RAIO LASER
NOVELA DE DAVI VALLÉRIO E ALEX
SPINOLA
ESCRITA POR ALEX SPINOLA
CAPÍTULO 06
CENA 01. RIO DE JANEIRO. PRAIA DE
COPACABANA. EXT. DIA
Belíssimo
dia de verão. A trilha é “O AMOR VEM PRA CADA UM" de Zizi Possi.
O calçadão, na orla, tomado pelos cariocas. Gente comum, gente do dia-a-dia,
gente bonita. Na faixa de areia uma profusão de cores e modismos. E nesse clima
de alto astral encontramos Malu e Lauro brincando no mar, ele ainda enxerga, em
rápidos flashes, a face de Lídia no rosto dela. Tempo. Agora, ambos se estiram
na areia, que arde sob o sol. Passa HOMEM empurrando um carrinho. Malu se
dirige até ele. CORTA DESCONTÍNUO para os dois brindando com os cocos que Malu
comprou. Ela consulta seu relógio de pulso e fica surpresa com o horário. Eles
decidem ir embora.
CORTA
PARA:
CENA 02. CALÇADÃO. AVENIDA
ATLÂNTICA. EXT. DIA
Misturados
aos que passam no calçadão, Malu e Lauro logo atingem a avenida. Começam a
travessia. Bruscamente uma caminhonete invade a pista, atingindo Lauro em cheio
e jogando-a a algumas centenas de metros. Malu grita. Passantes horrorizados.
Lauro já estirado no chão. Uma poça de sangue forma-se na altura de sua cabeça
e escorre pelo asfalto.
CORTA
PARA:
CENA 03. CASA DOS JUAREZ. SALA.
INTERIOR. DIA
Sebastião,
de chicote na mão, pressiona Amanda. Neco e Beto por ali.
SEBASTIÃO: Eu não te disse pra esconder todas
as bebidas, Amanda? Eu não te disse?!
AMANDA: Disse, seu Sebastião, mas a dona
Eva não deixou! O senhor sabe como ela é!
SEBASTIÃO: (toma Amanda pelos ombros) E pra
onde ela foi? Fala logo, moleca, desembucha!
AMANDA: (chorosa) Eu não sei, eu não sei!
Ela entrou na caminhonete e saiu cantando pneu!
BETO: (intervindo, abraça Amanda) Deixa
ela, seu Sebastião! Ela já disse que não sabe de nada. A dona Eva não tem freio
mesmo!
SEBASTIÃO: (estala o chicote) E quem é você
pra falar sua patroa, Beto?
SEBASTIÃO: (desaba no sofá, fala sem pensar)
Só espero que ela não tenha feito outra cagada!
NECO: Uma cagada nessa altura do
campeonato pode detonar sua candidatura!
BETO: Cala a boca, Neco! Vê se não taca
mais lenha na fogueira!
CORTA
PARA:
CENA 04. RODOVIA. EXTERIOR. DIA
Caminhonete
preta em movimento. Eva ao volante, com cara de louca.
CORTA
PARA:
CENA 05. PRAIA DE COPACABANA. FAIXA
DE AREIA. EXT. DIA
Retornamos
ao momento em que Lauro e Malu estão estirados na areia, que arde sobre o sol.
Lauro ergue-se num pulo, grita e assusta Malu. O estardalhaço chama a atenção
de alguns banhistas.
LAURO: (berrando) Foi ela, foi aquela
desgraçada, aquela maldita! Ela me massacrou com aquela caminhonete do demônio!
MALU (se ergue, meio zonza) Que maldita,
garoto?! Que caminhonete do demônio?! Você quer me matar de susto?
Lauro
treme igual uma vara verdade. Malu o abraça. Sobre os ombros dela, ele enxerga
a paisagem, enxerga onde está e se acalma. Tempo no abraço deles, que se desfaz
à medida que se sentam na areia. Malu o encara. Ele sorri, constrangido.
LAURO: (acaricia o rosto dela) Desculpa,
Malu. Foi um pesadelo. Vamos pro apê do Conrado? No caminho, eu te conto tudo.
MALU: (rindo) Cara, que viagem!
