sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Recomeçar - capítulo 05



autor: Augusto Vale

CENA 01. APART. DE DAVI. QUARTO. INTERIOR. NOITE.

Continuação imediata da cena anterior. Música: Together – The xx. Davi e Filipe transam. Encerra o tema musical. Fade out. Corta para:



CENA 02. RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA.

Música: Passarinhos – Emicida ft. Vanessa da Mata. Stock-shots do amanhecer. É domingo. Mostrar pessoas na praia, correndo na orla, andando de bicicleta etc. Corta para:



CENA 03. APART. DE DAVI. QUARTO/BANHEIRO/COZINHA. INTERIOR. DIA.

Cena com cortes descontínuos. Davi e Filipe estão dormindo, completamente nus, sem cobertor nem nada. Davi acorda, observa Filipe por um momento e vai ao banheiro. Toma banho. Veste uma bermuda. Prepara um café. Vestido apenas numa cueca, Filipe já está na porta da cozinha, observando-o. Entra música Só sei dançar com você – Tulipa Ruiz no meio do diálogo.

FILIPE: - Bom dia, madrugador.

DAVI: - Bom dia. Dormiu bem?

FILIPE: - Como há muito tempo.

DAVI: - Pois é, o colchão é novo.

FILIPE: - Ah, muito bom. (abraçando Davi por trás) Tô até pensando em vir dormir nele toda noite, pra ir dando uma amaciada... sabe como é né?

DAVI: - É?

FILIPE: - É.

DAVI: - Só por isso?

FILIPE: - Você gosta que adocem seus ouvidos, né?!

DAVI: - Prefiro que me adocem a boca.

Beijam-se. Música sobe. Corta para:



CENA 04. MANSÃO DE LEONOR. SALA DE JANTAR. INTERIOR. DIA.

Horácio, na cabeceira e lendo um jornal, e Leonor estão sentados à mesa, tomando o café da manhã. Refeição farta. Zezé por perto. Após a segunda fala de Leonor, Kadu chega de cabelo molhado, dá beijo nos dois, e senta.

LEONOR: - Quantas vezes vou ter que pedir pra você não ler o seu jornal à mesa, Horácio? Que coisa mais desagradável! Indigesta, melhor dizendo.

HORÁCIO: - Leonor, se eu for atender todos os pedidos que você me faz, vou deixar de ser seu marido pra virar o seu lacaio. Nada contra os lacaios, obviamente, e muito menos contra você, pelo amor de deus, mas eu já sou um velho burguês, não tenho mais idade para me ajoelhar e lavar seus delicados pés.

LEONOR: - Com essas mãos de estivador que você tem, não mesmo.

KADU: - Bom dia, bom dia!

LEONOR: - Bom dia, meu amor.

HORÁCIO: - Oi, filhão.

KADU: - Tudo bem por aqui?

HORÁCIO: - Tirando o mau humor matutino típico da sua mãe....

LEONOR: - E a dor no peito do seu pai...

HORÁCIO: (repreendendo) - Leonor! Francamente!

LEONOR: - O que é? O Carlos Eduardo precisa saber que você não está bem.

KADU: - Aquela dor de novo, pai? Você parou de ir ao seu cardiologista?

HORÁCIO: - Bobagem. Não é nada de mais.

LEONOR: - Foi exatamente o que o meu pai disse horas antes de sofrer um infarto fulminante, pra desespero da minha mãe. Foi horrível! E ele ainda era um homem relativamente jovem, o que não é o seu caso, né meu bem.

KADU: - A mamãe tá certa. Amanhã mesmo nós vamos ao cardiologista. E não quero desculpas.

HORÁCIO: - Antes de receber a injeção letal na veia, este pobre moribundo pode ao menos assar o seu churrasco de todo santo domingo? (para Zezé) Zezé, você mandou preparar a carne como pedi?

ZEZÉ: - Sim, senhor. Está no ponto.

LEONOR: (para Kadu) - A Narcisa e o Tavinho devem aparecer pro churrasco. Será que a Alessandra também vem? Já falou com ela hoje?

KADU: - Não, não nos falamos ainda depois da festa.

No rosto de Leonor, corta para:

CENA 05. PRAIA DE COPACABANA. EXTERIOR. DIA.

