sábado, 7 de abril de 2012

Uma vez deusa, sempre deusa, Rosanah Fienngo!


Por Isaac Santos

Dia desses fui incluído num grupo do facebook, focado em trilhas sonoras de novelas. Tou adorando participar, principalmente pela vibe “flash back” que paira entre uma postagem e outra. E como nem poderia ser diferente uma das cantoras mais lembradas, em especial pela música ‘O Amor e o Poder’, é a Rosanah. O sucesso da artista foi tão grande à época da novela ‘Mandala’ que até hoje “Como uma deusa” é executada em emissoras de rádio, festas temáticas anos 80 e em boates. O público GLBTS tem pela intérprete e por suas músicas, um carinho enorme.


Quem Qual gay que se preze nunca se permitiu fazer cover da Rosanah? As “beeshas” vão à loucura. Mas seria injusto com a Rosanah, resumir a sua carreira a um único sucesso, vide outros hits que permeiam a memória do público. É um fato que a artista conquistou destaque nos anos 80/90 e que muito dificilmente isso se repetiria nos dias atuais. Também por isso, vale muito a pena relembrar os seus principais sucessos.

Rosanah começou como vocalista numa banda criada pelo seu pai, mas logo, destacando-se, optou pela carreira solo, participou de diversos festivais, inclusive alguns da Rede Globo. A oportunidade de mostrar-se ao público aconteceu em 1986, com a música ‘Nem Um Toque’ incluída na trilha sonora da novela ‘Roda de Fogo’. Daí, logo assinou contrato com uma grande gravadora (Sony/BMG).


Mas foi pela já citada, e inesquecível música tema da Jocasta (missão quase impossível desassociá-la da Vera Fischer), que o sucesso chegou chegando e colocou a Rosanah entre as cantoras mais requisitadas à época. Fosse no SBT, na Band, na Manchete, na Record ou na Globo, lá estava ela, como uma deusa, divando com a versão bem sucedida (não me xinguem) de ‘The Power Of Love’.


Em 2010, convidada pelo Jorge Fernando, diretor da novela Tititi, regravou a versão nacional da ‘Greatest Love Of All’, originalmente interpretada pela Whitney Houston, como parte da trilha internacional da novela.


Lá se vão mais de 30 anos de carreira. Rosanah é brega, é cafona, tá fora de moda? Quem disse isso? Quem ousa pensar assim?! Sou daqueles que nem tão aí pra essas opiniões. Curto e viajo nas performances da artista. Ela já não tem tanta mídia como antes, mas certamente que tem lugar cativo na memória de uma turma jovem, como eu (risos). Uma vez deusa... Sempre deusa, Rosanah!!!


E vocês, quais outras músicas dela você destacaria?

Fotos: Google Imagens

Vídeos: Canal MofoTV / You Tube

24 comentários:

  1. Claro que "O amor e o poder" e "Nem um toque" são "clássicos"...rs! Mas também destacaria as baladas oitentistas "Do nada pra lugar nenhum", "Direto no olhar" e "Onde o amor me leva", temas de "Hipertensão", "O salvador da Pátria" e "O sexo dos anjos", respectivamente. Adorei o post.

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  2. Adoro quando o Vitor vê meus posts, rs... Valeu! :D

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  3. Adorei!!!!!!!!!!!!! A música nem um toque (gravada assim) ou nenhum toque é alvo de grandes debates ortográficos. Adoro! Enfim, Rosana tem suas músicas bregas (as quais adoro tb) mas poucas pessoas conhecem o repertório dela. A gravação de "sentada a beira do caminho" deixa qq cantora aos pés... isso sem falar na gostosa leveza em que conduz uma das mais belas músicas que conheço "Música e Lágrima". Adorei poder ouvi-la em Caras e Bocas... Eu só acho que ela não precisa mostrar todo o potencial vocal (que indiscutivelmente ela tem) em todas as músicas que executa... Um grande cantora. Vou escutá-la agora em homenagem a esse belo tema de post. Parabéns Isaac!!!!

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  4. Para mim, sempre Rosana (sem o 'h') - a diva, a deusa... esqueci de citar que adoro a música "A Paixão"....

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    1. Gui, fiquei imaginando você dublando a deeva, rsrs... valeu, amigão!

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  5. "Custe o custar" - Rosana é maravilhosa! Diva poderosa, adoro e tbm vou escutar agora em homenagem ao post! Gui, vamos ouvir compartilhando dos sucessos da Deusa!
    Parabéns Issac!

