fantasmagórica. Olhos nos olhos, Lídia a enxerga pelo retrovisor interno. Tensão.

CORTA PARA:

CENA 18. CASA DOS JUAREZ. SALA. INTERIOR. DIA

Tensão. Beto e Amanda por ali, chateados. Neco, aflitíssimo, recebe apoio de Sebastião. O SOM, mesmo abafado, da acalorada discussão entre Eva e Lídia invade a sala.

CORTA PARA:

CENA 19. CASA DOS JUAREZ. QUARTO DE LÍDIA. INTERIOR. DIA

Porta trancada. Lídia e Eva em pé de guerra.

EVA: (possessa) Então, tava de fingimento, sua sonsa?! Fazendo todo mundo aqui de idiota!
LÍDIA: Puxei de você, que engana todo mundo!
EVA: Tava indo atrás do Laurinho, não é? Ele não quer saber de você, nunca quis! (retira do decote a página do jornal com a matéria sobre Lauro e esfrega na cara da filha) Tá aqui, ó! Ele tá em outra. Aliás, sempre esteve, aquele pederasta! Olha aí, ele arrumou uma bicha rica pra se dar bem, depois que te deixou aqui, chupando dedo!
LÍDIA: (finge que lê) Isso aqui é mentira, é fofoca! Será que você não enxerga? Acorda!
EVA: Acorda você, Lídia! Eu sempre te falei pra não se envolver com aquele moleque, que ele não prestava. Mas você sempre fez de tudo pra me contrariar. Inventou história de casamento só pro Sebastião te apoiar!
LÍDIA: Cada um luta com as armas que tem! O Sebastião fez muito gosto no nosso casamento!
EVA: Por causa da política, sua idiota! Ele não tá nem aí pra você!
LÍDIA: E você está, dona Eva? Está tanto que até me trancafiou num hospício!
EVA: Foi pra tua segurança!
LÍDIA: Segurança uma ova! Você fez por inveja, porque ninguém te ama, porque você é uma pessoa infeliz!

As palavras de Lídia tocam Eva profundamente.

EVA: E você lá sabe o que é o amor, garota? Seu casinho com o Lauro foi só capricho! Desde pequena, nunca amou ninguém! Vinha pro meu lado, chorando, só quando queria alguma coisa. Depois me dava um pé na bunda, fingia que eu não existia. Só percebi isso, essa diferença, depois que o Sidney nasceu.
LÍDIA: Conversa fiada! Você sempre gostou dele. Vê se alguma mais vez mandou botar em camisa de força, se mandou internar.
EVA: Lava essa tua boca suja, pra falar do meu Sidney, sua vaca! Que ele nunca foi capaz de machucar nem uma mosca! Nunca pegou num machado e saiu por ai querendo fazer picadinho de todo mundo!
LÍDIA: Mas uma coisa que eu puxei de você, sua assassina!
EVA: (dá um bofetão na cara de Lídia) Cala essa boca!!!
LÍDIA: Assassina! Assassina! Eu vou abrir a boca pra cidade inteira, vou esparramar o seu passado!

Eva bota as mãos no pescoço de Lídia e a derruba. Passa a bater a cabeça da filha contra o chão, ao mesmo tempo em que a asfixia.

EVA: (louca de pedra) Vamos ver quem vai esparramar o que, sua demônia! Eu é que vou esparramar seus miolos, e depois, eu vou atrás do seu Laurinho, porque eu sei onde ele está, e acabo com a raça daquela bicha! Aliás, eu me arrependo de não ter feito isso antes!

A porta do quarto vem abaixo. Sebastião entra e se atraca com Eva. Amanda corre para ajudar a amiga. Eva esperneia, Sebastião pede ajuda para Beto e Neco, que a imobilizam. Ela está incontrolável.

EVA: Eu vou acabar com essa vaquinha maldita!
SEBASTIÃO: (berra) Chega, Eva! Deixa a menina em paz!
EVA: (cospe na cara dele) Cala essa boca, seu frouxo! Que você não é homem nem na cama e nem pra mandar em mim!
SEBASTIÃO: (saca do revólver que carrega na cintura) Tirem essa bêbada daqui, antes que eu faça uma merda!

Neco e Beto saem com Eva, de arrasto. Sebastião vai consolar Lídia.

CORTA PARA:

CENA 20. CASA DOS JUAREZ. SALA. INTERIOR. DIA

Eva esperneando. Neco e Beto no controle.

EVA: Tirem essas patas de cima de mim, seus capachos!
NECO: A gente vai soltar, dona Eva, porque a gente não quer machucar a senhora.
BETO: Fica calma, dona Eva, fica calma!

Os dois trocam olhares e soltam Eva. Ela se recompõe, ajeita os cabelos e respira fundo.

EVA: Quem são vocês pra me machucar, seus merdas? A vida já fez isso comigo, mas estou aqui, viva, em pé, e ninguém pode comigo! (dá um soco na mesa) Ninguém pode comigo, ninguém me derruba!

CORTE BRUSCO PARA:

CENA 21. HOSPITAL DA CIDADE DE TORRENTES. UTI. EXT. INT. DIA

A câmera abre na fachada do hospital, identificado por uma placa, e corta para o interior da UTI, onde VEMOS dona Sofia toda entubada. Tempo na situação dela. Silencio quase sepulcral exceto pelo bipe dos aparelhos, até ela arregalar os olhos e despertar de seu coma profundo. Já se sentindo asfixiada pelo tubo que lhe foi introduzido na boca.

CORTA PARA:

FIM DO CAPÍTULO 06.


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4 comentários:

  1. CAPÍTULO ELETRIZANTE...tô suada! kkkkkkkkkkk
    Simplesmente cheio de emoção e ação! Aguardando os próximos capítulos...ufa!!!!

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    1. Obrigado, Luciana! E o bicho vai pegar! Dominique, nique, nique, nique....rsrsrs

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