Belita brinca com Javier nas ondas d’agua que chegam até a areia. Júlia está sentada um pouco distante, observando os dois. Entra tema instrumental. Júlia lembra de alguns momentos. Entra os seguintes flashbacks numa edição única:

::. Júlia transando com um homem, prostituindo-se. Foi a cena que abriu o primeiro capítulo.

::. LORENZO: - Prostituta? (olhando para as coxas de Júlia, que o vestido curto não consegue cobrir) Eu devia imaginar. (pausa, clima desconfortável) Você é muito bonita pra estar nessa vida. Como é seu nome?

::. Júlia e Lorenzo se beijando na praia, em lua-de-mel, felizes e apaixonados.

::. Júlia dá à luz um menino. Lorenzo filma o grande momento. Casal feliz.

::. JÚLIA: - Eu quero me separar de você. (virando-se de frente, encarando Lorenzo) Não dá mais pra viver ao seu lado, Lorenzo.

::. Lorenzo espanca Júlia. Não economiza tapas. Júlia chora, sem reação. Expressão de muito ódio no rosto de Lorenzo. Surra não para.

::. Desce sangue do pescoço de Júlia. Ela passa a mão no ferimento e vê seus dedos ensanguentados. Com toda a força de seu corpo e possuída pelo ódio, Júlia empurra Lorenzo, que cai pela janela.

Volta para Júlia, que deixa uma lágrima cair. Recompõe-se. Caminha até Belita e Javier e participa da diversão deles. Corta para:

CENA 06. MANSÃO DE LEONOR. PISCINA. EXTERIOR. DIA.

Kadu mergulha na piscina. Horácio e Tavinho conversam e cuidam de um churrasco. Zezé serve uma bebida para Leonor e Narcisa, que estão deitadas em suas espreguiçadeiras.

LEONOR: - Olha lá, Narcisa. O Horácio parece um tiozão favelado fazendo churrasco na laje. Quer dizer, pra ser um, só precisa rasgar o talão de cheques, porque a essência da criatura já é de um Zé Ninguém. É como diz o velho refrão: um asno será sempre um asno, mesmo se o cobrires de ouro.

NARCISA: - Ah minha amiga, o Tavinho não fica atrás. O Horácio pelo menos joga golfe. Isso sim é esporte de classe. Agora me pergunte de que esporte o Tavinho é fanático. Não perde um jogo do Botafogo.

As peruas caem na gargalhada. Corta para área da churrasqueira, onde estão Horácio e Tavinho.

TAVINHO: - Aposto que estão falando mal de nós...

HORÁCIO: - Detonação dos homens é o segundo assunto favorito das mulheres, meu amigo.

TAVINHO: - E o primeiro, qual é?

HORÁCIO: - Tintura de cabelo.

Os dois dão risada. Alessandra chega com uma amiga. Kadu continua na piscina.

ALESSANDRA: - Good morning, people! I arrived! Cheguei!

LEONOR: - Oh minha querida, você não morre tão cedo, estávamos aqui falando justamente de você, a sua mãe e eu.

ALESSANDRA: - Ah é? Espero que só elogios, hein. Deixa eu lhe apresentar a minha amiga, Leonor. Bia, Leonor. Leonor, Bia.

LEONOR: - Muito prazer, Bia. Fique à vontade. Se é amiga da minha norinha, é minha amiga também.

BIA: - Obrigada.

ALESSANDRA: - E o Kadu, onde está?

LEONOR: - Na piscina. Estava impaciente, não via a hora de você chegar, aí resolveu dar um mergulho.

ALESSANDRA: - Ownn, que fofo!

Bia tira o shortinho jeans, fica de biquíni e se ajeita ali numa espreguiçadeira. Kadu sai da água e recebe Alessandra sem entusiasmo.

ALESSANDRA: - Iron man! (dá selinho) O que aconteceu com o seu celular? Só dá caixa de mensagem. Já estava morrendo de saudades do meu shy-guy.

KADU: - Nós precisamos conversar, Alessandra.

ALESSANDRA: - Claro. Eu sei que a gente acabou de noivar e ainda tem um tempinho até subir ao altar, mas seria bom começar a tratar de alguns detalhes do casamento. Os nossos padrinhos, por exemplo, até agora não sei quem convidar. Você já escolheu os seus, honey? Espero que você não esteja pensando em chamar alguma daquelas assanhadas da produtora... Olha lá, hein!