    Alan Rodrigues

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  6. sem sobra, de dúvida a ROSANAH é e sempre será a voz mais linda do nosso brasil seu potencial vocal é imcomparável ela é uma astista completa
    tenho todos seus trabalhos amo o cd gata de rua, docê pecado em fim todos são maravilhosos..fico indiguinado com quem acha que ela só fez sucesso com o amor eo poder
    rosanah tem vários sucessos que foram tema de novelas da rede globo
    seus ultimos foram loving you de caras e bocas
    e the greast love of for tema da novela tititi

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    1. Gente safada por aqui?! valeu, turma... voltem outras vezes!

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  7. Eu nunca dublei essas músicas não! rs
    Não generalize! kkkkkkkk
    Parabéns pelo post!

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    1. hum, será?! da próxima vez que nos encontrarmos tem que rolar boate ao som da deeva... valeu, bee! :D

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  8. Vlw Isaac pela bela homenagem, Rosanah marcou época com suas baladas românticas. Uma cantora que emociona com sua belíssima e poderosa voz. Eterna Deusa !

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    1. valeu, Aladim... sei que você é dos tais que curtem de montão a Rosana e que inclusive foi ao seu primeiro show aí no Rio de Janeiro.

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  9. Essa historinha de chamar a Rosana de "brega" foi uma armação de um jornalista muito escroto. Carioca, com certeza pois jornalista carioca adora espinafrar cultura de massa. Antes desse fulanozinho anônimo soltar por aí essa frase, todo mundo respeitava o glamour dessa diva dos anos 80.
    Eu também comecei a curti-la com "Do Nada pra Lugar Nenhum". Lembro ainda da cena de "Hipertensão" (1986), novela emotivopsicológoca da Ivani Ribeiro. Nessa, a problemática da protagonista foi a cegueira. Era uma companhia de teatro mambembe, tipo "La Commedia dell'Arte", um caminhão cheio de artistas chegavam a uma cidade do interior e os artistas tentavam ganhar espaço. Foi o primeiro trabalho do Antonio Calloni na Globo, se não me engano. Ele gostava da estrela da trupe, a Maria Zilda, estreando um visual neohippie, paz e amor, aplique nos cabelos, quebrando aquela imagem de pantera "femme fatale" que ela imprimiu com a Veronica de "Vereda Tropical". A Renata (Elizabeth Savalla), outra atriz da compnhia, de temperamento firme e forte, gostava, platonicamente, do Sandro (Claudio Cavalcanti), mas ele só tinha olhos pra Carina (Maria Zilda). A primeira vez que ouvi os versos "Lembro de quando tudo era doce / Lembro de quando tudo era vivo..." foi numa cena em que a Renata transitava entre os sentimentos de ciúme e ressentimento por Sandro só ter olhos pra Carina e o ódio de gostar tanto dele e não manifestar seu amor. Ela senta numa pedra e põe a mão no queixo, como "O Pensador", de Rodin. "Que música linda, que cena linda!", eu pensei. Não foi grande hit de sucesso em radios, ouvi a musica uma ou duas vezes apenas. Nunca consegui ter o LP Nacional de "Hipertensão", pois com 11 anos precisava do aval do meu pai para ter ou não determinada trilha de novela. Só havia como ter os LP's originais. No máximo, gravar em fita k7 o LP original que um filho de Deus viesse a comprar. Não tive essa sorte, a trilha de "Hipertensão - Nacional" é uma das que tem músicas mais belas dessa época.