CORTA
PARA:
CENA 06. CLÍNICA PSIQUIÁTRICA DE
ALECRIM. REFEITÓRIO. INT. DIA
Hora
da medicação e do lanche. Numa vitrola cacarecada, um vinil gira. “DOMINIQUE,
DOMINIQUE” de Soeur Sourire, uma canção de melodia estranha, inunda o
espaço. Dois ENFERMEIROS PARRUDOS organizam os pacientes em fila. Uma
enfermeira gorda na casa dos 40 anos, MARION, entrega comprimidos para cada um,
espera-os engolir e num gesto os obriga a abrir a boca para evitar qualquer
tipo de truque. Chega a vez de Lídia. Satisfeita, a enfermeira gorda sorri para
ela.
MARION: Boa menina. (acende um cigarro e
deposita o isqueiro sobre a bancada dos medicamentos) Vai lá lindinha, o lanche
tá uma delícia.
Lídia
força um risinho.
CORTA
DESCONTÍNUO para os pacientes que já terminaram de lanchar, e que agora
circulam pelo refeitório. Lídia está entre eles. Ela aproxima-se da enfermeira
gorda que lê um exemplar do mesmo jornal que Eva comprou no posto de gasolina.
LÍDIA: (meiga) Posso ver, enfermeira?
MARION: (abre um sorriso) Esse só tem
fofoca de grã-fino. Eu adoro. Vou deixar você dar uma olhadinha, porque gosto
muito de você. Toma, mas fique quietinha num canto, pra não arrumar encrenca
com os outros. Hoje é dia de visita dos familiares, hein?
LÍDIA: (pega o jornal, sai andando,
acabou de roubar o isqueiro de Marion) Tá bom. Vou ficar.
Lídia
zanza pelo refeitório, folheando o jornal e guardando dentro dele o isqueiro de
Marion. Ela continua folheando jornal, até que chega à página que contem a
matéria sensacionalista sobre Conrado e Lauro. Ela a lê rapidamente. Seus
olhinhos brilham.
CORTA
DESCONTÍNUO para Marion conversando com o enfermeiro parrudo que acabou de
enxotar os últimos pacientes da mesa aos gritos de: “Circulando, circulando.
Que daqui a pouco vai todo mundo pro pátio!”. Lídia se aproveita da distração
deles e se aproxima da vitrola, escolhe um disco. Espera a agulha subir ao
final do outro, trocando-os rapidamente. “WHAT A FELLING”, de Irene Cara
estoura nas caixas acústicas. Quando os enfermeiros parrudos se dão conta, os
pacientes já estão excitadíssimos. A música cresce. A agitação deles aumenta.
Lídia dança entre eles igualmente a Jennifer Beals em Flashdance. Um dos enfermeiros parrudos se aproxima da vitrola, vai
desligá-la, um PACIENTE também forte dá-lhe um soco na cara, derrubando-o no
chão, aplicando-lhe vários golpes.
PACIENTE: (socando o enfermeiro parrudo) A
gente tá de saco cheio daquela outra música! (imita a música, com desdém)
Dominique, nique, nique, nique! Dominique é a puta que o pariu!
CORTA
DESCONTÍNUO para outros pacientes que acabaram de imobilizar a enfermeira
gorda, neutralizando o outro enfermeiro parrudo, com ameaças do gênero: “Fica
na sua, senão a gente acaba com a Wilza Carla!”. Nesse ponto, Lídia se aproxima
das pesadas cortinas que cobrem as janelas, incendeia o jornal e o aproxima do
tecido. Fogo ganha corpo rápido. Pandemônio generalizado. Lídia vibra e sai
correndo.
CORTA
PARA:
CENA 07. APARTAMENTO DE CONRADO.
SALA. INT. DIA
Lauro
e Malu acabam de chegar. Roger vem do quarto de Conrado e, tomado pelo pânico,
informa:
ROGER: Gente, pelo amor de Deus, onde
vocês estavam? O Conrado acabou de ter uma convulsão! Tá caído lá no chão da
suíte!
Tensão.
CORTA
PARA:
CENA 08. CASA DOS JUAREZ. SALA. INT.
DIA
Expectativa.