KADU: - Vamos conversar lá dentro.

Alessandra cumprimenta Horácio de longe. Ela e Kadu entram em casa. CAM vai para a churrasqueira.

HORÁCIO: - Quem é aquela gracinha que chegou com a sua filha?

TAVINHO: - É a Bia. Uma dessas amigas que a Alessandra inventa de uma hora pra outra.

HORÁCIO: - Que invenção maravilhosa!

Bia continua na espreguiçadeira e arruma o biquíni. Na cara safada de Horácio, corta para:

CENA 07. PRAIA DE COPACABANA. EXTERIOR. DIA.

Continuação da cena 05. Javier brinca sozinho, fazendo um castelo de areia. Júlia e Belita estão sentadas mais adiante, observando-o.

JÚLIA: - Não para de perguntar pelo pai.

BELITA: - É normal, ele é só uma criança, não tem entendimento suficiente.

JÚLIA: - Ando tendo pesadelos com o Lorenzo. Ele me persegue por uma estrada que dá pra um abismo. Está coberto de sangue, possuído de ódio... É apavorante.

BELITA: - Que horror! Mesmo depois de morto...

JÚLIA: (corta) - Será que morreu mesmo? Sei lá, já dei uma pesquisada na internet, nos sites da imprensa argentina, não saiu nenhuma nota sobre a morte dele. Nada! O Lorenzo tinha dinheiro, era um sujeito importante... E mesmo que não fosse, uma morte naquelas circunstâncias dá notícia.

BELITA: - Você acha mesmo possível que ele tenha sobrevivido?

JÚLIA: - Não sei. Mas também não quero pensar nisso, não quero mais falar sobre isso....

BELITA: - Claro.

JÚLIA: - E então, você quer conhecer o Cristo ou não quer?

BELITA: - Tô louca pra isso desde que cheguei.

JÚLIA: - Vamos lá. Aproveitar que o dia tá bonito... (apanhando Javier nos braços) Olha lá, filho. É o Cristo. Quer ir até lá? Vai ser legal.

Nos três subindo pro calçadão, corta para:

CENA 08. APART. DE DAVI. COZINHA/SALA. INTERIOR. DIA.

Filipe ainda está só de cueca. Dá um resto de carne moída pro cachorro de Davi, que chega em seguida com uma bermuda nas mãos.

DAVI: - O que você tá fazendo, seu imbecil?

FILIPE: - Ué, tô alimentando seu cachorro. Ele parece bem faminto, coitadinho.

DAVI: (tirando a carne da boca do cão) - Ele é vegetariano, idiota.

FILIPE: - Vegetariano? Como assim? Nunca conheci um cachorro vegetariano. Há gatos vegetarianos também?

DAVI: (jogando a bermuda) - Cala a boca e veste isso aí.

FILIPE: (vestindo) - Sim, senhor. Qual o nome dele?

DAVI: - Bicicleta.

FILIPE: - O que? Bicicleta? É uma cadela?

DAVI: - Bicicleta e é muito macho.

FILIPE: - Interessante. Bom, foi mal aí, não era minha intenção intoxicar o seu cachorro. (pro cão) Né, Bicicleta? Me ajuda, cara, diz pro seu dono me perdoar.

DAVI: - Tá tudo bem.

Corte descontínuo. Filipe olha alguns porta-retratos de Davi, que está deitado no sofá. Há algumas fotos de Davi quando criança na companhia de vários meninos. Filipe fica curioso pra saber quem são eles.

FILIPE: - Quem são esses aqui?

DAVI: - Alguns amigos.

FILIPE: - “Alguns” é ótimo.

DAVI: - Isso foi no... no orfanato.

FILIPE: - Não me diga que você... (senta no chão, próximo ao sofá)

DAVI: - Minha mãe morreu no parto. Meu pai não suportou a perda, entrou em depressão e... se matou. Fui deixado praticamente recém-nascido no orfanato. Mas eu só vim saber disso lá pelos 12, 13 anos, quando uma tia apareceu do nada querendo me levar pra casa. Como eu nunca tinha sido adotado e não existia mais nenhuma perspectiva quanto a isso, não foi difícil pra ela conseguir a minha guarda. Fui morar com ela e acabei descobrindo o que aconteceu com os meus pais e que, acredite você, foi ela mesma, a minha tia, que me deixou na porta do orfanato. Sente o drama. 