    Depois, veio "Nem um Toque" e a Rosana começou a aprecer publicamente, no Xou da Xuxa, no Globo de Ouro, no Cassino do Chacrinha. Lançou um LP, que vendeu igual água de açude lá em Caruaru (rs). Ela usava um penteado bem anos 80: franjinha, mas a dela era despenteada, arrepiada. Parecia um pica-pau. Essa moda da franjinha dos anos 80 custou pra passar. Nesse disco tinha a música-tema da Jocasta (Vera Fischer), mas criança não vê novela das nove, então eu fiquei na onda do videoclipe de "O Amor e o Poder", que foi exibido uma única vez ate surgir o Youtube. Foi no Fantástico e o videoclipe havia sido anunciado em jornais, revistas e chamadas na Globo. Ninguém, absolutamente ninguém perdeu essa exibição no Fantástico. Era uma loucura, uma hecatombe, um sucesso que não existe mais hoje por causa do excesso de informação. Não havia movimento nas ruas. Todo mundo viu a única exibição do videoclipe de "O Amor e o Poder" e essa única exibição do clipe, no no Fantástico, legitimou a música. A partir daí, todos tinham o direito de ouvir essa música quando quisesse, onde quisesse e quantas vezes quisesse. Não tinha esse negócio de "Rosana é brega" ainda. Ela ficou p. da vida quando começaram a disseminar essa maligna crítica de jornalista bukowskiano escroto. Falou abertamente sobre esse despudor em programas como o da Xuxa -que a amava de paixão, por sinal. O rótulo a tomou de surpresa (a mim, também), no auge da crista da onda.
    Brega ou não, todos continuavam ouvindo Rosana pelo mundo afora. Ela lançou um segundo disco, onde repaginou o visual. Fez uma cirurgia plástica que, na minha opinião, deformou seu rosto, salientando demais as maçãs do rosto. Era muito nova e bonita ainda pra fazer isso, mas enfim, o LP novo era todo em cores pop, meio vampiresco, com tons fortes de vermelho e preto contrastando. Não me lembro bem, não tenho esse material em casa.

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    1. Então, dois anos depois, em 1989, saiu o tema da Carla Marins em outa novela da Ivani Ribeiro: "O Sexo dos Anjos". Só que, dessa vez, a música tocou na novela até a exaustão.

      "Não... Eu digo com certeza
      Basta olhar as cartas sobre a mesa
      Viver é ter a chance da certeza
      Você me perdeu e eu me ganhei

      Não... Quando não há jeito
      Sobra as razões dentro do peito
      Tudo se peredu, tudo foi feito..."

      A Carla Marins era Gigi, uma simplória caixa de supermercado, humilde, sem maquiagem, cabelos compridos e ralinhos. Um rapaz rico vai ao supermercado e se apaixona por ela, começa a assediá-la da maneira mais pura imaginável. Ela corresponde mas logo sente o perigo de se envolver com um cara de condição social diferente. Vera (Norma Benguell), a bandidona, a mãe do rapaz, era uma ricaça da Zona Sul. Acho que morava num duplez na Gávea. E Gigi era filha de um borracheiro grosseirão mas boa-praça, feito pelo Stepan. Avera infernizou, infernizou tanto o casal que eles tiveram de casar escondido e sumir na lua-de-mel pra um baneário turístico no litoral de algum Estado do Sudeste. Adivinhem o que tocou durante todas as cenas românticas e eroticas na lua-de-mel? (Sim, o Irwing São Paulo estava uma gracinha nessa novela, de sunguinha preta, andando de mãos dadas com a Gigi, escondidos da mãe dele, como duas crianças.)


      "Não... Eu digo com certeza
      Basta olhar as cartas sobre a mesa
      Viver é ter a chance da certeza
      Você me perdeu e eu me ganhei

      Não... Quando não há jeito
      Sobra as razões dentro do peito
      Tudo se perdeu, tudo foi feito..."

      Essa música é minha predileta de todas as incontáveis músicas de amor da Rosana "cafona, cafonérrima" mas maravilhosa, que atingia nosso coração de primeira. Era "cafona" porque fazia-nos delirar de paixão, fazia a gente se entregar às cenas românticas da novela. Quem não viveu essa fase e está na faixa dos 20 pôde sentir isso em 2010, na adaptação livre de "Plumas & Paetés", onde ela fez o tema de amor de Marcela (Ísis Valverde) e Edgar (Caio Castro), regravando uma faixa romântica da trilha internacional de Cambalacho" (1986). Puderam sentir um pouquinho que o "amor e o poder" dessa "cafona" tem, oculto e timidamente escondido, como boa pisciana que Rosana é. Doce, meiga, adorável, simpática, fala mansa, inteligente, enfim, precisaria de uma dicionário de adjetivos para descrever a Rosana que o público dos fins da década de 80 e começo da década de 90 teve o deleite de aproveitar.

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    2. valeu, Marcelo... vou puxar seus comentários pruma postagem mais que merecida, rs!

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  10. Caro Marcelo Ramos, parabéns pela sua postagem! Ratifico principalmente qdo vc escreve "Essa historinha de chamar a Rosana de "brega" foi uma armação de um jornalista muito escroto. Carioca, com certeza pois jornalista carioca adora espinafrar cultura de massa". Ah ainda digo mais esta notícia da mentirosa cirurgia mal sucedida nos seios da face, foi divulgada pela Revista Veja; pois a população tinha a revista como uma bíblia, as publicações eram "verdades absolutas" e sabemos q este poder só possui o mestre JESUS CRISTO !