Sebastião inquieto. Neco por ali, puxando o saco. Toca o telefone. Amanda
atende. Tempo na ligação. Ela põe o telefone no gancho.
SEBASTIÃO: E então, era a Eva?
AMANDA: Não. Era do hospício, digo da
clínica. Tacaram fogo em tudo lá. A Lídia fugiu!
NECO: O quê?! Fugiu?! Caralho! Vamos pra
lá já!!
CORTA
PARA:
CENA 09. HOSPITAL NO RIO.CONSULTÓRIO.
EXT. INT. DIA
A
câmera abre na fachada do hospital, com letreiro que o identifica, e corta
rápido para sala do consultório. Lauro e Malu diante um MÉDICO de meia idade. O
doutor fala e as reações dos dois refletem a gravidade da situação.
CORTA
PARA:
CENA 10. HOSPITAL NO RIO. QUARTO.
INT. DIA
Roger,
que chora copiosamente, está ao lado do leito de Conrado. Conrado está fraco,
mas lúcido. Pede que Roger aproxime-se mais dele e sussurra algo em seu ouvido,
completamente em OFF. Roger reage com espanto e descrença.
CORTA
PARA:
CENA 11. RODOVIA QUE CORTA CIDADE DE
ALECRIM. EXT. DIA
Ao
longe se pode ver a clínica psiquiátrica ardendo em chamas. Uma densa nuvem de
fumaça atinge a rodovia e dificulta o transito. Os veículos param. A
caminhonete preta de Eva alcança o congestionamento. Ela salta de veículo e
mais a frente encontra padre Manoel encostado na lateral de sua Brasília velha.
PADRE MANOEL: Dona Eva, a senhora também por
aqui?
Eva
faz um carão com a obviedade da pergunta.
EVA: Que palhaçada é essa? Nunca que
teve um transito desse aqui, nesse fim de mundo! O que foi que aconteceu?
PADRE MANOEL: Teve acidente feio na pista, por
causa dessa fumaça forte. Tô indo pra Torrentes, pra encomendar uma alma, o
sujeito tá nas últimas. Desse jeito, vou me atrasar! Vou ver se a polícia
rodoviária me deixa passar. Parece que foi incêndio lá na clínica psiquiátrica!
(ele aponta) Olha lá!
EVA: O quê?!
CORTA
PARA:
CENA 12. CERCANIAS DA CIDADE DE
ALECRIM. MATAGAL. EXT. DIA
Lídia
embrenhada no matagal. Fuga desesperada. Alanha-se nos espinhos, cai,
machuca-se toda, levanta e segue em frente. Brilho de esperança no olhar.
CORTA
PARA:
CENA 13. RODOVIA QUE CORTA CIDADE DE
ALECRIM. EXT. DIA
Tudo
parado. Congestionamento piora. Caminhonete preta de Eva por ali. Brasília
velha de padre Manoel partindo.
CORTA
PARA:
CENA 14. RUA DA CIDADE DE ALECRIM.
EXT. DIA
Perdida,
Lídia deixa o matagal e encontra a rua. Vários PACIENTES da clínica já passam
por ali. Ao longe, ela VÊ o carro de Neco com Sebastião no banco do carona.
Tensão.
CORTA
PARA:
CENA 15. HOSPITAL NO RIO. SALA DE
ESPERA. INT. DIA
TV
ligada, programação normal. Lauro e Malu em conversa adiantada.
MALU: (passada) Mas gente, o Conrado
tava tão bem ontem. Conheço ele há um bom tempo, sempre teve tanto pique, tanta
saúde. Meu Deus, ficou tão fraco assim, de repente.
LAURO: (triste) Pois é, Malu. Agora é
aguardar os resultados dos exames que o doutor falou. Espero que não seja nada
grave.
DETALHE
no monitor da TV. Entra plantão urgente na programação. ÂNCORA fala ao vivo.
ÂNCORA: (no monitor da TV) No interior do
estado do Rio de Janeiro, no município de Alecrim, um incêndio destrói as
dependências de uma clínica psiquiátrica...
A
MANCHETE chama a atenção de Lauro.