FILIPE: - Caramba! Que tia é essa?! E por que raios ela voltou pra te buscar tantos anos depois?

DAVI: - Ela tava doente, viúva, sem filhos... Foi me pegar sabendo que eu já podia me virar, trabalhar em alguma coisa, ajudar em casa. E foi o que aconteceu.

FILIPE: - Eu fico besta com o que o ser humano é capaz! Já morreu essa infeliz?

DAVI: - Que nada. Mora em Niterói. Saí de lá assim que entrei na faculdade. Fui viver numa república. Com estranhos, mas que pelo menos não acordavam no meio da noite pra roubar o que tinha na minha carteira como ela fazia.

FILIPE: - Que mulher horrível!

DAVI: - Última vez que a vi foi na minha formatura. Bebeu, caiu, me deu trabalho... Depois disso, nunca mais.

FILIPE: - É pra nunca mais mesmo. (T) Cara, você é um vencedor, Davi. Perdeu seus pais, foi jogado num orfanato, sobreviveu a uma tia megera feito o cão, mas deu a volta por cima... Admirável.

DAVI: (terno) - Não quero a sua admiração. É pouco. Eu quero mais, quero muito mais que isso.

Davi pega a mão de Filipe e acaricia. Entra música ao fundo: Together – The xx. Olhos nos olhos.

DAVI: - Não sei se é recíproco, mas eu tô gostando... Gostando não, eu tô adorando te conhecer. A noite de ontem foi incrível... Você mal entrou na minha vida e já me trouxe sensações que eu desconhecia. E muito mais que isso, me despertou a vontade de viver novamente coisas que pra mim já não faziam diferença.

FILIPE: - Eu...

DAVI: (encostando dois dedos nos lábios de Filipe) - Não diz nada.

Davi beija Filipe. A música sobe. CAM dolly out em direção à sacada. Corta para:



CENA 09. FEIRA. EXTERIOR. DIA.

Música: Benzadeusa – Rita Lee. Locação de uma feira, onde se vê peixes, frutas, bebidas e tudo aquilo que é comum numa feira de bairro. Bem povão mesmo. CAM encontra Gilda, que está de óculos escuros, bolsa, turbante e salto alto. Ela carrega uma sacola ainda vazia. Escolhe frutas e experimenta algumas na maior cara de pau. Mostrar o jeito sem noção da personagem, uma malandra. Por fim, ela está na barraca de peixes. Analisa. Discretamente, enfia um peixão na sacola.

VENDEDOR: - E a senhora, já escolheu?

GILDA: - Não, não, não gostei de nada. Estão um pouco moídos, né?! Fica pra próxima. Até loguinho.

Gilda vai saindo toda trucosa. O peixe começa a se debater dentro da sacola, chamando a atenção do vendedor.

VENDEDOR: - Ei, ei, dona... Que é isso aí? Por acaso é um peixe dos meus peixes que a senhora tá levando sem pagar?

GILDA: - Hã? Tá me achando com cara de quê? Não está me reconhecendo? Você está falando com Gilda Lazarotto, a maior atriz que esse país já viu. O país não, a América Latina! Mas tudo bem, eu lhe perdoo... e vou até lhe dar um autógrafo. Não, melhor, vamos tirar um selfie, que é a moda do momento... O seu celular tem câmera?

O vendedor abre a sacola e vê o peixe.

GILDA: (descarada) - É pro meu aquário, mon chéri.

VENDEDOR: - Gatuna safada! (grita pra um amigo mais distante) – Ô Josué, chama o guarda aí.

Nesse momento, Gilda enfia a sacola na cara do vendedor, que cai por cima da barraca. Começa a maior muvuca. Gilda corre de salto alto pela feira. Adiante, para e arruma o turbante.

GILDA: - Gilda Lazarotto, você tem estrela, não nasceu pra passar por esse tipo de humilhação. (pausa, olha pro relógio) Por falar em humilhação, lá vou eu apelar pra boa vontade da Leonor.