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    1. A "Veja" sempre foi uma revista reacionária, de extrema-direita e condenava todos os comportamentos fora da faixa de normalidade exigida pela sociedade. Quando a "Istoé" surgiu, foi um alívio, uma brisa fresca no rosto daqueles que não se enquadravam nos ditames da normatividade instituída.

      Obrigado pelo Elogio, Euder, mas ainda tem continuação o texto, O Isaac foi que me fez perder a outra parte do texto, deixando de apagar as mensagens de erro do Blogger. Culpa total e exclusiva dele, rs.

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    2. Ainda hj está nas raias da justiça esta matéria da Revista Veja sobre a cirurgia mal sucedida, q denegriu toda a carreira inicial de uma grande intérprete da MPB. Rosanah não deve nada as atuais estrelas da música pop do país, pois continua sendo ovacionada por onde passa, afinal, UMA VEZ DEUSA, SEMPRE DEUSA!!!

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  11. "Direto no olhar
    Te olho bem direto no olhar
    Te quero dentro do meu olhar
    Enquanto o amor se faz"

    Entre o medo de minha mãe ver que eu havia gravado apenas a cena de uma novela que detestava e perder essa cena de uma estética incomparável, eu decidi continuar e reapertei o REC. A cena ficou cortada, mas eu vi e revi mil vezes. Ele tinha um corpo delgado e definido, pena que o tempo não engana e nem tem dó dessa matéria. Doi em mim saber que ele perdeu o papel do mau caráter Ferdinand, em "Fina Estampa", por estar fora de forma.

    "O Salvador da Pátria" foi a segunda novela do Lauro Cézar em que a Mayara Magri teve tema cantado pela Rosana. Em "Roda de Fogo" (1986), três anos antes, "Nem um Toque" foi tema de Helena D'Ávila Villar e do jornalista Gilberto (Rodolfo Bottino)na novela anterior do Lauro Cézar. Foram duas novelas muito masculinas, com pouco romantismo, nem sei como a Rosana entrou na trilha das duas. Eu não gostei de nenhuma delas, mas a cena do Sérgio Toledo Blanco e da Camila Sintra foi um dos maiores ícones sexuais da minha adolescência.

    Em 1989 ninguém sabia que ela se chamava "Rosana Fiiengo". Eu, com minhas artimanhas, descobri e fui na lista telefônica, li que ela morava num apto na Av. Atlântica e liguei:

    - Alô. A Rosana, por favor.
    - É ela.

    Caí duro e seco pra trás e deixei a deusa deeva poderosa na linha.

    Dentre as faixas de novelas, outras favoritas estão nas trilhas nacionais de "Gente Fina" (tema da Nívea Maria) e de "Salomé" (tema da Flávia Monteiro), mas eu não curtia essas novelas e apenas acompanhei a rebarba do sucesso das músicas nas rádios: "Cidadã do Mundo" e "Riscos do Amor", já do segundo LP da Rosana, aquele da capa mezzo vermelho mezzo negro, à la Andy Warhol.

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  12. depois desse tour de force só me resta dizer a que eu gosto mais: Riscos do amor, e onde o amor me leva.Nada como a idade pra poder gostar do que se gosta sem vergonha de ser feliz!!! rssss bela homenagem, Isaac!!

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    1. Pow, Isaac, manda meu texto dos comentarios pelo e-mail, aqui está incompleto, faltando a terceira parte. Quero apresentar ao grupo minha ode ao Maurício Matttar!

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  13. Rosana sem duvidas marcou os anos 80 e inicio dos anos 90 pela sua beleza, sensualidade e voz maravilhosa, ela emplacou vários sucessos, Nem um toque, O amor e o Poder, Custe o que Custar, quando a chamaram de cantora "brega" ela lançou do disco Vicio Fatal essa música ela emplacou nas paradas, além de Amor Dividido, Principio do Amor, Direto no Olhar, Riscos do Amor, Cidadã do Mundo, dentre outras.
    Hoje se tivesse espaço certamente continuaria empolgando por que seu público "eu me incluo também", ela merecia sem duvidas um DVD com os maiores sucessos.
    Sucesso e saúde sempre "grande" Rosana.

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