ÂNCORA: (no monitor da TV, continua) Até o
momento, não se sabe como começou o incêndio e nem existe confirmação de
vítimas ou feridos. Existe um alerta para possíveis foragidos com altíssimo
grau de periculosidade...
Entram
na tela da TV diversas FOTOGRAFIAS de pacientes da clínica, entre elas, uma de
LÍDIA.
CORTA
DESCONTÍNUO para Lauro se erguendo da cadeira, num pulo.
MALU: Nossa, Lauro, o que foi?
LAURO: (aflito, emocionado) É ela, a
Lídia!
Tempo
na emoção dele. Roger chega, aos prantos.
ROGER:
Lauro! Malu! O Conrado teve outra convulsão. Ele piorou gente, ele piorou!
CORTA
PARA:
CENA 16. RUA DA CIDADE DE ALECRIM.
EXT. DIA
Lídia
no mesmo ponto. Carro de Neco se aproxima. Lídia pensa rápido e se atira numa
cavidade enlameada entra o final do matagal e a rua. O carro de Neco passa.
Lídia aguarda, levanta-se devagar, olha ao redor e corre rua acima. Enlameada,
ferida, arfante, ela avista a Brasília velha de padre Manoel.
CORTE
BRUSCO PARA:
CENA 17. BRASÍLIA VELHA DO PADRE
MANOEL. INT. DIA
Padre
Manoel ao volante. Lídia esbaforida.
LÍDIA: Me ajuda, padre Manoel, por favor?
Me leva pra longe daqui!
PADRE MANOEL: Mas você não estava em tratamento,
minha filha?
LÍDIA: Eu estava de fingimento, padre!
Pra ganhar tempo e não ter que me casar com aquele ridículo do Neco Brandão!
Vamos, padre! Me leva pra longe daqui!
PADRE MANOEL: Tudo bem, filha, tô indo pra
Torrentes mesmo...
LÍDIA: Não padre! Pra lá não!
EVA: (off) Pé na tábua e toca pra
Torrentes, padre Manoel, já!
Lídia
paralisa, aterrorizada, ao ouvir a voz da mãe. Eva, deitada na parte traseira
do veículo e encoberta pela batina negra do padre, se ergue feito uma figura
fantasmagórica. Olhos nos olhos, Lídia a enxerga pelo retrovisor interno.
Tensão.
CORTA
PARA:
CENA 18. CASA DOS JUAREZ. SALA.
INTERIOR. DIA
Tensão.
Beto e Amanda por ali, chateados. Neco, aflitíssimo, recebe apoio de Sebastião.
O SOM, mesmo abafado, da acalorada discussão entre Eva e Lídia invade a sala.
CORTA
PARA:
CENA 19. CASA DOS JUAREZ. QUARTO DE
LÍDIA. INTERIOR. DIA
Porta
trancada. Lídia e Eva em pé de guerra.
EVA: (possessa) Então, tava de
fingimento, sua sonsa?! Fazendo todo mundo aqui de idiota!
LÍDIA: Puxei de você, que engana todo
mundo!
EVA: Tava indo atrás do Laurinho, não
é? Ele não quer saber de você, nunca quis! (retira do decote a página do jornal
com a matéria sobre Lauro e esfrega na cara da filha) Tá aqui, ó! Ele tá em
outra. Aliás, sempre esteve, aquele pederasta! Olha aí, ele arrumou uma bicha
rica pra se dar bem, depois que te deixou aqui, chupando dedo!
LÍDIA: (finge que lê) Isso aqui é
mentira, é fofoca! Será que você não enxerga? Acorda!
EVA: Acorda você, Lídia! Eu sempre te
falei pra não se envolver com aquele moleque, que ele não prestava. Mas você
sempre fez de tudo pra me contrariar. Inventou história de casamento só pro
Sebastião te apoiar!
LÍDIA: Cada um luta com as armas que tem!
O Sebastião fez muito gosto no nosso casamento!
EVA: Por causa da política, sua idiota!
Ele não tá nem aí pra você!
LÍDIA: E você está, dona Eva? Está tanto
que até me trancafiou num hospício!
EVA: Foi pra tua segurança!
LÍDIA: Segurança uma ova! Você fez por
inveja, porque ninguém te ama, porque você é uma pessoa infeliz!
