segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um mundo de tantas vozes

Por André Cavalini

Na última quinta-feira estreou a nova temporada do The Voice Brasil nas telas da Rede Globo. Mesmo tendo mudado o dia e o horário, a audiência se manteve nas alturas, confirmando que a boa fórmula do programa continua funcionando.
Realmente o formato do The Voice é algo que agrada ao público daqui. Talvez pela inovação que propõe aos candidatos em todas as quatro fases e pela emoção causada em cada pessoa ligada na TV para acompanhar o su ou insucesso daqueles que buscam a fama soltando a garganta.


É instigante a espera em saber se os técnicos virarão a cadeira para aquela voz que se apresenta e que eles não sabem a quem pertence. A gente fica na torcida, vibra com cada virada de cadeira, se frustra às vezes, quando curtimos alguém e nenhuma cadeira vira, e até conseguimos rir das brincadeiras trocadas por aqueles que estão ali para escolher a nova voz do Brasil.


Nas batalhas dentro do ringue musical, é muito bom ver talentos se confrontando ao mesmo tempo que enchem nosso coração.
E nas apresentações individuais, é fantástico ver a superação pessoal que cada um busca para se tornar o melhor, tendo a ousadia de mudar canções consagradas.

Na primeira temporada vimos tudo isso, e ela deixou uma boa impressão, apresentando candidatos capacitados e com talento para honrar a proposta do programa. Infelizmente, como em todos os reality's do gênero, em nosso país, a vencedora sumiu após ser consagrada campeã. Se começou a busca por uma nova voz, sendo que a primeira escolhida nem mesmo teve tempo para se propagar. Talvez, um dos grandes erros apresentados pelos responsáveis pelo The Voice brasileiro.
Resta-nos então esperar para o que está por vir. A julgar pelo primeiro episódio, fica aqui os meus comentários:

TÉCNICOS


Lulu Santos – Lulu é pra mim o mais espontâneo. Em alguns casos, já na primeira fala do cantor/a sua cadeira está virada. Quando não vira, seus argumentos são condizentes e bem elaborados. Ele chora, canta junto ao candidato, e tudo com naturalidade, sem exageros. A escolha mais acertada entre os quatro.


Carlinhos Brown – Gosto do estilo dele, mas a forçação de barra em querer ser muito alegre, divertido e carismático acaba enchendo o saco.

Cláudia Leite  Esperava mais atitude de Claudinha. Ela tenta passar tanta doçura em seus comentários e julgamentos que se esquece de que muito açúcar causa diabetes.


Daniel – O mais apagado dos técnicos. A emoção que extrapola em Brown, falta no sertanejo. Tudo bem que ele faz a linha Don Ruan, mas um pouco mais de atitude não faria mal a sua performance.




O APRESENTADOR

A apresentação de Thiago Leifert é algo que não consigo entender. Não duvido de seu carisma e nem de sua competência. Reconheço a nova cara que ele deu aos programas esportivos no comando do Globo Esporte, mas para mim deveria ter continuado lá. O vejo apagado no comando do The Voice e tenho a sensação de que nunca está à vontade. Diferente de quando entrava ao ar para falar de esporte. Mas já que insistem no nome dele, preferiria o palco dividido com uma mulher, como acontece em edições internacionais. Fernanda Lima seria uma boa aposta.

APRESENTAÇÕES

O Brasil é um país de muitos talentos escondidos. Muita gente boa sem espaço para mostrar o que sabe fazer. Sabendo disso, acredito que o alto nível dos candidatos será mantido nessa segunda temporada. O episódio de quinta já começou deixando um gosto de favoritismo ao primeiro candidato, Dom Paulinho, que encantou os quatro técnicos e também o público de casa. Eu não deixaria passar despercebido a voz de Rubens Daniel e o ótimo som da roqueira Luana Camarah.

OUTRAS VERSÕES

O The Voice tem sua versão apresentada em vários países ao redor do mundo. Originalmente surgiu na Holanda em 2010, mas só começou a ganhar fama e outras versões após a primeira temporada da versão americana que estreou em abril de 2011.
E em cada país, teve os seus grandes momentos que deixaram  saudades...

The Voice UK
Liah Mcfall em uma versão mais que original para I Will Survive, já nas finais da segunda temporada em 2013.


Mas a grande campeã foi Andrea Begley, que venceu além do programa, o preconceito por ser deficiente visual.


Bo Bruce, também protagonizou um dos melhores momentos na temporada de 2012. Entre as quatro finalistas, ela arrebentou ao lado de Danny cantando sua versão de Read all about it.


Contudo, Bo Bruce ficou na vice liderança, que teve como grande campeã Leanne Mitchell


Estados Unidos
Javier Colon foi o campeão da primeira temporada, em 2011.


Já em 2012, foi Jermaine Paul o vencedor.


E em 2013, Danielle Bradberry confirmou seu favoritismo desde o início e levou o prêmio.


Austrália
Karise Edén venceu a temporada 2012.


E em 2013 Harrison Craig levou a melhor.


Portugal
Em Portugal o título foi traduzido e virou A voz. Na sua única versão, Dennis Filipi foi eleito a melhor voz do país.


Holanda
Quem aqui não se lembra do grupo Rouge? Banda infanto-juvenil criada também em um reality de música. Pois é, a banda se desfez e cada participante seguiu seu rumo. Uma delas foi parar na Holanda, e arriscou a sorte mais uma vez soltando a voz por lá! A edição ainda acontece, então, Boa Sorte Fantini!


Brasil
A primeira versão brasileira teve grandes momentos. Na fase das batalhas, a melhor delas (ou pelo menos a mais divertida de se ver) aconteceu entre Ludmila Anjos x Karol Cândido.

Já nas apresentações individuais, Liah Soares arrepiou o coração de todos com sua versão de Asa Branca, em homenagem ao centenário de Luis Gonzaga.

Mas  a preferida do público foi Elen Oléria.


3 comentários:

  1. Ana Paula Grassi Zuini7 de outubro de 2013 às 13:47

    Fernanda Lima? Só pela beleza né? Ela é péssima !!!! Já a Cláudia Leite, desculpe, ela não tem como ser melhor, o máximo que ela pode fazer é essa porcaria mesmo, ficar fazendo caras e bocas e abusando da beleza de seu corpinho ... triste, mas tá bom, não teria como ser perfeito ... Ainda bem que temos Lulu e Brown, senão a coisa seria um fracasso, o Daniel não tem vocabulário suficiente para comentar a atuação dos candidatos, chega a ser patético ... (via facebook)

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  2. não concordo... a Ellen tá mais presente do que nunca, inclusive fazendo shows em SSA. Beijos

    Morgana Dávila

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    Respostas
    1. Morgana

      Quando digo que ela esta sumida me refiro ao fato da mídia não falar mais nela, de não ter mais espaço inclusive nos programas da própria rede Globo.
      Aqui no Sudeste ela sumiu mesmo. E acho lamentável que se inicie uma nova temporada do programa sem que se tenha dado a primeira vencedora o mérito que ela merecia.

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