Bufa. Vai andando. A música sobe. Corta para:

CENA 10. MANSÃO DE LEONOR. PISCINA. EXTERIOR. DIA.

Bia sai da piscina. Muito sex appeal. Horácio e Tavinho observam, fascinados. Ela sabe que está sendo admirada. CAM vai para Leonor e Narcisa nas espreguiçadeiras, que olham o que acontece ali perto.

LEONOR: - Uma coisa a gente precisa reconhecer, minha querida Narcisa: as vadias deste novo século são muito mais atrevidas do que no nosso tempo. Olha lá, a biscateira da amiga da sua filha praticamente esfregando a bunda na cara dos nossos maridos bem debaixo dos nossos narizes.

NARCISA: - Ora, ora, ora... Que pouca vergonha! Veja só, eles não tiram os olhos da fulana.

LEONOR: - Esse é o grande mal dos homens: a vaidade. Seja em qual século for. Podem estar com 90 anos, com a sepultura feita, mas vão sempre se achar capazes de conquistar uma mulher.

NARCISA: - Isso é uma verdade.

LEONOR: - Mas é claro que é. Dizem que somos nós mulheres, mas na verdade são eles, os homens, que não se relacionam bem com o espelho. Estão sempre enxergando o Richard Gere refletido ali. E ainda dizem que são o sexo da razão.

Bia mergulha novamente. Horácio e Tavinho não tiram os olhos dela. Gilda chega, com o mesmo figurino da cena anterior, e sorri como quem diz “oi, cheguei, você tá boa?”. Leonor e Narcisa entreolham-se como quem diz “só o que me faltava”. Corta para:

CENA 11. MANSÃO DE LEONOR. QUARTO/BANHEIRO DE KADU. INTERIOR. DIA.

Kadu sai do banho, enrolado em uma toalha. Alessandra está na porta do banheiro, não para de falar. Tenso, Kadu veste-se, só olha pra noiva quando for falar.

ALESSANDRA: - Sabe o que eu estava pensando, shy-guy? A gente podia passar a nossa lua de mel num lugar paradisíaco. Não sei, numa dessas ilhas da América Central ou da Nova Zelândia... O que você acha? Pra você, que gosta de fotografar tudo o que vê, não seria perfeito? Claro, a gente pode optar também por um lugar frio. O que acha de Quebec, no Canadá? Acredita que não conheço? Já pensou nós dois, neve, lareira, fazendo amor o tempo todo... Ah, seremos tão felizes, honey. Nosso casamento/

KADU: (corta) - Não vai mais ter casamento.

ALESSANDRA: - Oi?

KADU: - Tá acabado, Alessandra. Noivado, casamento, lua de mel não sei onde... Acabou!

Na expressão de surpresa de Alessandra, efeito e corta para:

FINAL DO CAPÍTULO 05

6 comentários:

  1. Dos cinco que li, foi o mais fraquinho. Mas isso não significa que não esteja bom. Pelo contrário, as personagens mantém uma trajetória coerente e isso é fundamental. Eu acho que tu tá desenvolvendo muito bem a história, tem boas tramas. É uma trama relativamente simples, mas instigante! Gosto que as características de todos os personagens são bem marcados. Mas o bonito desse capítulo foi mesmo o gancho!

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    1. Interessantes suas impressões. Eu acho que esse capítulo funciona como um painel dos personagens, uma apresentação definitiva de quem é quem. Talvez por isso ele pareça fraco, porque nada substancial acontece, mas, por outro lado, oferece um melhor delineamento da trama. Já sabemos que Davi teve uma história de vida difícil; Júlia vive atormentada pelo marido morto; Alessandra é uma fútil incorrigível; Leonor não poupa veneno; Gilda é uma malandra que gosta de tirar vantagem em tudo; entre outros detalhes subentendidos. Continue acompanhando, Lucas. Valeu!

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  2. Leonor sozinha já é venenosa..com as amigas dando corda, então, não tem pra ninguém! Gilda, sempre divando! Gancho excelente! Definitivamente, "Recomeçar" veio pra ficar!

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    1. De gente como a Leonor eu quero milhas e milhas de distância, rs. Gilda, tadinha, não foi dessa vez que ela saboreou um peixinho na brasa, haha Ricardo, você já tem cadeira cativa por aqui. Continue comentando. :)

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