As
palavras de Lídia tocam Eva profundamente.
EVA: E você lá sabe o que é o amor,
garota? Seu casinho com o Lauro foi só capricho! Desde pequena, nunca amou
ninguém! Vinha pro meu lado, chorando, só quando queria alguma coisa. Depois me
dava um pé na bunda, fingia que eu não existia. Só percebi isso, essa diferença,
depois que o Sidney nasceu.
LÍDIA: Conversa fiada! Você sempre gostou
dele. Vê se alguma mais vez mandou botar em camisa de força, se mandou
internar.
EVA: Lava essa tua boca suja, pra falar
do meu Sidney, sua vaca! Que ele nunca foi capaz de machucar nem uma mosca!
Nunca pegou num machado e saiu por ai querendo fazer picadinho de todo mundo!
LÍDIA: Mas uma coisa que eu puxei de
você, sua assassina!
EVA: (dá um bofetão na cara de Lídia)
Cala essa boca!!!
LÍDIA: Assassina! Assassina! Eu vou abrir
a boca pra cidade inteira, vou esparramar o seu passado!
Eva
bota as mãos no pescoço de Lídia e a derruba. Passa a bater a cabeça da filha
contra o chão, ao mesmo tempo em que a asfixia.
EVA: (louca de pedra) Vamos ver quem
vai esparramar o que, sua demônia! Eu é que vou esparramar seus miolos, e
depois, eu vou atrás do seu Laurinho, porque eu sei onde ele está, e acabo com
a raça daquela bicha! Aliás, eu me arrependo de não ter feito isso antes!
A
porta do quarto vem abaixo. Sebastião entra e se atraca com Eva. Amanda corre
para ajudar a amiga. Eva esperneia, Sebastião pede ajuda para Beto e Neco, que
a imobilizam. Ela está incontrolável.
EVA: Eu vou acabar com essa vaquinha
maldita!
SEBASTIÃO: (berra) Chega, Eva! Deixa a menina
em paz!
EVA: (cospe na cara dele) Cala essa
boca, seu frouxo! Que você não é homem nem na cama e nem pra mandar em mim!
SEBASTIÃO: (saca do revólver que carrega na
cintura) Tirem essa bêbada daqui, antes que eu faça uma merda!
Neco
e Beto saem com Eva, de arrasto. Sebastião vai consolar Lídia.
CORTA
PARA:
CENA 20. CASA DOS JUAREZ. SALA.
INTERIOR. DIA
Eva
esperneando. Neco e Beto no controle.
EVA: Tirem essas patas de cima de mim,
seus capachos!
NECO: A gente vai soltar, dona Eva,
porque a gente não quer machucar a senhora.
BETO: Fica calma, dona Eva, fica calma!
Os
dois trocam olhares e soltam Eva. Ela se recompõe, ajeita os cabelos e respira
fundo.
EVA: Quem são vocês pra me machucar,
seus merdas? A vida já fez isso comigo, mas estou aqui, viva, em pé, e ninguém
pode comigo! (dá um soco na mesa) Ninguém pode comigo, ninguém me derruba!
CORTE
BRUSCO PARA:
CENA 21. HOSPITAL DA CIDADE DE
TORRENTES. UTI. EXT. INT. DIA
A
câmera abre na fachada do hospital, identificado por uma placa, e corta para o
interior da UTI, onde VEMOS dona Sofia toda entubada. Tempo na situação dela.
Silencio quase sepulcral exceto pelo bipe dos aparelhos, até ela arregalar os
olhos e despertar de seu coma profundo. Já se sentindo asfixiada pelo tubo que
lhe foi introduzido na boca.
CORTA
PARA:
FIM DO CAPÍTULO 06.
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CAPÍTULO ELETRIZANTE...tô suada! kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirSimplesmente cheio de emoção e ação! Aguardando os próximos capítulos...ufa!!!!
Obrigado, Luciana! E o bicho vai pegar! Dominique, nique, nique, nique....rsrsrs
ExcluirÓtimo, parabéns a quem escreve
ResponderExcluirObrigado, Pedro, por prestigiar! Abraços!
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