quinta-feira, 17 de outubro de 2013

As maiores rivalidades da teledramaturgia

 por Vinicius Pantoja

Uma novela, para manter a atenção do telespectador, além de uma boa história e tramas interessantes, também tem que ter personagens que se confrontem e se antagonizem. E na teledramaturgia brasileira, existem rivalidades clássicas. Resolvi então listar as que mais chamaram a atenção do público.

10: Ana (Cássia Kiss) e Clara (Cláudia Abreu) em Barriga de Aluguel (1990)


A primeira tinha o sonho de ser mãe, porém não podia ter do modo natural. A segunda queria dinheiro rápido. A rivalidade das duas para conseguir a guarda da criança dividiu o país, pois ali não tinha a certa ou a errada, cabia ao público escolher quem ele achava que tinha razão. Tanto que o final da novela foi em aberto, com as duas dizendo que não importa com quem a criança ia ficar, elas queriam apenas a felicidade da criança.
 
9: Ruth e Raquel (Eva Wilma/Glória Pires) em Mulheres de Areia (1973/1993)


As gêmeas mais famosas da teledramaturgia, interpretadas brilhantemente por Eva e Glória nas duas versões da novela, disputavam o amor do mesmo homem, Marcos (Carlos Zara/Guilherme Fontes). Mas enquanto Ruth era apaixonada pelo bom moço, Raquel queria apenas o dinheiro dele.

8: Maria Clara (Malu Mader) e Laura (Cláudia Abreu) em Celebridade (2003)
  
Com o pretexto de ser admiradora de Maria Clara, Laura se aproxima dela, iniciando um plano para tirar tudo o que Maria Clara tem e tomar o lugar dela na sociedade. Na verdade tudo isso faz parte de uma vingança, pois Laura é filha da mulher que foi a verdadeira inspiração para a música Musa do Verão, que tornou Maria Clara famosa, enquanto Laura e sua mãe estavam na miséria. A cena em que Maria Clara dá uma surra em Laura dentro de um banheiro de uma casa de shows é uma das mais marcantes da novela.


7: Família Berdinazzi e Família Mezenga em O Rei do Gado (1996)
 
Aqui a rivalidade atravessou gerações. Tudo começou quando Giuseppe Berdinazzi (Tarcísio Meira) e Antonio Mezenga (Antônio Fagundes) viraram inimigos porque um queria tirar um pedaço de terra do outro, e vice-versa. O conflito piorou quando Giovanna (Letícia Spiller) e Enrico (Leonardo Brício) se apaixonaram e resolveram fugir juntos. E o fruto desse romance, Bruno (Antônio Fagundes) cresceu odiando a família materna por influência do pai. A velha rivalidade volta quando Bruno se apaixona por Luana (Patrícia Pillar), uma boia-fria que na verdade é a sobrinha que Jeremias Berdinazzi (Raul Cortez) tanto procurava.

6: Nina (Débora Falabella) e Carminha (Adriana Esteves) em Avenida Brasil (2012)
 

O maior sucesso dos últimos anos tinha como protagonistas duas personagens fortes e que prenderam a atenção do público. Nina, quando criança, perdeu o pai e logo depois foi jogada por sua madrasta num lixão. Lá, ela é criada por Mãe Lucinda (Vera Holtz) , depois adotada por Martín (Jean Pierre Noher) e se muda pra Argentina. Já adulta, após a morte do pai adotivo, ela decide voltar pro Brasil e se vingar da mulher que lhe fez tão mal. Os capítulos em que Nina finalmente se vinga de Carminha e faz a megera de gato e sapato na mansão do Divino lavaram a alma do público.

5: Charlô (Fernanda Montenegro/Irene Ravache) e Otávio (Paulo Autran/Tony Ramos) em Guerra dos Sexos (1983/2012)


Dizem que ódio, às vezes, pode ser paixão recolhida. E essa expressão cabe perfeitamente nesse caso. Charlô era uma mulher forte, independente, uma feminista. Já Otávio era um homem machista, conservador, que dizia que lugar de mulher é no fogão. E por causa dessas diferenças, os dois, que eram primos, viviam às turras. E pra piorar, por causa de uma herança, os dois são obrigados a morar e trabalhar juntos e se aturar todos os dias. E isso criava situações hilárias, como a clássica cena do café da manhã na primeira versão. Mas no fim eles reconhecem que tudo isso era amor e acabam se casando.


4: Maria do Carmo (Regina Duarte) e Laurinha Figueroa (Glória Menezes) em Rainha da Sucata (1990)


A primeira é uma ex-sucateira que subiu na vida depois que o pai construiu um império. A segunda, uma socialite falida de uma família quatrocentona de São Paulo. As diferenças entre elas já começam aí. E pra piorar, elas são apaixonadas pelo mesmo homem: Eduardo Figueroa (Tony Ramos), enteado de Laurinha. Após muito se enfrentarem, Laurinha, vendo que estava com a vida acabada e que não sairia mais da pior, acaba tirando a própria vida, mas armando para poder incriminar Do Carmo, em uma cena antológica.


3: Jacques Leclair (Reginaldo Faria/Alexandre Borges) e Victor Valentim (Luis Gustavo/Murilo Benício) em Ti Ti Ti (1985/2010)


Inimigos desde quando eram crianças, esses eram os “nomes artísticos” de André Spina e Ariclenes Martins, respectivamente. André já estava há algum tempo no mundo da moda, quando reencontra Ariclenes e aquela velha inimizade volta à tona. Disposto a derrubar André, Ariclenes cria um pseudônimo, Victor Valentim, e usa os vestidos que Cecília (Nathalia Timberg/Regina Braga), uma senhora, faz para suas bonecas para confeccionar os vestidos. Mas o que Ariclenes não sabe é que Cecília é a mãe de André. Os embates entre os dois personagens criava cenas hilárias, tanto na primeira quanto na segunda versão.

2: Maria do Carmo (Susana Vieira) e Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) em Senhora do Destino (2004)


Nazaré, ao enganar o marido dizendo que estava grávida, se aproxima de Do Carmo, que tinha um bebê de colo, Lindalva e acabara de chegar no Rio de Janeiro, e com isso rouba o bebê de do Carmo.
Mais de vinte se passam e Do Carmo ainda está disposta a procurar sua filha que lhe foi roubada. Até que ela reencontra Nazaré, e dá a surra que ela merecia. E então as duas travam uma batalha pelo amor de Lindalva, que agora se chama Isabel (Carolina Dieckmann).



1: Flora (Patrícia Pillar) e Donatela (Claudia Raia) em A Favorita (2008)


O destino sempre deu um jeito de unir as duas. Elas tiveram um romance com o mesmo homem no passado, Marcelo (Deco Mansilha). Só que uma das duas o assassinou, e esse é o fio condutor da primeira parte da história, o público descobrir qual das duas matou Marcelo. Flora é presa e condenada pela morte de Marcelo. Dezoito anos depois, flora sai da cadeia e diz que quer reconstruir a vida, reconquistar a filha Lara (Mariana Ximenes) e provar que não matou ninguém. E Flora e Donatela novamente se envolvem com o mesmo homem, Zé Bob (Carmo Dalla Vecchia). Só que na segunda parte da história, Flora se revela a grande vilã da história, e quer acabar de vez com a rival.

Que outras rivalidades você lembra? Comente!

Um comentário:

  1. Henrique Sobral (Reginaldo faria) e Higino ventura (Paulo betti) em forças de um desejo

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...